Família Saviñón 2
Logo começou a anoitecer e só faltava meu tio, o Ben e a minha outra irmã conhecerem o Chris, mas eles terão o final de semana inteiro pra isso. Minha mãe avisou que o jantar seria na varanda e eu e a Cláudia estávamos ajudando-a a arrumar as coisas na cozinha, e foi ai que a melação começou.
— Eu sei, mãe. – eu já perdi as contas de quantas vezes eu falei isso pra elas nesse momento.
— Mas ele é um doce de pessoa, Dulce! Você tinha que ver, ele se ofereceu para me ajudar a fazer o jantar e falou que sabia cozinhar tantas coisas maravilhosas, Dulce!
— Eu sei, mãe...
— E você tinha que ver ele falando espanhol, madre! Ele sabe falar tudo perfeitamente bem. A pronúncia dele é impecável e parece mesmo que ele é um latino!
— Eu sei, Cacau.
— E sem contar que ele é muito educado! Seu pai também adorou ele, Dulce! Você viu como os olhos do seu pai brilharam quando ele falou que sabia jogar golfe?
— Eu vi, mãe...
— Queria que o Paolo fosse multi-uso assim! ¡Hijo de la madre!
— Olha a boca, Cláudia!
— Desculpa, mamãe.
— Por acaso vocês não vão me fazer nenhuma pergunta?
— Tipo...?
— Quantos anos ele tem, de onde ele é, com o que ele trabalha, se ele tem alguma doença, se ele tem uma renda financeira boa, se ele tem alguma fetiche e... Não sei, coisas normais que as mães normalmente perguntam para as filhas!
— Dulce, eu nunca te perguntaria se ele tem algum fetiche!
— Mas eu perguntaria! Ele tem? - Cláudia arqueou uma sobrancelha maliciosamente e eu revirei os olhos.
— Não, ele não tem! - silêncio – Vocês não querem saber nada mesmo, nem mesmo sobreo fato dele ser irmão do meu ex-noivo?
— Dulce, você sabe o que está fazendo. Você já é adulta e já é responsável, se está com o Christopher é porque você gosta dele, então eu não tenho o que perguntar ou criticar... Sem contar que ele é um amor! – minha mãe concluiu.
— Ai não, de novo não! - eu tampei meus ouvidos e sai da cozinha, revirando os olhos. Se bem que eu estava sorrindo, porque eu não pensei que o Chris ia conseguir conquistar minha família assim de cara!
Mas já perguntei e repito: quem resiste aos encantos dele?
Eu fui até a varanda novamente onde encontrei todos os 'homens' da família. Disse entre parênteses porque meu tio e o Ben já estavam ali, conversando com o Chris. Meu tio percebeu a minha presença e me lançou um sorriso, o que dá a entender que ele gostou do Christopher... Me conta uma novidade.
Eu resolvi não atrapalhar o momento macho deles, por isso sentei na namoradeira e fiquei olhando para meus sobrinhos, que brincavam de pega-pega perto de mim. Já estava escuro e meu pai acendeu as luzes, só que aqui tem tantas estrelas que acho que nem precisaria ter acendido... Nova York não tem tantas estrelas assim...
— O céu é maravilhoso aqui... – eu me assustei e meio que pulei na cadeira. Ele riu e se sentou ao meu lado, me puxando até o colo dele.
— Que susto... Eu estava tão perdida em pensamentos! – ele sorriu e me deu um beijo na ponta do nariz.
— Me diz, Dul, sua mãe e sua irmã me aprovaram? - ele arqueou uma sobrancelha curioso e eu quase gargalhei.
— Acho que a minha mãe quer se casar com você e a Cláudia está louca para descobrir se você tem alguma fetiche ou coisa do tipo... - eu falei normalmente e ele levou na brincadeira, só que ele nem imagina que eu estava falando realmente sério... Ainda bem.
— Que bom. Estava preocupado...
— Ah, Uckermann! – eu ri – Como se fosse possível não gostar de você, não é mesmo? – ele sorriu e eu o puxei pela gola da camisa, fazendo nossos narizes se roçarem – Estou até ficando com ciúmes.
— Ciúmes? Não se preocupe, Dul, eu não vou tirar seus pais de você...
— Não é deles que eu estou com ciúmes... – eu mordi o lábio inferior dele e sorri – Não quero que eles te tirem de mim! – ele sorriu e logo nossos lábios já estavam juntos, só que, adivinhem, nem nos beijar em paz nós podemos.
— OI IRMÃ! - ai não, minha irmã paz e amor chegou. Blanca me abraçou e senti um cheiro de flores e de algum tipo de cigarro de ervas naturais invadindo o meu nariz.
— Oi sis! - eu me livrei dos braços dela e me agarrei ao Christopher novamente, porque estava com medo de que coelhinhos e passarinhos da paz aparecessem e todos nós começássemos a cantar uma canção dos anos 70 ou algo do tipo.
— Você está linda e... - blá blá blá, o que aconteceu ali não foi nada de interessante, por isso pular o papinho super 'natural' que eu tive com ela e vamos para o jantar, que é o que mais me interessa no momento.
Ok, o jantar foi aquele típico jantar em família, ou seja: as crianças gritando porque só queriam batata-frita, os homens conversando sobre futebol (e golfe), e nós, as mulheres, comentando sobre o quanto os homens são inúteis por conversarem somente sobre futebol (e golfe). Se bem que eu não estava reclamando, porque o Chris estava sentado ao meu lado e ficava fazendo carinho na minha mão meio que disfarçadamente, porque trocar carinhos em público, ou melhor, na frente dos pais e das irmãs malucas não é nem um pouco legal.
E depois que toda a comida estava nos nossos estômagos, todos nós fomos para uma das salas super aconchegantes e ficamos tomando vinho enquanto as crianças assistiam algum desenho infantil e ficavam gritando e...
~~~
Tenham um bom dia (ou uma boa noite)!
😴😘
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