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Fifteen

         Caminharam até o acampamento de Miraz e os guardas já o esperavam quando chegaram lá. Os guiaram até a tenda onde estava Miraz, que olhou para Edmundo e Ariel da cabeça aos pés. Ao ver a garota, arqueou uma sobrancelha e deu uma risada de deboche. Ariel quis socar sua cara, mas deixaria esse prazer para Pedro.

         Edmundo leu a carta para todos ali presentes, e ao terminar, enrolou o pergaminho e esperou a resposta do rei.

            Miraz olhou bem para Edmundo e começou a falar.

-Diga-me, príncipe Edmundo...

-Rei.- corrigiu Edmundo e Miraz o,olhou feio por ter o cortado.

-O que disse?

-Na verdade, é Rei Edmundo. - diz Edmundo e Ariel contem um sorriso ao ver a cara de Miraz. -Só Rei. Pedro é o Grande Rei. Eu sei, é confuso.

-Por que nos arriscariamos com tal proposta se nosso exército poderia acabar com vocês até o anoitecer? - disse Miraz e Ariel teve de se conter para não dizer nada rude ao homem e acabar com tudo.

-Você já não subestimou nossos números? Quer dizer, há apenas uma semana os Narnianos estavam extintos.

-E vão estar de novo. - disse Miraz friamente.

-Então você deveria ter pouco a temer. - disse Ariel. Miraz pareceu perceber naquele momento que ela ainda estava ali.

-Vejo que trouxe sua namoradinha, Rei Edmundo.- disse Miraz co um sorriso cruel no rosto.

-Ele não é meu namorado.- disse ela.

-Ela não é minha namorada. - disse Edmundo ao mesmo tempo que Ariel.

-Tanto faz. - disse Miraz dando de ombros. -Então quem é a Senhorita?

-Ariel Haywood. A princesa de Nárnia.- ela diz e Miraz faz uma careta.

-Então, bem, princesa, isso não é uma questão de bravura.

-Então recusa-se bravamente a enfrentar alguém com metade da sua idade?- diz Edmundo deixando o rei boquiaberto. Todos seus conselheiros o olham, esperando uma resposta.

-Eu não disse que recusava. - diz Miraz.

-Conte com nosso suporte, Majestade. Qualquer seja a sua decisão.- disse um homem ao seu lado esquerdo.

-Só nossa vantagem militar já é a desculpa perfeita para evitar o que poderia ser... - diz um homem a direita do rei, e o mesmo se levanta, irritado.

-Não estou evitando nada!- diz Miraz.

-Eu estava apenas sugerindo que meu lorde tem o direito de recusar.

-Sua majestade nunca desistiria.- disse outro homem. -Ele aprecia a oportunidade de mostrar ao povo a coragem do novo rei.

-Você.- diz Miraz apontando sua espada para Edmundo. -Torça para que seu irmão tenha a espada mais afiada do que a pena.

          Edmundo deu um sorriso debochado para Miraz antes de sair de sua tenda acompanhado de Ariel e seguirem caminho até o Monte de Aslam, com o Centauro e o Gigante logo atrás deles.

           Logo que chegaram ao Monte de Aslam, Ariel seguiu Edmundo a um lugar mais afastado, por que o garoto parecia estranho.

-Ah nós vamos todos morrer se esse plano der errado.-diz Edmundo.

-Edmundo, o que está acontecendo?- ela diz parando na frente do amigo. -Você nunca foi pessimista. E nunca quis tentar me "proteger" como Pedro vive fazendo. Você constumava acreditar em mim. O que está acontecendo, Edmundo?- ela pergunta e ele suspira.

-Essa não é como nossa batalha contra a feiticeira, Ariel. Estamos em menor número e não temos mais Aslam. - diz Edmundo. -Eu confio em Pedro, mas o que me preocupa é outra coisa.

-Então me diga! Edmundo, você não confia em mim?-diz ela se aproximando dele.

-Eu confio, Ariel! Esse é o problema, eu confio demais em você. Por que eu te amo demais. E eu sei que muitas pessoas vão morrer se tiver guerra e eu não quero que você seja uma delas. - ele diz. Ariel abre a boca para falar algo, mas nada sai. Não sabia o que falar vendo o amigo tão perdido e magoado.

-Ed. Me diz. Qual é o real problema? Você nunca teve medo de batalhas. - ela diz segurando o rosto dele fazendo com que ele a olhasse.

-Eu não sei se eu deveria te falar. - diz ele e Ariel fica magoada. Ele era o melhor amigo dela! Por que não confiava em Ariel? Por que não era capaz de dizer a ela o que sentia de verdade?

-Você não confia em mim, então.- ela diz e se afasta dele, se virando para ir embora.

-Ariel, pare.-ele diz segurando o braço dela, fazendo ela se virar pra ele. -Eu não posso ir pra essa batalha sem ao menos te dizer algo que queria te dizer desde quando eramos Reis e Rainhas e viviamos em Cair Paravel, e é isso que eu quero tanto te contar tem tanto tempo. Desde aquele dia em que eu finalmente tive coragem de dizer algo e o Sr Tumnus não me deu a chance de terminar o que eu havia começado. Eu não posso mais esperar por isso, Ariel. - ele disse e a puxou pra perto de si, colocando uma mexa do cabelo dela atrás da orelha, obeservando com carinho o rosto dela. Ariel sente seu estômago revirar, e fica sem saber o que deverua fazer. -Eu sou apaixonado por você desde sempre. Você fez eu me apaixonar por você de um jeito...- diz ele com um sorriso fraco. -Você sempre esteve do meu lado, mesmo quando eu te dei motivos para não estar; lutou por mim, mesmo quando ninguém mais quis; salvou minha vida de tantas formas, Ariel. Você me mudou. Eu percebi que te amava no dia em que você me salvou da feiticeira, e eu não consigo mais esconder isso de você.

-Você deveria ter falado isso um pouquinho mais cedo, não acha?- ela diz com um sorriso sincero no rosto. Edmundo olha pra Ariel e sorri e -finalmente- junta seus lábios com os dela.

          Ele passa as mãos com carinho no cabelo dela e Ariel acaricia sua bochecha. Foi um beijo calmo e ao mesmo tempo cheio de carinho e amor. Esperaram por esse momento por tantos anos e finalmente haviam admitido o que todos já sabiam há tanto tempo: eles se amavam muito mais do que diziam.

           Se afastaram de vagar um do outro, ainda permanecendo juntos. Ariel olhou nos olhos de Edmundo e passou a mão por seu rosto com carinho.

-Só pra você saber, Ed, eu também sou apaixonada por você. Desde que você era um garotinho birrento e chato. Foi lá que eu comecei a amar você. - ela diz e ele sorri. -Você só demorou dezenove anos pra perceber.

-Podemos esquecer os dezoito anos em Nárnia mais esse último ano em Finchley onde eu morria de medo de te contar que te amava e só nos lembrar de hoje?- ele diz e ela ri.

-Eu te amo, Edmundo Pevensie. Não importa quantos anos tenha demorado pra você perceber isso. - ela diz e o beija outra vez.

            E, nada mais importava. Teriam uma batalha pela frente, mas Ariel finalmente havia contado a Edmundo o que tanto a atormentava, e havia descoberto que ele também a amava. Não importava como fosse a batalha, se ela morresse ali, morreria em paz. Pois ele finalmente sabia que ela o amava.

Depois de 42 capítulos, ai esta o momento que muitos de vocês tanto esperaram!

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