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Luto e tentações - Parte 5

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Se passou um mês desde o funeral. A cada dia que se passou, me pus entre a insanidade e a insensatez, poderia realmente estar me sucumbindo a esquizofrenia ou ter descoberto o inferno na terra, ou mesmo já está nele sem saber. De qualquer forma, foi o pior mês da minha vida. Contudo, o mais curioso é que, descobri memórias, antes mortas, elas voltarem à tona tão vívidas que pareciam estarem passando como um filme em minha mente.

Por exemplo, meses após a morte de Vó, e logo antes de começar o tratamento com psicotrópicos, fui enxergando constantemente imagens de vultos avermelhados por todo o canto. Lembro-me, agora perfeitamente, de uma ocasião em que fomos a um enterro de um amigo do meu pai. No local, havia as pessoas enlutadas, o convidados que consolavam, e um grupo estranho de pessoas luminosas que andavam em volta delas e conversavam entre si, ora rindo, ora sérios.

Encarei um deles, ele se parecia bastante com o defunto, por isso, chamara minha atenção. Após alguns minutos, percebeu minha insistência e veio falar comigo. "O que foi, minha querida? Perguntou-me. "Você parece com o morto." Disse com toda a delicadeza que tinha na época. "Ele que se parece comigo, mas eu sou o verdadeiro, ele é apenas uma lembrança, um símbolo numa casca de noz. Está triste pela morte?" Suas palavras me prendiam, e senti que não podia ir contra a verdade. "Não, não sinto." Disse. Então riu consigo mesmo. "Muito bem. Não sinta mesmo. Estou mais feliz agora do que antes. Faça o seguinte, fique alegre, porque estou são, salvo e em paz agora."

Como eu pude esquecer dessa cena até agora? E por que ela voltara de repente só então? Provavelmente por causa do acidente e do rapaz deformado, mas eu ainda haveria de descobrir muito mais coisas.

...

No intuito de não preocupar meusfamiliares, decidi não lhes dizer coisa alguma sobre meus pesadelos e visões.No início, até que encontrei poucas dificuldades porque meus dias seaparentavam normais, manhã e tardes sem alucinações ou pensamentos obsessivos,porém, quando o clarim da noite pontava sobre o céu, era como se eu entrasse emuma nova dimensão. Cada sombra se tornava um inimigo em potencial, ao imaginarcoisas triviais da vida, logo as imagens do acidente, dos meus colegasdestroçados e daquele rapaz deformado voltavam à tona. E o pior era namadrugada, quando todo o terror se aprofundava em meus sonhos, retirando-me apaz e o descanso necessário.

Fui transtornada por uma série de pesadelos vivos. Certa noite, senti meu pijama sendo puxado e repuxado do corpo, acompanhados de calafrios que faziam cócegas e eriçavam os pelos. Quando não mais suportei as sensações, abri os olhos e me deparei com centenas de aranhas brancas e felpudas como pelúcias e de longas pernas finas e retorcidas. Elas passeavam pela cama e se esfregavam em mim até adentrarem pela roupa, enquanto do teto caíam uma por uma contra minha cabeça, mirando entrar por minha boca. Aquilo fora um sonho, mas ao despertar, continuei a sentir as impressões das patas pelo corpo e era como se ainda restassem pelos sobre mim.

Noite após noite, aquilo continuava e se intensificava. Quando não se tratava de animais asquerosos, eram imagens de vultos tenebrosos dos mais deformados possíveis. Um deles me pareceu uma senhora de idade nua, com a barriga protuberante, membros trépidos e face desmanchada, com rasgos pelo corpo e emanando um odor forte de lodo e insetos mortos. Bastava aquelas aparições se aproximassem de mim, para que eu acordasse quase sufocada com gritos. Outras ocasiões, despertava com uma sensação de peso nas costas, então me deparava com aquela bruxa que parecia mais um grilo com suas pernas espinhentas, secas e curvadas sobre meu tronco. Tinha orelhas de morcego e uma face ressecada de puro osso, ela ria num engasgo assombroso enquanto me pisoteava até me tirar todo o ar.

Essas assombrações rapidamente metiraram a vontade de dormir, pois ao perder os sentidos, ele se apoderava de minha mente e tirava bom proveito dos meusmedos. Sendo assim, me tornei uma espécie de morta-viva a rondar pelo quarto ànoite e tentando não desmaiar durante o dia. Comecei tomando copos e copos decafé amargo, fazia pequenos exercícios e mantinha meus olhos frente às telas,todas as contraindicações para uma boa noite de sono, e de início, funcionoubastante.

Entretanto, fugir do sono é montar a própria cova, e a natureza sempre nos vence quando o assunto e tentar sobreviver, dessa forma, a insônia me custou caro nos dias seguintes. Com sucessivas dores de cabeça e astenia, sem me dar conta, tive acessos de desmaios constantes, os primeiros durando poucos segundos, até que evoluíram por horas. Aslan, por ficar mais tempo em casa, não demorou para notar minha estranheza, ganhando plena convicção de suas desconfianças quando me viu perambulando pela casa de olhos fechados várias vezes ao dia.

Como um pequeno detetive, me observava discretamente e fazia as próprias especulações, mantinha segredo de nossos pais e de mim própria, já que queria refinar suas certezas antes de acionar qualquer alarme. Encontrou excelente oportunidade na noite que nossos pais saíram para jantar fora sem horário de retornarem. Tonta e cansada, tomei os medicamentos psiquiátricos com café intenso e me preparei para uma maratona de filmes com Aslan lá na sala. Escolhi filmes dinâmicos e alto astral para não fomentar o sono, porém, sem saber quanto tempo já tinha se passado do filme, apaguei completamente.

O que decorreu em seguida, só tomei conhecimento graças aos relatos com viés fantasioso de Aslan. Alguns minutos despois de desmaiar no sofá, meu corpo tomou inteligência própria, erguendo-se e partindo. Meu irmão, pensando que se me acordasse abruptamente seria pior, decidiu me vigiar e impedir que me ferisse pela casa. Mas para a surpresa dele, meus movimentos eram vívidos e bem calculados. Transitei sem dificuldades até a saída e fui em direção à rua trajando meu belo pijama de menininha (só de pensar na cena, coro de vergonha até hoje).

Devia estar próximo das onze da noite mais ou menos, as ruas daquela quinta-feira estavam pouco populosas, ainda mais se levar em conta as rotas sombrias que tomei. Aslan disse que eu andava rápido como se visse melhor que um felino, mas meu tronco volta e meia parecia perder o equilíbrio para um dos lados, além de jurar por Deus que minha sombra parecia ter tomado vida e ficava me guiando. Quando uma falha no solo queria me derrubar, a tal sombra me manipulava como marionete e evitava o acidente.

Os instintos de Sherlock Holmes misturados com Van Helsing e Scooby-doo de Aslan foram desaparecendo quando o céu ficou encoberto e as primeiras gotas de chuva começaram a cair no tremendo breu frente a maldita hora das bruxas. Apressou os passos para tentar me acordar antes da queda da tempestade mesmo que isso me custasse passar o resto da vida com a face paralisada por despertar de vez enquanto sonambulava.

"Ayla!" Gritava compulsivamente. Aquilo não bastou para o despertar, então continuei a perambular, e ao que parecia, tomava a estrada em direção ao poço escuro (reserva florestal da cidade, localizada literalmente no meio da cidade). Temendo, graças as histórias de onças e morcegos gigantes que habitavam a floresta, Aslan me segurou pela cintura e me impediu de continuar. Porém, não acordei, pelo contrário, mais do que nunca eu parecia estar distante de mim mesma.

No instante que ele me encarou, meus olhos estavam distantes, avermelhados com a face congelada em uma expressão apática quase fúnebre. Agarrei-o pelos ombros como se agarra um animal feroz e fiz menção de querer derrubá-lo a toda força contra a parede de entrada do poço escuro. Minha sombra crescia a ponto de sair do chão e tomar forma humana, Aslan gemia a cada aumento de pressão nos ombros, o silêncio absoluto da noite pretendia encobrir qualquer ato que fosse realizado ali... Então, o momento mais descrente de toda a história dele: um gato negro saltou entre nós como um vulto felpudo com olhos brilhantes!

Sentiu-se tonto e com a mente a milhas de distância do corpo. Quando deu por si, estava ele, o gato e eu, todos longe do frio e da escuridão da noite em nosso sofá frente aos créditos do filme na TV.

Não sei se acredito em toda a história... De fato, meus pés estavam imundos e o gato estava ali entre nós, mas o restante do relato não se podia comprovar. O que seria mais incomum diante disso? Talvez eu tenha sonambulado e ele caído num sono também, acabando por misturar as informações. Independente da verdade, daquele dia em diante, Aslan convenceu nossos pais a adotar o felino, batizando-o de sombrio, assombração, fantasma e por fim(após minha mãe rejeitar todos e descobrirmos que se tratava de uma gata), Lua Nova. Simplificamos por Nova, mas Aslan insiste em chama-la pelo nome completo.

O curioso, é que a partir da aparição de Nova, senti meus pesadelos diminuírem, as orelhas sumirem e um estado de ânimo ressurgindo do tumulo. As coisas pareciam melhorar, até que recebi o comunicado para retornar à escola...

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