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Bad

Voltei ao trabalho arrasada, totalmente apagada. Atravessei o escritório inteiro sem erguer a cabeça, escutando somente o zumbido das vozes dos outros, mas não estava nem um pouco interessada em saber o que eles queriam me contar. A voz da Paula se tornou extremamente irritante quando avisou que precisaria falar comigo ainda naquele dia e eu já sabia sobre o que era. Entrei na minha sala, arrastando os pés pelo chão até chegar a minha mesa. Não liguei o computador, desliguei o celular e fechei as cortinas. Só precisava de um momento para chorar. E chorar sem parar. Todo mundo sabe que chorar faz mal para a pele, mas tem horas que não dá para segurar, e uma das horas era agora.

E minha vontade de chorar aumentou ainda mais quando eu percebi que não poderia chorar, já que o telefone insistia em tocar sem parar em cima da mesa. Até que resisti, mas no final o barulho estava me dando uma dor de cabeça ainda mais forte, por isso atendi.

— Hm, oi... – até que percebi que era o telefone do trabalho – Dulce María, UckermannRP, boa tarde.

Dulce? Amor? – notei de cara a preocupação na voz dele e me afundei na cadeira – Você está bem? Porque seu celular está desligado?

— Não estou bem – não vi necessidade de mentir – Estou péssima, pra ser sincera.

O que foi? O que aconteceu?

— Nada demais, Christopher. Não precisa ficar preocupado.

Te fiz algo?

— Não.

Estou indo ai.

— Não prec...

E notei que já estava falando com ninguém. Ele estava a caminho. Ótimo, ele vai me ver chorar. Que perfeito! Era tudo o que faltava pra completar esse dia perfeito.

Corri para o banheiro e tentei retocar a maquiagem ou pelo menos tirar a cara de "acabei de chorar horrores" do rosto, mas nem assim eu parecia um pouco mais feliz. Desisti e acabei deslizando pela parede até encontrar o chão frio. Fiquei sentada por muitos minutos, com a cabeça entre os joelhos, abraçada em mim mesma, e só sai desta posição quando ouvi um barulho e percebi que o Christopher me encarava com a boca meio aberta, provavelmente sem entender o que estava acontecendo. Num movimento sem pensar, estiquei meus braços pedindo por um abraço e ele sentou-se ao meu lado e me envolveu em seus braços rapidamente, enquanto eu engolia as lágrimas e disfarçava os soluços.

Pode chorar, meu amor... – ele afagou meus cabelos e deu um beijo em minha testa – Você sabe que pode chorar comigo...

Por um minuto pensei que encharcaria o banheiro e que acabaríamos morrendo afogados nas minhas próprias lágrimas, mas eu não conseguia parar. Era uma lágrima atrás da outra. Segurava o braço dele com força e tentava esquivar meu rosto, pois não queria que ele me visse em uma situação como aquela, mas ele insistia em limpar as lágrimas e acariciar minha nuca daquele jeito delicado. Não sei quanto tempo passamos ali, havia até me esquecido onde estava e quem estava ao meu redor. Qualquer hora alguma pessoa poderia entrar na minha sala e então veria a porta do banheiro aberta e eu e o filho do chefe de todos - vulgo, meu namorado - sentados no banheiro em um momento depressivo.

Será que o que a Anahí disse é verdade? Será que eu realmente fico me exibindo quando estou com ele?

Não. Não. Nada que ela disse estava certo. Não estava. Dulce, pelo amor de Deus, pare de chorar! Erga a cabeça e encare essa situação com pose (ou pelo menos, com a maquiagem sem estar borrada!). Foi ela que errou. Ela. Você simplesmente não tem nada com que se preocupar e...

— Dulce, você está aqui? Tenho que falar com você a respeito da viagem...

Congelei. A Paula estava ali. A Paula estava ali, perto do Christopher. A Paula estava ali, perto do Christopher, querendo falar sobre a maldita viagem. Meu Deus, socorro.

— Ah, boa tarde, Christopher! – virei o rosto imediatamente, tentando bolar alguma desculpa rápida para tirá-lo dali.

— Você, hm, pode ir comprar uma garrafa de água para mim, amor?

— Não precisa, Christopher, eu peço para alguém... – e não deu dois segundos, estávamos na minha sala e já havia uma garrafa em minhas mãos. Engasguei com a própria saliva.

— Obrigada por ter vindo, bebê, mas agora eu tenho que voltar a trabalhar porque acumulei muito trabalho e...

— O que tenho para te falar é um minuto só, Dulce. Sem contar que gostaria que Christopher ficasse por aqui para lhe mostrar umas ideias do Sr. Uckermann... – joguei todas as pragas que sabia mentalmente em Paula, mas não desistiria tão cedo.

— Paula, o Christopher também tem que trabalhar.

Não pretendo voltar ao trabalho hoje, amor. Também não me importo de ficar por aqui.

— Ótimo. Viu só, Dulce? Prometo que o que tenho a lhe dizer será rápido...

— Paula, por favor, agora não.

— Dulce, estou esperando a resposta há três semanas. Você tem que me dizer agora se vai para a Espanha ou não.

— Eu... – fiquei sem palavras e encarei o chão, sabendo que o Christopher agora deveria estar com as sobrancelhas erguidas, sem entender.

Espanha? Você não me disse que ia para a Espanha, amor.

— Ah, ela, hm, não disse? – percebi o arrependimento na voz de Paula, mas nem por isso me comovi. Ela havia definitivamente estragado minha vida agora.

Não. Por quanto tempo? – Christopher a olhou.

— Ah, eu acho melhor vocês conversarem sozinhos... – ouvi a porta se abrindo – Me desculpe, Dulce.

Isso! Foge! Covarde.

Assim que ficamos sozinhos, desviei rapidamente o meu olhar e cobri meu rosto com minhas mãos, apoiando novamente a cabeça nos joelhos. Ele não falava nada. Nada. Não escutava nenhum barulho e por um momento até pensei que ele havia ido embora, mas escutei a respiração agitada dele e me encolhi ainda mais, temerosa.

Por quanto tempo, Dulce? – sua voz saiu alterada, o que me fez prender a respiração. Não consegui abrir a boca para dizer qualquer coisa, e ele deve ter se cansado por todo aquele silêncio, pois parecia cada vez mais nervoso – Quanto tempo, Dulce?

— Um... Um mês... – sussurrei e abracei uma almofada forte, não querendo ver o que viria a seguir, mas ergui a cabeça quando escutei uma gargalhada. Olhei para ele totalmente confusa, e notei que ele ria, mas não de divertimento.

Eu não acredito que... – ele parou de rir e me encarou, com o semblante sério. Aproximou-se de mim e segurou meus braços, enquanto eu desviava o olhar outra vez – Olhe para mim, Dulce! – murmurou e virei minha cabeça, sabendo que se não o fizesse, seria pior – O que você estava pensando em fazer, hein? Me conta. Você ia chegar uma hora qualquer e dizer simplesmente: "Ah, estou indo passar um mês fora. Beijos, idiota!". Era isso, Dulce?

— É claro que não, Christopher! Eu nem sabia se ia ou não!

Mas o que custava você ter me dito? – suas mãos me soltaram e eu cai rendida no sofá, novamente chorando – O QUE CUSTAVA, DULCE? – levei uma mão tremula a boca, prendendo os soluços.

— Por favor...

Sabe o que eu não entendo? – ele riu novamente – O porquê você fez isso, Dulce? Será que eu já não fiz de tudo para te provar que você deve confiar em mim? E eu sou seu namorado, Dulce! Quer dizer, pelo menos eu achei que era.

— Christopher, me escuta! Eu não vou viajar, está me entendendo? Não vou! Não te contei desde o começo porque eu já estava decidida, caramba! – recuperei o fôlego e traguei a saliva, tentando fazê-lo olhar para mim – Eu tomei essa decisão no primeiro dia, está me entendendo? Ela me perguntou e eu disse não! E sabe por que eu disse não? Porque eu não quero passar um mês longe de você. Mas que porra! – limpei as lágrimas e pisquei os olhos várias vezes, tentando acalmar a situação – Eu tinha medo de que se eu resolvesse ir, você terminasse comigo, e eu não queria isso! – gaguejei, engolindo novamente o choro – Não queria me separar de você, só isso!

Dulce... – iniciou uma frase, mas parou, passando as mãos pelo rosto em seguida, com os olhos fechados. Continuei mirando-o, esperando qualquer palavra, qualquer coisa, mas ele se postava calado, encostado no sofá.

— Eu sei que errei, amor... – me ajoelhei em sua frente e peguei suas mãos, distribuindo alguns beijos – Sei que errei, me perdoa por isso. Não queria te esconder nada, e se escondi, não foi porque não confio em você... – levei suas mãos ao meu rosto e fechei os olhos, sentindo sua pele em contato com a minha – Me perdoa. Eu estava com medo. Por favor... – finalmente ele abriu os olhos e me fitou... Durante muitos outros longos minutos em silêncio. Em seguida, ele levantou e me ergueu também, ficando frente a frente.

Só quero que você saiba que eu procurei por muito tempo uma pessoa que me fizesse sentir o que eu sinto contigo, Dulce, e agora que eu encontrei, não ia te deixar por causa de um mês... – ele beijou minha testa e saiu dali, me deixando, mais do que nunca, sozinha.

Tive que trabalhar, querendo ou não, mas não saí da minha sala. Havia me proibido de sair dali até meu rosto desinchar. Quando já não aguentava mais responder e-mails, levantei, fui ao banheiro, retoquei um pouco a maquiagem e finalmente me permiti ir embora, eu queria ir o mais rápido possível para minha casa. A ideia de que estaria em breve afundada na minha cama me animava um pouco e eu mal conseguia contar os minutos para sair dali, mas pelo visto eu ia ter que esperar mais um pouco, já que a Paula (covarde!) me chamou para conversar, e querendo ou não, ela continua sendo minha chefe.

— Antes de tudo, quero te pedir novamente desculpas por agora pouco, Dulce... – suspirei e mexi a cabeça, pedindo-a para prosseguir – Pensei que você havia contado para ele, já que, bem, vocês são namorados... – cerrei os olhos sem dizer nada – Mas não é isso que eu queria lhe dizer – esperei ela continuar – Fico feliz que você aceitou ir viajar...

— QUE?

— É! O Christopher passou aqui antes de ir embora e disse que vocês tinham resolvido que... – ela engoliu a seco, enquanto eu continuava olhando-a – Bem, vocês não discutiram isso, não é?

— Não, Paula, claro que não! Eu já tinha te dito que não iria e... - comecei a falar transparecendo minha irritação.

— Dulce, eu já confirmei a sua presença. Agora não dá para voltar atrás.

— Mas eu disse que não iria! - falei quase gritando.

— Eu realmente sinto muito. - ela finalizou com um sorriso fraco.

SENTE MUITO? SENTE MUITO? ELA VAI É SENTIR MEU PUNHO NA CARA DELA DAQUI A POUCO!

Não disse nada. Virei de costas, peguei novamente minha bolsa e sai pisando fundo dali. Não sei mais o que pode acontecer de ruim comigo. Não sei. 

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