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Nineteen

            Depois de tomar um banho, Ariel colocou o vestido deixado pela Dríade, Callie, e arrumou seu cabelo, fazendo um trança.

             Saiu e viu que Aslam ainda conversava com Pedro, então decidiu ir até os Castores, que estavam conversando com alguns centauros.

-Ariel!- disseram ao verem a garota. -Susana e Lúcia acabaram de sair, Susana foi treinar. Estavamos conversando com Oreius aqui e ele disse que seria uma honra ensina-la a duelar. - apontaram para o centauro que fez uma pequena reverência.

-A honra será toda minha.- disse Ariel retribundo a reverencia com um sorriso.

-Ouvi muitas histórias sobre você quando era pequeno, princesa.- disse o centauro, que não deveria ter seus vinte anos de vida. -Sobre sua bondade e bravura. Seria uma honra ensina-la o que sei.

-Bem, será uma honra ter um professor como o senhor.- disse ela e caminharam para um lugar mais distante dos demais, para poderem treinar em paz.

              Ariel tirou a espada do cinto e a levantou. Não era tão pesada quanto havia imaginado, mas sabia que precisava ter firmeza no pulso e força para lutar com ela.

-Levante mais um pouco. - disse o Centauro. -Isso. Perfeito. Ao menos sabe segurar uma espada, já é um ótimo começo. Agora, lutamos.

                O centauro chocou sua espada contra a dela com força, e Ariel a deixou cair na grama. O centauro olhou pra ela com a sobrancelha arqueada.

-Ok, é mais difícil do que parece.- disse ela e riu, pegando a espada.

-Tente relaxar o pulso. Está muito dura, desse jeito vai acabar machucando.- disse o centauro e Ariel o fez. Ele chocou a espada contra a dela, e, dessa vez, ela conseguiu segurar. Tirou a espada da dele e a chocou outra vez, com força. -Muito bem! Separe mais os pés. Isso. Continue. Cuidado! Calma. É como uma música que deve ser dançada com leveza. Isso. Ótimo. Continue.

              Ariel lutou com ele por um bom tempo. Era cansativo e difícil, e muitas vezes ela caiu na grama, ou acabou perdendo a espada, mas não desistiu. Precisava aprender para estar na batalha, e não queria de forma alguma ficar fora dela.

                Acertou mais uma vez a espada de Oreius, e mais uma, e mais uma, e enfim conseguiu o desarmar. O centauro sorriu.

-Vejo que tem jeito para a coisa. É quase natural. Mais um pouco de treino e saberá como lutar. - disse o centauro.

-Graças ao senhor.- diz ela agradecida.

-Oh, não, eu só te mostrei o jeito certo. Isso é natural. Você tem dom para duelar, princesa. - disse ele com suavidade. -Adoraria ficar mais tempo, porém tenho muito a fazer. Treinaremos mais depois.

-Claro, Sr Oreius. Obrigada.- disse ela e o Centauro fez uma reverencia antes de se retirar.

             Ariel estava voltando para o acampamento, quando viu Pedro e Aslam virem a seu encontro.

-Princesa Ariel.- diz o Leão. -Fico feliz de ver que voltou e não abandonou Nárnia, como a feiticeira ordenou que fizesse.

-Não podia, Aslam. Não depois de tudo.- ela diz com um suspiro.

-A batalha não sera bonita. Espero que estaja pronta.- diz o Leão.

-Estarei.- diz ela com convicção. -Será que eu poderia abraçar o senhor agora?

              Aslam deu uma risada antes de concordar com a cabeça, e a menina o deu um forte abraço.

-Sempre soube que viria.- ela disse.

-Sempre soube que voltaria.- diz ele. Ariel se afasta de Aslam e se despede do Leão e de Pedro, que continuam a conversar.              

                Mas, não muito tempo depois, ouviu um barulho alto rasgar o ar. Ela soube, era Susana tocando a trompazinha de marfim.

-Ah droga!- diz Ariel pegando o arco e suas flechas e correndo em direção de onde o som tinha vindo.

                Ao chegar lá, viu Susana e Lúcia na árvore, e Maugrim tentando alcanca-las.

-Abaixem as armas.- disse Aslam, segurando um dos lobos em sua para. -Essa batalha é de Pedro.

                Ariel faz o que o Leão manda, seu coração acelerado.

-Você pode achar que é um rei.- disse Maugrim rondando Pedro. -Mas vai morrer... Como um cachorro!- e pulou em cima do menino.

-Pedro!- gritou Ariel em desespero. Correram as três garotas até ele, e empurraram o lobo meio morto de cima do menino. Ariel suspira aliviada ao ver que ele estava bem. Ariel abraça Pedro, assim como Susana e Lúcia.

            Aslam solta o lobo, que sai correndo.

-Atrás dele. Ele o levara a Edmundo.- disse Aslam.

-Aslam!- disse Ariel indo até o leao. -Com sua permissão, gostaria de ir junto.

-Ariel, enlouqueceu?- disse Susana. -Pode ser perigoso!

-Susana, não consigo ficar parada sem fazer nada!- disse Ariel e voltou a olhar pro Leão.

-Tudo bem. Meu caro amigo, Amadeus, pode lava-la em suas costas?- pergunta o Leão a um cavalo ali presente.

-Seria um prazer.- disse o cavalo e Ariel monta nele.

-Eu prometo que teram o irmão de vocês de volta e a salvo.- disse a menina para Pedro, Susana e Lúcia. -Nem que isso custe a minha vida.

            E saiu cavalgando atrás dos centauros antes mesmo de dar a chance para que Pedro, Susana e Lúcia entendessem tudo o que havia acabado de acontecer.

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