Madelaine se remexeu um pouco na cama sentindo o ar frio que atingia todo seu corpo, aos poucos ela forçava os olhos para que se abrissem e se acostumassem com a claridade. Ao conseguir, olhou para o lado e observou que Vanessa já não estava mais ali. A ruiva rapidamente se sentou sobre a cama e puxou o grosso edredom acima dos seios, ela ainda estava nua devido à noite passada, rapidamente as lembranças a invadiram.

Ela e Vanessa não tiveram muito cuidado em se amar por todo o quarto, a ruiva esperava que ninguém da casa tivesse ouvido ela e a esposa em seu momento mais íntimo.

Logo um sorriso estava em seus lábios, ela agradecia por estar novamente com a mulher que mais amava na vida. Madelaine acabou despertando de seus pensamentos após ouvir o barulho da porta sendo aberta. Logo uma Vanessa sorridente apareceu em seu campo de visão.

— Bom dia Sun.- Vanessa manteve o sorriso e caminhou até o lado da cama em que Madelaine estava.

A morena tirou os chinelos e em um movimento rápido puxou o edredom se colocando sobre o colo da maior, ajeitou as pernas em volta da cintura fininha, e após ajeitar o edredom novamente sobre as duas, deixou que seus braços enfim repousassem nos ombros da ruiva.

— Bom dia amor.- Madelaine sorriu e selou os lábios ao da esposa, logo abraçou sua cintura deixando seus corpos ainda mais colados.

— Olha.. é uma grande tentação ficar no seu colo com você desse jeito.- Vanessa manteve um sorriso sacana enquanto distribuía alguns beijos pelo ombro direito de Madelaine.

— Vou pensar se posso dizer o mesmo com você usando esse pijama do Aladdin.

A ruiva sorri imediatamente recebendo um olhar de indignação da esposa. Vanessa em um movimento rápido se levanta deixando o corpo de Madelaine exposto, a menor da alguns passos atrás mas logo para.

— Sabe.. eu ia sugerir para que tomássemos um banho juntas...- Vanessa pausa sua fala e logo segura a barra do seu pijama de frio, puxa para cima e o tira sem dificuldade, deixando exposto seu sutiã branco.— Eu até estava pensando em deixar você me ensaboar..- Dessa vez a morena tirou sua calça, expondo a lingerie minúscula.— Mas você foi maldosa em falar do meu lindo pijama..- Suas mãos foram até o fecho do sutiã, e em segundos eles caíram pelo chão, revelando os seios durinhos e já com os mamilos enrijecidos.

— Meu Deus Nessa, voc...

— Shhhhhh.- Vanessa a interrompeu e virou de costas, afastou um pouco as pernas e foi abaixando a calcinha na maior lentidão que conseguia, dando a Madelaine uma visão perfeita do paraíso.— Agora eu e ele vamos tomar banho sozinhos.- A morena sorriu sacana, abaixou mais uma vez e pegou sua calcinha jogando em Madelaine em seguida.

A ruiva molhou os lábios com a ponta da língua, sem pensar muito levantou rápido e agarrou Vanessa pela cintura. Uma risada alta da menor ecoou pelo quarto ao sentir Madelaine a jogar na cama. Ela se apoiou em seus cotovelos e viu Madelaine abrir suas pernas e se instalar no meio das mesmas.

A ruiva sorriu sacana para sua mulher, e em um movimento delicado deslizou a ponta do indicador da entrada de Vanessa até seu clitóris, ouvindo a menor suspirar pesado.

— Você até pode ir tomar banho com seu pijama..- A voz de Madelaine estava rouca, carregada de tesão e desejo.

Então ela afastou a mão e como se quisesse castigar Vanessa , deslizou a ponta da língua pela intimidade da mulher, do mesmo modo em que fez com o dedo.

— Mas não antes de gozar na minha boca.- Ao ouvir Madelaine, Vanessa sorriu e prendeu o lábio inferior entre os dentes, concordando freneticamente com a cabeça.

Madelaine sabia exatamente quais eram os pontos certos de Vanessa , poderia a fazer gozar apenas usando a língua, ou até mesmo só os dedos, mas ela não iria facilitar dessa vez. Queria que a mulher sentisse que precisava daquilo, e que implorasse por ela. Madelaine se deliciava com Vanessa gemendo seu nome, e pedindo por mais dela a cada toque.

A ruiva deixou que sua língua fizesse o mesmo movimento varias vezes, sem alterar a sua velocidade. Um de seus dedos deslizou pela entrada de Vanessa, já constatando que a mulher estava extremamente molhada.

— Madelaine...- A voz falha de Vanessa saiu quase que em um gemido.

A ruiva sorriu sobre a intimidade da menor, já sabendo dos efeitos que estava causando, mas ela queria mais. Reposicionou seu rosto dessa vez deixando que sua língua trabalhasse apenas no clitóris de Vanessa. Seus movimentos não eram desesperados, mas extremamente precisos, sua língua fazia pequenos círculos perfeitos, enquanto seus lábios o sugavam algumas vezes simulando alguns beijos.

Voltou a deslizar o indicador pela entrada de Vanessa, simulou penetrar um dedo, mas o tirou logo em seguida. A lubrificação natural da mulher já se fazia presente por toda parte, fazendo Madelaine perceber que ela não aguentaria muito os joguinhos.

— Caralho Vanessa, você tá toda..

— Eu to pronta pra você... Por favor Madelaine.. Eu preciso te sentir dentro de mim.

Vanessa disse toda a frase com esforço, pelo resquício de voz que sobrou, viu Madelaine sorrir e rapidamente voltar a boca ao que fazia, com mais intensidade. A menor soltou um gemido manhoso ao sentir dois dedos da loira a invadir, apoiou todo o peso em um dos braços e esticou o outro até os fios ruivos de Madelaine, deixou que seus dedos se envolvessem e aos poucos ia pressionando mais a cabeça a mulher contra sí, querendo senti-la cada vez mais.

— Oh.. Isso.. Madelaineeee.

Vanessa gemia em alto e bom som, sem se importar com quem estaria ouvindo, naquele momento elas estavam em sua bolha.

— Você gosta assim?.- Madelaine afastou a boca por alguns segundos, sabendo que a esposa já estava quase lá.

Vanessa mordeu o lábio inferior parecendo querer arrancá-los.

— Oh sim! Não para... eu vou gozar.

Madelaine só precisou manter seus movimentos por mais alguns instantes, até sentir sua mulher se derramar em seus lábios, Vanessa gemia seu nome e ofegava como se tivesse corrido uma maratona.

O sorriso nos lábios de Madelaine era gigante, devagar ela foi alinhando seu corpo ao de Vanessa, se posicionando sobre ela. Fixou seus olhos sobre os da morena e capturou seus lábios fazendo com que ela sentisse seu próprio gosto.

— Você ainda prefere o banho com o seu pijama?.- Perguntou a ruiva com um sorriso sínico.

— Nunquinha.- Vanessa também sorriu e assim voltaram a se beijar para logo irem para o banho.

[...]

Estavam todos reunidos na sala esperando para começarem a ceia de Natal, incluindo os sobrinhos de Vanessa e alguns amigos da família. Alguns tomavam vinho, outros Champagne, mas todos envolvidos em uma boa conversa, inclusive Madelaine e Vanessa, que discutiam algo sobre os pijamas da menor.

Lili e Camila prontamente se juntaram ao casal, Camila com seu vinho e Lili apenas acariciava a barriga como tinha pego costume em fazer.

— Como estão coelhas?.- Camila as observa rindo, sendo acompanhada pela esposa.

— Nessa, você definitivamente precisa aprender a gemer mais baixo.- Lili quase se engasgava com a própria risada.

— Da pra vocês duas calarem a boca?.- Vanessa estava vermelha, logo olhou para Madelaine como se estivesse pedindo ajuda.

— Mads você deve ser uma deusa.- Camila comenta brindando o copo ao da ruiva.

— Essa boca e esses dedos realmente sabem o que fazer.- Todas acabam rindo, até mesmo Vanessa que antes estava vermelha a ponto de explodir, por saber que todos poderiam ter ouvido seus gemidos.

— Não posso negar..- A morena acabou se dando por vencida.

Algum tempo já havia se passado, Norma apresentava Madelaine para quase todas as pessoas que ainda não havia a conhecido, prendendo assim a atenção da ruiva, e consequentemente dando espaço para Vanessa fazer o que havia planejado.

Mais alguns minutos depois, a morena bateu um talher sobre a taça chamando a atenção de todas as pessoas para o meio da sala, onde ela estava.

— Desculpa atrapalhar o começo da noite de vocês, mas eu vi uma oportunidade perfeita de fazer algo que eu já quero a muito tempo.- Vanessa falou calmamente enquanto deslizava a taça de uma mão para a outra.

Madelaine e as amigas a observavam atentas, não faziam ideia do que Vanessa iria fazer.

— Vem aqui amor.- Esticou a mão e chamou Madelaine.

A ruiva se assustou de início, mas logo se pôs ao lado da esposa, passando um braço pela sua cintura.

— Acho que todos vocês sabem que eu sou muito bem casada.- Olhou Madelaine e sorriu.— Muitos sabem o que passamos, outros não fazem nem ideia.- Algumas pessoas concordaram.— Mas devo dizer que aqui é um lugar especial para nós duas, foi exatamente aqui que nos apaixonamos.- Madelaine sorriu ao lembrar.

Vanessa girou um pouco seu corpo e observou seu avô, se abaixou em seguida deixando sua taça sobre a mesinha de centro. Abriu uma pequena sacola de papel que estava ali e pegou a caixinha preta que tanto guardou.

— A quase um ano atrás meu avô me entregou isso e disse que era para eu usar com o amor da minha vida.- Vanessa encarou o avô mais uma vez.— E bom, eu estou um pouco atrasada porque eu já sei faz tempo quem é o amor da minha vida.- Todos acabaram rindo da fala da menor.

Vanessa virou completamente seu corpo ficando de frente para Madelaine, sua atenção estava voltada totalmente para a amada.

— Eu estou querendo te dar isso a muito tempo, mas não havia encontrado o momento perfeito.- Madelaine acariciou sua mão livre a incentivando a continuar.— Nós já somos casadas oficialmente, mas lembra que no começo combinamos que iríamos ignorar esse fato e seguir em etapas?

Madelaine balançou a cabeça em confirmação, seus olhos já estavam marejados. Vanessa sorriu e assim abriu a caixinha revelando duas alianças de ouro, completamente brilhantes.

— Então aqui estou eu, querendo aposentar nossas alianças pratas e simbolizar de vez a melhor coisa que aconteceu na minha vida.- Madelaine deixou que algumas lágrimas descessem por sua felicidade exagerada.

— Eu não sei o que seria de mim sem você..- A ruiva se pronunciou pela primeira vez.— E vai ser um privilégio usar essa aliança tão especial.

Assim as mulheres selaram os lábios enquanto recebiam aplausos e alguns gritos de todos presentes no local. Elas rapidamente trocaram as alianças, enquanto isso Lili filmava tudo e chorava como uma criança. Poucos minutos depois o relógio bateu meia noite e o Natal se fez presente, alegrando ainda mais o momento.