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- A Grandiosa Cidade de Vordia -

O som dos aplausos e gritos em comemoração ao duelista vencedor espalhou-se por toda a área de treinamento. Mesmo estando no interior da estrutura, o barulho da exaltação da público chegou aos ouvidos de todos os jovens adversários que se preparavam para a oportunidade de demonstrar seus talentos na arena. 

O interior do local de treinamento não era provido de muita iluminação, apenas a luz do dia que adentrava pelas aberturas na parede e algumas janelas com grades semelhantes às dos calabouços. Havia uma bancada de pedra disponível para o descanso daqueles que chegavam e aos que estavam prestes a sair. O dia era destinado ao treinamento entre os jovens soldados, logo, rapazes com ferimentos expostos e armaduras amassadas eram visões comuns de se ver em tal bancada. Ao fundo daquele corredor quadrangular, as armas de guerra eram penduradas em suportes e mantidas em caixas para armazená-las. Por ali estavam espadas amontoadas, escudos enfileirados na parede, lanças posicionadas em suportes, elmos alinhados e tantas outras peças de armaduras. 

Havia somente uma única abertura por onde os duelistas saíam encorajados e voltavam arrebentados. Alguns exibiam expressões de satisfação, enquanto que outros exibiam apenas feições de dores e fúria. Diante dessa grande abertura na parede, estava sentado um rapaz inquieto que dirigia seu olhar avaliativo para além da saída. O jovem duelista parecia ter por volta de dezessete anos, seu cabelo preto era curto e caía sobre sua testa por conta do suor, de fato aquele corredor era desprovido de boa ventilação. Seus olhos negros estavam fixos no caminho a sua frente e entre seus pés um elmo no chão aguardava para ser enfim colocado. 

— Olá, como vai? — A aparição de um sorridente rapaz ao seu lado foi inesperada, pelo visto este também se preparava para sua vez na arena. — Também vai lutar lá fora? Parece que você não está com medo. Hunf, queria eu estar encorajado assim. Como você se chama? 

— Saia daqui. 

O estranho comportamento do carrancudo adolescente desfez o sorriso do que acabara de chegar. O que estava sozinho até então, viu-se livre da irritante presença de seu novo colega ao ouvir o barulho da trombeta que anunciava o início de um novo duelo. Era a sua vez. Ele pegou seu elmo no chão e levantou-se em um pulo, apanhou o cinto com a bainha contendo uma espada e rapidamente o fivelou na cintura. Virou-se para a abertura diante de si e, colocando enfim o elmo, deu os passos para o mais importante dia de treinamento de sua vida. 

A arena de treinamento era uma área quadrangular cercada por um muro de cinco metros onde os espectadores assistiam os confrontos no topo. Aparentemente, as pessoas que se deram ao trabalho de presenciar os duelos não eram membros da nobreza mas sim meros plebeus. O solo de toda a área era composto apenas por terra seca com alguns poucos brotos de grama. Ao longo do muro, havia guardas em posição para auxiliar na retirada daqueles que saíam feridos. Bandeiras brancas retangulares pendiam no muro de madeira indicando que aquelas não eram lutas letais. 

O desafiante saiu pelo corredor que servia de acesso à arena. Ele trajava uma armadura simples com peças de metal que vinham a ser adequadas à sua altura e porte. Um elmo quadrangular e uma espada na cintura. O adversário que aguardava sua chegada também estava completamente armado e com a espada na mão de seu braço caído. Ao invés de analisar seu desafiante, ele olhava para o céu pois teve a impressão que iria chover. 

Finnan, o desafiante, caminhou até estar a poucos metros do rival e parou seus passos quando este virou-se para ele. 

— E aí? Está a fim de integrar o exército do reino? Então vai ter que me derrotar aqui hoje, rapaz. 

A julgar por sua aparência, o adversário era alguns poucos anos mais velho que o desafiante. Chamado pelo nome Dermion, era um dos mais recentes integrantes da armada do exército, não havia lutador mais justo para entrar em confronto com os inexperientes rapazes. 

A trombeta tocou e houve pouca movimentação de interesse entre os espectadores. Finnan empunhou sua espada com um lento movimento e assumiu posição de guarda. Seu adversário, por sua vez, apenas virou-se e segurou firmemente sua arma em um único braço. Os dois permaneceram se encarando seriamente com movimentos cautelosos e precisos. Finnan segurava sua espada com as duas mãos e decidiu dar início ao duelo. 

Dermion apenas esquivou-se com um único movimento o que acabou por prejudicar a postura que o desafiante tentava manter. Finnan virou-se para seu adversário e revoltou-se pela ação, pôs-se em guarda e avançou em direção ao rival. Dermion esquivou-se novamente fazendo o inexperiente rapaz parar aos tropeços. 

— Por que não luta, babaca?! — vociferou Finnan virando-se para ele. 

— Uma das táticas básicas em uma luta é cansar o seu inimigo, ainda mais quando ele se esforça tanto para segurar uma espada igual você. 

Sem dúvida alguma o elmo escondeu a expressão raivosa do desafiante. Segurando sua espada com as duas mãos e dando um grito de fúria, Finnan partiu para o ataque e desta vez o adversário pôs-se a enfrentá-lo. Dermion repeliu um golpe e Finnan não esperou para se recompor, investiu contra seu inimigo novamente. Foram diversos ataques seguidos e frenéticos mas todos eram repelidos pelos movimentos despreocupados de Dermion. Este defendia-se segurando sua espada apenas com uma mão, sua força e agilidade em esquivar-se eram notavelmente superiores. 

Houve uma pausa. Os espectadores assistiam em silêncio com alguns urros dos mais jovens que apreciavam o treinamento militar cujo objetivo era selecionar os jovens que iniciariam suas carreiras no exército. Finnan estava ofegante, baixou os braços e ergueu a cabeça em busca de ar. Seu adversário não exibia sinais de cansaço, andava em círculos e olhava para o rapaz em sua frente. 

— Desiste? 

A resposta foi um feroz avanço contra o inimigo. Dermion bateu sua espada contra a dele provocando um alto barulho de metal. Ao baixar a lâmina do inexperiente rapaz, Dermion deu uma cotovelada na viseira do elmo fazendo o rival dar confusos passos para trás. Ele usou essa breve distração para investir contra Finnan que esforçou-se para se defender dos rápidos ataques. Dermion demonstrou-se determinado a encerrar o duelo e não poupou esforços em derrubar o rival. Finnan esforçou-se mas não foi páreo para a destreza e força de seu inimigo. Quando Dermion estava próximo o bastante, ele abaixou a espada do adversário e a arrancou de suas mãos. Um único movimento horizontal foi suficiente para afastá-lo e enfim derrotá-lo. 

Finnan pensou em retomar a luta mas Dermion lhe apontou as duas lâminas. O desafiante estava desarmado, e desarmado ele estava derrotado. Dermion, que optou por lutar sem a proteção de um elmo, desfez sua posição de guarda e jogou a espada do rapaz no chão terroso. 

— Pode pegar sua espada e continuar lutando comigo se quiser, mas eu te garanto que o resultado vai ser o mesmo, novato. Você luta bem, mas precisa treinar mais se quiser entrar no exército do reino. 

A trombeta tocou anunciando o fim do duelo e a derrota do desafiante. Finnan olhou para o topo do muro e viu que alguns jovens espectadores gritavam insultos em meio à poucos aplausos. Insultos dirigidos a ele, ao perdedor. Essa havia sido mais uma de suas derrotas, de suas comuns derrotas. A raiva e a revolta estava lhe consumindo por dentro, queria que seu adversário pagasse por ter lhe derrotado e humilhado.

Em um momento de fúria, Finnan levou as mãos ao elmo e o retirou, estava ofegante e muito suado. Virou-se para trás e em voz alta ordenou: 

— Guardas! Venham aqui e dêem uma surra nesse imbecil! 

Os guardas nos muros obedeceram a ordem do príncipe. Deram passos longos para se aproximarem dos dois jovens no centro da área e formaram um círculo ao redor de ambos. Eles possuíam espadas em seus cintos mas não foi necessário seu uso. Dermion mostrou-se estar desorientado ao se ver cercado pelos seis guardas, levou alguns segundos para compreender que estava diante de um membro da nobreza, o filho do rei. 

— Peço suas desculpas, Vossa Alteza! 

— Quebrem as pernas dele! 

A ordem do príncipe foi atendida e três guardas avançavam seus passos. Dermion ousou se inclinar para pegar sua espada no chão mas foi impedido pelo golpe de um deles. Com uma rasteira ele foi levado ao chão e caiu em meio à poeira, vários chutes vieram em seguida e ele tentou proteger sua cabeça com os braços. 

Alguns espectadores tiveram seu interesse despertado pelo inesperado acontecimento na área de treinamento. Os jovens que ousaram insultar o desafiante calaram-se por temor do que poderia lhes acontecer. Entre todos ali, o Príncipe Finnan era o único que exibia satisfação em ouvir os gritos e pedidos de perdão do rapaz que era espancado no chão. 

Após o inesperado acontecimento na área de treinamento dos soldados, houve uma demora a mais para resolver o problema de substituição do jovem Dermion que viu-se incapacitado de continuar exercendo seu papel em selecionar os novatos. Finnan, por sua vez, deixou o local escoltado por seis guardas. O rapaz montou em um cavalo que já o aguardava na saída e saiu trotando pelas ruas da cidade em direção ao Castelo Cinza, o lar da família real. 

Observada a certa distância, pode-se afirmar que a Cidade de Vordia esbanjava proporções maiores do que a capital de Asmabel. Todas as suas construções estavam envoltas e protegidas por uma muralha octogonal colossal cuja base era mais fortificada e espessa do que o restante do alto muro. Por toda a extensão do topo da muralha, havia incontáveis máquinas de guerra. Catapultas mecanizadas e bestas gigantes permaneciam posicionadas e prontas para defender a cidade de qualquer ameaça imaginável. Pela lateral leste da muralha, uma ponte permitia o acesso ao outro lado da colina pois uma afluente do Rio Margeu atravessava as Planícies Cinzentas. 

A cidade era preenchida por milhares de casas, estabelecimentos e serviços públicos. As casas eram quase todas iguais, pode-se considerar que os arquitetos vordianos compartilhavam de um único padrão de elaboração. As moradias de pedra cinza possuíam um ou dois andares e eram esbeltas e simétricas com chaminés e janelas perfeitamente alinhadas. Algumas possuíam um baixo muro para restringir o acesso à visitantes e todas elas eram alinhadas em fileiras que formavam as ruas de cada distrito. 

As ruas eram constituídas de blocos e estavam consideravelmente limpas. Ora, um decreto secular de um antigo rei estabeleceu leis que proíbem a sujeira das ruas e vielas, afinal era sabido que até mesmo a nobreza estava sujeita ao sofrimento de doenças causadas pelo acúmulo de lixo. Nas calçadas e entre as casas, havia estabelecimentos como carpintarias, forjas, sapatarias, alfaiates, ervanarias, padarias, açougues, abatedouros e vários outros. Além dos estabelecimentos essenciais, a Cidade de Vordia era a única em Aradus que exercia a prática de serviços públicos como o Banco de Ebermon onde os nobres senhores buscavam empréstimos e negociavam dívidas com seus compradores pertencentes à nobreza ou a plebe. 

Séculos atrás, viu-se a necessidade da instauração de um local onde os enfermos poderiam ser isolados e tratados para a cura de suas doenças. Dessa forma, o Sagrado Hospital foi erguido onde os únicos médicos destinados ao tratamento dos doentes eram os andors. No entanto, o abençoado tratamento proporcionado estava sujeito à altos impostos o que levou os mais pobres a buscarem outras formas de se medicarem, assim surgiu os curandeiros que atendiam os plebeus por uma simples troca de favores ou moedas.  

Outro importante local era o Grande Mercado onde praticamente todos os agricultores levavam seus produtos para serem comercializados e abastecerem a cidade. A construção de tal local foi tomada com a finalidade de evitar aglomerações e badernas pelas vigiadas ruas. Outros serviços prestados à sociedade era a Casa da Justiça que exercia o dever de cumprir as leis estabelecidas, a Torre Ancestral onde todo o aprendizado social e histórico era armazenado, o Quartel Militar onde os novos soldados eram empossados e treinados e, por último, o lugar sagrado denominado Templo dos Ejions onde todas as cerimônias religiosas eram realizadas e onde as orações eram depositadas. 

O Príncipe Finnan e sua escolta cavalgaram apressadamente pelas ruas da cidade causando o espanto dos cidadãos que corriam para as calçadas. Os vordianos eram um povo pacífico em sua essência, desde que não fossem ameaçados. Por vezes mostravam-se agressivos em situações cotidianas e demonstravam estresse frequentes em simples ações como ir comprar pães na padaria mais próxima.

Ao contrário dos asmabelianos, suas vestes possuíam um padrão de estilo e cores. As mulheres usavam vestidos ausentes de extravagantes adornos, apenas seus cabelos pretos eram penteados formalmente tendo em vista que os locais públicos exigiam certa elegância acompanhada de simplicidade. Os vestidos das mulheres definiam suas classes sociais, as plebéias usavam roupas de tecido simples e cores variáveis de azul ao branco, enquanto as pertencentes à nobreza vestiam-se com vestidos mais escuros ou pretos com saias e mangas mais longas. Os homens da plebe usavam roupas de tecido azulado ou acinzentado com braceletes e cintos de couro, alguns exibiam seus braços pelo trabalho físico que exerciam e suas calças geralmente eram escuras. Por outro lado, os pertences à nobreza exibiam coletes cinzas sob a roupa escura de baixo. Alguns fumavam cachimbos e usavam cartolas em suas cabeças. Raros eram os momentos na qual os membros da alta classe interagiam com os plebeus em público, tendo em vista que eles se locomoviam em carruagens puxadas por belos corcéis guiados por cocheiros. 

O percurso do príncipe até chegar no castelo incluiu o cruzamento de vários distritos até a subida de alguns baixos degraus que separavam a área mais rica da cidade. Quando ele chegou na guarnecida praça diante dos altos portões do castelo, se desfez de seu cavalo e caminhou salão à dentro. Finnan mal percebeu as reverências dirigidas a ele pelos vassalos e subordinados ao longo dos corredores. Subiu as diversas escadas velozmente embora ainda usasse sua armadura. Quando chegou diante da porta de seus aposentos, a abriu brutalmente e entrou no cômodo aos xingamentos. 

— Malditos! Que vá à desgraça o exército e suas leis! 

Finnan sentou-se em sua luxuosa cama e abaixou-se para começar a tirar as pesadas peças de metal em seu corpo. O barulho da porta se chocando contra a parede e os passos pesados do príncipe chamaram a atenção do jovem escudeiro Lermino que apareceu na porta à procura de seu soberano. 

— Sua Alteza? Precisa de ajuda? 

— Não, você não está vendo a facilidade que estou tendo para tirar essa maldita armadura? — O pobre rapaz não conseguiu definir se a resposta se tratava de sarcasmo ou não. — É claro que é para me ajudar, seu idiota! 

Lermino adiantou-se em ir ao seu jovem senhor e este abriu os braços para que o escudeiro se encarregasse de retirar as placas adequadamente. A armadura que Finnan usava não possuía nada em especial, pelo contrário, era simples e com algumas peças amassadas. Havia adquirido-a na própria área de treinamento pois não era sua intenção que quem quer que fosse seu adversário o poupasse de uma luta verdadeira por identificar sua identidade através de uma bela armadura ou seu rosto revelado. Quando Lermino terminou seu trabalho, Finnan levantou-se e esticou os músculos que viam-se indobráveis até então.

— Ahhh... como seria bom se o uso desse monte de metal não fosse necessário em uma luta. Tudo seria tão menos doloroso. 

— Não pode esperar nunca ter que lutar sem armadura, Alteza. Os ferimentos sofridos seriam incontáveis. 

— Acha que eu não sei disso? Se eu não soubesse não teria ido armado para lá, seu burro. 

O escudeiro calou-se e permaneceu parado sobre o tapete a posto de qualquer ordem que poderia ser lhe dada. Finnan andou até um ornamentado armário negro e o vasculhou em busca de um traje elegante que pudesse vestir. Em meio a tantos outros, pegou um elegante gibão de seda cinza e o jogou na cama fechando o armário em seguida. Retirou sua leve camisa surrada e revelou um tórax magro e pálido. 

— Por que você está olhando para mim? — questionou o príncipe parando seus movimentos. 

— Nada, Alteza. Eu... estou aguardando o momento que o senhor queira que eu lhe informe das ordens que foram me dadas. 

— Que ordens? Do que você está falando? 

— Alguns momentos atrás, o senhor seu pai ordenou que me fosse informado para eu lhe informar que ele deseja vê-lo. 

— O meu pai quer me ver? Para quê?

— Isso eu não sei informar, Alteza. 

— Que merda. Onde ele quer que eu o veja? 

— No salão de refeições. 

— Por que eu tenho a impressão que isso não será agradável? 

— Eu... não sei, Alteza. 

— Não estava falando com você, idiota. Já pode sair. Eu já estou indo ao encontro de meu pai. 

O inexperiente escudeiro não sabia ao certo o que deveria dizer para se retirar formalmente da presença de seu senhor, deu uma leve reverência e saiu porta a fora. Uma conversa com o rei foi solicitada, e Finnan temia por isso. 

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