Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 37

— Nenhum outro Curado recebeu tantos presentes — a recepcionista diz quando mais um funcionário entra com várias caixas nas mãos e as coloca em cima das outras na mesa de centro. — Vou pedir mais alguns vasos para colocar os buquês.

— Obrigada — respondo, olhando para as flores de todas as cores em cima do aparador.

E esse é meu lembrete de que falhei em não me tornar popular.

Fecho a porta quando me deixam sozinha, e só consigo pensar em uma coisa.

Lucas!

Eu deveria estar feliz por faltarem poucas horas para o nosso reencontro, mas a Matriz me tirou isso também.

Tudo o que eu sinto é uma angústia suprimir meu peito e minha garganta, e rapidamente meus olhos estão lagrimando de novo.

Não vou conseguir fazê-lo sofrer.

Mas preciso.

Nathaniel foi bastante claro quanto a isso, a ameaça é real.

Assim que trazem os vasos, coloco os buquês dentro deles e vou para o Centro de Beleza, onde combinei apenas com Ryan e Sean dessa vez.

Um tempo atrás, eu não teria pedido para me produzirem para meu encontro com Lucas, mas quanto mais diferente eu estiver, mais fácil vai ser para ele acreditar em mim.

Mostro para os meus consultores o vestido cor de rosa que escolhi, e rapidamente eles decidem como será a maquiagem e o penteado.

Quando Sean levanta o meu rosto para fazer um delineado, sinto que meus olhos estão inundados.

Ele é discreto, mas Ryan me vê pegando um lenço para enxugar as lágrimas e não se contém.

— Você estava tão feliz ontem no Baile, mas hoje está tão triste, Emily — Ryan comenta. — Quem você vai encontrar?

— Um... — hesito —, amigo.

Não posso dizer nada além disso.

— Se quiser conversar, nós estamos aqui — Ryan me encoraja a continuar.

Além de não poder, isso só me faria chorar mais.

Por isso, tento resolver a situação.

— Obrigada, mas está tudo bem. Além disso, não é justo — digo, e os dois me olham curiosos. — Vocês sabem tanto sobre mim e não sei nada sobre vocês. Por que não me contam algo?

Preciso desesperadamente de distração.

Lucas nunca acreditaria em mim se eu aparecesse com os olhos ainda mais inchados e vermelhos.

Para a minha sorte, não preciso pedir de novo.

Depois de uma hora e meia, fiquei sabendo tudo o que havia para saber sobre os dois. E em vez de chorar, até consegui rir algumas vezes.

Nem ao menos senti o tempo passar.

— Linda, Emily — Ryan comenta. — Você está pronta!

Não!

Não estou pronta para partir o coração do Lucas!

*

Quando a porta se abre, vejo Lucas encostado na janela, com uma perna flexionada contra a parede e as mãos no bolso.

Ele está de cabeça baixa, parecendo perdido nos próprios pensamentos.

Fico parada por algum tempo olhando cada detalhe perfeito, contendo-me para não correr para os braços dele e estragar tudo de uma vez por todas.

Preciso me controlar.

Mas meu coração começa a bater tão acelerado que acho que ele consegue ouvir. Ou eu devo ter suspirado alto demais. Não tenho certeza.

Lucas levanta a cabeça e me dá um sorriso lindo, que faz todas as dores passarem por um momento. Involuntariamente, sorrio de volta, e este vai ser o único sorriso verdadeiro de toda a nossa conversa, o sorriso por vê-lo.

Eu o amo tanto.

E é por esse amor que eu tenho que conseguir fazê-lo acreditar em mim.

Começo a andar na direção dele, mas todo o meu corpo está lutando para fugir daqui. Minhas pernas pesam, minhas mãos tremem, minha visão desfoca.

Suspiro quando chego tão perto que consigo me perder nos olhos castanhos dele. Há tanta tristeza e cansaço, e meu coração quase para.

— Já não estava aguentando passar mais nem um minuto sem ver você. — A voz dele é um pouco mais alta que um sussurro, tão suave quanto as mãos tocando as minhas e me puxando para um abraço.

E isso é mais do que consigo suportar.

Encosto a cabeça no peito dele, e o sinto dar um suspiro longo.

Penso em tudo o que queria dizer para ele agora.

Também estava morrendo de saudade de você.

Me leva embora, Lucas.

Eu te amo mais do que tudo!

Mas sei que tenho que ser fria se quiser que ele acredite em mim.

— Oi, Lucas — digo, ainda envolvida pelos braços dele, ouvindo minha voz falhar.

Afasto-me do abraço quando noto que ele não vai fazer isso.

— Você está curada! — Os olhos dele brilhando por me ver bem me desestabilizam. — Como você tem estado?

O amor e a preocupação dele me paralisam por um momento, e preciso fazer um esforço para me manter firme.

— Bem, obrigada. E você? — Quero saber como ele está, mas tenho que mostrar que já não me importo tanto. Por isso, continuo. — Como estão Clairy e Mike?

Olho nos olhos dele e nunca imaginei que algum dia isso seria tão difícil

— Estão bem — Lucas responde. Pela mudança no olhar dele, sei que ele já notou algo diferente, e isso parte meu coração. — Mike sente sua falta. Ele a viu na televisão ontem, todos nós vimos.

Preciso parecer diferente.

— Sério? — A empolgação que coloco na minha voz faz com que a pergunta soe muito artificial. — O que ele achou?

— Que você parece diferente — Lucas responde, encarando-me com cuidado. Mas então sorri e continua. — Eu não acho. Você continua a mesma. Apesar de um pouco mais linda do que antes, como se fosse possível.

Ele segura uma mecha do meu cabelo curto e sorri.

Não!

Como ele pode dizer isso mesmo tendo me visto com o Nathaniel e com todas as suspeitas de que está acontecendo algo entre ele e eu.

E o Lucas viu, ele acabou de dizer que viu.

— Mike tem razão — comento, e minha voz não treme. — Eu não sou mais a mesma.

Lucas olha para a minha mão, para o anel de diamante imponente que diz que sou melhor, que sou saudável. Ele também deve notar que já não uso o anel do meu pai.

O anel que ele me deu e que devolvi na nossa despedida provavelmente está pendurado no cordão que vejo no pescoço dele caindo para dentro da camisa, mas não consigo ter certeza e não posso perguntar.

— O que você está falando? — pergunta, com um sorriso confuso. — Nada disso torna você diferente.

Respiro fundo.

— Achava que isso seria mais fácil. Que você conseguiria ver, Lucas, porque está explícito. Minha vida agora é bem diferente, e estou gostando dela.

— E não há nada de errado nisso — ele diz.

Mas fica em silêncio a seguir, provavelmente tentando ler nas entrelinhas.

— Você tem que fazer o mesmo, Lucas — digo, aproveitando-me do silêncio dele e das dúvidas que acho que começaram a surgir.

— E o que seria isso? — pergunta, estreitando os olhos.

— Seguir em frente.

Não hesito, e isso parece assustá-lo.

— Estou fazendo isso. — Há convicção em cada sílaba. — Estou cumprindo a promessa que fiz a você.

Mesmo sabendo que ele não tinha desistido, ter certeza faz vários tipos de medo passarem por mim. E isso me lembra porque tenho que fazê-lo acreditar em mim hoje. Ele não pode se envolver mais com a Resistência.

Ele está sendo vigiado pelo Nathaniel.

Pânico me atinge com força.

Respira!

— Lucas, não faça mais nada. Sei que disse que acreditava na sua promessa, mas não quero mais isso. — Faço uma pausa, tentando encontrar coragem para dizer o que sei que vai machucá-lo. — Nem sei mais o que sinto por você.

A ameaça do Nathaniel ressoa na minha cabeça me dando forças que eu achava que não teria.

— O que você está falando, Emily? Sei que esta mudança foi enorme e que você deve estar imaginando que o que prometemos um para o outro não é possível. Mas é.

Tenho que magoá-lo.

De verdade.

— Não quero mais aquela vida. Olha para a Matriz e olha para o lugar de onde viemos. — Vejo a dor surgir no rosto dele. — Não me adaptaria mais àquilo. E não quero mais ter que lutar para conseguir algo, já tenho tudo o que preciso aqui.

Os olhos deles brilham um pouco.

Acho que os meus também, porque a imagem dele começa a ficar desfocada.

— Não sei porque você está dizendo essas coisas, mas não, Emily, não acredito em nenhuma palavra — ele sussurra a última parte como se estivesse falando para ele próprio, tentando acreditar nisso. — Conheço você, sei que está mentindo.

— Acho que você não me conhece mais.

Ele coloca a mão no parapeito da janela e quase desisto de tudo quando vejo o símbolo do infinito do anel dele.

Queria colocar a minha mão por cima e dizer que estou fazendo isso para protegê-lo.

Gostaria de poder avisá-lo de alguma forma.

Mas não posso dizer para ele que a vida dele está em risco, senão ele vai deduzir que algo aconteceu, que eles suspeitam de alguma coisa.

Não posso falar nada sobre a Anna, sobre a forma como ela nos traiu.

Não posso, porque ele saberia que estou sendo ameaçada, e não duvido que ele arriscaria a própria vida para me tirar daqui.

— Por favor, me diz que está acontecendo. — A voz dele agora é só preocupação.

E não sei mais o que dizer ou o que fazer para ele acreditar em mim, mas tenho que tentar.

Reúno o resto das minhas forças.

— Tudo está acontecendo, Lucas. E tudo por que você achou que tinha o direito de decidir minha vida. Mas a verdade é que nem sei como agradecer por você ter feito isso por mim.

— Eu não acredito! — rebate, olhando-me nos olhos. Abaixo a cabeça incapaz de encarar a expressão confusa dele. E então ele levanta o meu rosto, forçando-me a olhar para ele novamente. — Eu não acredito! — repete.

— Você tem que acreditar, porque é verdade. — Não importa, ele não vai aceitar nada do que eu disser. Preciso machucá-lo agora, machucá-lo ainda mais. — Por isso, eu cancelei todas as passagens das próximas visitas que você me faria.

— Você fez o que?

— Nunca tive outras opções na minha vida, Lucas. Era você, aquele trabalho, aquela casa. Mas agora posso ter tudo, já tenho tudo. — Penso no Nathaniel e isso me dá forças para continuar. — Você sabe que nunca fui a favor de mudanças. E agora, mais do que nunca, quero manter as coisas como elas estão. Sinto muito, mas não vou iludir você. Só me promete que você vai seguir em frente e que vai deixar as coisas como estão.

Ele arfa de forma confusa, mas o olhar dele cai intenso sobre mim.

— Por que você não me diz a verdade?

— Estou dizendo, você só não quer acreditar. — Minha voz treme me traindo mais uma vez, e não o olho nos olhos dele. Preciso acabar com isso. — Adeus, Lucas.

Viro-me e tento andar em direção à saída, mas ele me abraça.

Eu paraliso.

Sentir os braços dele envolverem a minha cintura me causa ondas de dor insuportáveis. Só de pensar que esta pode ser a última vez que vou sentir isso, uma lágrima escorre no meu rosto.

— Você está sendo ameaçada e obrigada a fazer isso, já entendi! E provavelmente devem estar me vigiando, vou tomar cuidado. — Lucas sussurra no meu ouvido, tão baixo que tenho que fazer um esforço para entender. — E agora que você está curada, vou tirar você daqui.

Na voz dele transparece uma dor diferente da que eu queria ter causado. Ele sabe que estou sendo forçada a fazer isso. Só vejo preocupação.

E amor!

E desespero!

— É assim tão difícil acreditar que já não amo você? Nunca imaginei que você era tão presunçoso. — E agora sim, sei que o machuquei. Ele me solta e me afasto um pouco antes de virar para ele. — Acabou, Lucas. O que quer que a gente tenha tido, acabou.

— Você não pode fazer isso. — Meus olhos estão cheios de lágrimas, os dele também. — Não dessa forma, Emily.

— Não só posso como acabei de fazer. — Minha voz falha, mas não há nada que eu possa fazer para me manter inteira neste momento. Dói demais. — Acabou!

Lucas fica apenas me olhando, e consigo ver as certezas que ele tinha há pouco se desfazendo.

Quando sinto que não vou conseguir aguentar mais nenhum minuto sustentando essa mentira, viro-me e ando o mais rápido que consigo até estar bem longe dele.

Mas assim que entro na sala de espera, Nathaniel está lá.

— Ele não acreditou em nada do que você disse. — diz de forma acusadora. — O que ele sussurrou para você?

— Você escutou a nossa conversa? Isso é contra a lei! — Minha raiva se perde no meio minha voz abafada e tremida.

— Eu faço as leis, Emily. — Já tinha me esquecido do quanto ele consegue ser arrogante. — Você só tinha que fazer uma coisa, e falhou. E você sabe quais são as consequências disso, não vou ser tão tolerante como tenho sido até agora.

— Nem que eu fosse a melhor atriz do mundo, o Lucas nunca acreditaria em mim. Eu o amo, eu sempre amei. — Digo isso olhando nos olhos do Nathaniel. — Nada o faria acreditar no contrário.

— Se você o amasse do jeito que está dizendo, teria feito mais. É a vida dele que está em jogo.

Simplesmente perco o controle ao ouvir essa acusação.

Nathaniel não sabe o quanto foi difícil ter que falar aquelas coisas para o Lucas. Ele não conhece a nossa história.

Eu o odeio tanto!

Em um impulso, lanço a minha mão no rosto dele, mas ele consegue segurá-la.

— O que você entende de amor? — acuso. — Você é apenas frio e cruel.

— Você não me conhece. — A voz do Nathaniel treme de raiva.

Ele solta meu pulso e fica me olhando por alguns segundos antes de ir embora.

Assim que fico sozinha, ajoelho-me no chão sem conseguir controlar o choro ao imaginar como o Lucas deve estar neste momento.

A única coisa que me consola é que ele não está pior do que eu.

https://youtu.be/OWbDJFtHl3w

DO LUCAS PARA A EMILY
Você teve que me matar, mas isso te matou do mesmo jeito
Amaldiçoando meu nome, desejando ter ficado
Você se transformou em seus piores medos
E você está se corroendo em culpa, bêbada com essa dor
Apagando os bons anos
Veja como minhas lágrimas ricocheteiam

(My Tears Ricochet | Taylor Swift)

Alguém chorando aí?

E de 0 a 10, quanto está o ódio pelo Nathaniel?

Aviso: só haverá capítulos novos na próxima segunda. Vou viajar e aproveitar para descansar um pouco. Quando voltar compenso com dois capítulos por dia sempre que conseguir. OBRIGADA por todo carinho!

Me sigam no Instagram: cristi_sil

Ahh, já enviei os marcadores :)

Até segunda!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro