Capítulo 1 - parte 1
O mar estava agitado a noite, ondas muito altas acertavam o navio que levava o jovem rei de Vakker Abrahamsen. A tripulação estava calma apesar de tudo, não era a primeira tempestade que eles haviam pegado em alto mar. Mas nenhum deles poderia imaginar que existiria um arquipélago de pedras escondido no meio daquela confusão de ondas de água salgadas e chuva forte acompanhada de muitos trovões. Criados e criadas corriam de um lado para ao outro fazendo de tudo para expulsar aquele monte de água do convés. O rei Erik tinha que chegar até o enterro do pai de seu primo, antigo chefe do clã que sua mãe nascera, quando amanhecesse mas tudo estava dando errado.
Quando o navio se chocou de frente as pedras, várias pessoas foram lançadas junto com o impacto, sendo seguido de uma onda enorme contra as pedras pontudas, o navio ganhou vários furos em seu casco e rapidamente se espetou nelas os impedindo de fugir daquela encurralada, ondas e mais ondas atingiram o navio varrendo os que estavam ali sem se importar se eram pessoas nobres ou até mesmo o rei Erik.
No desespero de todos querendo apenas sobreviver o único levemente estável considerando o momento, mesmo com medo e pânico naquele momento era o rei e seu companheiro fiel além de guarda pessoal Brayan, a única criada ainda não varrida pelas ondas Erik puxou para si a abraçando enquanto Brayan gritava ordens com os homens que sobraram. Mas isso tudo de tentar permanecer no barco iria ser em vão, o rei sabia disso e então gritou a ordem para que todos deixassem o barco pulando no mar, ele mesmo logo em seguida fez isso sem soltar a jovem simplesmente a levando consigo junto ao encontro da água gelada. Bravamente ele não a soltou nenhum instante e tudo que fez foi prendê-la a si mesmo quando afundaram no mar agitado lutando para nadar e se agarrar em algo até quando ele perdeu a consciência.
Erik ao acordar apenas tossiu deixando a água sair de seus pulmões para depois buscar ar, o sol forte quase o cegou quando abriu seus olhos, os fechou novamente, ali ao lado dele em prantos a criada que ele tinha puxado no meio da confusão sorria aliviada.
– Majestade!
Ele se sentou abrindo devagar os olhos de novo para se acostumar com a claridade e ela se curvou na areia, rapidamente ele segurou seu braço em sinal de que não deveria fazer aquilo naquele momento.
– O senhor salvou minha vida, meu rei! Eu te devo isso e muito mais!
– Qual seu nome?
– Idália, meu senhor.
– Idália! Não me agradeça, esse é meu dever como rei que meu pai me ensinou, colocar meus súditos acima de tudo.
Ele observou em volta o local em que estavam, constatou que ali era uma ilha não registrada nos mapas afinal não existia neles qualquer local seguro de terra próximo a aonde naufragaram. Quando Erik viu ao longe seu amigo e mais dois de seus homens se acalmou por saber que não estavam sozinhos e que haviam sobreviventes.
– Majestade. – Brayan diz parando de correr assim que chegaram até ele.
Erik aflito pelo o que aconteceu na noite passada esfregou seu rosto, não pensando nos bens materiais perdidos ou no enterro obviamente já perdido, mas nas vidas que foram perdidas.
– Quantos sobreviventes? – Os três homens se olharam sem dar uma resposta, mas Brayan decidiu afirmar aquilo apontando para cada um ali – três, quatro, cinco. Cinco sobreviventes! Se tiver mais alguém não fazemos a mínima ideia.
O rei suspirou triste com aquilo, haviam quase de cem pessoas naquele barco incluindo alguns nobres, soldados e muitos criados.
– Majestade – Frederico o chamou para ver o que tinha em mãos
Uma espécie de lança feita com um pedaço de madeira, cipó e pedra lascada.
– Existem nativos agressivos nesse lugar, precisamos sair deste campo de visão aberto se queremos ter alguma chance
– Como sabe que são agressivos?!
– Achamos um dos criados morto na beira da praia no nosso caminho até aqui e foi uma lança desta que o matou!
Clóvis ajudou a jovem Idália a se levantar visto que o rei se levantou sozinho primeiro observando a floresta densa atrás deles.
– Estamos sem armamento algum então não podemos contra esses nativos.
– Isso é preocupante.
– Podem ter animais selvagens também aqui. Pensaram nisso?! – Idália disse amedrontada com a ideia.
Clóvis e Frederico se encaram sem saber como reagir a Idália, nenhum deles sabia como agir a presença da mulher. Brayan apenas segurou os ombros curtos da garota dizendo que iria ficar tudo bem para a acalmar, conseguindo que ela ficasse pelo menos sem imaginar aquele tipo de coisa novamente.
Erik tirou as roupas pesadas e molhadas que usava ficando apenas com a blusa fina, calça e os sapatos que secariam mais rapidamente com o sol. Idália deixando Brayan rapidamente arrancou da mão dele aquelas roupas fazendo aquilo ela mesma como se fosse um crime que ela o deixasse tirar suas roupas sozinho, afinal ele era o rei e tinha que ser cuidado.
Enquanto Clóvis e Frederico discutiam sobre o que fazer Brayan se aproximou ficando ao lado do seu amigo.
– Diga Erik, o que devemos fazer? Você é o nosso líder.
Ele observou o rosto de cada um e se sentou de novo na areia aproveitando a pedra de encosto para se deitar, ele estava cansado e seu corpo implorava por horas de sono de verdade.
– Vamos descansar! Clóvis, Frederico, Brayan e Idália, apenas vamos descansar! Ninguém sobrevive exausto, ainda está bem cedo pela posição do sol então podemos descansar até a tarde!
Os três obedeceram numa boa e se acomodaram nas pedras, Brayan riu e deixando todas as formalidades de lado para puxar o seu rei e erguê-lo do chão para que ficasse de pé.
– Vamos andando, a menos que todos queiram virar camarão! O sal da água e o sol forte vão fritar nossas peles – Ao ouvir as palavras de Brayan, Erik apenas suspirou desanimado
– Quanto tempo acha que vão demorar para achar esse lugar?
– Não tem como saber, apenas vamos entrar naquela floresta e tentar não morrer. Sabe por que? Porque você, Erik, é o rei.
– Cadê o respeito por mim, Brayan? – Ele riu
– Vossa majestade, por favor, vamos logo atrás de água boa para beber, nos refrescar e poder descansar bem.
– Certo, certo, vocês dois estão responsáveis por cuidar de Idália ou quem sabe o contrário – Erik disse para Clóvis e Frederico enquanto pegava suas roupas da pedra.
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