Presente de Domingo - 1
Quando retornamos, todos os olhares se voltaram para nós. Apertei ainda mais a mão dele, que me guiou até a tenda branca aonde várias pessoas dançavam.
— Vamos dançar?
— Sim.
Fomos até o centro e uma música muito conhecida começou a tocar. Sorri e sussurrei para ele:
— Essa música tocou no casamento dos meus pais...
— Dos meus também.
You're a falling star, you're the get away car, you're the line in the sand when I go too far, you're the swimming pool on an August day and you're the perfect thing to say.
Ele riu e me girou, antes de começarmos a dançar. Em seguida, entrelacei meus braços em seu pescoço e suas mãos tomaram conta de minha cintura, ditando os passos. Eu sorria que nem uma boba, adorando tudo o que estava acontecendo. Aquela sensação era deliciosa. Fechei os olhos e colei minha testa com a dele, indo assim, para um lado e para o outro.
— And you play it coy, but it's kind cute. Ah, when you smile at me you know exactly what you do. Baby, don't pretend that you don't know it's true, cause you can see it when I look at you...
— And in this crazy life, and through these crazy times, it's you, it's you, you make me sing. You're every line, you're every word, you're everything...
Ele riu e me girou novamente, agora dançando de mãos dadas, cada vez mais devagar. Ele me beijou na nuca e me senti um pouco tonta, devido aquela aproximação e olhei em seus olhos, pressentido que ele iria falar algo, e foi isso que ele fez.
— Me prometa uma coisa?
— Qualquer coisa – sorri, sendo retribuída em seguida.
— Qualquer coisa?
— Sim.
You're a carousel, you're a wishing well and you light me up, when you ring my bell. You're a mystery, you're from outerspace. You're every minute of my everyday.
— Prometa que está música ira tocar em nosso casamento...
Por um momento, pensei que tudo aquilo não passava de um sonho. Aquelas palavras... Aquele sorriso que ele abriu em seguida... Quis me beliscar para ver se acordava, mas pensei duas vezes. Aquele sonho estava bom demais, não queria acordar. Abri a boca, anestesiada, e a fechei em seguida. Confirmei com a cabeça, provavelmente com os olhos brilhando e em seguida lhe abracei forte, como se fosse para provar que ele era real.
And I can't believe, uh that I'm your man, and I get to kiss you baby just because I can. Whatever comes our way, ah we'll see it through and you know that's what our love can do...
Senti a respiração de Christopher em minha nuca e rapidamente e discretamente limpei as lágrimas que caiam de meus olhos. Não queria que ele me visse tão emocionada daquele jeito, poderia me achar boba... Mas sorri, escutando a música e a voz dele cantarolando baixinho no canto de minha orelha.
And in this crazy life and through these crazy times, it's you, it's you, you make me sing, you're every line, you're every word, you're everything...
Meu Deus, eu amo esse homem de uma maneira que não pensei que poderia amar um dia. Não estou nem conseguindo raciocinar direito graças ao hálito quente dele batendo contra a minha pele. Céus...
You're every song, and I sing along, cause you're my everything...
— Amo você, Christopher.
— E eu amo você, Dulce.
Assim que saímos da pista de dança fomos nos sentar e quando chegamos à mesa meu celular tocou dentro da pequena bolsa. Era a Annie.
— Vou atender, amor. É a Annie... – ele concordou e se levantou para pegar alguma bebida – Oi minha loira! – só escutei alguns ruídos e mais nada – Annie, não estou te escutando! – levantei-me e fui andando, pensando que era o sinal que estava ruim – Annie? Annie? Está me escutando? Você está bem? – e foi ai que escutei um vidro quebrando e em seguida o telefone ficou mudo. – Anahí? ANAHÍ?
— Amor, o que está acontecendo?
— NÃO SEI! – gritei nervosa e tentei retornar a ligação, mas como eu esperava, caiu na caixa postal – Christopher, vou ver o que aconteceu com a Anahí. Se despeça de todos por mim e... e... – minhas mãos tremiam e senti que minha pressão estava caindo.
— Vou com você.
— Não precisa. Pode ficar com sua família e aproveitar o resto da festa...
— Eu vou com você.
Percebi que não adiantaria retrucar e para não perder tempo eu aceitei. O caminho para a casa de Anahí foi tenso, eu estava com medo e ele percebendo isso foi segurando minha mão todo o trajeto. Estava aflita, não poderia pensar em nada ocorrendo de mal para ela.
Assim que chegamos desci correndo, o porteiro me reconheceu e me deixou entrar. Não esperei o elevador, tirei as sandálias e fui correndo pelas escadas até chegar ao seu andar. Toquei a campainha.
Ninguém atendeu.
Peguei a chave reserva e tentei colocá-la na fechadura, mas me encontrava em um estado de tremedeira tão grande que não conseguia. Minha cabeça girava e Christopher retirou a chave de minhas mãos e abriu a porta...
Senti um cheiro insuportável de álcool no ar.
— Annie? Anahí? – gritei, não obtendo nenhuma resposta.
— Olhe esse lado que eu procuro naquele! – confirmei e fui para a cozinha, sala de TV, quarto de hospedes e nada.
Senhor, por favor, que não tenha acontecido nada com aAnnie.
— DULCE, ACHEI! – corri até a sala novamente e o encontrei saindo do quarto com ela em seus braços.
— Christopher, ela está bem? – comecei a chorar novamente quando a vi em seus braços desfalecida daquela maneira.
— Não sei. Ela bebeu demais... Acho melhor levá-la ao hospital.
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— Mai! – falei quando a vi chegar ao hospital. Nos abraçamos fortemente no e choramos enquanto Guido se sentava ao lado de Christian e Christopher nos bancos da sala de espera.
— Dul, como ela está?
— Não sei, Mai. Quando a trouxemos para cá estava desacordada.
— Ai, meu Deus, proteja a Annie.
— Ela vai ficar bem, Mai... Só não entendo o porquê de ela ter feito isso! Ela normalmente se controla na bebida e...
Maite pegou em minha mão e nos afastamos um pouco, até chegar a um corredor praticamente vazio. Seus olhos me encaravam seriamente, mas percebi que ela não encontrava palavras para me dizer o que queria, por isso apertei sua mão de uma maneira delicada, pedindo para que ela me contasse.
— Max a pediu em casamento.
— O que?
— Sim. E ela aceitou.
— O que?
— Os dois saíram e o Max pediu sua mão. Ela me ligou em seguida e disse que não iria te atrapalhar com o Christopher. Perguntei se ela queria que eu fosse a sua casa para dar um apoio, mas ela me disse que iria tomar um banho e dormir... E a idiota aqui acreditou!
— Mai, eu também acreditaria! Nunca pensei que a Annie faria... Isso!
— Dul, mas ela aceitou se casar com um homem amando outro! Se fosse comigo, estaria confusa que nem ela e também não saberia o que fazer.
— Mas colocar a vida em jogo não é a solução.
— Eu sei, Dul, eu sei... Mas agora só quero que a Annie fique bem e acorde logo.
— Você acha que devo ligar para o Max?
— De verdade, Dul? – confirmei com a cabeça, encarando-a preocupada – Eu não sei.
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— Trouxe café da Starbucks para vocês... – Christopher apareceu após ter ido com Guido e Christian até o estacionamento do hospital. Bem que eu percebi sua demora, agora entendi, ele foi até a Starbucks umas quadras a frente para buscar um café para nós duas. Abri um pequeno sorriso e lhe dei um beijo nas mãos.
— Obrigada, Chris. Café de hospital ninguém merece.
— Por nada, Mai. Depois dessa noite vocês precisam...
— Amor, vá para casa... Você deve estar exausto.
— Você também deve estar e nem por isso você foi para casa.
— Mas não precisa ficar aqui, amor... O Guido e o Christian já foram. Pode ir também.
— Depois como você vai voltar para casa?
— Eu pego um táxi, não se preocupe, amor... – ele me abraçou e beijou minha testa, suspirando de cansaço em seguida.
— Eu a levo. O Guido deixou o carro comigo. – Mai se pronunciou.
— Viu só? Pronto.
— Tudo bem... Posso ir para o seu apartamento? É mais perto e, caso aconteça alguma coisa, eu venho correndo.
— É claro que pode. Você não precisa pedir.
— Mas não quero que você fique sem comer, amor. Desça e vá comprar algo. Traz para a Maite também. Você tem dinheiro? – neguei com a cabeça.
— Não trouxe bolsa... – ele retirou a carteira do bolso e me entregou uma nota de cem dólares – Amor, isso está sendo uma ofensa. Eu não como tanto assim... – falei dando um sorriso fraco devido ao cansaço.
— Mas para qualquer coisa... Compre algumas flores para a Annie e fale que eu espero que ela melhore... E fique com o celular ligado. E não quero que você fique muito tempo aqui sem dormir. Assim que o médico te der informações, vá para o seu apartamento, ok?
— Ok, amor... – ri, lhe enchendo de beijos ao redor Do rosto – Agora vai, ok?
— Eu te amo... – me deu mais um beijo e sorrio – E não se esqueça, qualquer coisa me ligue.
— Eu também te amo... Beijos.
E assim que ele se distanciou, percebi que Maite me encarava com um sorriso nos lábios. Em seguida, ela levou o café à boca e remexeu a cabeça, ainda sorrindo.
— O que foi, Mai?
— Nada, D... Não é nada.
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Oi gente, como não estou conseguindo postar todos os dias, resolvi dar um presentinho de domingo pra vocês! Vou postar 5 capítulos em sequência. Vou editar o próximo agorinha e já volto com ele em seguida!
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