Família Saviñón
— ¡Dios mio! ¡Dulce María está aquí! ¡No creo!! - minha irmã começou a gritar quando me viu saindo do carro e eu ri.
— Essa é a Cláudia, não é?
— A latina complexada. Essa mesmo! - eu pisquei um olho para ele e sai do carro totalmente, enquanto ela vinha andando em minha direção.
— ¡Mi hermanita! - ela me abraçou fortemente, me deixando sem ar - ¿Cómo estás?
— ¡Estoy bien, hermana! ¿Y tu?- mas ela não me respondeu e eu entendi o porque.
Ela olhou para trás de mim com a boca aberta, e eu olhei também, para ver o que estava acontecendo, e, bem, o Christopher estava saindo do carro e tudo parecia uma cena de um filme em câmera lenta. Ele tirou o óculos escuro e mexeu no cabelo, abrindo um sorriso logo em seguida.
Puta Merda, se nós estivéssemos sozinhos eu juro que...
— ¡Mi querido santo! - ela colocou a mão na boca e começou a se abanar, que nem uma idiota – ¿Es ese tu amor? – porque ela insiste em falar em espanhol sendo que ela sabe muito bem falar em inglês? Pelo amor de Deus! Eu confirmei com a cabeça e ela sorriu – ¡Caliente!
— Tira os olhos, Cacau, ele já é meu! - eu sorri e ela me abraçou novamente. Christopher se aproximou de nós duas e eu percebi o olhar da minha irmã na bunda do Chris, mas eu nem pude censurá-la, pois ele estendeu a mão e a cumprimentou.
— ¡Encantado en conocerte!
Ele tinha que falar um espanhol perfeito? Agora que a Cláudia vai morrer mesmo.
— Me llamo Claudia y soy hermana mayor de Dulce...
— Me llamo Christopher. - Hm, esse papinho em espanhol está me irritando profundamente. A Cláudia daqui a pouco vai começar a comê-lo vivo somente com o olhar. Isso que ela é casada.
— Encantada. No creo que...
— Cláudia, ¿dónde está mamá? - perguntei só para cortar o assunto, porque a resposta é mais que óbvia.
— Na cozinha. Ela não para de falar em você, como sempre. É Dulce isso, Dulce aquilo. Quando ela te ver vai ser aquele rios de lágrima e...
— Deixe de ser boba, Cacau! - eu sorri – Vamos? - os dois confirmaram com a cabeça e finalmente eu avistei a casa dos meus pais.
— Que casa básica! - ele riu e me abraçou.
— Podemos dizer que minha mãe gosta de coisas exageradamente grandes! - eu sorri e lhe dei uma mordida no queixo.
— Ai, que gracinhas! Espera, me deixe achar meu celular para tirar uma foto de vocês e...
— Vai se catar, Cláudia! - eu falei ironicamente e ela somente riu – Onde está todo mundo? Ninguém chegou ainda?
— Correção: todo mundo já chegou. Só faltavam vocês dois. Vamos lá para trás que eles estão na varanda...
E nós fomos até a varanda, só que assim que eu coloquei o meu pé na grama, senti alguma coisa me abraçando, e não, não era o Christopher.
— Oi tia! – Carol, minha sobrinha, se jogou em meus braços e eu sorri.
— Oi minha anjinha! - eu dei um abraço apertado nela e um beijo na bochecha em seguida – Como você cresceu! A tia nem está conseguindo mais te pegar no colo! – eu sorri e ela me abraçou novamente.
— Eu já sou uma moça, tia. Já sou grandona! - eu apertei o nariz dela e Cláudia tirou ela do meu colo.
— Vai lá dar oi para o papai e para o nosso tio que eles estão esperando você já faz umas cinco horas, hermanita! - ela saiu levando a minha sobrinha no colo e eu procurei o olhar do Chris, que como sempre, sorria para mim.
— O que foi? - eu perguntei sorrindo também.
— Não é nada. Vamos? - ele pegou na minha mão e nós fomos ao encontro deles.
— Pai! - eu gritei e me joguei nos braços dele.
— MARIQUITA! - ele me abraçou forte e depois de ter me enchido de beijos, se separou de mim e encarou Christopher, mas ele não falou nada, pois minha mãe veio em minha direção e me abraçou.
— Mi bebé! - ela me abraçou e me encheu de beijos também, enquanto eu somente ria.
— Mamá! - eu dei um beijo estalado na bochecha dela e ela percebeu a presença do Chris.
— ¿Quién es ese hombre hermoso? – ela perguntou.
— Por que baixou o santo espanhol em vocês hoje? - eu perguntei e ninguém me respondeu.
— Christopher, senhora. Christopher Uckermann.
Minha mãe e meu pai me encararam e eu engoli seco. Sabia que eles iam me lançar esses olhares, mas eu dei um pequeno sorriso e o abracei pela cintura, tentando mostrar para os meus pais que... Que... Não sei o que eu queria mostrar para eles.
— Muito prazer, querido! - parece que minha mãe entendeu e o puxou para um abraço e um beijo estalado na bochecha – Quando o meu irmão falou que Dulce iria trazer um rapaz, não pensei que era um jovem tão bonito como você!
— Mãe, tira os olhos que ele já é meu! - eu o abracei novamente e todos ali sorriram.
— Muito prazer, meu jovem... - meu pai estendeu a mão e o cumprimentou – Espero que se sinta em casa.
— Muito obrigado, senhor.
— Você sabe jogar golfe? - ah não, meu pai já começou.
— Um pouco. Quando eu era menor, passei dois verões na Escócia na casa do meu padrinho e ele acabou me ensinando a jogar um pouco.
— Você já jogou golfe na Escócia? – meu pai arregalou os olhos – Você sabia que o golfe surgiu lá?
— Sabia. Eu também aprendi a jogar Paganica.
— Meu garoto, você é o filho que eu sempre quis ter!
Ai meu Deus, esse vai ser o começo de uma bela amizade.
— TIA! – ouvi a voz de Sarah, minha outra sobrinha.
— TIA! – ouvi a voz de Pedro, meu sobrinho, em seguida.
— TIA! – ouvi a voz de Rafaela, mais uma sobrinha, logo atrás.
— EU VI ELA PRIMEIRO! – gritou Carol por último.
Enquanto eu estava sendo agachada sendo soterrada por beijos e abraços dos meus sobrinhos, minha mãe ficava mimando Christopher, oferecendo para ele todos os tipos de doces, salgados e comidas em geral existentes no mundo.
— Tia, trouxe presente? – Rafa perguntou.
— Tia, você tá linda! – afirmou a Sarah.
— Tia, quer ver o que eu aprendi a fazer no acampamento? – Pedro questionou empolgado já mostrando algumas coisas com as mãos.
— Tia, fala para eles que eu te vi primeiro! – Carol falava agarrada no meu pescoço.
— MÃE, SOCORRO! – foi minha vez de falar.
— Dulce, eles só estão com saudades de você! - minha mãe sorriu e eu suspirei.
— Eu sei, mas os quatro estão pendurados no meu pescoço e, caso você não tenha percebido, eu sou pequena! Eu não tenho muita força e eu acho que vou cair... - dito e feito, falei, cai. Quer dizer, caímos.
Nós cinco começamos a rir e logo eles se levantaram e me deixaram jogada ali, na grama. Eu fechei os olhos quando tudo ficou escuro. Eu abri os olhos e o Chris estava parado na minha frente, fazendo sombra e sorrindo para mim. Eu sorri timidamente e ele me stendeu uma mão, me ajudando a levantar.
— Minha mãe te liberou? - eu perguntei enquanto ele me abraçava.
— Depois de eu ter prometido que comeria um pouco de tudo no jantar, sim... - eu ri e coloquei minha cabeça no ombro dele.
— Desculpa por isso.
— Você só pode estar brincando! – ele me fez olhar nos olhos dele e sorriu – Estou adorando tudo isso.
— Sério? - eu corei e ele me deu um selinho.
— Sério.
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