Todos os contos de fadas costumam ter um princípio, um meio e um fim.
Esta história não terá exatamente um final como na nossa vida, temos vivências e todas essas vivências são aprendizagens válidas até ao fim das nossas vidas.

Quando nasci fui uma surpresa para todos. 

Sempre fui muito diferente dos meus pais fisicamente com traços finos, olhos esverdeados vívidos, cabelo ruivo e pele pálida. Fui alvo de curiosidade perante todos os habitantes do reino.

Fui vista no meu reino como uma espécie de criatura na infância pelo físico e quando me tornei mais crescida por pensar diferente da sociedade onde me incluía.
Sim há quem acredite que quem tem olhos verdes pode conter algum discernimento mental, ou ser completamente louca. Mas como costumo dizer as pessoas loucas são as melhores porque são as que tem coragem para viver a vida de outra forma.

Apesar de eu ser uma pessoa bastante reservada, fui acarinhada pelas pessoas que me rodeavam, principalmente pela criadagem. Todos sempre me trataram pelo nome carinhoso de Izzy, Elisabeth fora completamente descartado. É lógico que para eventos mais formais era sempre utilizado.

A tarefa mais complexa era relacionar-me com os meus ascendentes.
Os meus pais eram bastante exigentes comigo, talvez por ser filha única e ocupar o trono no futuro.
Desde cedo comecei a ter as minhas responsabilidades, as minhas brincadeiras eram trocadas por aulas de etiquetas que eu detestava.

Nós mulheres somos desvalorizadas, temos que ser dependentes dos homens em tudo e não ter vontade própria porque a última palavra é do homem.
Somos utilizadas sobretudo para agradar aos homens e dar descendência, o que vai contra as minhas convicções de poder fazer uma escolha por amor. Dar amor e ser amada.