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Capítulo 6


           Sempre tive que ser forte mesmo me sentindo fraca, me transparecer inabalável, como uma verdadeira herdeira de Dalibor eu não podia falhar, e só o fato de ser uma mulher já dificultava as coisas. Meu povo sempre foi amoroso, mas era impossível não perceber os olhares de reprovação dos nobres, os comentários e lamentações pelo reino mesmo anos após o meu nascimento, por nascer uma menina e não um herdeiro verdadeiramente apropriado aos olhos deles para assumir o trono.

           O ponto positivo em tudo isso, é que estava acostumada a ser subestimada, então o Dmitre era somente mais um insolente duvidando da minha capacidade, um tanto corajoso de sua parte para um mero humano.
Então sua atitude astuta e indiferente diante da minha ameaça, não me abalou ou surpreendeu, nem mesmo me intimidou. Mas com certeza ele demonstrou ser esperto demais para estar em minhas mãos tão facilmente, o que não deixava de ser excitante.

           — Não, não será! — o rei limpou sua barba grisalha antes de continuar — Íris; Íris... pensa mesmo que sou tolo?

           — Não seria esse o termo que eu usaria para descreve-lo, apesar de lhe servir bem também — encarei seus olhos negros como carvão — Sabe Dmitre; desde que cheguei, estou observando-o... então lhe pergunto. O que planejou nessa sua mente doentia?!

           — Suas palavras me ofendem 'milady' — Dmitre estendeu sua taça para o criado abastece-la novamente — Assim que coloquei os meus olhos no seu colar soube que era um deles, não há tal pedra aqui exceto uma que seria idêntica se não fosse pela cor azul.

           — Está confessando que possui o cristal azul? — interrompi.

            — Por isso está aqui? Veio atrás da pedra! — o rei tomou seu vinho antes de continuar — Ordenei que vasculhassem todo o reino em busca de outros como você, e para minha surpresa descobri que veio sozinha — um sorriso cínico se formou em seu rosto — não foi muito inteligente da sua parte 'milady'.

            — Não vim pelo cristal, vim desintegrar a sua espécie.

            — E como pretende fazer isso? Somos milhares enquanto você é só uma.

            Ainda sustentando meu olhar em Dmitre, ergui minha mão direita em um único movimento arremessando o criado que segurava o jarro de vinho contra a parede de forma brutal, fiz seu corpo levitar enquanto o sufocava. O homem sem forças soltou o jarro que se quebrou derramando todo vinho.

            — Basta!

            O rei gritou emitindo um alerta, então as portas se abrirão abruptamente e alguns soldados nos cercaram. Os homens prontamente armados estavam preparados para me atacar, bastava uma única palavra do rei. Soltei o corpo do homem já sem vida que se chocou com brutalidade contra o chão, enquanto todos os outros criados na sala choramingavam temendo por suas vidas.

             Avaliei minha situação por alguns segundos, e com um sorriso satisfeito no rosto ergui meus braços fazendo todos os soldados flutuar, com apenas um movimento os arremessei para fora do salão, trancando todas as portas novamente.
 

          —- Me dê apenas um motivo para não lhe matar agora! — falei entre dentes encarando seus olhos negros.


            — Disse que eu tinha até o amanhecer para lhe convencer a ficar, nesse caso ainda tenho algumas horas — Dmitre mantinha um olhar firme e severo diante de mim, como se nada o abalasse.

           — Admiro seu otimismo Dmitre.

           — Certamente teria um bom motivo para cometer tal ato! — o rei pigarreou afrouxando a gola justa em seu pescoço — Vejo que está determinada a seguir com seu plano, mas o que a motiva nos destruir? Gostaria de saber o por que estou jurado de morte.

            — Vou contar uma história para você, certo vez um rei junto a uma pequena escolta resolveu visitar este reino por motivos maiores, mesmo sendo poderoso e totalmente superior aos habitantes da terra, o rei e seus soldados em nenhum momento fizeram mal a ninguém, mas o seu povo ousou tocar neles.

            — Então está aqui por vingança? Por que só apareceu agora? Aproximadamente vinte anos depois e ainda sim, aqui está você, sozinha; disposta a se vingar de uma raça inteira com suas próprias mãos. Cuidado 'milady' é um caminho perigoso.

           — Acha mesmo que atravessei o portal para ouvir conselhos, seu?

            — Quer mesmo saber o que eu acho? Que você não está aqui apenas pelo seu rei, mas sim pelo seu pai! Suponho.

           — Bela tentativa, confesso que me surpreendeu agora.

           — Não quer saber onde o cristal está? — Dmitre ergueu seus olhos em mim — Ou até mesmo descobrir quem é o assassino? Posso lhe afirmar que esse pobre homem que acabou de matar não teve nada a ver com a morte do seu rei, não que eu me importe com a vida dele é claro.

           — Majestade, pare de tentar negociar sua miserável vida.

           — Saiam todos! — ordenou o rei.
Dmitre era um humano fora do comum, ele não demonstrava medo ou hesitação, me enfrentava de Igual para igual e isso me intrigava.

          — O que pretende Dmitre?

          — Íris, não sou seu inimigo, e como prova estou disposto a lhe entregar a pedra azul, o verdadeiro assassino do seu pai vendeu em troca de uma pequena fortuna.

          Ele só pode estar blefando, é impossível o cristal azul ainda existir.

          — Eu sei o que você quer, somos mais parecidos do que imagina 'milady', está tomada por um desejo de vingança, e nada melhor que matar o verdadeiro assassino com suas próprias mãos, acredite, matar inocentes apesar de ser divertido, não vai aliviar o que está sentindo, mas voltar com a cabeça do verdadeiro culpado em suas mãos, há! Isso sim! Vai preencher esse vazio em seu peito.

           — Não aja como se me conhecesse.

           — Íris acredite, eu sei como é perder um pai, deixe-me lhe entregar a pedra.

          Durante todos esses anos ninguém se quer cogitou que o cristal do meu pai ainda existisse, um cristal poderoso que jamais poderia cair em mãos erradas.

           — Me leve até o cristal! — ordenei. Precisava ver com os meus próprios olhos, como seria possível o cristal azul ainda existir?

          Seguimos para fora do grande salão, me mantendo atenta a todo momento, caso alguém se atrevesse a me importunar com algum ataque inesperado. Dmitre aparentemente estava à vontade com a situação, ele era frio o suficiente para não demonstrar ou sentir medo, ou simplesmente sabia esconder muito bem o que estava sentindo.

          Antes que ele pudesse tocar nas portas douradas do aposento real, movi minha mão empurrando-as com força, evitando qualquer surpresa indesejada. Dmitre dirigiu seu olhar rígido a mim antes de adentrar no cômodo, então o segui.

           — Onde está?!

           — No Baú — Dmitre se aproximou e destrancou usando uma chave presa ao seu colar que ficava escondido sob suas vestes. Ele abriu o grande baú, pegou uma caixa mediana, e a estendeu diante de mim.

           Abrindo a caixa com cuidado peguei o cristal azul que no mesmo instante começou a brilhar, uma energia familiar fez meu corpo formigar por inteiro, pela primeira vez senti a energia do meu pai que ainda estava no cristal. Uma força superior a qualquer outra que eu havia sentido em toda a minha vida, me preencheu como uma carga elétrica. Foi a única sensação parecida, com a que senti quando toquei o meu cristal pela primeira vez. Mas algo estava errado, apesar de ainda haver energia do meu pai no cristal, a pedra estava se apagando, como se estivesse em curto-circuito.

            — Está faltando uma parte! - encarei o Dmitre — onde está a outra parte do cristal?

            — Não pode ser, como nunca percebi isso? — ele realmente me pareceu surpreso.


            — Se não está com você, então onde está?

            — Suponho que esteja com o assassino do seu rei — O que acontece se não encontrar a outra parte?

            — O cristal perderá toda energia que possui... Sabe quem é o homem que lhe vendeu o cristal?

            — Era um viajante, apesar da minha pouca idade na época, ainda me recordo de seu rosto.

            No momento em que toquei o cristal azul tudo mudou, estava ciente antes mesmo de atravessar o portal que tal ato seria como uma traição contra a coroa e meu povo, mas eu não podia simplesmente assumir o trono sem me sentir verdadeiramente merecedora, eu precisava honrar a memória do meu pai.

           Por longos anos fui alimentando um sentimento de vingança até que não pude me conter a não ser me entregar a esse desejo que já estava incontrolável, eu tinha tudo planejado, poderia ser uma traidora aparentemente, mas se eu destruísse a raça que ameaçava a nossa existência, provaria a todos que nunca fui uma traidora, e era digna do trono como o meu pai, que ninguém pode mexer com meu povo e ficar impune, que a futura rainha poderia protege-los, queria levar esperança a eles. Mas em nenhum momento eu imaginei que o cristal azul ainda existisse, meu povo sempre acreditou que o cristal havia se desintegrado quando meu pai foi assassinado, mas pude comprovar com meus próprios olhos que ele ainda existia, pelo menos parte dele. Deveras isso mudou meu plano inicial, saber que o verdadeiro assassino poderia ser identificado, foi uma sentença de liberdade ao resto da humanidade, e de certa forma a mim também, não precisaria me tornar um monstro para cumprir meu objetivo.

            De qualquer forma, estava presa naquele mundo até conseguir capturar o assassino e obter a outra parte do cristal, gostaria de resolver tudo o mais rápido possível, afinal eu tinha um reino inteiro para governar.

            — Decidiu ouvir o meu conselho? — o rei se aproximou me avaliando minuciosamente — Agora sabe que digo a verdade, suponho que não prossiga com seu plano anterior de destruir a humanidade.

             — No que lhe concerne importa-se apenas com si mesmo — minha voz soou ríspida, coloquei a pedra na caixa fechando-a sobre meu domínio — Não se esforce em parecer que se importa com seu povo, posso sentir sua energia obscura.

             — Certamente 'milady', meus interesses vêm primeiro.

              — Preciso encontrar a outra parte do cristal antes que seja tarde e você vai me ajudar — direcionei meu olhar em seus olhos.

              — Tudo tem um preço 'milady'!

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