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Parte III - Capítulo 21

Parte III "Respostas"

"Se for pra ser, será. Independentemente da quantidade de vírgulas, pontos e parágrafos."

— Anônimo.

Capítulo 21, Ivy.

— Senhoritas — pergunta um dos empregados surgindo na porta do quarto de Rafaela, não o conheço. — A rainha está pedindo pela presença das duas em seus aposentos.

Engulo em seco. Por que ela gostaria também da minha presença? Ou seria porque agora estava quase me tornando definitivamente a babá de sua filha mais nova?

Rafa segura a minha mão firme, puxando-me para fora da cama.

— Venha. Você tem que ficar comigo — diz.

Não respondo ou reajo, apenas a acompanho. Ganho alguns olhares de funcionários ao verem Rafaela comigo, porém um ato desses nunca pareceu tão aceitável. Ninguém está com estrutura suficiente para retrucar.

Ela me guia até uma saleta, o escritório de sua mãe — que eu seria responsável pela limpeza às quinta-feiras —, e adentra. Fico constrangida, mas passa rapidamente. Não era a única, além de Rafa, ali.

Um homem alto, de tez negra, cabelos raspados e extremamente musculoso mantinha uma postura invejável dentro de sua farda. A tarjeta em seu peito exibe uma pequena reprodução da bandeira de Malvida, o nome "Trevor Smith" e seu tipo sanguíneo "O+".

Faço uma pequena reverência a rainha Scarlett. Ela está nas piores condições que um dia esperei encontrá-la, porém, mesmo assim, ainda vestia belos trajes.

Rafaela soltasse de mim e vai correndo até a mãe, as duas se abraçam por um longo tempo. Ela sussurra um "eu te amo" para a filha, pondo ela no colo e virando-se para nós.

— Desculpas ter que incomodá-la a essa hora, Ivy Coleman — comenta, lendo o meu nome sobrenome em um papel e passando um lenço sobre os olhos levemente borrados de rímel.

Ela não está dando a mínima para qualquer tipo de protocolo, o que acabo deixando de lado também. Não faz sentido.

Abro a boca para dizer que não estaria me atrapalhando de jeito nenhum, mas ela faz sinal para que eu não prossiga.

— Obrigada por estar me ajudando tanto nesse momento, Ivy — ela comenta. — É uma honra tê-la como uma funcionária nossa. Com certeza será promovida.

Fico sem reação. Era a melhor coisa que poderia me acontecer nesse momento, meu peito palpita de emoção. Quero poder contar essa notícia aos meus pais o mais breve possível.

— No entanto, sinto muito em lhe informar, que não poderá voltar para casa nesse próximo final de semana. Todos os funcionários serão proibidos de largar os seus cargos no palácio temporariamente, estamos sofrendo com inúmeras rebeliões e nos encontramos muito frágeis no momento. Então tanto para a sua segurança e a da família real, pretendemos manter o fluxo normal de nossas rotinas na medida do possível.

Concordo com a cabeça, apesar dela ter conseguido acabar com todas as minhas expectativas de ver o sorriso da mamãe e o brilho nos olhos de papai com a notícia. Além de estar morrendo de saudades do meu companheiro quase inseparável, Alec.

Rafaela dá um sorrisinho, sabendo que me terá por perto por mais tempo. Acabo ficando grata por ter conquistado o carisma dela.

— Mas não a chamei aqui apenas para lhe informar sobre isso. Já tive uma conversa com o senhor Trevor, ele já me repassou todo o ocorrido com Archie.

"E o problema é que tenho lá as minhas suspeitas, espero que não leve ao pessoal, por favor. O seu irmão, Alec Coleman, foi demitido poucas horas antes do sumiço de minha filha. E os dois não foram mais vistos desde aquela noite... Apesar de que, se não me engano, o ultimo lugar em que Archie foi visto é apenas a dez quilômetros de sua cidade, Allegra."

Começo a ficar sufocada, isso não poderia estar acontecendo de novo. Não poderiam estar duvidando de Alec... Qualquer outra pessoa eu poderia aceitar, menos ele.

— Peço que seja sincera comigo, Ivy. Há alguma possibilidade de que seu irmão esteja envolvido nisso? Juro que tentarei aliviar ao máximo a situação dele, só quero a minha filha de volta.

Estou suando frio e não sei o que dizer. Não podia ser tola o suficiente para me deixar levar pela promessa de alguém da realeza. Ela pode estar mentindo para mim, mesmo vendo toda a sinceridade naquele olhar. A rainha nunca deixaria passar batido, caso Alec estivesse no meio desse desaparecimento.

A vida do meu irmão ainda era o mais importante para mim. Ele era a pessoa que sempre estava do meu lado, até quando eu estava errada. Eu não poderia dar as costas para ele agora, nem nunca.

— Senhora... — perco a fala.

Os olhos de Scarlett estão lacrimejando e Rafaela se prende ainda mais a ela. Eu estava botando o futuro de uma família inteira em jogo por causa do meu irmão?

Meu corpo vagarosamente fica trêmulo, preciso de todas as minhas forças para não desabar de vez. Trevor passa os olhos por mim, fuzilando-me. Tenho medo do que esteja tentando dizer, mas é um recado. Um recado para que eu negue, um recado com um motivo forte por trás. Ele sabia de algo que eu deveria saber, portanto me sinto na necessidade de negar.

— Senhora, desculpas o meu nervosismo. Mas nunca imaginei que fosse me fazer uma pergunta dessas... — digo, amaldiçoando-me internamente.

Ela abaixa o olhar, toda a esperança depositada nele tinha ido embora. Eu era a última pessoa que ela ainda via chances. Poderia ter cometido o maior erro da minha vida...

— Desculpas, minha querida. Não foi da minha intenção duvidar dele. Mas eu estou desesperada... — suas palavras saem entrecortadas pelo choro. — Eu acabei de perder o meu último porto-seguro e não estou nem um pouco pronta para oferecer assistência a Rafa. Sinto a falta de Lexis, como nunca imaginei um dia ser possível sentir.

"Precisamos mesmo perder para poder aprender a dar valor? É tão horrível o que estou sentindo..." termina com a mão afagando o peito.

Engulo o meu choro. Não seria o momento de demonstrar comoção, depois do que posso ter acabado de fazer.

— Eu sinto muito, senhora — digo.

Trevor tira os seus olhos penetrantes de mim e sinto uma avalanche de culpa e arrependimento tomando conta de todo o meu ser.

— Retirem-se, por favor — ela pede. — Rafaela ficará comigo.

Fazemos uma reverência tímida e saímos juntos.

Quando a porta se fecha atrás de nós, desabo a chorar. Trevor segura o meu ante-braço com força e me arresta para dentro do primeiro cômodo ao final daquela ala, é um banheiro.

— O que você acha que está fazendo? — digo irritada. — Ela é uma mãe desesperada em saber sobre o filho. Eu poderia tê-la ajudado.

— Sabe muito bem que não é isso que estava em jogo — ele rebate.

Percebo o quão desconfortável aquela situação estava. O banheiro é de funcionários, com apenas uma pia e vaso sanitário.

— Ela descobriria que Alec é inocente.

— Nem tanto — diz de supetão. — Eu sei muito bem quem você é, Ivy, muito mais ele.

Aquilo me deixa surpresa e temerosa. Como ele poderia saber? Volto a me sentir menor sob aqueles olhos negros.

— Seu irmão é um rebelde como eu — ele segura o meu queixo para que o olhe nos olhos. — Como a sua família — completa.

"E você ficará quieta por causa deles. Ela é apenas mais uma mãe sofrendo."

Meus olhos ardem, permitindo que mais uma lágrima grossa escora. Quero me afastar dele, só que isso não é possível.

— E as que pedem seus filhos por causa de guerras? E as que precisam conviver com o fato de não ter o que dar de comer para eles? Muitas nem tem onde morar. Não me diga que terá compaixão logo por ela, Scarlett Morgenstern.

Não tenho o que dizer de início. Ele está me deixando nervosa demais para racionar rapidamente.

— Quem você acha que é para dizer quem deve ser merecedor de compaixão? — digo irritada, soltando-me dele. — Eu não direi nada, mas porque tenho pessoas que amo muito em Allegra e dependem do meu silêncio.

Ele assente.

— Tudo bem, desculpas.

— E o que pretendem fazer? A ascensão de todas essas revoltas repentinamente levam a alguma coisa.

Trevor põe uma de suas mãos na parede atrás de mim, escorando o corpo sobre ela e pega ar antes de me responder... Porém, é interrompido pelo barulho da porta se abrindo ao nosso lado.

Era a senhora Davis, minha chefe. Seu rosto gorducho está em choque e sei o motivo. Acha que eu estava de amassos com o chefe da tropa de Paatros em um dos banheiros do palácio.

— Eu posso me explicar, senhora... Pelo amor de Deus, deixe-me... — gaguejo.

Ela se ajeita perante Trevor, tirando toda a atenção de mim. O cargo dele o dado um certo respeito.

— Não tem de que se explicar, senhorita Coleman — diz com um sorrisinho de canto.

Senhora Davis tenta fechar a porta novamente, mas a impeço indo atrás dela às pressas.

— Muito obrigada, Trevor — reclamo irritada, antes de deixá-lo para trás.

A única coisa que tento me prender nesse momento é ao fato de ter conquistado Rafaela e a rainha. Caso contrário, seria demitida sem dúvidas.

{...}

Estava no meio de uma longa discussão com a minha chefe, quando Teodora e Suzana — umas das antigas criadas de Alexis — surgem desesperadas na cozinha.

Elas respiram bruscamente à procura de palavras, enquanto todos estão com os olhos grudados nelas. Sabemos que têm uma notícia importante para dar.

— A família real de Virtur está aqui — diz Teodora, arfando.

— Querem tirar satisfações sobre o ocorrido com o príncipe — completa Suzana.

Escoro-me sobre o mármore a minha frente, sujando os meus cotovelos com a farinha contida nele.

Como fui acreditar que pior essa situação não tinha como ficar?

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