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Capítulo 7

Capítulo 7, Alexis.

Paro no meio do corredor, notando o som quem vem do quarto dele. Devo voltar, não chegaria em bom momento. Não pretendia interrompê-lo.

Decido ir adiante e não bato na porta, pois sei que não escutaria. Tento não emitir nenhum barulho, o que toma conta do lugar já é o suficiente. Começo a entrar em um estupor, sabendo que poderia ficar ali por tempo indeterminado apenas apreciando... Archie tocar piano.

Abruptamente para demonstrando exaustão e levantasse.

— Alexis? — solta surpreso em me ver. — O que faz aqui?

— Desculpas, não queria ser inconveniente. Mas você também não deveria estar aqui.

— É, eu sei — passa a mão pelo cabelo. — Não estava com fome, por isso não desci para a janta.

— E nem para se despedir da sua família.

— Irei vê-los em breve — diz, fazendo pouco caso.

— O que está te preocupando? — pergunto.

No fundo, vê-lo desse jeito me incomoda.

— Não é nada.

— Ninguém passa o dia preso dentro do quarto tocando Clair de Lune por causa de nada.

Ele sorri.

— Sabe tocar?

— Nunca quis passar de Gymnopédie no. 1 — sou sincera. — Mas não tente mudar de assunto. Você me ajudou uma vez, não vou aceitar que fique assim.

Archie bota as mãos nos bolsos e, finalmente, responde a minha pergunta.

— Meu pai adiantou a minha coroação. Ela seria daqui a quatro meses, agora será uma semana após a sua.

— Por que ele fez isso?

— Não vê motivos para tanta espera. Acha que estou muito mais do que pronto.

Não sei o que dizer. No meu caso, seria obrigação, não por escolhas alheias.

— Eles sempre tentam mandar em nossas vidas, não é mesmo? — digo, fazendo referência aos nossos pais. — No entanto, preciso concordar com ele. Não tem motivos para ficar desesperado.

— Não tenha tanta certeza — e volta a se sentar sobre a banqueta cabisbaixo.

Como ele podia não confiar em si mesmo? Não percebia como era um príncipe brilhante?

Vou até ele, precisava de mais ajuda do que tinha imaginado.

— Vem comigo — peço, oferecendo minha mão.

Ele levanta o olhar desentendido.

— Vossa Alteza está em meu território, portanto não me desobedeça.

Archie abre um sorriso de canto, obedecendo-me.

— Vou te contar uma história — digo enquanto o puxo até a sacada do quarto.

— E por que ela tem que ser contada aqui? — pergunta ao alcançarmos o exterior.

— Ambientação — Archie ri — Ela não causaria mesmo efeito sem estas estrelas e brisa gélida.

— Entendi — ironiza, retirando o smoking e dobrando as mangas.

Sento-me sobre o guarda-corpo, ele se escorra sobre os cotovelos ao meu lado.

— Pois bem, — começo. — Era uma vez...

— É sério? — pergunta, rindo.

— Silêncio, impostor — finjo ordenar.

Ele tenta se mostrar obediente.

— Era uma vez um rapaz chamado Karl Harris. Ele tinha mais ou menos a sua idade, feições, peso, altura... Pensando bem, ele era muito parecido com você.

Archie entende o intuito da história e de certo modo se interessa mais nela.

— Karl Harris sempre teve que lidar com uma vida nada normal e até mesmo difícil. Não por passar necessidade, bem pelo contrário, mas por ter que lidar com inúmeras obrigações. E, talvez, foi o que tirou um pouco da graça dele.

— Eu...

Olhei-o de rabo de olho.

— Não tem culpa. Às vezes a vida nos obriga a amadurecermos antes do tempo mesmo. Porém, Karl havia chegado ao ponto de não poder mais tomar as suas próprias decisões. Nem conseguia mandar em seu destino. Quem dera, ele tivesse apenas que se preocupar com qual faculdade iria cursar e aonde...

"Foi assim que ele se tornou o adolescente mais cego do mundo."

Percebo seu cenho franzido.

— Cego, pois não vê como é... — não posso achar a palavra certa. — extraordinário.

Vira-se para mim com um sorriso malicioso, fico constrangida.

— Extraordinário por, com apenas 18 anos, ter contribuído na elaboração de 17 leis; visitado 30 países para ajudar instituições de abrigo às crianças abandonadas; falar 5 idiomas; ser chefe da tropa de Virtur e... saber tocar Clair de Lune muito bem.

Ele ri.

— Eu nunca pude ser chefe de tropa alguma.

— Era até o ano passado.

— Como sabe disso tudo?

— Iria se casar com a minha irmã, esqueceu? Inevitavelmente, acabei aprendendo sobre o novo membro da família.

A menção não o agrada muito, também não gosto de lembrar. Seguro o ombro dele.

— É sério, pouquíssimas são as pessoas como você.

— Só posso fazer isso tudo, porque tive oportunidades, Alexis.

Consegue retirar todos os meus argumentos.

— Pode ser que sim. Mas, dou a minha palavra, que todo o poder que o trono de Virtur traz consigo caiu em ótimas mãos.

Vejo o terror que toma conta dele.

— Será que nem você é capaz de perceber que talvez, por pelo menos um instante, eu ainda queira ser apenas o Archie? Não o futuro ou atual rei de Virtur, mas o Archie Rosenberg.

— Pensei que quisesse... — digo, me sentindo mal.

— E eu quero. Só não gosto como isso consegue consumir tudo de mim.

— Não necessariamente — tento arrumar um jeito de consolá-lo.

Ele se põe na minha frente, botando minhas pernas entre os braços dele.

— Por que vamos nos casar mesmo? — pergunta, deixando que eu percebesse um pouco da sua irritação.

— Porque você sempre me amou.

— Não brinca com isso, Alexis — repreende.

— Tudo bem, está certo. Mas é assim, sempre foi assim. Nunca mandou de fato em nada. Acha que será agora que poderá escolher o que quer?

— E se eu ainda quisesse tentar?

— Acha que tem chance de convencer o seu pai do contrário?

Ele se convence da resposta, logo balança a cabeça em negativa.

— Então seria tolice, Archie.

Apoio minhas mãos em seus ombros, até mesmo por começar a perceber como meu corpo não está tão firme.

— Realmente acredito que sua independência só virá com uma coroa na cabeça. Não tente complicar o seu caminho até ela.

Estou com o rosto muito perto do dele, chegando a ficar nervosa quando levanta o olhar ao alcance do meu.

— Diz como se nunca tivesse pensado na possibilidade.

Fico ainda mais frágil, pois é exatamente o que estou fazendo. Se tudo desse certo, ele não teria sua noiva para acudí-lo amanhã à noite.

Não que eu pretendesse largar tudo para trás, voltaria em uma semana. Estaria aqui novamente para a coroação e possível casamento. Porém, ninguém podia saber — nunca permitiriam — e, com certeza, eu causaria um bom alvoroço por cada ala desse palácio.

Estou tão absorta que demoro a voltar para realidade e perceber o que estamos quase fazendo.

As mãos de Archie pousam em minha cintura com nossas bocas próximas demais. Quero que meus dedos alcançassem a nuca dele e corram por aquele cabelo... Acabo, simplesmente, contraindo os lábios. Não devíamos prosseguir.

— Pensei que não quisesse me beijar hoje, impostor — implico.

Ele sorri, ainda um pouco distraído.

— E eu não iria. Estava apenas preocupado com que caísse — retruca, pondo-me no chão.

Ajeito a gola de sua camisa, que acabei atrapalhando sem querer.

— Terá que esperar até o próximo programa, querido.

Archie tenta não rir. É estranho chamá-lo de uma forma mais carinhosa, mesmo de brincadeira.

— Poderei continuar sendo só o "impostor", por favor?

E não era a única.

— Okay.

Afasto-me.

— Durma bem.

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