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Adoção


Picture yourself in a boat on a river with tangerine trees and marmalade skies...

Se passaram três meses desde então. Começo de outubro, início do nono mês de gravidez de Maite, Anahí e Alfonso no "vai ou não vai" e eu e Christopher, a cada segundo que passava, ansiando por uma criança. Anahí conseguira o número naquele dia de agosto, mas somente no final de outubro eu e Christopher havíamos criado coragem para marcar uma reunião com a inspetora do orfanato. Dia dois de novembro. O dia que poderia transformar ainda mais a minha vida e que chegou rapidamente.

Então lá estávamos nós dois, dentro do carro, parados em frente ao orfanato, escutando o barulho de nossas respirações alteradas e de nossos corações amolecidos.

— Não sei como fazer isso, Christopher...

Toda a calmaria que havia tido há algum tempo atrás se dissipara. A ansiedade revirava meu estômago e transformava a minha paciência em frangalhos e o que me assustava era a calma que Christopher possuía para um momento como aquele.
O sorriso dele era reluzente.
Ele não estava sorrindo das maneiras perfeitas como ele sempre sorria para mim... Ele estava sorrindo como se algo que ele esperasse há muito tempo estivesse para se realizar. Como se ele estivesse completo...

— Vou começar a gaguejar! Ah, Christopher, eu vou gaguejar! A tal da Sra. Nilton vai me odiar! Christopher, ela não vai me deixar ver nenhuma criança! Você acha que o meu vestido é curto demais? Ainda dá tempo de comprar um maior... E se ela me achar promíscua, Christopher? Ah, sabia que deveria ter vindo de calça jeans. Não, calça jeans me deixaria parecendo desinteressada. Deveria ter colocado aquela saia social. Porque você não me disse para colocar aquela saia social, Christopher? Tenho certeza que a Sra. Nilton deve estar usando uma saia social, não um vestido de...
AMOR!

Somebody calls you, you answer quite slowly, a girl with kaleidoscope eyes.

Ele gritou assustado, o que levou a minha boca a se fechar imediatamente. Engoli a saliva e ela desceu pela minha garganta ardendo. Meus olhos se comprimiram formando lágrimas que esperavam um piscar de olhos para descerem por meu rosto. Christopher levou as mãos agilmente para as minhas bochechas e deu um beijo suave ali, sorrindo tranquilamente e balançando a cabeça de uma maneira incrédula.

Você está linda. Se o seu vestido fosse maior tocaria o chão! – ele riu – A Sra. Nilton ira adorá-la, é uma certeza. Você está muito bem vestida, como sempre, e está perfeitamente adequada para a situação, entendeu? – confirmei com a cabeça, ainda sem acreditar muito – Como assim? Você não acredita mais em mim?
— Acredito... – murmurei – Mas ainda acho que vou gaguejar!
Você não vai gaguejar, meu anjo... – ele sorriu – Vamos fazer o seguinte: só iremos sair do carro quando você se sentir pronta, ok?

Confirmei com a cabeça e ficamos em silêncio.
O meu coração retomou as batidas frenéticas assim que escutei uma risada gostosa de criança... Foi então que a minha ficha realmente caiu.
Eu iria adotar uma criança. Uma criança.
Durante toda a minha vida o meu sonho foi construir uma família maravilhosa. Um marido, filhos, uma casa majestosa, um cachorro... E pouco a pouco estava ganhando tudo aquilo. Eu já possuía uma casa maravilhosa, três cachorros, um quase-marido e agora teria um filho.
Ok, tudo estava sendo espontâneo e diferente de como eu imaginava, porém era o que eu queria. O que eu sonhava.

Cellophane flowers of yellow and green towering over your head. Look for the girl with the sun in her eyes...

E o medo cercava cada vez mais o meu corpo e os meus pensamentos, mas eu não podia recuar. Eu não queria recuar.
Havia milhares de crianças que precisavam de pais dentro daquele estabelecimento e saber que eu poderia ajudar e ser importante para uma foi algo que me fez forte desde o começo. Ok, eu poderia ser nova, possuir somente os conhecimentos básicos sobre como criar uma criança e muito medrosa, mas eu tinha algo que me guiaria e me ajudaria... Eu tinha Christopher.

Sorri sem pensar ao sentir a mão dele sobre a minha e olhei para o lado, o fitando devagar. Ele também seria um pai de primeira viagem e talvez estivesse com tanto medo quanto eu. Me senti egoísta por demonstrar todos os meus anseios enquanto ele talvez estivesse deixando os dele de lado para me acalentar. Ele queria um filho tanto quanto eu. Adotar poderia até parecer uma coisa banal para se fazer, pois nós dois éramos extremamente saudáveis e poderíamos ter um filho há qualquer momento, mas era isso que queríamos. Engravidar era um dos meus sonhos, mas adotar uma criança era algo que parecia o certo para mim. Tínhamos uma casa grande, uma renda ótima, amor para dar... Porque não compartilhar isso com uma criança que necessitasse?
Não era um ato de caridade. Era um ato maravilhoso, que me daria à chance de aprender a amar uma criança e que me daria a oportunidade de ser alguém que ela precisasse e amasse.
Ela seria o primeiro passo de um enorme aprendizado e de uma família.
Ela seria, não só a realização de um sonho de Christopher, mas a realização de um sonho meu.

— Estou pronta.

Cellophane flowers of yellow and green, towering over your head...

A Sra. Nilton estava nos esperando logo na entrada e nos recebeu com um sorriso amigável. Ela era bonita e os cabelos grisalhos se contrastavam com a roupa azul-marinho que ela usava. Os óculos de argola dourado davam um brilho especial nos olhos incrivelmente azuis que quase chegavam a ser prateados. Uma mão dela se estendeu para apertar a minha e ela postou um beijo em minha bochecha, antes de voltar a sorrir e cumprimentar Christopher.

— Sejam bem-vindos.
Obrigado por nos receber tão em cima da hora, Sra. Nilton. Sabemos que normalmente demoram meses para agendar um horário quando se trata desse assunto e agradecemos a chance que a senhora está nos dando.
— Quem agradece sou eu, Sr. Uckermann – ela sorriu mais uma vez – Vamos entrar?

Prendi a respiração e confirmei com a cabeça, mordendo o lábio inferior e percebendo como Christopher segurava fortemente a minha mão.

Antes de conhecer as crianças, a Sra. Nilton nos avisou que teria que conversar conosco em seu escritório e quando vi, estava sentada numa cadeira confortável em uma pequena sala clara, repleta de janelas e livros. Christopher estava sentado ao meu lado e não soltara a minha mão em nenhum momento, sempre com um sorriso radiante nos lábios. A Sra. Nilton sentou-se em nossa frente e postou os longos braços finos por cima da mesa, conferindo uns papéis e ajeitando os óculos.

— Pois bem, é necessário conversar com vocês antes de darmos início ao processo. Nosso instituto possui crianças de 30 dias a seis anos, mas a preferência da maioria dos casais é por adoção de recém-nascidos pela vontade de criar uma criança desde o começo. São encontradas crianças de todas as etnias aqui e, pelo que sei Srta. Saviñón, o seu país de origem é o México.
— Si-sim... – gaguejei e me obriguei a respirar fundo para acalmar os nervos – Tem algum problema com isso?

Look for the girl with the sun in her eyes and she's gone.

— Claro que não, mas precisarei de mais alguns documentos seus. Precisarei da cópia do seu passaporte, a credencial do país de origem com comprovação de estar autorizada para essa atividade e o atestado de residência, expedida por órgão oficial. E no caso de adoção por estrangeiro residente ou domiciliado fora do país, o estágio de conveniência será cumprido no território nacional, no máximo 15 dias para as crianças de até 02 anos e 30 dias quando o adotando tiver mais de 02 anos de idade. Alguma dificuldade?
— Não, nenhuma – murmurei enquanto tentava me lembrar de onde estavam os meus documentos.
— Aproveitando que comentei de documentos, vou lhes dizer quais são os documentos necessários para apresentação. Precisamos do documento de estudo social e estudo psicológico elaborado por uma agência especializada e credenciada no país de origem ou pelo órgão oficial ou pela agência nomeada pelo Tribunal ou Órgão que tenha autorizado a pretensão de adoção. O atestado de sanidade física e mental; o atestado de antecedentes criminais, lembrando que atestado de boa conduta não serve. O atestado de residência, expedido por órgão oficial. Declaração de rendimento anual. Certidão de casamento ou nascimento. Cópia de passaporte. Íntegra do texto da legislação sobre adoção do país de origem e sua tradução. Prova de vigência da legislação. Fotografias dos requerentes, de sua residência e de seus familiares, grampeadas em papel sulfite. Procuração específica para atuação do seu representante no Estado. Ficha de inscrição inteiramente preenchida pelo representante... – depois de tanta informação eu meio que desliguei, com a boca entreaberta e ainda tentando lembrar onde estavam os meus documentos. Da última vez que os vi, estavam numa pasta preta, mas a questão era: Onde estava a maldita pasta preta?
Providenciaremos tudo, Sra. Nilton.

Picture yourself on a train in a station with plasticine porters with looking glass ties...

— Sei que sim, querido. Acho que os dois sabem que a adoção é um ato jurídico, que visa incluir a criança ou o adolescente em uma nova família, de forma definitiva, tendo em vista a ausência de seus pais naturais, conhecidos ou não, ou ainda, aqueles casos de perda de pátrio poder. A sua finalidade é a continuidade da família no caso de pessoas sem filhos ou dar um lar àquela criança ou adolescente cujo destino os deixaram desamparados. A diferença entre filho biológico e adotado é pouca. O Estatuto da Criança e do Adolescente e a Constituição Federal atribuem ao adotado a condição de filho, com os mesmos direitos e deveres, inclusive para fim de sucessão, proibindo qualquer tipo de discriminação ou distinção entre o filho adotivo e o biológico...

Me desliguei de novo ao ver uma grande bola amarela se debatendo contra a porta de vidro e várias crianças a seguindo, dando gostosas gargalhadas e fazendo caretas uns para os outros. A persiana não me permitia ver muita coisa, mas mesmo se permitisse, logo tive que me concentrar outra vez no que a Sra. Nilton falava, pois não queria que ela pensasse que eu me encontrava desinteressada.

— Alguma dúvida, meus queridos?
Eu não tenho nenhuma. E você, meu amor? – os dois me encararam e, corada, neguei com a cabeça.
— Antes de sairmos, gostaria de lhes fazer uma pergunta particular – ela nos fitou, olhando outra vez os papéis que nós lhe entregamos – Vocês são saudáveis, pelo que posso ver nos exames médicos, e podem ter um filho a qualquer momento... Vocês acham que adotar uma criança é necessário?

Suddenly someone is there at the turnstile, the girl with kaleidoscope eyes...

— Sim! – respondi imediatamente, quase gritando. Christopher sorriu e balançou a cabeça, me abraçando – Quer dizer, sim, senhora – me recompus - Eu e o Christopher já conversamos a respeito e por mais que tenhamos a capacidade e a honra de poder gerar filhos biológicos, o que pretendemos no futuro, também temos a honra e a capacidade de cuidar de uma criança que necessite de carinho e amor. Estamos mais do que conscientes de que cuidar de uma criança não é fácil, mas estamos dispostos a fazer esforços para trazer alegria e os cuidados necessários para uma das crianças que estão aqui.
— Vocês não acham que são muito novos para tal passo?
— Somos muito novos sim, mas a idade não altera a nossa forma de pensar. Temos uma renda muito boa, como a senhora pode ver, como temos muito que proporcionar a uma criança. Digo, não só coisas materiais, mas um bom estudo, uma boa infância e muita atenção. Você pode nos ver como jovens irresponsáveis que estão agindo de uma maneira incoerente e sem pensar, porém eu e Christopher somos mais responsáveis do que aparentamos – ela e Christopher sorriram – e estamos dispostos a fazer qualquer coisa por uma criança.

Quando percebi que havia falando demais, ruborizei e olhei para os lados, tentando me desvencilhar dos olhares que os dois me lançavam. A Sra. Nilton se levantou e eu congelei na cadeira assim que ela caminhou até a porta. Pensei que ela iria me expulsar dali, mas com o mesmo sorriso terno ela apontou com a cabeça para fora.

— Querem conhecer as crianças?

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