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Espanha

Desci do avião com uma leve irritação aparente. Joguei a bolsa sobre os ombros, arrumei os óculos escuros e olhei ao meu redor. Se na Irlanda havia árvores de sobra, na Espanha havia árvores de menos. Não que eu estivesse achando ruim estar ali, só estava achando ruim estar ali sem o Christopher.

Atravessei os saguões do Aeroporto Internacional de Madrid e comprei uma garrafinha de água mineral, olhando ao meu redor. Vi várias pessoas segurando plaquinhas com nomes e rezei para que não houvesse nenhuma escrita Dulce María, mas não deu outra.

Dulce María – New York.

Quase cai para trás ao ver aquele homem que era uma mistura de Antonio Banderas com Germán Robles... Balancei a cabeça raivosamente espantando qualquer tipo de atração que poderia surgir ali e me postei seriamente, com a coluna ereta e com as sobrancelhas erguidas, andando em direção ao tal cover do Bandeiras Robles. Ele me viu de longe e me reconheceu, abrindo um sorriso e abaixando a placa.

— Dulce María? – confirmei com a cabeça - Estamos encantados por você ter aceito o nosso convite. Me chamo Pablo Martinez.

— Estou feliz. Aonde estão minhas malas? – me espreguicei sem encará-lo nos olhos. Estava cansada, queria ir para o Hotel, dormir um pouco e ligar para Christopher...

— A caminho do hotel...

— Então já podemos ir?

— Claro que sim... – e sem mais, fomos ao Hotel, sem nenhuma conversa.

Assim que cheguei ao hotel, passei rapidamente na recepção, peguei o cartão e tudo mais e fui direto para o quarto. Tomei um banho quente para pagar os pecados que eu poderia ter cometido há alguns minutos atrás, já que a antiga Dulce nunca deixaria um homem daqueles passar batido. Mas a nova Dulce não quer saber de nenhum homem espanhol, apenas do meu homem sueco... Ai meu Deus, o que eu estou pensando? Comi umas frutas frescas que estavam em cima da mesa, fechei a janela, mandei uma mensagem para o celular do Christopher/Maite/Claudia/Paula/Christian/Tio/Moça-que-cuida-da-Luna, cai para o lado e dormi.

Ok, eu não dormi, eu fiquei olhando para o relógio, calculando quantas horas faltavam para regressar em NY. Ok, eu posso até estar sendo dramática demais, mas faltam mais do que 744 horas! 744 horas! Setecentas e quarenta e quatro horas. Repito. Setecentas e quarenta e quatro horas... E foi acompanhando o ritmo do ponteiro dos segundos que eu adormeci, acordando somente no dia seguinte com o telefone tocando. Bati a mão com força na escrivaninha à procura daquele maldito objeto e quando o capturei nas mãos, murmurei um "alô".

— Sra. Saviñón, o Sr. Adolfo está na outra linha...

— Que? – quem é esse, Pai?

— Sr. Adolfo... Posso passar a ligação?

— Mas... Sim...

— Dulce? – falou a voz masculina do outro lado da linha.

— Quem é?

— Adolfo... – fiquei em silêncio, como se esperasse que ele prosseguisse – Seu chefe.

— AH! – exclamei surpresa – Pois não?

— Quero saber se as acomodações estão a seu critério... – rodei na cama e peguei meu celular, conferindo se havia algo de novo.

— Sim, são adoráveis... Muito obrigada pela preocupação.

— Pablo disse que seu espanhol é perfeito...

— Sou boa no que faço... – respondi enquanto lia a mensagem de Maite – Sem contar que espanhol é minha primeira língua. Não haverá dificuldades...

— Paula me falou. Tire o dia livre e às nove da noite um chofer estará lhe esperando para levar ao evento junto com os outros integrantes da equipe... Tudo bem?

— Sim. Creio que sim...

— Então vou deixá-la descansar da viagem. Bom dia...

— Igualmente.

Desliguei e resolvi mesmo aproveitar o dia. Vou sair, passear pela cidade e ver se algumas comprinhas me animam. Queria até ligar para o Christopher, mas tenho que me lembrar do fuso horário. Aqui são nove horas, e como diminui cinco horas, eu acho, ainda são quatro da manhã em Nova York. Ou será que é ao contrário e soma cinco horas? Ah, tanto faz, daqui umas cinco horas eu ligo lá... Mas cinco horas é muito. Para com isso, Dulce, você vai sobreviver se ficar cinco horas sem escutar a voz do Christopher! Mas já faz mais de vinte sete horas. Inspira, expira, inspira, expira...

Ah, então vou ligar para Maite. Não ligo de acordá-la.

Se bem que do jeito que ela é, pode pegar um avião até aqui só para me bater... Acho melhor eu tomar um banho mesmo, ai deixo um e-mail para ele e vou para cidade. É, isso é o melhor que posso fazer. Viu só, Dulce? Assim você está agindo como uma mulher controlada e não carente...

A quem estou tentando enganar? Eu quero o Christopher agora.

Parei de me lamentar quando bateram na porta. Me enrolei no lençol e fui arrastando meus pés até a mesma. Quando abri, dei de cara com um dos trabalhadores do hotel segurando um buquê e, ao lado, um carrinho de comida com um café-da-manhã enorme. Pisquei os olhos várias vezes sem entender e cheguei à conclusão que deveria ser cortesia do hotel. Depois que o carrinho estava perto da cama e o buquê em cima dela, vi um cartão perto da jarra de suco e o abri.

Não paro de pensar em você. C. Uckermann.

De: [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Saknar dig.

Bebê,

Obrigada pelo café da manhã e pelas flores, elas são realmente lindas e o café estava uma delícia. Sem contar que pensei que era cortesia do Hotel, mas já deveria desconfiar que fossem suas, porque coisas perfeitas assim sempre vêm de você.

Não consigo parar de pensar em você também. Você não tem ideia de quantas vezes já pensei em pegar um avião e voltar correndo para NY pra poder te ver. Pensei em te ligar agora pouco, mas o fuso horário me deixa confusa e não quis correr o risco de te acordar ou te atrapalhar no trabalho. Assim que puder te ligar, me dá um toque?

Você pediu para lhe contar como foi à viagem e, bem, foi normal. Dormi no avião e quando cheguei já vim direto para o hotel. Meu "chefe" me ligou hoje e disse que tenho o dia de folga, mas que de noite vou conhecer a "equipe". Ele parece ser bem... Velho. Assim que enviar esse e-mail vou tomar banho e passear um pouco. Tenho que aproveitar pelo menos um pouco o tempo que vou passar aqui.

Te amo muito, muito, muito e me responda logo, ta?

PS. Estou realmente aprendendo a falar sueco, viu? Quer dizer, é assim que se fala saudades em sueco? :)

Desliguei o notebook e depois de algum tempo estava andando pelas ruas (muito) ensolaradas da Espanha. Confesso que estava adorando estar ali, no meio daquela multidão, vendo todas aquelas coisas, mas ainda continuava me sentindo sozinha, e isso é fato. Comprei algumas coisinhas, umas lembrançinhas, almocei e tomei café da tarde na rua e quando vi que já estava para anoitecer, voltei e comecei a me arrumar para o tal encontro de integrantes. Mal acabei de me arrumar e percebi que já eram quase nove horas. Peguei minha bolsa e desci, porque mesmo estando desanimada, não quero fazer feio logo no primeiro dia.

As nove e quinze eu estava parada em frente ao  Favorita, que é muito conceituado na Espanha, pelo que me lembro. Ajeitei meu vestido e respirei fundo, empurrando a porta e entrando no grande hall, onde logo fui atendida e conduzida a uma sala. Escutei várias vozes e quando entrei, percebi que todos se viraram para me encarar... Estou me sentindo de volta ao lar.

Uma negra muito bonita, parecida com a Tyra Banks, se aproximou de mim e me cumprimentou com um espanhol meio forçado, mas sorri e a cumprimentei também. Logo todos estavam conversando outra vez e eu, entediada, sentada, escutando a conversa.

Já havia escutado desde alemão até português naquela sala, e não havia mais de quatorze pessoas ali... Não pude deixar de reparar que todos eram maravilhosos, o que elevou bem mais o meu ego. Todos, sem brincadeira, todos pareciam modelos recém saídos da passarela, e até me incomodei um pouco de não ter me arrumado melhor.

Tomei alguns goles do vinho que se encontrava em meu copo e quando todos se calaram, olhei para ver o que acontecera e notei um homem de mais ou menos trinta anos entrando na sala, com um sorriso meio forçado. Dei outro gole e pensei em fingir estar bêbada para ir embora, mas acho que ninguém iria acreditar.

— Boa noite, Adolfo... – a alemã de grandes olhos azuis que parecia demais a Pámela Anderson se apressou em cumprimentar, e percorri meu olhar com mais interesse pelo homem que acabara de entrar, já que ele era o meu "chefe".

— Boa noite, Elisha. Boa noite a todos... – revirei os olhos – Meu nome é Adolfo Medina e agradeço a vocês por terem aceitado o convite de fazer parte da minha equipe. – blá blá blá – Acho que todos sabem que esta será uma oportunidade e tanto para suas carreiras e que... – olhei pela janela e não escutei mais nada do que ele dizia.

O que será que o Christopher está fazendo agora? Hm...

Comemos inúmeros pratos diferentes e chegou uma hora que eu já não aguentava mais nem o cheiro de comida. Todos estavam meio alterados pelo álcool e se divertiam com qualquer palavra.

Estava escutando das mais diversas histórias sobre os países de todos e morria de rir com o exagero de palavrão que estávamos usando. Adolfo também havia bebido demais, o que achei até um pouco de falta de responsabilidade para o "patrão", mas não irei culpá-lo por querer se divertir... Estamos na Espanha!

No final da noite, quase de manhã, uma limosine nos levou de volta ao Hotel, e a Louise e o Ivan estavam adormecidos no banco, dizendo coisas dignas de ataque de bêbados e sonâmbulos, o que arrancava mais algumas risadas minhas. Assim que entrei no quarto, joguei a roupa em qualquer canto e pulei na cama só de roupas íntimas, quase deixando o notebook cair no chão. Me apressei e, meio zonza, consegui pegá-lo e colocá-lo no chão, vendo que havia uma nova mensagem.

Tentei até ler, mas ao invés de uma, via cinco palavras borradas na tela, por isso me virei na cama e apaguei.

De: [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Sem assunto.

Antes que você se assuste, gostaria de lhe dizer para não se preocupar. Só quero dizer que você é maravilhosa e me encanta. Adorarei trabalhar ao seu lado.

Até breve, mi Dulce.

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