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♤ TREZE ♤

Olha-me ao tempo que te decifro. Envolve-me com suas palavras, enquanto me permito deitar sobre o seu manto de sorrisos.

Tento seguir à risca os mandamentos de meu pai, no qual um deles é a ordem expressa para que eu treine todos os dias o que me foi ensinado. Procurei alguns instrutores, assim que retornei da nossa conversa, no entanto somente Dárcio permitiu que treinasse com ele. Os professores de esgrima e de tiro ao alvo não permitiram que uma menina participasse de algo tão masculino. Apesar das inúmeras referências, por ser do gênero feminino ainda não detinha o mesmo direito que um homem.

Da sala de aula posso perfeitamente ouvir o som do rifle sendo destravado e as balas atingindo o alvo, que, infelizmente, são pássaros que voam nas proximidades ou qualquer animal de caça que ousou sair de seu habitat e adentrou, clandestinamente, no parque.

— Algum problema, senhorita Jade?— questiona a professora Elissa, que nos ensina a geografia dos reinos.

— Não, senhora.— asseguro, enquanto volto minha atenção para o pequeno mapa que está pendurado na lousa. Nele está toda Sandelle e todos os reinos erguidos dentro dele. Ao lado há uma árvore genealógica com todos os monarcas que já serviram ao seu povo e aqueles que poderão ter o mesmo destino anos à frente e que estão aqui, participando da avaliação, escolhendo suas futuras esposas.

Ao terminar a aula, vou andando devagar pelo corredor que dá acesso a outras classes. Observo algumas que ainda tem professores lecionando aula e outras, feito a minha, que estão vazias. Próximo do fim do corredor ouço o som característico do violino, a pessoa que toca o instrumento escolheu uma canção alegre e contagiante, o que me causa sensação de conforto. Vou me aproximando da sala e vejo que quem está a tocar o instrumento é a nova Promessa. A porta está entreaberta, no entanto como não somos próximas temo que a minha intromissão seja vista como insulto. Ouço o cessar da canção e decido ir para o meu destino, entretanto, antes de partir, sou interrompida.

— Pode entrar, se desejar.— diz ela e dou um passo para trás. A vejo sorrir, pois provavelmente percebeu a intrusa.

— Não queria atrapalhar, perdoe-me.— declaro, ao mesmo tempo que ela põe o instrumento no colo, enquanto seguro a porta, na dúvida se devo entrar ou prosseguir com meu caminho.

— Vamos logo, não vai ficar a manhã toda na porta. Vai?— implica e adentro a sala, sendo vencida por sua face risonha. Assim que entro, vejo os instrumentos que estão disponíveis para todos e me recordo do tempo que não toco em um.

— Toca muito bem!— elogio, tentando quebrar o gelo e esconder a minha vergonha. Às vezes, é difícil conhecer novas pessoas, principalmente com o receio do que elas acharão do meu modo de ser.

— Obrigada! Você toca algum instrumento?— agradece enquanto indaga. Sento-me em um dos bancos, voltando o meu olhar para ela e seus traços Dorinleanos. Diferente do dia que a vi, seus cabelos estão presos e seus olhos parecem mais claros e divertidos, provavelmente a música a deixa feliz.

— Não muito bem, embora tocasse flauta há alguns anos.— assumo sentindo-me mais relaxada que instantes atrás. Ela ergue-se de seu assento e pega o instrumento. Em suas mãos, há uma flauta doce de madeira no tom marfim e a observo pôr em minhas mãos.

— Por favor, toque para mim. Há muito tempo não ouço alguém tocar uma melodia ao som de uma boa flauta.— solicita e fico novamente nervosa, como disse, faz muito tempo que não pego em um instrumento e não sei se lembrarei de como se faz.

Fico de pé, coloco o bocal entre os lábios, ponho minha mão esquerda no topo e começo a soprar suavemente. Fecho meus olhos em uma vã tentativa de imaginar que estou tocando apenas para mim. Meus dedos passam a dedilhar automaticamente a melodia que me remete ao meu lar, ao mar, e a um imenso e vasto caminho que me leva de volta ao lugar de onde jamais deveria ter saído. Posso ouvir, em minha mente, a sinfonia completa com todos os instrumentos e arranjos, o coral acompanhando o som, a atenção das pessoas enquanto passa o desfile de civis pelo reino, o dundun dos cinquenta tambores.

Nesses bons tempos, costumava vestir a farda dos interventores e ver meus pais marchando em um desfile cívico. Antes aconteciam todos os anos, hoje em dia se tornou uma tradição menos comum. Finalizo com a melodia, sentindo em meu peito uma alegria indecifrável, abro os olhos e vejo os imensos olhos de Diana me encarando.

— Fui tão mal assim?— indago, ponho minhas mãos para baixo. A vejo levantar-se mais uma vez e bater palmas.

— Ual, por essa não esperava! Você tocou o hino do seu reino de um jeito que me fez imaginar como é ouvir a orquestra inteira.

— Sério? É uma das melodias que mais amo.— asseguro, me permitindo sorrir. Diana sorri também e pede que eu toque mais uma vez acompanhando o soar do violino. Fico feliz em poder pôr em prática algo que gosto, porém ainda tenho em mente que meu propósito de me dedicar à luta ainda não foi cumprido.

Após passar a manhã praticando com a flauta, recebo uma carta de Derek solicitando que eu fosse até o jardim para conversarmos.

No caminho encontro com Valentin e ficamos algum tempo fofocando sobre sua nova parceira e seus talentos. Ele disse que, apesar de Diana ser uma boa moça, não tem sentimentos amorosos para com ela. Verifico as horas e vejo que já estou atrasada. Me apresso, no entanto, antes de chegar ao jardim, observo os raios do sol refletindo sobre as imensas estátuas de ouro. Os cinco símbolos desenhados nos enormes pilares: a libélula de Limbell, a calla lily de Ulyere, a árvore da vida de Dorinlea, a estrela de Haffínit e a águia de Abeiron. Todos em volta da estátua em forma de chave, aquela que representa Prylea e a união de todos, a seladora do acordo de paz e da neutralidade serena.

Deixo meus devaneios de lado e vou seguindo para meu encontro. Ao longe, avisto Derek colhendo maçãs. Suas vestimentas são simples e de um azul-escuro, dificilmente se vê um príncipe vestindo trajes de cores claras, principalmente se a mãe for uma rainha conservadora ao extremo. Ansiosa, vou saltitante ao seu encontro e o abraço por trás.

— Agora estou feliz! Dessa maneira mostra que sentiu minha falta.— diz Derek, alegremente. Dou a volta e fico de frente para ele, admirando-o como há muito tempo não me era permitido fazer.

— Não irei negar, sinto sua falta desde o último minuto que passamos juntos.— revelo e o seu sorriso encontra os olhos, e os seus girassóis infinitos.

— Retribuirei a sua verdade, informando que sinto sua falta desde o momento que deixei de pôr meus olhos na sua graça. Temo o dia que não possa vê-la…— pondera e engulo em seco. Pretendia ter essa conversa em outro momento, entretanto sinto que preciso ser verdadeira para com ele.

— Preciso falar algo importante.— digo rapidamente, antes que desista. Derek deixa de pegar as maçãs e inicia a coleta das que caíram sobre a grama.

— Sim, sou todo ouvidos.— assegura e vou até ele, deixando a sua face próxima da minha para que ele olhe bem no fundo dos meus olhos e consiga entender o que tenho para lhe dizer.

— Não quero me casar agora, preciso aproveitar o máximo de tempo que posso antes de me casar, assim como você. Temos uma vida pela frente, acho justo que quando a avaliação estiver em seu fim, você diga que não sou ideal para ser sua esposa. Que deseja encontrar outra moça para o matrimônio.— explico, minhas mãos suam frio e passo-as sobre o tecido do vestido para limpá-las. Ao mesmo tempo, observo o príncipe franzir o cenho e sentar sobre a grama verde.

— Não farei isso. Não me casarei com alguém que não seja você, minha joia.— garante e sento-me próximo a ele, deixando poucos centímetros nos separando.

Meu vestido florido, graças aos céus, são sem mangas e com alguns cordões nas costas. O tecido é leve e o contrate com a grama me lembra daquelas imagens que passam nos televisores do centro. Pelo menos, nos últimos dias, me deixam vestir algo confortável.

— Ainda não entendo dos meus sentimentos, sabe que só desejo casar quando tiver a plena certeza de que o amo.— replico e acompanho a sua mão pousar em minha face. Logo após, ele brinca com uma mecha de meus cabelos que é seguido pela breve ventania.

— Então faremos assim, se até o final da avaliação você sentir que não me ama, te liberto para que volte para sua casa e família. Agora, caso eu tenha a certeza de que sou correspondido, de que seus sentimentos são semelhantes aos meus, terá que ficar e reinar ao meu lado.— propõe e sinto verdade em suas palavras. Por algum motivo que não sei explicar, entrelaço suas mãos nas minhas, como um acordo sendo selado. Ficamos assim por algum tempo, no qual seus dedos fazem círculos agradáveis sobre o meu pulso.

— Justo! Para mim, estamos com vantagem.— afirmo e retiro minhas mãos das suas e sinto a falta do calor que o contato havia gerado. Em um momento abrupto, percebo seus braços me pegarem e me pôr em seu colo.

Reconhecendo a minha respiração em seu pescoço, esquentando a sua pele, enquanto sinto seu aroma inebriante. Derek, com toda certeza, é um homem atraente e seria muito fácil qualquer mulher cair em seus encantos. Sinto seus beijos em minha face, o que me causa arrepios e ouço o sussurro com a sua resposta.

— Não vejo isso, minha joia, no entanto faço tudo que a deixe feliz.

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