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- Hora de Uma Nova História -

Os três cavaleiros ainda permaneciam sentados com suas bebidas quase intocadas já que o impertinente assunto lhes tomava atenção. Pelo visto, Borbon era o único que tinha a intenção de aproveitar a embriguez para esquecer os problemas.

— A essa altura eles já devem ter atravessado a Fronteira Tortuosa com suas carroças cheias de produtos e alimentos — disse Roren.

— Não tenho dúvidas que a dita grandiosa Cidade de Vordia está passando por falta de abastecimento — Adamor concluiu. — Depois daquela revolta que eles enfrentaram em seus vilarejos, não me surpreende o fato de eles roubarem o que nos pertencem.

— Você já pretende ir para a cidade do reino amanhã? Mas já tem em mente o que vai dizer ao Rei Grival?

Antes de Adamor responder às indagações de Roren, sua atenção foi tomada pelos urros que os clientes ao redor começaram a dar. Eram urros de incentivo e os três cavaleiros viraram-se para ver o que estava acontecendo.

Adilan tinha seus braços presos firmemente pelas mãos de Murmo que segurava seus cabelos por trás da cabeça e a batia violentamente na mesa redonda. O barulho de sua testa sendo espancada contra a madeira era mais audível do que qualquer urro emitido ali. Quando a sequência de batidas acabaram, o rapaz deu passos atrapalhados para trás e caiu no chão como se estivesse altamente embriagado. Sua testa estava aberta e o sangue já cobria todo seu rosto.

Lurelia já estava horrorizada e as lágrimas já desciam de seus olhos. Seus pedidos de ajuda eram inúteis e seus gritos eram ignorados pelos homens que aproveitavam o espetáculo que alegrava a noite. O agressor passou a dar violentos chutes no estômago de Adilan que se contorcia de dor mas não emitia gritos. Laurelia esforçou-se para fazer o homem parar as agressões mas um dos colegas de Murmo puxou-a para mantê-la imóvel.

Murmo ainda mantinha-se dando chutes e só foi parado quando Talion surgiu subitamente ao seu lado. O rapaz empurrou o homem contra a mesa e segurou seu pescoço firmemente com uma mão enquanto dava-lhe vários socos em sequência. Sua investida duraria muito mais tempo se não fosse o outro colega de Murmo que segurou por trás os braços do rapaz impedindo-o de se mover.

O gordo homem se recompôs e limpou o sangue de sua boca. Olhou para Talion e deu um sorriso maldoso mostrando os dentes vermelhos.

— É a sua mamãezinha, não é? — Ele apontou para Laurelia presa nos braços de seu colega. — E esse merdinha aí é seu irmãozinho também? Então agora os três vão apanhar, a família toda.

O primeiro murro foi dado, e Talion se contorceu de dor. Os bêbados ao redor riam e incentivavam a briga erguendo seus copos e subindo em suas mesas para urrar. Mais socos eram dados no estômago do rapaz que via-se incapacitado de se defender. Sua feição alternava entre raiva e dor mas ele não se permitia emitir nenhum ruído. Laurelia ainda tentava se livrar dos braços que a prendia mas suas tentativas eram falhas; todos os seus gritos eram abafados e ignorados.

A algazarra somente foi interrompida quando um barulho chamou a atenção de todos. Borbon surgiu atrás de Murmo e cravou sua espada em diagonal na mesa redonda ao lado deles. O móvel estremeceu mas não se moveu pois estava pregado no chão. Murmo virou-se para trás lentamente e olhou o homem atrás de si dos pés à cabeça. Passou os olhos no punho da espada fincada na mesa ao seu lado e voltou seu olhar para o alto sujeito.

— Acho que essa briga está um pouco injusta, amigo — Borbon falou calmamente e olhou nos olhos do rival mais baixo que ele.

— Isso não é da sua conta, otário.

— Eu vou pedir só uma vez; solte o rapaz, levante o garoto do chão e peça desculpas à senhora.

Murmo inesperadamente cuspiu no rosto de Borbon. O cuspe veio avermelhado de sangue e os olhos dos espectadores ao redor se atentaram ainda mais para os dois sujeitos se encarando.

Sem mais demora, Borbon agarrou a cabeça do homem e com uma força descomunal a cravou contra o punho da espada presa na mesa. O olho esquerdo de Murmo foi perfurado e o sangue escorreu pelo rosto gordo que contorcia-se pela dor. Os berros do homem eram terríveis de tal forma que todos espantaram-se pela violência que presenciavam.

Murmo tentava se afastar para tirar sua cabeça do punho da espada mas o cavaleiro o pressionava com tamanha força que veias apareciam em suas mãos. Quando o homem começou a clamar horrivelmente por desculpas, Borbon o soltou e ele tropeçou caindo para trás. Seu rosto exibia agora um buraco profundo e tudo estava ensanguentado.

Os dois colegas que seguravam Laurelia e Talion amoleceram seus braços e soltaram os dois. Ambos estremeceram quando viram a feição enfurecida de Borbon que limpava o cuspe de seu rosto. Sem hesitar, os dois se afastaram caminhando para trás e bateram em retirada quando chegaram à porta.

Talion caiu de joelhos e levou sua mão ao estômago. Evitava emitir qualquer som de dor mas sua face não omitia o que sentia. Laurelia, por sua vez, abaixou-se ainda chorando e colocou cuidadosamente a cabeça esanguentada de Adilan em seu colo. O rapaz estava desacordado e sua testa exibia a carne em um ferimento aberto. A mulher soltou um grito em seu choro. Seu lamento teria se prolongado pelo silêncio se não fosse por Gordel que acabara de surgir no balcão.

— Mas o que é isso tudo?! O que aconteceu na minha taverna?!!!

Todos permaneceram em silêncio. Vendo que o espetáculo havia enfim terminado, os clientes retornaram para seus lugares e voltaram a beber em seus copos.

— Boa noite, senhor — cumprimentou Adamor aproximando-se do balcão. — Houve uma briga mas eu lhe garanto que não causamos danos em sua propriedade. Não há motivo para...

— Vocês são os responsáveis por isso?! Você e seus amigos de roupa preta?! Vocês são o que? Bandidos? Quem é você para agredir o meu cliente?!

Adamor fitou seus olhos por alguns segundos e viu que não conseguiria apaziguar a situação como esperava.

— Eu sou Adamor, líder dos Cavaleiros Irmãos e membro da Ordem dos Cavaleiros.

Apesar de proferir com firmeza, o cavaleiro não viu a expressão do homem mudar para melhor.

— Ahhh... seu desgraçado... — Murmo amaldiçoava tampando com a mão o buraco em seu olho e esforçando-se para se levantar.

— Eu já aturei você demais, Laurelia — Gordel continuou olhando para a mulher sentada no chão. — Cometi um erro dando um trabalho para esse seu filho esquisito, e agora cometi o mesmo erro dando trabalho para esse seu filho burro.

— Vai se ferrar... — Talion tentou profanar apoiando-se na mesa para manter-se de joelhos.

— Aqui, apoie-se em mim. — Roren colocou o braço do rapaz em seu ombro e ajudou-o a ficar de pé. Começou a dar cuidadosos passos para levá-lo para fora daquele lugar.

— Agora já chega. Você — Gordel apontou para Laurelia que estava com os olhos vermelhos de tanto chorar. — Aquele moinho não é mais a sua casa. Você não tem mais casa. Eu não quero que você fique lá. Aquele moinho é meu, e não quero ver mais nenhuma das suas porcarias dentro dele.

— Não... a culpa disso tudo não é minha...

— É sua sim. Se não fosse esses seus filhos imprestáveis essa confusão toda não teria acontecido. Se eu não tivesse te contratado isso não teria acontecido. Desde que você entrou nessa taverna você trouxe desgraça e problemas. Ninguém te quer aqui, Laurelia. Ninguém aqui gosta de você.

A mulher não respondeu. Fechou os olhos e deixou que suas lágrimas escorressem por seu rosto enquanto acariciava cuidadosamente os cabelos de seu filho desacordado.

— Amanhã — Gordel continuou. — Amanhã eu levarei alguns vizinhos meus para tirar aquelas suas coisas imundas de dentro do moinho. Eu os jogarei na entrada desse vilarejo para você fazer o que bem entender com eles.

— Não faça isso... eu não tenho para onde ir e não posso viajar agora com Adilan nesse estado.

— Não é problema meu! Esse moleque desgraçado já me causou muitos problemas! Quero ele longe daqui! Quero você longe daqui! Agora!!! Saia!!!

— Senhor — interviu Adamor. —, isso não é da minha conta mas te peço que tenha paciência e seja solidário com essa senhora.

— Cale a sua boca, seu intrometido! Aqui quem manda sou eu!!!

Adamor apanhou uma adaga que mantinha na bainha em seu cinto e com um rápido movimento a cravou nas costas da mão de Gordel. O homem soltou um berro de dor e arregalou os olhos ao ver sua mão presa e perfurada pela lâmina que escorria seu sangue pelo balcão.

— Da próxima vez, lembre-se de ser mais gentil com as pessoas. — O cavaleiro aproximou seu rosto e sussurrou suas palavras somente para Gordel ouvir.

Desta vez nenhum cliente parou sua distração para observar a agonia do homem. Todos continuavam bebendo e gargalhando como se nada tivesse acontecido no local. Borbon segurou com as duas mãos o punho de sua espada e a retirou da mesa com grande facilidade. Limpou o sangue do cabo preto com um pano velho e guardou-a em sua bainha.

— Senhora, deixe-me tirar seu filho daqui.

O alto cavaleiro se ajoelhou e com grande cuidado levantou Adilan do chão. Segurando abaixo de seus joelhos e em suas costas, ele o carregou em seus braços para fora do local como se segurasse uma frágil criança em suas mãos.

— Pode nos acompanhar? — Mesmo não conhecendo Mercel ou qualquer um daqueles homens, Laurelia permitiu-se ser acompanhada pelo cavaleiro de cabelos longos.

Adamor deu os primeiros passos para seguí-los mas lembrou-se que deixava sua adaga para trás. Ele virou-se para o balcão e com um único movimento retirou o objeto libertando assim o homem agonizante. Gordel caiu e chegava ao ponto de chorar de dor por sua mão perfurada. Não havendo mais nada a ser dito, Adamor enfim seguiu os passos dos companheiros e saiu para fora do local.

Talion estava sentado na pequena plataforma que elevava a taverna à altura de vinte centímetros do solo terroso. Ele mantinha a mão em sua barriga para amenizar a dor que sentia e sua expressão estava receosa. Logo exaltou-se ao ver sua mãe sair do local.

— O que ele te disse, mãe? Ele vai tirar as nossas coisas do moinho, não vai? Aquele maldito...

Laurelia apenas envolveu seu filho em um abraço apertado e carinhoso. Abraçou-o como se fosse o último abraço que lhe daria na vida.

— Está tudo bem com vocês? Vocês têm para onde ir? — perguntou Mercel.

— Sim... digo, não. Não temos para onde ir. Mas sim, nós estamos bem. Nós vamos ficar bem. — Laurelia não conseguia transmitir nenhuma confiança em suas palavras. Na verdade, parecia que ela iria desmoronar a qualquer momento. — Onde está Adilan? Onde está o meu menino?!

Nesse momento, Borbon surgiu de trás da taverna montado em seu cavalo. Na frente dele, Adilan também estava montado porém desacordado. Sua cabeça estava apoiada no ombro do cavaleiro e seus braços estavam jogados como se não existisse mais vida em seu corpo.

— O ferimento do rapaz é grave — Roren informou. — Ele precisa de curativos, ervas medicinais e descanso.

— Haverá isso aqui para ele?

— Sim...

— Não. — Talion contrariou firmemente a mãe.

Os cavaleiros esperaram até que ela confirmasse sua resposta, mas nada mais a mulher disse. Assim, as coisas tornaram-se claras.

— Nós estamos indo para a Cidade de Asmabel — Adamor adiantou-se. — Quero levar seu filho para lá, senhora. Tenho certeza que quando chegarmos ele receberá todos os cuidados possíveis que existem nessa terra.

— Mas a cidade do reino fica muito longe daqui. E a cabeça dele está... ele não vai aguentar chegar até lá.

— Então pararemos quantas vezes for necessário. Passaremos em todos os vilarejos que encontrarmos em nosso caminho. Buscaremos por ervas, curativos e descanso. Se ele ficar aqui, tenho certeza que morrerá.

Laurelia pareceu relutante em dar uma resposta definitiva para o convite.

— Mãe — Talion chamou. — No que você ainda está pensando? Nós temos que ir. Não precisamos mais ficar aqui.

— Ouça seu filho, senhora. Eu ouvi claramente quando aquele homem jurou que a expulsaria de sua casa. Não há mais porquê ficarem aqui. É hora de começar uma nova história. — Adamor abriu espaço para a mulher vizualizar os cavalos que eles estavam prestes a montar.

Laurelia olhou mais uma vez para Talion ao seu lado e olhou para Adilan com a cabeça ferida. Ao relembrar de tudo o que sofreu desde que chegou àquele vilarejo, a decisão enfim formou-se em sua mente.

— Está bem. Já passou do tempo de sairmos daqui.

— Ótimo. — Adamor abriu um leve sorriso.

— O ferimento dele ainda está aberto — informou Borbon em voz alta. — Precisa ser coberto.

— Oh, céus. Eu vou rasgar um pedaço do meu vestido.

— Não é preciso — o líder adiantou-se. — Use o meu manto para estancar o sangramento, Borbon.

Adamor retirou as fivelas que prendia seu manto em seus ombros e o entregou nas mãos do cavaleiro.

— Tem certeza, chefe? — perguntou Roren incrédulo. — É o seu manto de líder Cavaleiro.

— Não tem problema. Além do mais, ele também é vermelho. Ninguém vai perceber uma mancha de sangue. — Adamor sorriu para a mulher e virou-se para pegar seu alazão.

— Se importaria em iniciar a viajem comigo em meu cavalo, senhora? — perguntou Mercel aproximando-se já montando.

Tratando-se de cortesia ou não, a mulher certamente não poderia negar. Sendo assim, segurou na mão do cavaleiro e, colocando o pé no estribo, subiu no animal com certo mal jeito mas logo ajeitou-se em uma postura correta. A cela mostrou-se mais agradável do que ela esperava.
Sem perda de tempo, Talion subiu no mesmo animal que Roren montava e este iniciou os passos do cavalo. Borbon certificou-se de enrolar o manto vermelho de Adamor na cabeça de Adilan e seguiu os companheiros para sair dali.

Tomando finalmente a liderança com sua montaria, Adamor virou-se para frente e anunciou:

— Enfim, meus amigos, vamos para a Cidade de Asmabel.

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