Prólogo
Dom
Segui para o meu quarto, bêbado, derrubando tudo pelo caminho e xingando quellos stronzo di merda.
Ri ao pensar nos meus quatro amigos de infância que haviam acabado de deixar minha vinícola com o sol nascendo.
As visitas daqueles bastardos tinham sido umas para negócios, outros para lazer, mas todos saíram satisfeitos após desfrutarem das mulheres que frequentavam o meu subsolo, onde eu mantinha um inferninho particular. O inferno de Dom.
Meu empreendimento escuso e sigiloso era conhecido em toda a Itália, arriscava dizer até fora dela, mas apenas convidados e um grupo seleto o frequentava.
Depois de uma viagem ao Brasil, onde conheci um lugar livre de amarras chamado Sweet Hell, desejei criar meu próprio inferninho e transformei a antiga adega no subsolo da minha enorme casa, em um salão com vários quartos, muitos deles reservados ou abertos para quem quisesse observar as cenas de sexo intenso que aconteciam ali, sem pudor, sem moralismo e entre pessoas livres de qualquer sentimento romântico. Eu principalmente. Não desejava me apaixonar de novo. Nunca.
Quando mais jovem isso aconteceu, me machucou e deixou cicatrizes que me fizeram preferir ser livre e desfrutar das mulheres apenas para o meu prazer e elas sabiam disso, o que fazia com que muitas tentassem me capturar de alguma forma, mas eu sempre me mantinha indiferente.
No Inferno de Dom, para onde se olhava era possível ver uma mulher nua ou um homem sendo chupado, alguém preso por algemas, um trisal ou sexo grupal. Tudo de melhor que o dinheiro e a liberdade sexual permitia realizar.
Até mesmo meus amigos de infância, os famosos empresários Pietro Giordano e Luca Bianco que eram nada sociáveis, se divertiram naquela noite que tinha me deixado completamente bêbado. Enquanto Vittorio Spinelli e Felippo Savoia, também meus amigos de colégio, reafirmaram suas famas de maledetti mascalzonis aproveitando de uma ou mais companhias.
Por conta da nossa convivência por anos nos estudos, pensar neles com os sobrenomes era algo natural e se intensificou quando nós, que éramos o terror do colégio interno San Michele, nos tornamos empresários de sucesso.
Afrouxei a camisa de alta-costura, mas coloquei força demais e um botão soltou. O que me fez rir, podia ouvir a voz do puto do Felipo, um dos meus amigos, dizendo que a porra das suas peças de alta-costura eram mais do que apenas roupas, além de herdar o império Savoia, ele havia herdado a alma do negócio e valorizava suas peças.
Livrei-me da camisa sem botões e me desequilibrei. Maldito álcool!
Ou bendito considerando que era dele que vinha o meu negócio milionário com as vinícolas que minha família possuía e o meu divertimento.
— Dom... — Ouvi uma voz dengosa atravessar o corredor e só então me lembrei que estava com uma mulher na sala e tinha subido apenas para me livrar da camisa suja de vinho.
Eu precisava voltar e arrumar um carro para levá-la embora, não que eu tivesse qualquer responsabilidade sobre a ragazza, tinha chegado ali com as próprias pernas e podia fazer o mesmo para partir, mas depois de fodê-la como um louco era o mínimo que eu podia fazer quando apenas a bela mulher havia sobrado.
Ela ia entrar no meu quarto e me apressei em afastá-la.
— Aqui não.
— Uma rapidinha na sua cama — sugeriu com um sorriso manhoso, como mais uma que tentava ter mais de mim.
— Não. Vamos, vou dar um jeito de te levarem para casa, não tinha nem que estar aqui.
Reclamando, ela se afastou e olhei para a cama antes de fechar a porta. Pensei que nenhuma outra tinha ocupado o lugar onde aquela que foi a minha ruína esteve.
Éramos tão jovens e tão inconsequentes...
A voz mansa da mulher me puxando me trouxe para o presente e a bebedeira, às vezes, me levava para um lugar que nem morto eu queria voltar.
Afastei-me da ragazza manhosa, que depois que passou a excitação se tornou desinteressante. Precisava dar um jeito de me livrar dela e o mais rápido possível.
Aqueles idiotas de merda
Canalha.
garota
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