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Capítulo 50

Nathaniel e eu já fomos a vários eventos juntos, mas este é o nosso primeiro jantar na casa de alguém da Elite da Matriz.

A localização próxima ao Palácio Real por si só denuncia que se trata de uma pessoa com bastante status em Gaia. E a mansão que está na nossa frente é realmente uma das maiores e mais imponentes que já vi.

Ela pertence ao Dr. Hugh, o Diretor Médico responsável pela Cura.

— Ele deve ter uma família grande — digo, enquanto saio do carro e olho para o decote do meu vestido para confirmar que não está mostrando mais do que eu queria.

— Não, ele vive sozinho — Nathaniel assegura.

— Seremos só nós três no jantar? — pergunto, esperando que ele tenha recebido mais informações do que eu.

— Há mais uma pessoa — ele responde, mas não me diz quem é e não pergunto.

Nathaniel faz um sinal que não entendo para a Escolta Real, e eles começam a se posicionar ao redor da residência.

— Parece muito formal — observo em voz alta, apesar de não querer neste momento continuar puxando conversa com o meu Mentor e a expressão esnobe estampada no rosto dele.

Mas quanto mais formal, menos eu me sinto à vontade, e a ansiedade já está me fazendo ficar nervosa.

— Não se preocupe, Emily. Você tem sido sempre encantadora. Além disso, você está adorável esta noite! — Nathaniel faz uma pausa, e vejo um sorriso surgir no rosto dele enquanto me olha de cima a baixo. — Mas não precisava se esforçar tanto para me agradar. Um vestido do mesmo tom de verde dos meus olhos?

— O que? — pergunto com a voz rapidamente irritada.

— Eu amei!

Mas antes que eu possa começar a insultá-lo de convencido e outras coisas piores, a porta se abre e um jovem nos pede para acompanhá-lo.

Fico me sentindo engasgada, mas não posso fazer uma cena agora. Respiro fundo para esconder a raiva que deve estar estampada no meu rosto e não dar a ele o prazer de me ver desse jeito.

Nathaniel se supera quando se trata de me irritar.

E não para.

Apesar de saber que acabou de me deixar chateada, ele estende a mão para me ajudar a subir a escadaria. E eu a seguro, porque a noite ficaria ainda pior se eu caísse na frente dele por causa desse salto alto e do mármore liso.

E me vejo obrigada a aceitar o fato de que nas próximas horas vou ter que fingir que somos próximos e que nos damos bem. Além disso, depois do beijo, como ele disse, provavelmente, todos vão estar esperando um pouco mais de intimidade entre nós dois.

Nathaniel vai se aproveitar disso.

E eu também!

Estamos usando um ao outro para nossos próprios propósitos, e isso me impede de me sentir mal comigo por estar sendo tão aproveitadora e desonesta quanto ele.

E é difícil não me lembrar do James nesses momentos.

Sinto falta dele, provavelmente meu interesse nesses jantares e eventos poderia ser um pouco maior se eu tivesse uma boa companhia ao meu lado. Não tenho dúvida que teríamos nos tornado bons amigos e estaríamos nos divertindo.

Dou um suspiro longo para afastar a tristeza.

Atravessamos o hall luxuoso, e o funcionário pede para esperarmos. À minha esquerda, vejo meu reflexo em um espelho que cobre toda a parede.

Nunca mais vou usar verde.

— O que você está fazendo aqui? — Nathaniel pergunta, fazendo-me desviar os olhos do meu reflexo até encontrar um rosto mal humorado.

— Cuidando da sua segurança — Gabriel responde, a voz cheia de desdém enquanto coloca o quepe militar na cabeça. — Agora que você virou baby-sitter, tenho que lidar com isso também. E nem estou sendo pago para isso.

Por um momento, achei que ele seria a pessoa que jantaria com a gente.

Sinto um alívio por estar aqui apenas a trabalho.

E, até agora, Gabriel nem sequer se deu ao trabalho de olhar para mim.

A implicância dele comigo esta noite parece ser algo bem específico. Por isso, até tento, mas não consigo ficar calada.

— Não precisa ficar com ciúme — provoco —, daqui a pouco ele será todo seu.

— Ele sempre é todo meu — Gabriel responde com uma expressão entediada no rosto dele. — Mesmo quando perde tempo com você.

Não rebato, apenas continuo encarando os olhos faiscantes dele.

— Por que vocês pararam? — Nathaniel pergunta depois de alguns segundos de guerra fria entre mim e o Gabriel. — Continuem!

Gabriel parece que vai falar algo enquanto o amigo sorri de forma divertida, mas passos na nossa direção o faz desistir.

— Como você está encantadora, Emily. — A voz do médico me pega de surpresa e o encaro devolvendo o sorriso e agradecendo o elogio. — Nathaniel — ele diz, fazendo a mesura que é exigida.

Independentemente da posição ou da idade, todos têm que se curvar diante do herdeiro do Rei.

Isso deve ser um dos motivos de o Nathaniel ser tão presunçoso.

E então noto que tenho me esquecido com frequência de fazer a reverência. E, geralmente, quando a faço, dou um toque debochado.

Quase sorrio pensando nisso.

— Tenho que ir — Gabriel avisa.

— Não quer mesmo jantar conosco? — Dr. Hugh pergunta e eu torço para que o Gabriel recuse o convite.

Seria cansativo demais aguentar provocação dele e do Nathaniel a noite toda.

— Algumas pessoas precisam trabalhar — Gabriel responde.

E sem dizer mais nada, ele vai embora dispensando de forma rude a companhia da funcionária até a porta. Nem o Nathaniel nem o médico comentam o comportamento grosseiro do Gabriel. Devem estar habituados a isso.

— Obrigado pelo convite — Nathaniel agradece. — Entrar aqui é como voltar para a minha infância.

Olho curiosa para ele depois desse comentário.

— Foram muitas tardes passadas aqui — Dr. Hugh comenta e me deixa ainda mais confusa.

— Hugh e meu pai são melhores amigos desde sempre — Nathaniel me explica, devo ter uma interrogação estampada no meu rosto.

— Por favor —o médico diz, fazendo um gesto para entrarmos na sala de estar —, sintam-se em casa!

Quase tudo é branco e bege, o que faz um contraste curioso com os sofás bordô. A decoração e os lustres são de um preto fosco e dão um toque de elegância ao ambiente.

— Sua coleção está cada vez mais impressionante — Nathaniel diz quando nos deparamos com alguns quadros.

Doutor Hugh sorri enquanto um dos funcionários pede minha bolsa para guardar.

— Obrigado, Nathaniel! E você, Emily? Aprecia arte? — pergunta, mesmo sabendo que de onde eu venho não é possível conhecer arte, é algo praticamente inacessível nos Setores.

Esse tipo de pergunta é uma forma sútil de inferiorizar os Setorianos. Não tenho dúvida que a intenção dele seja depreciativa.

Mas antes que eu possa responder, passos de salto alto se aproximando roubam a nossa atenção.

— Peço imensa desculpa pelo atraso — Dra. Meredith diz, entregando a bolsa para a funcionária com um sorriso educado. — Uma cirurgia demorou mais do que eu tinha previsto.

Eu deveria ter imaginado que a outra convidada seria ela, afinal, Dr. Hugh e ela devem ser amigos.

— Nossa agenda é bem imprevisível, Dra. Meredith, não precisa se desculpar — o médico diz. — Fico contente que tenha conseguido vir.

—Não perderia esse jantar por nada — ela responde com a voz animada. — Obrigada pelo convite, Dr. Hugh. Vossa Alteza — Meredith diz, fazendo uma reverência na frente do Nathaniel, que a cumprimenta de volta com um sorriso gentil. — Emily, como você está?

Surpreendo-me com o abraço breve que Meredith me dá.

E ela está linda.

O cabelo loiro cai brilhante e levemente ondulado ao redor do rosto perfeito e sorridente. A postura ereta consegue competir com a do Nathaniel, o que faz eu ter que me esforçar para não relaxar os ombros.

— Estou bem, obrigada — respondo, sem conseguir desviar os olhos dela.

— Graças a você — Dr. Hugh diz. — Soube que o tratamento para a imunodeficiência tem dado resultado.

O sorrido da Meredith fica um pouco maior agora.

— Felizmente sim — a médica comenta. — A prova disso é que a Emily não precisou ir a nenhuma consulta nas últimas semanas.

— É verdade — afirmo, torcendo para que eles mudem de assunto.

Não quero discutir minha saúde na frente do meu Mentor.

— Isso são ótimas notícias — Dr. Hugh diz. — Não são, Nathaniel?

— Ele já sabia — Dra. Meredith diz. — Toda semana o Nathaniel me liga para perguntar sobre a saúde da Emily.

Desvio os olhos para o meu Mentor que passa a mão no cabelo e faz um movimento com a boca que, mesmo sem ser um sorriso, faz a covinha aparecer.

Também não deixo de notar que a médica tratou o Nathaniel pelo nome e soou bastante natural, como se tivessem algum tipo de proximidade.

— Como ela nunca reclama de nada e sempre afirma que está bem, me sinto obrigado a recorrer a você para ter certeza — Nathaniel se justifica. — Como mentor da Emily, é apenas minha obrigação.

Meredith dá um sorriso como se não acreditasse que o motivo seja realmente esse.

E eu queria perguntar ao Nathaniel porque ele se importa, mas não consigo nem olhar para ele. Saber disso, por alguma razão, me faz corar.

— É uma pena que o James não tenha continuado como seu Mentor — Dr. Hugh diz —, embora eu nunca tenha duvidado que você ficaria muito bem com o Nathaniel.

— Sinto falta do James — digo e arrependo-me assim que termino de falar. Preciso corrigir isso. — Mas tem sido um prazer ter Sua Alteza Real como meu Mentor — minto, sorrindo e olhando para o Príncipe à minha frente.

— Ela é tão adorável — Nathaniel diz, mas sinto os olhos dele me acusando. Não posso culpá-lo, quase disse algo que não deveria. — Sinto muito pelo James, mas fico feliz que seja eu a acompanhá-la aqui na Matriz.

— A população também está achando o mesmo — Meredith fala com um sorriso divertido.

A conversa flui fácil e divertida até sermos levados para a sala de jantar.

*

Depois do jantar, que, ao contrário do que eu imaginava, foi agradável, seguimos para a área externa da mansão.

No caminho para a piscina infinita com vista para a Muralha, as palmeiras são iluminadas por luzes embutidas no piso de pedras brancas.

E o cenário é completado por essa brisa morna que nos envolve.

Tudo parece perfeito!

Sentamo-nos nas cadeiras confortáveis e Dr. Hugh começa a nos contar a história da construção da atual Muralha. Ela é bem mais recente do que eu imaginava.

E é interessante descobrir um pouco mais sobre o mundo que nos rodeia, mas, somos interrompidos por um funcionário e o toque de um celular.

— Me desculpem — Meredith diz, pegando a bolsa da mão da funcionária e a coloca em cima da mesa. Ela começa a tirar objetos até encontrar o celular que não para de tocar. — É só um alarme — comenta envergonhada assim que desativa o som.

Nathaniel pede licença da Meredith e pega o livro entre os objetos espalhados.

Você se torna eternamente responsável pelo que cativa — ele diz, enquanto folheia o livro.

Sorrio involuntariamente.

E ainda estou pensando na frase que ele citou quando vejo Nathaniel olhar para mim e sorrir de volta.

Um sorriso debochado, por eu ter baixado a guarda por um momento, e me odeio por isso.

Meu sorriso se desfaz e meus olhos estreitam, mas o dele continua prepotente.

— É uma das minhas frases preferidas — Meredith comenta, pegando o livro que Nathaniel entrega para ela, e forço-me a encará-la.

— Você tem tempo para ler? — Dr. Hugh pergunta.

— Não tenho — Meredith responde, guardando o livro na bolsa enquanto tento descobrir o título dele, mas não consigo. — Já faz dois meses que comecei e ainda não cheguei nem na metade. Ontem, por exemplo, consegui ler só um parágrafo.

Dr. Hugh parece querer fazer mais algum comentário, mas acaba se encostando na cadeira enquanto dá um gole no copo de whiskey.

E então a conversa toma outros rumos até meu Mentor decidir que está na hora de ir embora. Felizmente, ele pode alegar qualquer situação para nos retirar dos eventos e jantares, o que é ótimo.

Já esgotei minha capacidade de ser sociável hoje.

Despeço-me do Dr. Hugh formalmente.

Mas, de novo, Meredith é um pouco mais calorosa comigo.

E gosto disso.

Seguimos para o carro em silêncio, mas consigo ver um sorriso debochado no rosto do Nathaniel.

— O Pequeno Príncipe — ele diz, e a covinha no rosto dele nunca pareceu tão irritante.

— O que? — Minha pergunta sai ríspida.

— O título do livro — responde. — É um clássico e há outras frases lá que farão você sorrir.

Não respondo, e ficamos em silêncio até chegarmos à Torre.

https://youtu.be/u1D1AgDfreg

Ponha seus lábios perto dos meus
Contanto que eles não se toquem
Fora de foco, olho no olho...
...Mas você é areia movediça
Essa ladeira é traiçoeira
Esse caminho é imprudente...
...E eu, eu, eu gosto
(Treacherous | Taylor Swift)

Como prometido, aqui está o motivo de a Emily não voltar a usar verde kkkk Tem como o nosso Reizinho ser mais debochado?

Até amanhã!

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