Era uma vez, uma princesa presa no seu mundo de pensamentos obsessivos.
Os seus pensamentos ganhavam vida e criavam histórias de ficção que poderiam ser um pouco dramáticos e obscuros.

A princesa sempre procurou se libertar desses pensamentos que a assustavam, procurou pelo mundo fora o remédio que a poderia curar.

Recorreu a sábios, elfos, bruxas mas continuava sem sucesso. Parecia uma caminhada sem fim, mas iria até a fim do mundo até encontrar o que tanto procurava.

A princesa fez o possível e o impossível mas por mais que fizesse a cura parecia cada vez mais uma ilusão e uma verdade inalcançável.

Um dia a princesa chorou de amargurada que estava. Tinha esgotado toda a sua esperança, agora restava-lhe esperar que as sombras se apoderassem aos poucos das forças que lhe restavam.

Ela encontrava-se fraca sem brilho.

Decidiu recolher-se no seu quarto e esperar o seu último suspiro.

Sentou-se na sua escrivaninha, pegou numa pena mergulhada no tinteiro e debruçou-se sobre a folha branca que se encontrava intacta.

Os pensamentos invadiram-na sem aviso prévio e a princesa escreveu o que sentiu e tudo mudou.

A princesa percebeu assim que ela denominava como "doença" era apenas uma bênção.

Aprendeu a canalizar todos os pensamentos que a sufocavam e transformou-os em palavras, em histórias, em inspirações.

Percebeu que a cura sempre esteve dentro dela e que estava encarregue de uma missão: Mostrar que o poder da nossa luz interior é muito superior ao das trevas que nos amedrontam e que é possível transformar a nossa vida.