Sixteen
A batalha entre Pedro e Miraz iria começar; Ariel e Edmundo observavam toda a correria acontecendo ao seu redor, os narnianos se preparando para uma possível guerra contra o exército de Miraz caso algo desse muito errado.
Susana e Lúcia estavam prontas para irem até a floresta atrás de Aslam, e o coração de Ariel se enchia de expectativa e esperança. Precisavam de Aslam, e ela tinha certeza que ele não falharia com eles. Acreditava no seu grande Rei, e sabia que ele apareceria.
Ariel foi até Susana e Lúcia, que estavam junto de Caspian, montadas no cavalo.
-Tomem cuidado lá, ok? Ainda preciso das minhas rainhas vivas. - disse a garota com um sorriso que as duas retribuiram.
Ariel observou Caspian olhando para Susana, antes dele tirar a trompa de Susana do seu bolso e estender para ela.
-Talvez seja hora de te-la de volta.- disse ele olhando para a garota. Susana olhou para trompa antes de olhar Caspian.
-Devia ficar com ela. Pode precisar me chamar de novo.- diz ela com um sorriso e Ariel segura sua risada diante das palavras da amiga. Susana e Lúcia começam a cavalgar, deixando Caspian com uma expressão abobada. Ariel da uma risada.
-Caspian, Caspian.- diz ela e o garoto fica vermelho.
-Princesa Ariel, ainda está ai?- ele diz e ela ri ainda mais.
-Vamos, Caspian. Pedro nos espera.- ela diz saindo, deixando Caspian sozinho, morrendo de vergonha.
Ariel já havia vestido sua armadura prateada com vermelho e um Leão no meio do tecido vermelho. Ela fez uma única trança em seus cabelos escuros e colocou sua espada sobre o cinto. Estava pronta pro que fosse que viesse a seguir, e ela lutaria até o fim se fosse preciso. Precisavam ganhar tempp para Lúcia voltar com Aslam, e Ariel tinha certeza que ele apareceria. Ele tinha que aparecer! Ele era Aslam, ele era o verdadeiro Rei.
-Princesa, está na hora.- disse caça-trufas, e Ariel assentiu, indo até o lugar onde Pedro se encontrava com Edmundo. Os dois conversavam, mas quando Ariel chegou, pararam de falar e a observaram.
-O que foi? Tem algo no meu cabelo?- ela diz com um sorriso.
-Nada. É que nunca tinha reparado o como você de armadura consegue ficar tão...- começa Pedro.
-Bonita.- diz Edmundo e Pedro o olha com um sorrisinho, fazendo o irmão corar. -Não era isso que você ia dizer?
-Eu ia dizer poderosa, o bonita veio todo de você.- diz Pedro rindo.
-Vocês são tão bobos!- ela diz rindo e indo até eles. -Pedro, me escute. Não importa o que aconteça nessa batalha, tome cuidado. E saiba que mesmo que tudo de errado, você lutou bravamente por Nárnia.-ela diz colocando a mão sobre o ombro do amigo. -E saiba que eu te amo muito, ok?
-Também te amo, Ariel.- disse o menino e a puxou pra um abraço apertado.
-Isso é muito desconfortável com essa armarura.- ela disse e Pedro riu, se separando dela.
-Vamos. Vamos lá pra fora.- disse Pedro.
Os três sairam do Monte de Aslam, e podiam ouvir os gritos animados dos narnianos. Ariel estava a esquerda de Pedro, e Edmundo, a sua direita.
Ao chegarem no lugar da batalha, Miraz já estava ali, e ele olhava com um olhar mortal para Pedro. Ariel sabia que Miraz tinha certeza que ganharia essa batalha. Mas ele não havia conhecido o Grande Rei Pedro.
Pedro retirou sua espada, e os narnianos gritaram. O coração de Ariel acelerou.
-Tome cuidado!- ela disse e Pedro olhou pra amiga com a sobrancelha arqueada. Ariel revira aos olhos. -O que eu quis dizer é: não seja morto.
-Eu não vou.- diz o menino e sorri.
Pedro entra dentro do quadrado onde seria a batalha, e Miraz o encara.
-Ainda da tempo de se render. - disse o homem. Pedro o olhou com um olhar duro e sério.
-Esteja à vontade.- disse Pedro.
-Quantos mais terão que morrer pelo trono?- diz Miraz.
-Só um.- diz Pedro antes de colocar o capacete e iniciar a luta.
Pedro atacava Miraz, Miraz defendia; Miraz atacava Pedro, Pedro defendia. O barulho de metal chocando contra metal ecoava pelo ar e o grito dos telmarinos e narnianos era ouvido de longe. O coração de Ariel estava disparado, a ansiedade a consumia. Ver Pedro lutando e não poder fazer nada deixava os nervos dela a flor da pele. Assim como Edmundo, que não tirava os olhos das espadas por um segundo.
Pedro lutava bem, mas ambos já estavam ficando cansados da longa batalha. Miraz bate seu escudo no capacete de Pedro, e seu capacete cai. Ele tenta rasgar a garganta de Pedro, mas Pedro desvia rapidamente, fazendo um corte na perna de Miraz com a ponta de sua espada. Pedro desliza pelo chão, desviando de um ataque, mas, em um outro ataque de Miraz, Pedro cai no chão e Ariel segura um grito de desespero quando Miraz pisa no escudo de Pedro, fazendo o braço do garoto deslocar e ele gritar de dor. Pedro ataca, e Miraz se protege com seu escudo, atacando Pedro com a espada, mas ele defende e rola para o lado.
Pedro se defende dos ataques de Miraz, e consegue derrubar o Rei no chão e se levantar.
Ariel escuta um barulho de cavalo, e vê Susana e Caspian se aproximarem. Merda! Pensou Ariel, tentando descobrir o que havia dado de errado.
-Vossa alteza precisa de uma pausa?- diz Miraz. Pedro olha para o homem.
-Cinco minutos?
-Três!- diz Miraz.
Ariel pode ver a dor no rosto de Pedro, e Edmundo vai até ele. Pedro se aproxima deles, e olha pra Susana, que havia se aproximado junto a Caspian.
-Lúcia?
-Ela conseguiu passar... Com uma pequena ajuda. - diz ela e olha pra Caspian.
-Obrigado.- diz Pedro pra ele.
-Você estava ocupado.- diz o garoto.
-Melhor subirem lá as duas. Só por precaução. Não acredito que os telmarinos cumpriram a palavra.- diz Pedro.
-Eu não vou a lugar nenhum, Pedro.- disse Ariel. O garoto olha pra ela e sorri.
-Já sabia, mas não custava tentar, não é?- diz ele e ela ri.
Susana abraça Pedro e ele geme de dor.
-Desculpe.
-Tudo bem.
-Tenha cuidado.
-Continue sorrindo.-diz Edmundo que olhava os narnianos. Sabia que eles precisavam desse sorriso apra terem confiança nessa batalha. Pedro sorri e levanta sua espada, e os narnianos vão a loucura.
Pedro geme de dor quando Caspian tira seu escudo.
-Acho que está deslocado.- diz Pedro.
-Você acha?- diz Ariel e revira os olhos. -Ed, arruma o braço do Pedro!
Edmundo olha pra Ariel e arqueia a sobrancelha, antes de ir até o irmão e se posicionar pra colocar o braço dele de volta no lugar.
-O que acha que acontece lá em casa quando você morre aqui?- diz Pedro e Ariel sente uma amargura em sua boca. Queria dizer que nada disso aconteceria, mas naquela altura, já não sabia mais se voltaria viva para casa.
Pedro e Edmundo se olham, um olhar intenso.
-Você sabe que sempre me apoiou e eu nunca...- começa Pedro e Edmundo puxa seu braço, fazendo Pedro gemer de dor. Ariel sorri, segurando sua risada.
-Deixa pra depois.- diz Edmundo se afastando do irmão e indo para o lado de Ariel.
-Ed, não precisava ser tão frio!- ela diz e Edmundo a olha.
-Ele esta falando isso por que acha que vai morrer.- diz Edmundo.
-Não, Ed, está falando isso por que ele te ama.- diz ela e Edmundo suspira.
Pedro pega a espada e o escudo e volta para a batalha contra Miraz para libertar Nárnia outra vez.
Pedro e Miraz lutavam com ferocidade, e Ariel estava ainda mais desesperada. Ela segurou com força a mão de Edmundo, que também apertou sua mão na dele. Ambos tinham o mesmo medo.
Miraz consegue derrubar Pedro, e Ariel sente seu estomago revirar. Ele ataca Pedro, mas este consegue desviar e derrubar Miraz no chão. Os dois se levantam, ainda lutando, e Pedro consegue arrancar a espada de Miraz de sua mão e o atacar. Miraz defende as investidas da espada de Pedro com seu escudo, e consegue empurrar Pedro. Pedro arranca o escudo de Miraz, mas o homem o joga contra uma pedra e recupera sua espada, investindo contra o garoto que desvia no último segundo. Pedro desvia mais uma vez, e soca o machucado de Miraz, que grita de dor.
-Pausa!- diz Miraz no chão quando Pedro estava prestes a soca-lo. -Pausa!
-Agora não é hora pra cavalheirismo, Pedro!- diz Edmundo.
Pedro abaixa sua mão e olha pra Miraz antes de dar as costas pro homem no chão e caminhar até Edmundo. Mas Miraz, num golpe sujo, se levanta, pegando a espada para atacar Pedro pelas costas.
-Pedro!- grita Ariel.
-Cuidado!- grita Edmundo.
Pedro se vira a tempo de conseguir desviar da espada e a pega-la, atacando Miraz, que cai de joelhos no chão, olhando e esperando Pedro o matar. Pedro levanta sua espada, pronto para dar um fim na vida do homem.
-Qual o problema, garoto?- diz Miraz. -Covarde demais para tirar uma vida?
-Não cabe a mim tira-la. -diz Pedro cerrando os dentes. Pedro olha pra trás e estende a espada de Miraz para Caspian, que se aproxima e a pega.
Pedro pega sua espada no chão e vai até Edmundo e Ariel. Caspian olha Miraz e se prepara para mata-lo.
-Talvez eu tenha errado.- diz Miraz. -Talvez você tenha as qualidades de um rei telmarino, afinal.
Caspian da um grito e finca a ponta de sua espada na grama. Ariel sabia que ele era nobre demais para tirar uma vida, mesmo que fosse de um monstro como Miraz. Caspian olha para Miraz, lágrimas em seus olhos.
-Não um como você.- diz o garoto. -Fique com sua vida. Mas eu estou devolvendo aos narnianos o reino deles.
Todos eles se viraram para sair, mas foi ai que ouviram um grito de dor. Ariel se virou a tempo de ver um dos homens de Miraz enfiar uma flecha nele e o matar. Uma das flechas de Susana. Miraz cai no chão, morto. O homem que o matou olha pra todos antes de gritar:
-Traição! Eles o acertaram! - e pegou a espada de Miraz. -Mataram nosso rei!
-Se preparem!- grita Pedro.
A verdadeira batalha iria começar.
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