Tiro ao alvo
— Aqui encima tá frio pra porra. — disse Sanzu enquanto se sentava do meu lado e puxava as mangas do seu moletom para cobrir as mãos.
— 23:25 da noite. Nesse horário costuma fazer frio mesmo. — respondo enquanto carrego rifle de precisão. — Tá vendo aquele velhote?
— Tá meio complicado. Ele deve estar em uma cela afastada ou em uma solitária. — ele responde enquanto olhava com atenção toda a extensão da prisão com um binóculos. — Ei! Achei! Achei!
— Onde?
— Ala a leste, segunda janela. Olha. — ele diz e me dá o binóculos.
Colocou o objeto no rosto e olho para a direção que Haru me disse, e realmente é aquele velho, ele está sentado na cama e está sozinho na cela.
Entrego o binóculos para Sanzu e em seguida me deito de bruços ali, posiciono o rifle e digo:
— Agora ele morre.
Miro na cabeça daquele puto, e não penso duas vezes antes de puxar o gatilho, e quando isso acontece ele cai no chão e um guarda que estava ali se assusta e aciona o alarme de alerta.
— Corre! — diz Sanzu e me ajuda a me levantar e juntos começamos a correr de volta para o meu carro.
Eu assumo o controle do carro e começo a dirigir em alta velocidade pela estrada, me afastando o máximo possível dali.
— Que aventura e tanto.
— Concordo, Haru. Valeu por me emprestar o seu rifle e ter vindo comigo aqui.
— Amigos são para isso, certo?
— Valeu mesmo.
Continuo meu trajeto até chegar na casa do Sanzu, onde deixo ele e depois sigo a caminho de casa, tento a total consciência de que o Ran deve estar em casa apreensivo sobre o que eu fiz. Mas quero e espero que ele entenda que foi para o bem dele, afinal aquele tarado tem muito dinheiro, ele podia facilmente pagar fiança e sair de lá e votar a infernizar o Ran.
Preferi fazer justiça com as minhas próprias mãos.
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Escuto o som do carro do Rindou quando chega em casa. E assim que ele passa pela porta, cruzo os braços e questiono o que ele fez.
— Rindou Haitani. O que você fez?
— O que eu deveria fazer a muito tempo. — ele diz e vai até a cozinha. — Aquele tarado nunca mais vai te infernizar. Ele tá morto.
— Você matou ele?! Ficou louco?!
— Calma aí Ranabelle. Ele que ficou louco achando que podia tentar segundas intenções com o meu irmão. Aposto que esse puto não fazia ideia que nós somos os emblemáticos irmãos Haitani de Roppongi.
Olho para Rindou e balanço a cabeça, tentando processar o que ele tinha acabado de me falar.
— Você podia ter só dado uma porrada.
— Tá com dó daquele tarado?
— Claro que não né! Mas eu acho arriscado o que você fez. E se descobrirem?
— Vai ficar tudo bem Wandinha. — ele diz e se aproxima de mim. — Relaxa ok?
— Vou relaxar um pouco de paz que me resta.
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— Mano, eu estou pensando em seriamente mudar de bairro. — resmunga Shion. — Cara a minha vizinha é descontrolada! Ela fica conversando até 4 da manhã com alguém ou sozinha sei lá, na porra do quintal que fica bem perto da janela do meu quarto. Eu não consigo dormir! Aquela rapariga fala mais que a boca!
— Se pra você tá ruim imagina pra mim e para o Ran? — diz Rindou.
— Por que?
— Tem um infeliz... ah que se foda vou xingar sim, tem um bocó de mola que mora aqui encima, um filho da puta, vou mostrar onde essa porra mora. — respondi me levantando da calçada onde eu estava sentado.
— Quem é?
— Você já vai saber.
Demos a volta, subindo uma rua que ficava atrás da nossa casa e ali, eu aponto para Shion uma casa com parapeito de vidro.
— Reconhece aquelas motos?
— Espera, é as motos dos irmãos Kawata!
— Exatamente. Eles moram atrás da nossa casa. — respondi.
— Que azar hein? — Madarame disse rindo. — Taca um tijolo na casa deles.
— Perdeu o controle das coisas? — diz Rindou.
— Quem tem controle é TV. — respondo enquanto me abaixo e pego um tijolo que estava ali no chão. — Nós é tudo louco mesmo.
Sem pensar duas vezes, arremesso tijolo no parapeito, que se quebra em vários pedaços. Quando vejo uma sombra por trás da cortina, começo a correr assim como o Rindou e o Shion.
— Caralho porra por que eu ainda ando com vocês que só fazem merda?! — diz Shion enquanto corria.
— Porque somos amigos.
— Vou reavaliar as minhas amizades. — ele responde e começa a rir.
Corremos tanto que quando paramos estávamos ofegantes, nossas costas estavam suadas, sendo possível sentir o suor escorrendo ali. Nos sentamos na calçada, e de repente escuto o som da porta de entrada se abrindo, e quando olho para trás vejo Izana e S/N saindo juntos.
— Aonde vocês vão?
— Vou levar ela para almoçar fora.
— Quero que voltem cedo viu?
— Fica xiu aí Maria Chiquinha. — responde Izana enquanto abre a porta do carro para a minha irmã. — Eu trago ela de volta quando eu achar a hora certa.
— Vai sonhando.
— Eu sou superior a você. Mesmo que a Tenjiku não exista mais.
— Cara eu quero...
— EU QUERO BRIGAR INUPI! FALA ALGUMA COISA! — gritou Kokonoi.
— Meu Deus agora a treta é na casa do Kokonóia? — diz Shion e se vira em direção a mansão do Hajime.
Ali, na sacada vemos o Koko e o Inupi. Hajime está discutindo feito um doido por alguma coisa enquanto Seishu permanece com aquela cara neutra, sem falar ou expressar alguma coisa.
De repente, Inui puxa Koko pelos braços e cala ele com um beijo, que acaba sendo retribuído por Hajime, que envolve os braços ao redor do pescoço do loiro.
Shion abre um sorriso e começa a cantarolar uma música.
— "Você é assim, um sonho pra mim, e quando eu não te vejo, eu penso em você, desde o amanhecer, até quando eu me deito..."
— "Eu gosto de você, eu gosto de ficar com você, meu riso é tão feliz contigo, o meu melhor amigo é o meu amor..." — continuou Rindou.
Inupi pega Kokonoi no colo e em seguida mostra o dedo do meio para nós e Shion apenas responde:
— "Para na minha cama até dizer que me ama, mais amor e menos drama..."
— Você não presta Shion. — responde S/N rindo.
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