Capítulo 116-A verdade por trás da dor Parte 5.
-Três messes atrás :
Viollet :
-Depois de descobrir o verdadeiro culpado pela morte de sua mãe, Sophia saiu amparada por Issac que a guiou até seu quarto.
-Enquanto isso, Viollet, Jeanne e Ruvick ficaram na entrada principal do palácio.
Jeanne :
Pobre senhorita Sophia...
Ela deve estar completamente arrasada.
Eu mesma consigo sentir uma pequena fração da dor pela qual ela deve estar sentindo..
Viollet :
Jeanne têm razão.
Você não acha que foi duro demais com a Sophia, Ruvick?
Ela acabou de perder a mãe e agora descobre que o culpado foi o pai, você não precisava ter falado daquela maneira.
Ruvick :
Eu sei, sinto muito pela minha insensibilidade com a princesa.
Eu realmente deveria ter tomado mais cuidado com as minhas palavras.
Porém o momento agora requer pulso firme e ações rápidas para sufocar o caos eminente.
Viollet :
Eu sei, mas....
É da milha melhor amiga e da mãe da Sophia que estamos falando aqui...
- Falou cabisbaixa.
Ruvick :
Senhorita Viollet agora não é o momento para lágrimas.
Nós temos que tomar medidas urgentes e agora.
Viollet :
Tudo bem....eu entendo.
O que você sugere?
Ruvick :
Eu temo que a notícia da morte da rainha e do verdadeiro culpado logo chegarão a boca dos habitante de todos os reinos.
A confusão, espanto e revolta do povo se espalhará como fogo.
Com certeza haverá os mais desesperados que desejam respostas sobre o rumo que o reino trará.
E com eles a imprensa sedenta por informação.
Viollet :
Você fala das questões da monarquia, mas por acaso se esqueceu do enterro da Lira?
Ruvick :
Claro que não.
Essa foi uma das primeiras prioridades que tomei quanto ao bem do reino.
Eu pedi para que o senhor Levy tome conta dos detalhes do velório.
Viollet :
(Conhecendo o Levy, ele deve ser aquele que mais está sofrendo no momento.)
(Levy e Lira eram praticamente amigos de infância e ficaram juntos até agora.)
(Ter que ser o responsável pelo reconhecimento do corpo e ser aquele também responsável por enterrar uma das pessoas mais preciosas para ele, certamente deve ser a coisa mais difícil que o Levy fez na vida.)- Pensou triste.
Ruvick :
Senhorita Jeanne, eu poderia pedir que separe alguma muda de roupa ou o mais belo vestido da rainha?
Jeanne :
S-Sim, claro.
Mas por qual motivo?
Ruvick :
A senhorita Lira deverá ser enterrada com grande honra de monarca desse reino.
Por mais que ela esteja praticamente irreconhecível, devemos deixá-la o minimamente apresentável possível.
Viollet :
Você planeja desfilar pelo reino com os pedaços da minha amiga, para todos ver!?- Perguntou revoltada.
Ruvick :
Não, eu jamais faria isso.
O enterro será o mais breve possível pelo bem de todos e deverá ser decretado um paralização total dos reinos de Wenésia e Salem, em homenagem a rainha Lira.
Jeanne :
Eu entendo, senhor Ruvick.
Eu irei preparar a vestes da rainha para o enterro imediatamente.
Com licença.
- Jeanne fez uma reverência e se retirou.
Ruvick :
E quanto a você, senhorita Viollet.
Eu preciso que a senhorita...
Viollet :
Eu irei ajudar no velório da minha amiga.- Falou interrompendo Ruvick.
Ruvick :
Mas senhorita Viollet!...
Viollet :
Eu já disse que vou!
Ela e a minha amiga e eu vou ao enterro dela.
É o meu direito estar ao lado dela até o fim.- Falou séria enquanto tentava esconder as lágrimas.
Ruvick :
Claro...como desejar.
Mais eu devo lhe informar que será necessário um discurso para explicar ao povo de Wenésia e Salem o que está acontecendo.
Viollet :
Eu não estou com cabeça para isso Ruvick....
Ruvick :
Não se preocupe quanto a isso.
Eu mesmo tomarei conta dos detalhes do discurso ao povo.
A senhorita pode se concentrar nos preparativos do velório de vossa majestade.
Viollet :
Mas e quanto....- Viollet encontrava dificuldades para fazer a pergunta.
(Só de pensar nisso meu estômago se contorce.)
E quanto a procura....do Evan.
Ruvick :
Eu mandarei meus melhores homens cuidar desse assunto.
E só uma questão de tempo até encontrarmos o assassino da rainha.
Viollet :
Certo....
(Ele fala com uma calma que chega a dar medo.)
(É do homem que lhe estendeu a mão no seu tempo de necessidade, como ele pode ser tão frio?)- Pensou nervosa.
Ruvick :
Agora se me der licença eu devo tomar conta dos assuntos mais delicados da monarquia o mais rápido possível.
Viollet :
Sim, claro...
Ruvick :
Com sua licença.- Ruvick fez uma reverência e se retirou.
Viollet :
.....- Viollet ficou em silêncio enquanto Ruvick se retirava.
(Agora, eu preciso voltar ao escritório.)
(Têm algo que está me incomodando.)
-Logo em seguida Viollet se retirou para o escritório de sua falecida amiga.
-Lá ela começou a procurar por um livro específico.
Viollet :
Se o que a Lira me disse antes de partir tiver algo a ver com essa situação, então talvez...
-Lembraças da Viollet :
Lira :
Viollet me escuta por favor...
Enquanto eu estiver fora é necessário que alguém da mesma escala social que nem eu fique para tomar conta do reino.
Eu não posso deixar tudo nas mãos da Jeanne pois ela não tem sangue real.
Viollet :
Amiga eu....
Lira :
Viollet, se você não ficar tomando contas das coisas enquanto eu estiver fora, o reino se tornará um prato cheio para Arthur e Anne.
Viollet :
Hmmm....tudo bem.
Lira :
Obrigada.
Mas uma coisa...
Se a situação por acaso piorar....
Viollet :
Como assim "se as coisas pioraram"?
Amiga o que está acontecendo?
Lira :
Eu estou apenas dizendo "se" as coisas piorarem....
Pegue o livro que você adorava ler ao meu lado quando éramos crianças, lembra?
Viollet :
Sim....o dá princesa renegada por sua família, não é?
Lira :
Exatamente.
Viollet :
Mas por que você está me pedindo isso?
Lira :
É apenas um sentimento de preocupação só isso...
-Tempo atual :
Viollet :
Aqui está...- Viollet achou o livro que procurava.
"A princesa renegada"...
-Viollet começou a levar o livro para a mesa do escritório.
(Era uma vez, uma princesa de coração puro e ainda assim julgada indigna do trono pela sua linhagem impura e origem profana....)
(Hmpf....eu sempre achava o início triste, porém a história era legal.)
(No final a princesa prova para todos que era uma garota legal e digna de respeito e lealdade, ela até mesmo deu uma lição naquele príncipe arrogante...)
(Eu sempre pedia para a Lira me contar essa história pois eu sempre sonhava em ter um final feliz igual ao dela.)
(Respeitada, amada, poderosa e digna não só através dos olhos dos outros, mas também através dos própios olhos.)
(E no final a minha vida acabou se tornando algo parecido com essa história que nós duas tanto lemos.)
(Eu me tornei alguém digna, respeitada e principalmente amada por você, pelo meu filho e por todos os nossos amigos.)
(Eu até consegui o meu príncipe arrogante.)- Pensou sarcástica.
(E foi tudo graças a você amiga.)
(Por que você tinha que nos abandonar agora?)
Hmmm?...- Viollet notou uma chave dentro do livro.
(Era isso que você queria que eu visse?)
-Viollet começou a vasculhar na mesa algum lugar onde a chave encaixaria.
-Logo depois ela encontrou uma gaveta trancada e com sucesso conseguiu abrir a gaveta com a chave.
Viollet :
Vamos ver o quê temos aqui...
Hmmm?.....um envelope?
-Viollet tirou o envelope e com cuidado começou a analisar todos os papéis que estava nele.
-Colocando todos os papéis na ordem pré-escrita por Lira foi descoberto por Viollet uma gama de desvios monetários do dinheiro público, conectados com incidentes dos anos passados.
Viollet :
(Meu Deus, quanto dinheiro...)
(Tudo isso sendo desviado bem debaixo dos nossos narizes.)
(Como isso foi permitido?)
(E o que me intriga mais é que calamidades como as rebeliões que separaram Lira e Evan estão em datas próximas aos desvios.)
(A minha amiga estava anotando isso antes de partir para Hortwall.)
(Isso explica o nervosismo dela.)
(Mas....para quê tanto dinheiro?)
(O quê uma pessoa faria com tudo isso?)
(Será quê ela estava chegando perto demais do verdadeiro culpado e por isso ela foi....)
Não!.....
O quê eu estou pensando?
Se eu continuar com esse raciocínio, então esse tratado de paz era falso o quê significa quê tudo não passou de uma...armadilha...
Não, eu estou pensando demais.
É melhor eu ficar com os trabalhos de Wenésia e Salem.
Certamente a muita coisa a ser feita.
-Viollet pegou os papéis e colocou dentro do envelope e guardou dentro da gaveta novamente.
Viollet :
Você só está imaginando coisas, Viollet- Viollet respirou fundo.
Hmmm?...- Derrepente Viollet percebeu quê alguém batia na porta do escritório.
Jeanne :
Com licença, senhorita Viollet...
Viollet :
Ahhh, olá Jeanne.
Algum problema?
Jeanne :
Eu só vim informar que as mudas de roupas já estão prontas e que logo eu partirei para o necrotério.
Viollet :
Entendo.
Jeanne eu irei lhe acompanhar.
Eu não vou deixar você passar por isso sozinha.
Jeanne :
Mas senhorita Viollet!
E quanto os assuntos relacionados ao reino, certamente deve haver muitos problemas no momento...
Viollet :
Está tudo bem.
Eu e Ruvick concordamos que eu não estou apta para tomar conta desses assuntos por enquanto.
Ficar pensando nesses assuntos agora só me dão dor de cabeça...
No momento o próprio Ruvick estará cuidando desses assuntos.
Agora tudo que eu consigo pensar e no enterro da minha amiga e na segurança e bem-estar da minha sobrinha.
Falando nisso, como Sophia está?
Jeanne :
Ela ainda está chocada com tudo que está acontecendo.
Ela está no quarto dela desabando em lágrimas.
Viollet :
(Coitada da minha sobrinha...)
No momento a única coisa que podemos fazer por ela é deixá-la ter o seu momento de luto e revolta o tempo que for necessário.
Ela mais do que ninguém está sofrendo com tudo isso.
Jeanne ;
Então eu apenas irei avisar a minha filha para onde vamos, para não causar nenhum alarde.
Viollet :
Claro, eu também vou me preparar para partir.
Vamos nos encontrar no portão, tudo bem?
Jeanne :
Sim, senhorita Viollet.
-Jeanne fez uma reverência e se retirou.
Viollet :
Acho que essa vai ser a coisa mais difícil que eu vou fazer na vida...
- Suspirou.
(Eu jamais pensei que iria ter que reconhecer seu corpo, muito menos preparar o seu velório.)- Pensou cabisbaixa.
Porém....- Viollet começou a fitar a gaveta onde estava o envelope contendo informações suspeitas.
(Mas todos aqueles papéis....o que você queria me mostrar de verdade?...)
-Alguns minutos depois :
-Depois de resolverem os últimos detalhes no palácio, Viollet e Jeanne partiram em direção ao necrotério onde o corpo de Lira será velado e preparado para o velório no dia seguinte.
-Lá um dos oficiais do exército se aproximou de ambas.
Oficial :
Majestade.- O oficial fez uma reverência.
Viollet :
Como vão as coisas aqui?- Perguntou cabisbaixa ao ver o lugar que estava.
Oficial :
Tudo indo de acordo com o planejado.
A autópsia do corpo ainda irá demorar um pouco.
Até lá eu peço que as senhorita esperem.
Viollet :
A autópsia do corpo ainda não terminou?
Eu pensei que o Levy estivesse responsável por isso.
Onde está ele?
Oficial :
Ahhh....sim.
O senhor Levy estava tomando conta dos assuntos porém ele ficou muito abalado com tudo e.......
Viollet :
E?....
Oficial :
Ele saiu em lágrimas daqui e desapareceu.
Viollet :
Ele sumiu!?- Perguntou perplexa.
Oficial :
S-Sinto muito!- Falou nervoso.
O senhor Levy estava atordoado e fora de si, ele nós ordenou para não o seguir.
Nós não temos idéia de onde ele foi parar.
Jeanne :
Pobre senhor Levy...
Ele não deve ter aguentado a dor de ver a rainha Lira daquela forma.
Oficial :
Sem ele a autópsia está demorando um pouco mais.
Mas nós temos a certeza de que tudo sairá conforme o previsto.
O corpo da rainha logo estará pronto para o velório.
Até lá eu peço que aguardem aqui.
Viollet :
Claro...
Oficial :
Com sua licença.- O oficial fez uma reverência e se retirou.
Jeanne :
Eu temo que tudo que podemos fazer aqui e esperar, senhorita Viollet.
Viollet :
Eu só espero que esse pesadelo termine logo....- Falou cabisbaixa.
-Algumas horas depois :
-Perdidas em um mar de tristeza sem fim, Viollet e Jeanne não perceberam que com a espera um novo dia já havia chegado.
Jeanne :
Senhorita Viollet?...
-Jeanne se aproximava de Viollet oferecendo um copo de café.
Viollet :
Ahhh....obrigada.- Viollet aceitou o copo de café e tomou um gole.
Que horas são?
O tempo parece passar tão devagar aqui.
Jeanne :
São....seis horas, eu acredito...
Viollet :
Já é de manhã?
Jeanne :
Sim.
Logo estará na hora do velório e a ainda nenhum sinal do fim da autópsia.
Será que irão terminar a tempo?
Viollet :
Eu não sei...
(Sinceramente, aqui nesse lugar triste e sem vida, faz eu não desejar ter que entrar naquela sala e reconhecer o que sobrou da minha melhor amiga...)
Jeanne :
Hmmm?...
Senhorita Viollet, olhe!...
Viollet :
Hmmm?...
-Quando Viollet notou percebeu o oficial se aproximando.
(Parece que a hora que eu tanto temia chegou...)
-Viollet estava ficando apreensiva a cada paço que o oficial dava.
Oficial :
Majestades.- O oficial fez uma reverência.
Eu venho informar que os preparativos já estão prontos.
Viollet :
Então já podemos ir ver o corpo?
Oficial :
Sim, mas recomendamos apenas uma pessoa.
Jeanne :
Senhorita Viollet eu irei em seu...
Viollet :
Não.- Falou interrompendo Jeanne.
Eu faço isso.
É o mínimo que eu posso fazer por ela agora.- Falou com um sorriso forçado.
Jeanne :
Mas senhorita Viollet...
A senhorita não precisa fazer isso.
Você e a jovem Sophia já sofreram demais.
Viollet :
Está tudo bem.
Além do mais, que amiga eu seria se eu não ajudasse a minha melhor amiga a ficar fabulosa para o seu próprio enterro?
Jeanne :
Senhorita Viollet...
Então tome.- Jeanne entregou uma bolsa para Viollet.
Aqui estão alguns vestidos para vestir a rainha Lira em seus últimos momentos...
Viollet :
Obrigada Jeanne.- Viollet pegou a bolsa com os vestidos.
Conhecendo você, sei que escolheu tudo com muito carinho.
Jeanne :
Eu ficarei esperando vosso retorno.
Então nós poderemos ir juntas ao enterro.
Viollet :
Certo, eu serei o mais breve possível....
Vamos por favor.- Falou para o oficial.
Oficial :
Sim, senhora.
Me siga por favor.
-Em seguida o oficial levou Viollet para a sala onde o corpo se encontrava. A sala era completamente fria e sem vida, no centro dela havia uma mesa onde o corpo se encontrava coberto por um manto verde.
Oficial :
Eu deixarei vossa majestade sozinha.
Quando estiver terminado ou se precisar de qualquer coisa, não êxite em me chamar.
Viollet :
Obrigada...
-O oficial se retirou deixando Viollet sozinha na sala. Lá ela se aproximou de uma pia que servia para lavar o corpo e colocou a bolsa em cima dela.
Viollet :
Droga...- Viollet se esforçava para não chorar.
(Eu ainda não me aproximei dela e já estou chorando.)
(Força Viollet...)
-Viollet respirou fundo e tentou se acalmar.
-Depois de alguns instantes em uma tentativa fútil de se acalmar, ela abriu a bolsa que Jeanne havia lhe entregado e começou a analisar cada vestido.
Viollet :
Hmpf...- Resmungou com um sorriso carinhoso.
(Jeanne têm muito bom gosto, cada um desses vestidos são lindos.)
Hmmm?- Derrepente Viollet pegou um belo vestido azul com detalhes prateados nele.
Esse foi o vestido que o Evan deu para ela em seu primeiro encontro.
Hmmm, estou decidida.
Vai ser esse vestido aqui.
(Lira realmente iria adorar se fosse esse vestido aqui.)
(Afinal foi dado pela pessoa que ela mais ama na vida...)
(Evan....eu sei que você ama a minha amiga do fundo do seu coração, eu também sei que dever haver algum engano.)
Hmmm...agora a parte mais difícil.
-Viollet se aproximou da mesa onde estava o corpo e com muita dificuldade retirou o manto do rosto do cadáver.
Viollet :
Ohhhh, meu Deus!- Viollet virou o rosto com a cena.
(O rosto está completamente destruído, não dá nem para dizer que isso e uma mulher.)
-Viollet começou a retirar todo o manto do cadáver.
-O corpo estava completamente mutilado com a face arrancada e com um dos braços faltando.
Viollet :
Isso é horrível...
Como alguém faria isso com outro ser humano?
Hmmm....isso é?
Não!- Falou espantada.
Isso é impossível!!!....
-Algo no cadáver surpreende Viollet. O que será que há de incomum nele?....
Olá pessoal, tudo bem?
Espero que todos estejam gostando do livro!!!
Não se esqueçam de votar, comentar, compartilhar e me seguir para mais atualizações semanais do livro!!!
Até mais espero que todos tenham um ótimo dia!!!
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