A Prometida
''Ainda estou aqui. E ainda estou completamente apaixonado por você.''
— Se Eu Ficar
Camila
Dias depois...
Esses últimos dias estão sendo tão angustiantes, não saber notícias da minha pequena me fazia pensar o pior, mas algo dentro de mim, dizia que ela estava bem.
Eu e o meu marido havia descido o nome dela seria Thayssa que significava "contemplada com admiração" ou "aquela é contemplada pela sua beleza", esse nome fez jus a ela.
Infelizmente estávamos brigados ainda, mas ele me dava total apoio assim como a família dele.
— Cole — o chamei sendo ignorada pela milésima vez — Não tenho culpa que levaram nossa filha, por favor temos que trabalhar juntos e não ficar brigando feito cão e gato — pedi vendo ele me encarar.
— Me desculpe — pediu — Me sinto inútil toda vez que olho pra você me lembro dela — desabafou disfarçando as suas lágrimas.
Minha meia irmã (Lilih) entrou no meu quarto sem ao menos bater já que a porta se encontrava aberta, percebi que além do caderno com as matérias havia um bilhete em suas mãos.
— Acabou de chegar uma carta pra você — avisou me entregando — Já vou indo só passei pra te trazer a matéria, estou um pouco atrasada para o meu trabalho — explicou me entregando os cadernos — Espero que ache a minha sobrinha logo — desejou.
— Obrigada — agradeci lhe dando um beijo na bochecha, se despediu de mim e do meu marido, saindo em seguida.
Abri a carta e li ao lado do meu moreno.
"Olá, irmãzinha linda,
Sabia que estou com uma coisa sua e do meu Cole? Ah minha sobrinha é tão maravilhosa, simplesmente podia se passar por minha filha.
Se eu quisesse é claro, minha vida é tão boa, não quero uma criança atrapalhando ela, irei devolver sem nenhuma restrição.
Apesar de ainda ter as minhas condições, venham nesse endereço e horário sem nenhum tira se eu suspeitar que irão me trair, sumo com a pirralha e nunca vão lhe encontrar."
Olho vendo que havia uma foto da nossa filha dormindo tranquilamente em um berço o endereço estava no verso da foto.
— Como suspeitava, a Debby está com a nossa filha — falei conformando as minhas suspeitas desabando em lágrimas.
Apesar de saber que chorar não resolve nada, irei agir como uma mulher forte que a minha mãe me ensinou a ser.
— Irei chamar os policiais — falou se levantando.
— Não é uma boa ideia — neguei — Ela pode acabar machucar a Thayssa — o lembrei.
Ele apenas concordou com a cabeça, me levantei indo até o meu closet trocar de roupa, peguei apenas uma camiseta preta escrita Fé com letras brancas e uma calça jeans clara e uma sapatilha preta de bolinhas.
Lavei o meu rosto e dei uma ajeitada básica em meus cabelos.
Meu marido já estava arrumado por ele ter voltado da delegacia uns minutos antes.
Saímos de carro indo até o endereço que nos levou até um bairro pobre da cidade, chegamos num balcão que se encontrava abandonado há anos já que suas estruturas estavam bem corrompidas.
Ao entrarmos avistamos ela sentada num banquinho de madeira com a nossa filha em seus braços.
Ela havia voltado a ser ruiva, usava um vestido rosa bebê com um par de sandálias com pedrinhas, ao perceber a nossa presença sorriu de lado.
— Parecem tão abatidos — falou nos encarando — Estão se alimentando bem? — perguntou fingindo uma falsa preocupação.
— Não quero papo com você — Cole falou firme.
— Ah meu Deus, seja mais carinhoso comigo afinal a sua primeira vez foi comigo — o lembrou.
Fiquei com ódio ao ouvir ela falar aquilo, mas fazia sentido já que estou casada com o ex namorado da minha irmã psicótica.
— Devolve nossa filha que já estamos aqui como queria — falei me aproximando devagar de onde ela estava.
— Já decidiram o nome da minha sobrinha? — perguntou chacoalhando a minha menininha.
— Thayssa Mendes Sprouse — respondi.
— Gostei do nome dela — falou — Não poderia ter escolhido um nome melhor — elogiou sorridente.
— Me perdoe por ter feito isso, realmente queria me vingar, mas vi nossa mãe em um sonho e ela pediu pra mim, desistir disso — revelou me entregou ela.
Ao pegar ela nos meus braços a abracei muito forte e corri ao meu marido abraçando ela também.
Finalmente nossa família estava completa novamente.
— Não me denuncie, não ando bem da cabeça, preciso me tratar — contou abaixando a cabeça ao começar a chorar.
Nunca poderia imaginar vê- la dessa maneira, queria consola, mas não era o certo por sua culpa passei momentos angustiantes com a incerteza da minha filha.
Ao nos afastarmos os policiais entram correndo para levá- la, mesmo não querendo fazer isso novamente era o certo, não podia correr riscos.
6 anos depois...
Debby havia saído da cadeia fazia poucos meses pelo que soube, por sorte ela não nos procurou no fundo, era melhor assim.
Madeleine se casou com a Vanessa ambas adotaram um garotinho que se chama Maximiliano é um garoto super educado e tem a idade da minha filha.
Dylan e Bárbara estão casados, morando fora do país e não pensam em ter filhos por enquanto.
Lili e o Kj faz tempo que não fico sabendo notícias deles, pelo que sei estão fazendo faculdade numa cidade um pouco longe daqui.
Thayssa estava com 6 anos completíssimos, corria descontroladamente pelo parquinho do centro enquanto meu marido corria atrás dela.
Mas ele parou porque seu celular tocou pelo tom de voz de um dos seus investigadores.
Ela continuava a correr enquanto esbarrou num casal, nem os olhei apenas segurei a minha filha lhe abraçando de costas.
— Desculpem a minha filha — pedi envergonhada, ao reparar vejo que era a minha irmã (Lilih) ao lado do Kj, ela estava com uma enorme barriga pelo que entendo de gravidez está quase dando à luz.
Não consegui formular nenhuma palavra ao sentir o seu abraço, não estava esperando vê- los sem nos avisar.
— Está tão linda maninha — falou me dando um beijo na bochecha — Falta um mês para as gêmeas nascerem — falou toda animada.
— Fico tão feliz por isso — falei colocando a mão em sua barriga.
Meu marido se juntou a nós, ficamos um bom tempo conversando pra colocar o papo em dia.
Fiquei pensando o quão engraçado era o senhor destino era com as pessoas, sempre fui de acreditar na lenda do Akai Ito esperava que um dia encontraria o homem do meu destino, mas nunca sonhei que poderia ser o Cole porque era um casamento arranjado que no final se tornou verdadeiro.
Encarei minhas maiores razões de viver, ele estava rodeando a nossa filha no ar.
Percebi o quão lindo podia ser o pôr do sol ao ver a minha família.
Pai e mãe sei que estão aí em cima cuidando de mim, obrigada por me fazerem ser o que eu sou.
**Fim**
Obrigada a todos que leram ❤
Já disponível no meu perfil "A história da Condessa"✍💜
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