Capítulo 7° - Merda, vamos morrer pra caralho
Stephanie Fearblood, vampira
'' Conta-se que há uma gruta. Trinta e três centímetros de altura, entre uma árvore que parece dizer 'saí fora' e um pedregulho talhado com o rosto do Davi Não Vaz. O coelho provavelmente vai te dizer: estou atrasado.'' A dedicatória do livro Não Há Maravilhas no País das Maravilhas, de Ecila Lewis.
'' Onde as casas são monstruosos castelos de cristal, as pessoas deuses e a estrada um arco íris feito de passado, presente e futuro. Mas Alice era frágil, fadada ao envelhecimento e limitações de uma mente perene... era diferente, novidade. Velho Crina Acizentada a quis, Casebre Novo a exigiu, Timo de Nau fez um pedido formal e Ja Ja Ja informou a todos de seu desejo pela pequena e única forma falha de vida no País das Maravilhas. Mais e mais vozes contoreceram-se para exprimir o mesmo interesse.
— Mas só há uma Alice - disse uma boca larga encimada por olhos azuis felinos. Flutuava no ar e os dentes eram afiadas navalhas. - Não é o bastante para todos os senhores.
— Que bichano tolo - Cutelo Rosado respondeu. - Basta que cada um tenha um pedaço.'' E após esse trecho Ecila Lewis concluira sua obra com um ''fim''.
Os ventos punham galhos a balançarem e folhas a caírem. Os odores de lebres, raposas, pássaros, cobras e mais escapavam a rota entre os troncos em uma cacofonia. A vegetação tinha tons vívidos.
— Uma vez ouvi uma pessoa dizer que havia encontrado a entrada para o País das Maravilhas.
Stephanie fitou para direita e Antony. A íris escura dele a encontrou de canto e um sorriso o subiu aos lábios grossos.
— Ela tinha dito para a bebida de todo mundo ser posta na conta dela, parecia uma mistura de oni e humano com pele branca, cabelos negros e chifres... eram chifres maiores do que de qualquer oni que já encontrei e tinham manchas rubras nas pontas. E olhos púrpuras, foi a primeira vez que vi alguém assim. Depois de rodadas de cachaça - Stephanie desviou o olhar. É só uma maldita história de bêbado. - danças e piadas toscas e ameaças do barista para saírem, ela contou... Não está interessada?
Stephanie deu de ombros.
— Então não vou continuar.
Cinco, seis e sete passos. A vampira mordeu o canto da boca.
— O que ela contou? - Stephanie, o mercador riu.
— A oni disse: Havia um pedregulho talhado com um rosto, mas o feminino de uma jovem, vampira a julgar pelos cabelos levemente ondulados e orelhas pequenas e ainda pontiagudas. A árvore estava morta, suas dezenas de galhos dobravam-se a frente do tronco como braços e tinha duas manchas azuladas que lembravam olhos zangados. Um coelho tentou arrancar a cabeça dela às dentadas.
A história prosseguiu até o meio dia. Das antessalas na caverna com pedaços de madeira velha no solo às ruínas do outro lado do buraco descrito na história de Ecila Lewis. Ruínas que ladeavam uma estrada de pedra preta, branca e cinza. As flores e árvores numa floresta negra, azul e rosa cujo chão eram raízes e abaixo delas um vazio cobalto. Os monstros, alguns dos que viviam do lado de fora, como pestes verdes, rompe túmulos, sombras vivas, cheiradores, lulas de lodo, e os demais, coisas difíceis de descrever, feras disformes e outros que mimicavam plantas e frutas e cadáveres de bestas e atacavam, crescendo uma bocarra e tentáculos, o que se aproximasse demais.
— Ela disse que no final da floresta, literalmente, porque tudo além dali era uma queda a nenhum chão ou água visíveis, havia uma estátua, feita com raízes, da garota com o rosto talhado na pedra da entrada. No centro dela um coração pulsava e expelia sangue formando uma poça ao redor da figura da menina. A oni o pegou, cheirou, ''era como um de uma pessoa viva a instantes atrás'' e o comeu, ''estava faminta'' ela disse, ''frutas e monstros não tem elevada posição no meu rank gastronômico".
Nojento. Parou, o braço dela subiu a lateral e frente de Antony que cessou o andar. O odor está se aproximando muito rápido. Stephanie inspirou profunda e novamente. Sete... dez... treze. A vampira engoliu em seco.
— Corra - falou, ele obedeceu. Stephanie atirou uma bola de fogo na árvore a cinco passos, e esquerda, de si e o seguiu, mochila enorme balançando frenética e ruidosamente.
— ⚔ — ⚔
Cinco sujeitos montados os rodeavam. Tinham armaduras de couro negra com partes em aço, um carregava a besta carregada e direcionada a Antony. Mais a frente seis outros, divididos entre a dianteira e laterais de uma carroça longa com dois no largo assento dos condutores.
Os punhos de Stephanie pairavam cerrados, a mochila repassada as costas do mercador e a espada que Antony ganhara de um senhor na vila não nomeada entre os dedos. Vão matar Antony e mesmo que nenhum feda particularmente forte de mana um grupo desse tamanho... os músculos da vampira tencionaram mais duramente. Mesmo os três elfos na estrada de Roma poderiam ter me vencido se houvessem lutado juntos. Presas a escapavam boca a fora e o sol diurno a esquentava o metal da armadura. Ou não, quebre a fomação circular, fique fora da linha direta dos que lutam a longa distância e... piscou com força, os dedos do pé pressionaram com vigor o solo. Não, Antony ainda morreria.
— Somos viajantes, não temos muito conosco agora, só algumas provisões e dois sacos de dormir, mas ficaremos felizes em ceder nossas moedas por uma passagem incólume - o mercador.
— É isso? O nosso amigo aqui acha que somos alguma puta barata... talvez o Vanderlei - a mulher, com rosto coberto por curta pelagem alva e olhos azuis, e riu e três outros acompanharam.
— Ei! - o sobre a égua castanha que passava à esquerda da vampira.
Os cascos soavam contra o solo. Estavam do outro lado da floresta Alice e separados da estrada de Roma por ela. Mantenha a calma, não são elfos. Havia o fedor na mulher montando um garanhão escuro, mas os demais... mestiços, licantropos, vampiros, um dos sentados na carruagem era humano e dentro... Dois, há dois elfos lá. Um tremor a foi nuca a sola dos pés.
— Acabamos de entregar uma encomenda, nosso contratante vai dar o resto do pagamento quando chegarmos, estou disposto a entregá-lo a vocês - Antony, empapado de suor, o sangue escapando de cortes mal fechados.
O pé esquerdo da vampira se ergueu e desceu com força. Um dos mercenários assobiou. Está vendo o símbolo de Sangue Branco? O mago com esferas circulando a cabeça? O olho vasculhou pela fresta do elmo os uniformes, eram estampados por um rato com chapéu de cozinheiro sobre peitorais e ombreiras e meia placas de peito metálicas. Não, não está.
— Acho que o seu colega enlatado não curtiu - o escuro com íris negras e barba cortada rente, o grupo gargalhou.
Siga passivamente o fluxo, entregue qualquer coisa menos o livro. Respirou fundo, o aperto no cabo da arma diminuiu.
— Quer saber - o que passava a frente de Antony, as íris subindo aos companheiros. - Matem ambos.
Os olhos da vampira abriram ao limite. O pressionar de gatilho e lâminas raspando em couro soaram. Stephanie girou para o lado e retaguarda, a espada subiu e encontrou a ponta do dardo disparado pela besta. O projétil foi acima girando e caiu fincada no solo. Lâminas brilharam sob manhã, uma lança, duas espadas e uma maça com espinhos.
Como? Aparou a lança com a parte chata da arma. Como? Puxou Antony para o chão e instantes depois aço inimigo cruzou o lugar onde o mercador tinha a cabeça. Como? Pendeu o tronco para trás e as espigas na maça a rasparam a placa de peito.
Como vou tirar nós dois vivos daqui?
Acertou uma espada a esquerda e pisou ao lado oposto para desviar a lança... que não terminou o movimento de estocada... uma finta. A maça a acertou o elmo. O mundo piscou, uma tela branca e chiado agudo. Então voltou. Pés começavam a deixar o chão e corpo ia para o lado e ar, cabo da arma a meio milímetro de cessar o contato com a mão.
Mordeu o lábio, sangue e dor vieram, cerrou os punhos, firmou as botas contra chão e aparou o golpe de uma espada longa. Arfando, uma ligeira silhueta seguia tudo, um assobiou soava na cabeça. Merda, vamos morrer pra caralho.
Mas pode fugir sozinha. Um arrepio a percorreu espinha acima e abaixo. A besta terminou de ser recarregada e disparou, Stephanie desviou, agarrou a haste e a lançou na axila do que usava a maça. O grito escapou alto, o projetil atravessara até a borda da contraponta. A íris da vampira foi de canto a mochila com Antony. Pegue e fuja, ao menos um irá sobreviver. Mordeu o lábio inferior e o gosto do próprio sangue encheu a boca. Xingamentos soavam dos oponentes montados, os golpes continuaram a descer e serem aparados e esquivados, o ferido recuara praguejando.
Você não precisa dele, pegue a mochila e siga sozinha. Quebrou o cabo da lança e uma espada a mandou um passo adiante com um acerto de raspão na traseira do elmo. Deixou o livro do garoto necromante para trás por ver o moleque derreter. Agarrou o cabo da lança. Abandonou a salvação do seu pai por medo. Fez a arma partida atravessar a coxa do cavalo, que relinchou, cujo montador praguejou e esteve subitamente indo de encontro ao solo. Deixar esse licantropo mestiço para trás não vai ser um décimo tão difícil ou vergonhoso.
Pulou sobre o animal caído, pisou no braço da espada do cavaleiro e pousou a própria lâmina no pescoço dele enquanto o agarrava uma das orelhas felinas. Os demais cessaram o movimentar.
— Solte ele - a mulher, atravessando uma perna para sair da montaria. Stephanie pressionou o aço contra a garganta do refém um tanto mais e ela ficou imóvel. - Mate-o e não vamos descansar até que morra. Abaixe a arma.
Fogo? Considerado a quantidade de mana o da direita não iria sair com menos de uma queimadura de segundo grau, mas o resto resistiria a mais calor do que quero gastar de energia pra criar. Terra? Poderia afundar o cascos dos cavalos... o da esquerda fedia a vampiro, poderia sentir o cheiro e reagir e...
— Paro, paro, paro - da direção da carruagem. A íris da vampira deslizou ao gordo coberto de pelagem escura andando rumo a eles. Um dos três a cavalo próximos ao veículo o seguindo de perto. - É aquele, tu, menino Ant? Ou meus olhos e ouvidos açoitados pelo tempo me enganam?
— ⚔ —
— E como vai o cachorro velho do seu pai?
— Tossindo como quem vai pôr para fora as tripas, mas garante que dançará ao som de ''E os vermes tiveram seu banquete'' sobre sua cova.
O licantropo gordo riu.
— Pois o diga que contratarei as melhores cortesãs da Bélica para o pós-festa do enterro dele e o deixarei o caixão aberto para que fique na vontade!
— É capaz do velho ressuscitar pra participar disso.
Gargalharam.
Estavam sentados no assento do condutor da carruagem. Stephanie no canto esquerdo e lado de Antony que estava a direita do sujeito obeso com orelhas de raposa e estrutura da boca projetada animalescamente para frente, na outra extremidade um humano de cabelos longos e olhos estreitos fitando o camino.
— Pode tirar o capacete, Maria, depois do que fez minhas crianças a temem mais do que os teme. Que habilidade e força e velocidade, menina! Eu mesmo temo pelo que teria ocorrido se o confronto continuasse, Maria - o gordo, com um sorriso longo no rosto. O mercador havia dito que esse era o nome da vampira e Stephanie não negou. - Enfim, deve estar um calor dos demônios aí dentro, não?
Balançou uma negativa. Estava suando, mas o rosto poderia fazer crescer uma suspeita de ser da Cruz do Primeiro e a julgar pelo tempo a notícia do ocorrido já devia ter se espalhado. Aqueles trajes, não estarem indo pela estrada de Roma, o odor de sangue com baixos nutrientes de pessoas no cargueiro do veículo. São criminosos fazendo tráfico de gente? Talvez e isso bastava para manter o elmo no lugar.
— Se a apetece. Mas tem um currículo interessante, não? Que criaturas os atacaram nesses cinco dias, Ant? Repita para o Sakamoto aqui ao meu lado ouvir.
Ele os contou. ''Falsos vampiros'', morcegos com lâminas venenosas nas asas que se alimentam de qualquer criatura de sangue quente, ''predadores'', seres humanoides sem braços e com cabeça e patas, que saem da barriga, de aranha e cuja pele mimica as cores do ambiente, ''engolidores de alma'', sombras em formatos de raposas que comem núcleos de mana, o que leva a morte, e ''goblins'' variados, verdes, cinzas, grandes e magos.
Isso sem começar a citar os que não deixaram o território para nos perseguir. Stephanie fitou a floresta, a maioria ingorara o mercador. O estômago da vampira contorceu-se, ele estaria morto de outro modo, você não é capaz de proteger ninguém.
Havia passado seis dias desde que deixaram a vila não nomeada e apenas o primeiro destes decorreu sem ataques.
— Os falsos vampiros não se afastam uma dezena de metros das suas cavernas, os predadores devoram ursos e javalis e os engolidores são bestas do inverno. É um mentiroso assim tão ruim, rapaz? - o humano na extremidade do assento, sem desviar a face da frente, e então a íris negra encontrou o licantropo gordo. - Se quer fazer uma proposta, faça.
A carroça gemia tenuamente enquanto avançava por um campo marrom pálido com desníveis e pedras de tamanhos variados. Iam a sul.
A cabeça de Stephanie latejava e as pálpebras pesavam, o corpo pendia lentamente para esquerda e direita e então se endireitava ao sentir tocar Antony ou a tábua vertical na borda do banco. Não durma, não durma.
— Olha, seu rabugento, o menino não tá mentindo. Harpias nos atacaram, ora pois. E aqueles ratos florais enormes? Mommy avisou na carta, ela sabe das coisas. Só porque o Josias mentiu aquela vez...
— O pai desse moleque mentiu várias vezes - a cabeça se estendeu adiante e virou ao mercador. - E você acha que esqueci do Tora? Mil ex de ouro não se esquecem, garoto. Um dia hei de provar que vendeu ele sozinho e ficou co...
Os olhos rubros da vampira fitaram esbugalhados o humano. O gordo bateu uma mão na outra ruidosamente.
— Ora homem, que aborrecimento! Chega, visse?! - disse.
Eu ouvi direito...? O coração acelerou uma batida e o encarar deslizou a Antony. Estava sujo de poeira, a boina com rasgos e uma orelha de cervo escapando por um, cortes fechados e arranhões marcavam-no rosto e garganta. Stephanie mordeu o canto da boca e fitou adiante.
Então girou a ele, abriu a mochila grande no colo do mercador que perguntou o que foi, pediu calma, pra esperar um pouco, e Stephanie puxou para fora a menor que tinha o livro dos reis e a abraçou a frente do torso.
Antony a olhou por três segundos, piscou duas vezes, soltou o ar pela boca e fechou a bolsa grande.
— Não é o que deve estar pensando.
Sete dias acima ficava Babel, ruínas a leste de uma montanha e com fronteiras demarcadas por rios de água fumegante. Setecentos anos antes havia sido uma cidade com uma enorme torre encimada pelo dragão Sekh, as terras a leste e sul dela, por centenas de quilômetros, eram verdes e repletas de lagos e ovelhas, veados e porcos do mato. Sekh comia os monstros e pessoas vindas de fora que carregassem armas ou atacassem alguma de Babel.
Stephanie fitou a terra seca e marcada por pedras. Mas um dia Sekh inundou a cidade com vapor, destruiu as construções e matou tudo que vivia ali. Por duzentos anos as águas de lá foram mortais, durante trezentos depois causavam gripe, febre e disenteria, e até hoje são quentes e despidas de vida. Escorpiões e ratos monstruosos e vultos negros rondam as ruínas do lugar e comem uns aos outros e tudo que se aproxima apesar de expedições aparentemente bem sucedidas para limpar o local terem ocorrido sete vezes.
— É um bom acordo.
Tinham parado na borda da floresta Alice, cavalos pastavam e mercenários comiam, com exceção de um trio enviado para checar os arredores. Stephanie estava ao lado de um bordo com folhas alaranjadas, o mercador à direita e o grupo de criminosos, e a carroça com pessoas para serem vendidas, a vinte passos e frente.
Fitou o mercador de canto com as pálpebras semicerradas e boca rígida. Saia de perto de mim. Encarou o veículo, a longa estrutura coberta com pano ligada ao banco do condutor e bois.
— Ratatouille é uma organização poderosa e antiga, se aceitar trabalhar para ela até Sangue Branco teria problemas tentando te alcançar. Tem pessoas de todo o continente e espalhadas por todo ele naquele grupo.
O licantropo gordo, Juventino, havia feito a proposta logo depois da vampira ter pego a bolsa com o livro dos reis na mochila grande. Disse que era influente no grupo de criminosos da ''Mommy'' e ela receberia Stephanie se apresentada por ele. E sabiam quem era, ''está tudo aqui, na carta que a Mommy mandou'' e a mostrou. ''Sempre está muito disposta a acolher talentos, aquela lá. Uma lutadora como você? Mommy iria até mesmo propor um de seus melhores contratos''.
— E o ouviu, os guardas estão averiguando todos que chegam a Semiramis e detendo os vampiros. Mas isso não seria o caso para esses caras - Antony, fitando o horizonte.
''Se junte a escória que trafica pessoas para serem usadas como objeto por outras''. Os punhos de Stephanie fecharam. Eu deveria matá-los e salvar as pessoas na carroça. ''Vendeu ele sozinho e ficou co...'' as palavras do humano sobre o mercador ainda ecoavam. Encarou Antony de soslaio, dentes de cima e baixo pressionando-se vigorosamente. E deveria socar você bem forte.
— Eu entreguei Tora a família de um amigo dele que tinha se mudado, os pais do garoto haviam morrido e ele tinha sido capturado por Juventino e alguns outros - Antony, Stephanie puxou ar mais vigorosamente. Não havia fedor de agitação ou ansiedade comuns a mentiras no sangue do mercador. - Se quiser podemos entregá-los aos guardas quando chegarmos a Semiramis.
A boca da vampira abriu, fechou. Três segundos e umidade subiu às íris e o rosto dela virou para o outro lado. Devia ter dito logo, seu idiota. Fungou e esfregou os olhos, as pálpebras desceram com força e subiram. O vento frio a acertou rosto e pôs fios a balançarem. Um coelho saiu da vegetação correndo e o mercenário da lança correu até ele. Uma bocarra voou floresta a fora, devorou animal e metade superior de torso e cabeça do homem.
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