Prólogo
Olá queridos leitores. Eu estava muito ansiosa para entregar esse prólogo pois ele trás uma cena muito importante para a primeira conexão dos nossos mocinhos, então espero que vocês gostem ❤
Ps: Se encontrar algum erro ou incoerência no texto, peço desculpas e que sejam gentis, estou aqui de coração aberto para receber críticas e sugestões.
A primeira vez que a observei, foi totalmente por acaso. Senti uma perturbação em meu peito que não sabia definir. Mas isso durou pouco. Eu estava atravessando o parque em direção ao campo com Bruna e, quando a vi sentada naquele banco, algo me chamou atenção. Olhei-a apenas de perfil, mas suas feições, marcantes e delicadas ao mesmo tempo, ficaram gravadas em minha mente.
Sempre que eu estava correndo na grama, me atrevia a olhá-la de longe, até o dia em que vi ela empurrando um carrinho de bebê cor de rosa, abraçada ao que suponho ser seu companheiro, e um lindo garotinho correndo ao redor deles. Uma família feliz e amorosa.
Então eu parei de olhar em sua direção. Com o tempo, parei até de notar se ela continuava sentando naquele mesmo banco de sempre no parque.
Foi bom fazer isso. Eu vivia em um eterno sofrimento e não era um bom momento para me encantar por uma mulher. Eu tinha responsabilidades, uma criança para cuidar e que dependia totalmente de mim. Não podia me dar ao luxo de uma distração.
Não era o momento certo.
— Bruna, por favor, fale comigo.
— Eu não quero falar com você. Quero correr sozinha!
— Bruna, me perdoa.
— Não!
— Bruna… — suspiro, cansado.
— Você prometeu! Você me deu sua palavra! Disse que nunca faria com que eu me sentisse sozinha e agora… agora… — ela gagueja, controlando um soluço.
— Querida…
— Eu te odeio, tio Átila!
— Eu estava trabalhando, droga! — grito. — Sei que eu deveria ter dado um jeito, mas preciso trabalhar para manter nossa casa, e você precisa parar de agir como uma criança mimada!
— Mas eu sou uma criança! — ela grita de volta. — E eu não sou mimada, sou uma órfã que queria que o tio estivesse em minha apresentação da escola. Tenho todo o direito de estar com raiva por você não cumprir as promessas que fez a minha mãe naquele maldito hospital!
Sinto a bile subir por minha garganta e um nó em meu estômago.
— Já mandei você não falar assim!
Paro de correr, ofegante, e a encaro. Bruna está com os olhos marejados e um brilho de revolta em seu olhar que eu conheço muito bem. Todos os dias vejo esse mesmo brilho quando olho no espelho.
— Você é um idiota, tio Átila. E EU TE ODEIO!
Ela sai correndo e eu cometo o pecado de achar que ela não irá se afastar do enorme campo de futebol em que estamos. Então, eu ergo os olhos para o céu, segurando a todo custo a raiva que sinto do mundo por permitir que coisas ruins aconteçam com pessoas boas.
Quando abaixo a cabeça, percebo que estou sozinho no campo e antes que o desespero me invada, ouço um grito agudo que vem do parque ao lado.
Minha cabeça vira naquela direção no mesmo momento em que pneus cantam no asfalto.
Eu não consigo me mexer.
E acho que também não consigo respirar.
Deus não faria isso comigo, certo?
Ele não tiraria mais duas pessoas de mim.
Àquela que era a única razão para eu ainda querer viver.
E àquela que talvez, um dia, eu deveria conhecer.
Por hoje é só, gente. Sei que esse início pode parecer um pouco confuso mas, ao decorrer dos capítulos, entregarei as peças que faltam para esse quebra-cabeças.
Não esqueçam de deixar seu comentário, votar e indicar para os amigos. Um xero imenso, e até a próxima semana 😘
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