A catapulta
Transportei-me para um mundo paralelo
Onde a dor que eu sinto incessantemente
pudesse não mais existir
Já não importa a causa, as circunstâncias, as probabilidades, impossibilidades...
Eu criei esta terceira dimensão
Ondes meus pensamentos
Fogem de mim mesmo
Por que a dor está em mim o tempo todo
E todo o tempo a dor me encontra
E o nosso encontro é essa maneira estranha, cúmplice e arraigada
Ela não me larga!
E eu a cultuo como necessária
Será que me acostumei a senti-la e a desejá-la como se desejasse a jaula?
Eu tive um sonho...
Um sonho.
Onde a dor que eu sinto
Não me aprisionasse
Mas, que fosse ela esse impulso,
A catapulta
Me libertando de mim mesma!
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