Madelaine acordou mais cedo do que o normal em mais uma segunda-feira de sua rotina agitada, tinha muito trabalho a fazer, mas após alguns dias pensando, outra coisa estava ocupando sua mente, e ela precisava dar um jeito nisso.

A ruiva fez suas higienes matinais e tomou um banho demorado, como sempre fazia todas as manhãs. Caminhou até seu closet na ponta dos pés para não acordar a esposa, era cedo demais e Vanessa estava voltando a sua antiga rotina aos poucos. Vestiu um de seus vestido que chegavam um pouco acima do joelho e seus inseparáveis saltos, uma maquiagem leve tomava seu rosto e os cabelos soltos caindo pelos ombros.

Madelaine precisaria de ajuda nas próximas semanas, e ela sabia exatamente quem seria a pessoa perfeita para isso. Desceu até a sala, se certificando que não havia ninguém por perto e discou o número de Lili.

— "Oi Mads, bom dia. A que devo a honra de uma ligação sua a essa hora."

— Oi Lili. Não te acordei né? Bom dia e eu preciso de ajuda.

— "Nossa, respira mulher. Eu já estava acordada, e porque quer minha ajuda? Aprontou alguma coisa?."

— Ainda não, mas pretendo. Você pode me encontrar naquela cafeteria do centro em meia hora? Te explico tudo.

— "Tudo bem. Vou pedir para Camila levar Amaya a escola e te encontro em alguns minutos."

— Tudo bem, até mais.

A ruiva encerrou a ligação e se apressou em sair logo de casa.

[...]

O dia parecia estar se arrastando para alguns, Madelaine passou o dia com Lili e só chegou de tarde na editora, sabendo que estava ferrada e provavelmente atolada de trabalho. Já Vanessa foi direto ao trabalho após deixar o filho na escola, aos poucos ela voltava a escrever, suas ideias fluíam como nunca, e para aproveitar esse bom momento, decidiu ficar na editora até mais tarde e pediu para que Debbie levasse Theo depois da escola.

Debbie não pode negar, muito menos esconder sua felicidade, ela amava todos os momentos com o neto, passavam todo o tempo possível juntos, uma bela relação de amor entre neto e avó.

O restante da tarde se foi, e a ruiva mais velha chegou acompanhada de Theo em sua casa, abriu a porta devagar segurando a mão do pequeno que estava mais atrás. Jonnie e Sadie estavam dividindo o sofá maior e também uma coberta, concentrados na série que passava na TV. Já na poltrona um pouco afastada, estava Alexander, com as pernas cruzadas e parecia muito concentrado em seu jornal.

— Olá família.- Debbie disse em um tom alto, chamando a atenção e recebendo os olhares para sí.— Temos uma ótima visita hoje.

A mulher puxou a mãozinha de Theo o trazendo para dentro, o sorriso do garoto se alargou ao ver os tios no sofá.

— Tio Jonnie. Tia Sadie.- Largou sua bolsa nas mãos da avó e correu se jogando sobre eles.

— E ae campeão.- Jonnie fez um toque de mão com o garoto, em seguida recebeu um abraço.

— Oi amorzinho da titia.- Sadie puxou o garoto com certo cuidado, também recebeu um abraço, em seguida alguns beijos nas bochechas.

Theo desviou sua atenção até Alexander, o mais velho tinha os olhos presos no neto, o brilho no seu olhar era evidente, mas ele não sabia como agir na presença do garoto. E logo ali pertinho, Theo vivia no mesmo impasse, ele era esperto demais e sabia que tinha algo errado, não sabia se poderia ser com Alexander como ele era com Debbie, também não sabia agir na presença do avô.

Debbie se ausentou para preparar o jantar, não se preocupando em deixar o neto com os outros dois na sala. Logo Jonnie decidiu tomar um banho, e Sadie saiu distraída para atender uma ligação, deixando assim Alexander e Theo sozinhos na grande sala.

Theo olhou para os lados e viu apenas o avô, então em um pulo desceu do sofá que estava e caminhou até a poltrona ao lado do mais velho, subiu na mesma com um pouco de dificuldade e se ajeitou. Logo ao seu lado, em uma mesinha de vidro, estava o jornal do dia anterior, o garoto não demorou muito para o pegar e imitar a mesma posição do avô, fingindo ler o amontoado de letrinhas pequenas.

— O que nós estamos procurando?.- Theo perguntou, chamando a atenção de Alexander, que logo reparou o garoto exatamente como ele estava.

— Nada. Apenas lemos o jornal para saber das notícias.- Alexander não tirou os olhos do garoto ao explicar.

— Mamãe não gosta de jornal. Ela diz que as letras são pequenas demais.- Theo fechou o jornal e colocou novamente sobre a mesa.— Você odeia a mamãe?.- O pequeno ajoelhou sobre a poltrona e girou seu corpo em direção ao homem.

— Não. Sua mãe é uma ótima escritora.- Alexander limpou a garganta e fez menção em tentar voltar a ler o jornal, mas parou novamente com as palavras de Theo.

— Não vovô. Não estou falando da Mammy, estou falando da mamãe Mads.

Os olhos de Alexander pareciam ter se ascendido, brilhavam como duas estrelas e seu coração pulava mais rápido do que o normal, ele não entendia o que estava acontecendo, ou entendia e tentava ao máximo engolir a onda de sentimentos que o invadia.

— Vovô?.- Perguntou sem jeito ao garoto.

— É. Eu posso te chamar assim?.- Theo o olhava sem jeito.— Mamãe disse que vocês brigaram, mas que eu não deveria me preocupar, que deveria te amar muitão assim ó..- O pequeno abriu os braços tentando simbolizar o tamanho do seu amor.

Alexander não pode se segurar mais depois daquela última frase, piscou seus olhos algumas vezes e sentiu as lágrimas molharem suas bochechas. Ele não havia chorado nem quando seus filhos nasceram, e agora aquele pequeno serzinho de cinco anos com poucas palavras, fez seus olhos transbordarem.

— Não chora Vovô, campeão de verdade não chora...- Theo com um certo cuidado conseguiu ir até o colo de Alexander.— E como você é o meu avô, é um campeão dos bons.

Alexander se permitiu sorrir, sendo acompanhado pela risada do neto. Sem pensar muito agarrou o pequeno corpo em sua frente e abraçou como nunca. Ali, naquele exato momento, toda a sua muralha se desfez, seu coração se encheu de amor e no mesmo instante se arrependeu de tudo que havia feito com Madelaine, de como tratou friamente sua esposa e filhos, e de como vivia apenas para o trabalho. Ele queria ter tido o privilégio de ter visto o crescimento do primeiro neto até aquele momento, de poder ter visto sua filha se casar e também sua evolução no trabalho.

Sua cabeça parecia girar em 360, pensando que não poderia mais perder nenhum segundo dali em diante, ele era avô de uma das crianças mais inteligentes e amorosas que ele já teve o prazer de conhecer, enchia seu coração de amor, e o fazia querer mais. Mais de Madelaine e dos outros filhos, mais da esposa, e menos de seu trabalho. Alexander precisava apenas de um empurrão sincero e verdadeiro para perceber que tudo que estava fazendo, no final não valeria a pena. E apenas uma criança de cinco anos, conseguiu isso em relação a ele, não com palavras sábias, mas com demonstração de amor e afeto, mesmo sem saber se ele retribuiria.

— Theo. Olhe para o Vovô.- Alexander desfez o abraço e viu Theo o observar sorrindo.— Eu te prometo que tudo ficará bem. Não farei mais sua mãe chorar, nem ela nem ninguém, ok?

Theo balançou a cabeça freneticamente, concordando ainda com seu melhor sorriso.

[...]

A campainha tocou chamando a atenção de Madelaine, que estava atenta a um programa de culinária na TV. A ruiva se levantou e caminhou até a mesma, abrindo-a.

— Mamãe..- Theo agarrou suas pernas, logo ela se abaixou e pegou o garoto no colo, distribuindo beijos pelo seu pequeno rosto.

— Oi meu amor, eu estava com saudades.

Vanessa vinha logo atrás, Theo chamou por ela e correu até suas pernas, assim como fez com Madelaine.

A ruiva ergueu seu olhar e encarou Alexander, que ainda estava imóvel à frente de sua porta.

— Obrigada por trazer ele.- A voz de Madelaine variava entre um tom frio e melancólico.

— Tudo bem..- Alexander virou as costas e já se preparava para ir embora, mas não era realmente isso que ele queria. Então se virou bruscamente impedindo que a filha fechasse a porta.— Madelaine espera... Podemos conversar?

— Eu acho que não tenho nada para falar com o senhor.

Vanessa logo atrás chamava Theo para um banho, o garoto concordou, mas antes de subir correu até o avô e o abraçou. Alexander se abaixou sentindo os bracinhos pelo seu pescoço.

— Tchau Vovô, obrigado por hoje..- Theo se afastou devagar e observou os olhos marejados novamente do homem.— Mas você está..

— Já sei, campeão não chora.- Alexander passou a manga da camisa social sobre os olhos , limpando qualquer resquício de lágrimas.

Theo sorriu e acenou uma última vez, correndo em direção a Vanessa.

Madelaine estava imóvel ao observar aquela cena, nunca tinha visto seu pai daquela forma, tão amoroso e gentil.

— Seu filho, de alguma forma, me fez ver que tudo que estou fazendo com a minha vida, é inútil..- Ajeitou sua postura e pairou seu olhar no rosto de Madelaine.— Eu não sei o que aconteceu, não sei como nunca enxerguei o quão idiota eu sou filha. Eu me arrependo de tudo que te fiz passar, de todas as idiotices que te disse e por ter deixado você ir embora..- Madelaine tinha lágrimas descendo por suas bochechas sem parar.— Sei que pode não adiantar, mas quero pedir perdão por tudo isso, por todo esse tempo. Não quero mais perder nem um segundo da vida do Theo, e se possível, nem da sua. Me desculpe filha, me desculpe.

Alexander abaixou o olhar e também tinha lágrimas em suas bochechas, assim como Madelaine quase soluçava em sua frente. Após alguns minutos em silêncio, a ruiva tomou ar e finalmente falou.

— Foram tantos anos esperando por isso, tantas noites chorando antes de dormir, querendo que você viesse e me pedisse desculpa..- Madelaine fungou, mas logo continuou.— Eu te perdoo, não sou mais uma pessoa capaz de odiar alguém. Meu filho e minha esposa são luz, e eu aprendi a ser também. Theo sempre será seu neto e vejo que vai amar te ter por perto.- Madelaine deslizou as costas das mãos pelos olhos.— Mas eu simplesmente aprendi a viver sem você, e não sei se quero correr o risco de ser humilhada por você de novo.

Madelaine nem ao menos esperou o pai sair, ou fechou a porta, correu para dentro do apartamento se transbordando em lágrimas. Vanessa que descia as escadas, viu Madelaine passar feito um furacão, então andou rapidamente até a porta afim de ainda encontrar o sogro ali.

— O que você fez?.- Seu tom de voz era rude.— Porque ela subiu chorando feito criança?

— Eu me desculpei. Pedi perdão por tudo que a causei até hoje..- Alexander mantinha a cabeça baixa.— Mas acho que perdi minha filha.- O homem respirou fundo e se preparou para sair.— Eu vou indo, bom te ver Vanessa.

Alexander se virou e ia caminhando em direção ao elevador, mas parou ao ouvir a voz de Vanessa uma última vez.

— Dê um tempo a ela.. Se você realmente se arrependeu, ela vai saber.- Vanessa engoliu seco e continuou.— Madelaine não te odeia, na verdade ela é incapaz de sentir ódio, ela é luz. E você deveria saber disso.

A morena voltou a entrar em seu apartamento e fechou a porta, imediatamente correu até o andar de cima atrás de Madelaine, ela odiava ver a esposa triste e abalada do modo que ficava quando se batia de frente com o pai.

DOIS MESES DEPOIS.

O sábado da família Morgan-Grobbelaar estava animado como nunca, Vanessa e Madelaine em um nível de carícias e romance além do normal, e Theo corria pela casa animado por ver as mães felizes.

— Amor, certeza que quer fazer um jantar para todos os nossos amigos?.- Vanessa se aproximou de Madelaine deixando os lábios próximos ao ouvido da ruiva.— Eu prefiro ficar nua com você por toda a casa e fazer amor até não aguentar mais.

Madelaine sentiu seus pelos se arrepiarem, por um segundo cogitou desistir do jantar e apenas ser de Vanessa à noite toda, mas ela não poderia.

— Vida estamos fazendo sete anos de casadas. Você já me teve nua por todos esses lugares por sete anos, e ainda vai ter o resto da vida para isso.- Madelaine passou os braços pelos ombros de Vanessa e selou seus lábios, logo recebendo as mãos de sua esposa sobre sua bunda.

— Ok. Eu aceito o jantar, masss..- As mãos apertaram a bunda de Madelaine com força.— Depois eu te quero todinha pra mim, você parece mais gostosa do que o normal.

A ruiva sorriu e deu alguns passos pressionando Vanessa contra um dos balcões que rodeava a cozinha. Colou os lábios aos da morena sem nenhuma delicadeza e iniciou um beijo intenso. Sua língua deslizava perfeitamente pela da esposa, fazendo-a suspirar entre os pequenos espaços que os lábios se abriam. Madelaine finalizou o contato sugando firmemente o lábio inferior de Vanessa, para logo se afastar.

— Vamos, temos muita coisa para fazer até à noite.

— Madelaine.. você não pode me dar um beijo desses e depois me deixar aqui. Assim.- Vanessa segurou o punho de Madelaine e desceu o olhar para os seus próprios seios, seus mamilos estavam duros marcando a blusinha fina de seu pijama.

Madelaine sorriu e voltou até a esposa, olhou para o lado se certificando que estavam sem a presença de Theo. Inclinou um pouco o corpo para frente até sua boca alcançar a altura dos seios de Vanessa. Com certo cuidado mordeu um dos mamilos e o prendeu entre os dentes, por cima do pijama, logo após levantou a cabeça e observou a esposa com o lábios inferior entre os dentes.

Com certa rapidez e agilidade, Madelaine desceu a mãos pelo abdômen de Vanessa, não se importante em logo ultrapassar a barra da calcinha e do short. Dois de seus dedos deslizaram do clitóris da morena até sua entrada, sentindo toda sua umidade.

— Caralho amor.. toda molhadinha.- Madelaine usou seu tom mais sensual possível.

Vanessa arfou pesado ao sentir dois dedos de Madelaine a penetrar, subiu uma mão até os fios ruivos da esposa e segurou sem delicadeza.

— Culpa sua.- Aproximou a boca do ouvido de Madelaine e gemeu baixinho.

A ruiva sorriu e tirou os dedos de dentro da esposa, subiu-os até sua boca e chupou com vontade. Vanessa a observava com os lábios entreabertos, poderia jurar que sentiu mais de seu líquido descer e molhar ainda mais sua calcinha.

— Te encontro no banheiro do nosso quarto em cinco minutos. Vou dar um jeito de Theo ficar ocupado por algum tempo.- Madelaine disse e Vanessa logo concordou.

Sem esperar mais nem um segundo correu para o andar de cima, como se sua vida dependesse de sentir Madelaine daqui a alguns minutos.

...

Tudo estava perfeitamente arrumado, assim como Vanessa e Madelaine esperavam que seria. A ilha da cozinha estava cheia de petiscos e entradas leves, perfeitamente decorada. A grande mesa de jantar estava iluminada com algumas velas e os pratos perfeitamente arrumados para o jantar de logo mais. Duas mulheres perfeitamente uniformizadas serviam bebidas para os convidados que já estavam ali, quase todos afinal, faltava apenas a família de Madelaine.

Após mais alguns minutos de espera, a campainha soou e a ruiva foi rápido atender. Viu todos de sua família a cumprimentarem, inclusive Alexander que segurou uma de suas mãos e beijou o dorso da mesma. Madelaine vinha tentando deixar para trás tudo que aconteceu, e com o tempo ia conseguindo, os dois últimos meses acabaram sendo ótimos para Alexander, que conseguiu mostrar a filha que realmente estava arrependido.

Todos estavam acomodados pelo grande espaço do apartamento, a música baixa deixava o ambiente agradável e as boas bebidas que eram servidas também ajudavam.

— Ansiosa?.- Lili chegou próxima à Madelaine e acariciou o ombro da amiga.

— Muito. Eu estou tão feliz Lili, me sinto tão sortuda.- Os olhos de Madelaine marejaram um pouco.

— E você é amiga. Mas merece tudo isso e muito mais.- A loira virou Madelaine e a puxou para um abraço apertado, só se separaram quando ouviram a música sumir e a voz de Vanessa se fazer presente.

— Boa noite pessoal, quero só um minutinho dá atenção de vocês, e principalmente da minha esposa..

Algumas pequenas risadas foram ouvidas e logo todos viraram para a escada, onde Vanessa estava alguns degraus acima.

— São sete anos com a mulher da minha vida, e eu não poderia deixar de dizer o quão sortuda eu sou..- Vanessa olhou Madelaine se aproximar, logo esticou a mão também chamando Theo.— Obrigada por ser a melhor esposa do mundo, por cuidar tão bem de mim e do nosso pequeno, nós amamos muito você.

Madelaine subiu no mesmo degrau que Vanessa e Theo estavam, deixou um beijo sobre a testa do filho e em seguida selou seus lábios aos de Vanessa.

— Bom, eu iria deixar para fazer isso mais tarde, mas acho que não tem momento melhor do que esse..- Madelaine olhou para Lili e deu um sinal para que ela trouxesse uma pequena caixa branca que estava em sua mão, com um laço azul.— Eu também tenho muito a te agradecer, por todo o amor, cuidado e por ser essa mulher e mãe incrível que eu tanto admiro..- Madelaine esticou a mão livre e entrelaçou a de Vanessa.— Eu aprendi a ser uma pessoa melhor ao seu lado, e eu te amo tanto que poderia ficar décadas aqui tentando explicar, mas ainda não conseguiria.

Todos fizeram um som fofo pela demonstração de amor das duas mulheres, enquanto trocavam alguns selinhos amorosos. Mas Madelaine queria logo ir para a segunda parte de seu discurso, então deu um passo para trás e se ajoelhou ao lado de Vanessa e Theo, logo puxou seu filho para ficar de frente para ela.

— E você campeão, tem grande parte nesse amor que transborda das mamães. Você é o filho perfeito e eu sou completamente apaixonada por você. O aniversário é meu e da mamãe, mas eu quero te dar uma coisa, e eu sei que também vai servir para ela..- Madelaine puxou Theo o fazendo colar as costas em seu peito, o deixando de frente para Vanessa.— Quero que você abra e leia em voz alta para a mamãe também ouvir, ok?.- Disse essa ultima frase no ouvido do garoto só para que ele ouvisse.

Theo balançou a cabeça concordando, tinha um sorriso enorme nos lábios, assim como Vanessa, logo à frente.

Madelaine segurou a caixinha branca para que Theo puxasse o laço azul, ele logo o fez e com cuidado segurou a caixinha e abriu. Olhou para Vanessa e em seguida se preparou para ler assim como Madelaine havia mandado.

— VOCÊ.. FOI.. PROMOVIDO A .. IRMÃO MAIS VELHO.- Theo leu mas sua ficha pareceu não cair.

Vanessa entreabriu os lábios e seus olhos já pareciam querer transbordar.

Madelaine sorria de orelha a orelha, então se levantou e levou uma mão para o bolso grande do seu sobretudo, tirando de la dois pequenos sapatinhos brancos e levando-os até Vanessa.

— Parabéns mamãe, pela segunda vez.

Vanessa pegou os sapatinhos das mãos de Madelaine e sentiu as lágrimas descerem pelo seu rosto, era uma felicidade indescritível. Levou seus braços envolvendo o pescoço da esposa e a abraçou com vontade. Todos gritavam, batiam palmas e alguns até choravam, Lili aproveitou para estourar um champanhe, enquanto Theo lia mais algumas vezes a caixa, até parecer entender.

CAIXA PARA O THEO.

— Se eu vou ser o irmão mais velho..- Ele olhou para Madelaine e Vanessa, que o encaravam.— EU VOU TER UM IRMÃOZINHO?.- As mulheres confirmaram com um balançar de cabeça e viram ele gritar animado, Vanessa se abaixou o pegando no colo, colocando o garoto entre ela e Madelaine.

— Obrigada por mais essa alegria..- Vanessa esticou a mão livre passando pela barriga de Madelaine, ainda sem volume algum.— Eu estou tão feliz.. eu te amo tanto.

— Obrigado por realizar meu desejo de aniversário mamãe..- Theo agarrou o pescoço de Madelaine e beijou sua bochecha.

— Eu que agradeço por me amarem tanto. Agora, vocês três são a minha vida.

Todos comemoraram juntos o fato da família Morgan-Grobbelaar ganhar mais um integrante. Parabenizaram as mulheres e o pequeno, que não tiravam seus sorrisos dos lábios por nem um segundo.