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Malahide

No dia seguinte mal acordamos e já fomos para o tour que o próprio Hotel oferecia. Entramos no ônibus e fomos avisados que iríamos para Malahide, que é a 13 km ao norte de Dublin. Durante a viagem inteira fui aproveitando Christopher a cada segundo. Eram beijos, abraços, fotos, carinhos, mais beijos e abraços, e quando percebemos já estávamos na pequena cidade.

Era linda. Parecia uma cidade de bonecas. Toda florida, com passarinhos cantando, com crianças brincando e até teatro de fantoches no meio da rua tinha. Eu, claro, fiz minhas comprinhas básicas e nós almoçamos em um pequeno restaurante muito, muito, muito fofo... Como estávamos liberados até as sete horas para passear pela cidade como quiséssemos, nós fomos andando de mãos dadas pelas ruas, até que ele parou e perdeu o olhar em algo. Olhei também e vi um castelo. 

Vamos lá? – Christopher perguntou com voz de criança que quer doce. Pisquei os olhos várias vezes, sentindo um arrepio subindo pela coluna, querendo falar um "não"... Mas como sempre, eu não resisto.
— É... Ok? – respondi insegura, me agarrando nele.

Fomos até o tal castelo e de vista até que era maravilhoso, mas assim que estávamos a poucos metros o céu azul se tornou cinza, parecia até cena de algum filme de terror e eu não gosto de filme de terror.

Por acaso alguém já viu a Audrey Hepburn fazendo algum filme de terror? Não. Então como eu posso gostar de algum filme de terror? Não tem jeito.

Acho que vou chorar.

Entramos no tal castelo-amaldiçoado e por minutos eu pensei que estava na Transilvânia, não na Irlanda. A recepção já era muito bizarra, não queria ver o que estava mais adiante... Já os olhos de Christopher brilhavam e por alguns minutos quis chamá-lo de anormal, mas poupei meus comentários de medrosa para mim mesma.

— Bem vindos ao Castelo Malahide... – falou a recepcionista – Meu nome é Fionnuala e irei lhes mostrar este castelo que existe há séculos.

STOP!

Fionnuala? Fionnuala? JESUS, QUE TIPO DE NOME É ESSE? Eu não me contive e gargalhei muito alto assim que ela disse o nome dela e não consegui disfarçar nem um pouco. Fionnuala. Fi-on-nu-a-la. Se eu fosse essa dai, já estaria mais morta que múmia do Egito, puta que o pariu.

Se for pensar por um lado, parece até uma frase... Olhe: Fio nu Ala. Er, esquece, não teve sentido... Mas cá entre nós, esse nominho é de fazer qualquer um rir, é.

Fionnuala. Re, re.

Boa tarde, é, hum, senhorita... – quando ele não mencionou o nome dela, soltei um riso abafado contra seu peito e mordi o lábio inferior, me proibindo de rir outra vez. Depois desse nome, até o medo passou – Quanto custa para podermos fazer um tour pelo castelo?
— €6,10 para adultos, €5,10 para estudantes, criança paga €4,55 e também temos um ingresso família por €21.00...
Dois para adultos, por favor...
— Ok... – e enquanto ela retirava os ingressos, nós dois morríamos de rir pelas suas costas.
Que acha de colocarmos esse nome na nossa filha? – ele cochichou.
— Uma adorável ideia. Sempre nos lembraremos da nossa querida guia turística irlandesa...
Como você é má... – ele riu e não tive tempo de responder.
Vamos? – Fionnuala falou e nós dois confirmamos com a cabeça. Ela nos guiou até a porta e parou. Nós paramos e nos entreolhamos, olhando em seguida para ela – Boa visita. A loja do Castelo está aberta das 12:00 às 14:00 e das 15:00 às 17:30. Não se esqueça de comprar uma lembrançinha... – e em seguida ela fechou a porta, nos deixando totalmente no... Escuro.
— Hm, Christopher? – sussurrei, tentando enxergar algo.
Hum, oi?
— Quero enfiar um fio na fualha dela!

E do nada se fez luz. Falando sinceramente, não fiquei com medo, mas foi uma ótima oportunidade para me jogar nos braços do meu bebê e fazer certo drama.

— Gatinho, to com medo... – murmurei toda manhosa, usando todas as táticas que aprendi nos filmes melosos naquele momento.
— Não fica, amor, eu to aqui com... – e de repente a porta atrás de nós se abriu.
— Esqueci de entregar o guia do Castelo! – Fionnuala apareceu e deu um folheto para Christopher, junto com um sorriso malicioso que eu não gostei nem um pouco – Boa sorte... – e fechou novamente a porta.
— Ela que me espere! Assim que sair desse Castelo – se eu sair – ela vai ver só!
— Fica calma, bebê, pelo menos ela nos deu um guia que vem com um mapa.
— Christopher, você não acha meio suspeito só estarmos nós dois, sozinhos, nesse castelo imenso?
Hoje é dia de semana, meu anjo... Não esperava muito movimento mesmo, mas tenho certeza que mais para frente deve ter alguém...
— Só não sendo um vampiro...
Pelo que diz esse folheto, foi esse castelo que inspirou Bram Stöker a escrever o Conde Drácula...
— Isso era pra me fazer sentir melhor? – me encolhi contra o corpo dele e ele riu contra minha orelha – Não tem graça, Uckermann.
— Pelo menos estamos sozinhos... – a voz dele saiu totalmente sensual e com segundas intenções, e mesmo arrepiando, revirei os olhos e bati o pé.
— Nem fudendo que vou fazer sexo com você aqui! – acho que os ares irlandeses me deixam mais educada, não é?
— Mas que seria uma boa... Uma bela fantasia. Eu seria o Drácula e você a bela mulher indefesa que...
— Acorda pra realidade, Christopher! Estamos em um Castelo, sozinhos, sem nenhum guia, pessoa ou alma viva ao nosso redor e eu estou morrendo de medo!

— Mas nós nem andamos ainda!
— Mas eu já to quase parindo um filho aqui de tanta angustia!
Dul, porque você não disse que a pequena Fionnuala já estava a caminho? – e nisso não pude resistir e gargalhei.
— Só você pra me fazer rir numa hora de tensão como essa!
Agora chega de papo, vamos andando, mocinha! – contra a minha vontade, ele saiu me arrastando pelo corredor totalmente macabro daquele castelo bizarro e, como uma mulher inteligente, já estava preparando meu testamento mentalmente.

Conforme andávamos, as luzes das toras iam se ascendendo e eu ficava mais assustada a cada passo. Christopher, pra me ajudar muito, lia em alto e bom tom de voz o que estava escrito no maldito folheto.

Reza a lenda que foi no castelo de Malahide que Bram Stoker se inspirou para descrever a soturna moradia de Drácula. Nas torres moravam as irrequietas vampiras e quem não se recorda do assustador vestíbulo que mostrava, a quem quer que lá entrasse, que estava num local habitado pelo mal.
— Tenho medo de vampiros! – implorei para ele parar de ler em pensamentos, mas não adiantou.
Reza outra lenda que o castelo de Malahide é habituado por cinco fantasmas, tendo a última aparição ocorrido em 1976, quando alguns bens da propriedade foram leiloados. O terrível espectro que assombrou os visitantes é talvez o fantasma mais simpático do mundo... Puck, o fantasma de 1,20m, que tem uma portinha só para ele na sala de jantar.
— Pensei que o fantasma mais simpático do mundo fosse o Gasparzinho.
Mas essa sala de jantar conta uma história mais soturna. Na parede estão os quadros dos 14 Talbot que morreram na Battle of the Boyne e, segundo a história, todos eles se sentaram à volta da enorme mesa para tomar o último drink das suas vidas.
— Ai meu Pai do céu!

— O último dos homens Talbot morreu em 1976, de forma inexplicável. A irmã, Rose, decidiu vender a propriedade e foi viver na Tasmânia... Há quem diga que foi ela a responsável pela morte do irmão, mas isso já são as más-línguas com excesso de imaginação... Ou haverá um fundo de verdade?
— Christopher eu acho que vou chorar! – paramos de andar e ele abriu um sorriso maléfico, como se fosse vingança de algo que eu havia feito e... DROGA, porque eu recusei fazer sexo com ele aqui?
Se é verdade que os fantasmas dos Talbot, entre outros, habitam o castelo ainda, é algo que somente quem visita pode dizer... Fim. Ah, Dulce, isso tudo não passa de propaganda barata!
Abra a porta à esquerda. – falou uma voz vinda do além, ou talvez de algum auto falante que estivesse instalado por ali.
— AI MEU JESUS EU VOU MORRER! – gritei, me agarrando novamente a Christopher e percebi que tremia que nem uma louca desorientada.
AMOR! – ele gargalhava tanto que cheguei a me irritar – Isso faz parte do tour! Essas vozes nos guiam para onde devemos ir!
— E como sabemos que podemos confiar nelas? – perguntei, ainda presa nele.
Porque o guia diz.
— E quem disse que podemos confiar no guia?
Sabia que daqui tenho um ângulo perfeito para morder o seu pescoço e te transformar numa vampirinha?
— AH, SAI DE MIM! – pulei longe, o encarando assustada – Quem é você? O que você fez com o meu Christopher?
Bebê... – ele ria cada vez mais – Vem, vamos entrar na porta à esquerda.
— E se eu morrer?
Pelo menos morre comigo... – é, é uma boa resposta.
— Tá...– murmurei e ele colou os lábios nos meus.

Entramos em outro corredor, mas esse possuia uma iluminação melhor e vários, vá-ri-os retratos antigos. Deveria ser a tal família Talbot e posso dizer que cada um era mais medonho que o outro... Ainda bem que não nasci nessa época, não existia nem Mac Cosmetics! Como eu ia viver? COMO? A pele desse povo é totalmente desidratada e pálida, se bem que deveria ser um charme na época, mas Jesus, ainda bem que atualmente existe o bronzeamento artificial. Uma corzinha não faz mal a ninguém, dica... Porque estou falando disso enquanto corro risco de vida?

— Oi, gracinha, você vem sempre aqui? – perguntei para o retrato de um homem velho, barbudo e bem gorducho – Me passa seu celular, quem sabe a gente pode combinar de bater um papo? – escutei a gargalhada do Christopher logo atrás de mim e logo escutei outra coisa.
Oi, fofura, tá afim de ir pro canto? – prendi o riso e o fitei pelo canto dos olhos, vendo que ele se "declarava" para um retrato de uma mulher magérrima, com cabelos castanhos e com olhos arregalados – A gente pode ir pra minha casa em seguida, tomar um vinho, bater um papo e você sabe o resto... – nós dois nos entreolhamos e rimos da besteira que fazíamos, totalmente nada sem noção.
— Amor – fiz manha – não me troca por essa daí!
Então não me troca por esse queijo suíço! – rimos mais uma vez pelas idiotices e gritei outra vez assim que a voz maldita avisou:
Abram a porta à sua frente.
— Vai ver se eu to na esquina! – reclamei, me recompondo pela milésima vez do susto.
Vem, Srta. Assustadinha... – fechei os olhos assim que ele abriu a tal porta, me preparando para o que vinha a seguir.

Passamos por portas e mais portas e outras portas, e a maior parte deste caminho fui de olhos fechados, rezando pela minha vida, só que uma hora trombei com alguma coisa e abri os olhos imediatamente.

Eu esbarrei em uma armadura. Dei outro grito e procurei Christopher correndo, mas não o vi. Não sei se conseguiria descrever o meu desespero, mas fiquei parada, em choque, olhando para o corredor totalmente vazio e aquela armadura de metal... Totalmente sozinha. Não consegui chorar, muito menos gritar, mas estava prestes a ter um derrame a qualquer hora, e olha que se só sofresse de derrame ia estar bom demais.

Ouvi passos e olhei para trás imediatamente, encarando o vazio. Já estava suando frio quando vi um vulto branco (que talvez tenha sido fruto da minha imaginação irlandesa fértil), que resolvi que era um fantasma. Como ele não havia me matado até agora, só poderia ser um fantasminha do bem, por isso o apelidei de Jorge... AI CARALHO, ESTOU FICANDO LOUCA!

Calma, Dulce. Respira fundo e solta o ar pela boca tranquilamente, que nem você aprendeu naquela aula de Yoga. Não existem fantasmas. Não existem castelos assombrados. Isso é tudo fruto da sua imaginação. Não existe o tal do Jorge. Maldita Irlanda e suas histórias de fantasmas! Fantasmas não...

— AH! – gritei quando alguém, que descobri ser o Christopher em seguida, colocou a mão em meu ombro.
Amor, porque você está demorando tanto? Olhei para trás e não te vi mais...
— VOCÊ QUER ME MATAR DO CORAÇÃO? – choraminguei ainda assustada – Quero sair daqui! Eu prezo minha vida, Christopher.
Não vi nada de assustador até agora...
— Isso porque você não viu o Jorge!
Quem é Jorge? – perguntou bem confuso.
— O fantasma que eu vi!
Como você sabe que ele se chamava Jorge? – arqueou as sobrancelhas e eu dei uma risada irônica.
— Não te contei? Eu vejo gente morta!
Com que frequência?
— O tempo todo... – rimos outra vez e eu, mais calma, apertei a mão dele.

Andamos mais um pouco e finalmente encontrei uma plaquinha anunciando a saída. Faltavam somente mais dois aposentos e passei por eles de olhos fechados mais uma vez, só que dessa vez, agarrada no Christopher.

Não quero repetir toda a cena da armadura, obrigada.

Pronto.
— Pronto o que?
Pronto, saímos...
— Saímos?
Saímos.

— Posso abrir os olhos?
Você estava com os olhos fechados? – ri e confirmei com a cabeça.
— Se eu fosse morrer, pelo menos que eu não visse a minha morte...
Você está viva, o que prova que as lendas desse castelo são mentira...
— O JORGE É DE VERDADE! – protestei, um tanto quanto irritada.
Estou com ciúmes desse tal de Jorge...
— Não precisa ficar. Em vida ou em morte, só quero você... – lhe dei um selinho e o abracei pelo torso.

Em seguida olhei para trás, vendo que estávamos no jardim e, por incrível que pareça, o céu estava azul escuro, ameaçando chuva. Demos as mãos e andamos um pouco por ali, até escutar meu estomago roncar e um trovão.

Vai chover.
— E eu vou morrer se não comer algo.
Acho melhor voltarmos para a cidade.
— Acho melhor irmos comer...
Dulce! – ele riu – Vem, vamos...

Andamos novamente até regressarmos a pequena cidade. Por sorte encontramos o motorista, que nos disse que seria melhor retornarmos ao Hotel àquela hora, pois se chovesse muito forte não poderíamos sair na hora prevista. Eu e minha solitária, a muito contragosto, aceitamos ir embora sem comer nada. E enquanto finos pingos de chuva se debatiam contra o vidro do ônibus, Christopher beijava minha mão carinhosamente.

— Hey, agora falando sério... Não quero em hipótese alguma ter uma filha chamada Fionnuala! – escutei-o rindo e repousei minha cabeça entre seu pescoço.

~~~

Eu estou dentro do carro, indo para Curitiba, roteando a internet do meu celular pro computador, porque prefiro editar aqui no pc, APENAS para vir postar um cap rapidinho pra vocês! Sou ou não sou um amorzinho??? hahahahah

Já editei mais dois e vou finalizar mais alguns pra ir soltando pra vocês durante o feriado e fim de semana! Bjo nenéns!!!

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