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- A Arena de Brolom -

O Desafio das Estações levou um longo tempo até se tornar o que é nos dias de hoje. O propósito de ser palco de batalhas mortais contra monstros selvagens não foi o que levou à sua construção nos meados do Tempo da Ascensão. 

Aradus acabara de passar por mais uma extensa guerra em suas terras. Ou melhor, em seus ares, pois é dito que a maior parte dos combates travados contra as forças de Larimar deu-se nas nuvens e no topo dos montes. Após a derrota dos larimarinos, as criaturas colossais que lutaram em seu favor foram dispersas pelas terras de Gandalar e Asmabel. Nesse período de pós guerra, muitos orgolons vagaram pelas atuais Pradarias Verdejantes em busca de abrigo e alimento, o que acabou causando diversos ataques à vilas e fazendas desprotegidas. 

Apesar de não lutar diretamente na guerra, o exército de Asmabel não possuía condições de caçar e eliminar todos os orgolons em suas terras, tendo em vista que as pradarias possuíam uma imensidão incalculável de tamanho para um número limitado de soldados. Por conta disso, o Rei Ermonel de Asmabel enviou uma mensagem ao Monte Ilinor pedindo a ajuda dos recém formados Glerions onde, através de um tratado informal, foi negociado a caçada dos orgolons em troca de materiais e construtores para que fosse erguido um lugar para os guerreiros mágicos treinarem e habitarem. 

Assim deu-se a perseguição aos orgolons onde cerca de vinte ou trinta glerions caçaram e eliminaram todo exemplar dessa criatura devastadora nas terras asmabelianas. Depois de anos, quando não foi encontrado mais nenhum avistamento deles vivos, o trabalho foi dado como concluído e a única glerion restante pôde orgulhar-se da posse de Celemor, sua nova habitação no topo do Monte Ilinor. A glerion em questão ficou conhecida como Glerena, a Gloriosa, já que foi a última que restara viva de seus guerreiros e também a fundadora da Ordem dos Glerions.

Quase dois séculos adiante, os cidadãos da Cidade de Asmabel penavam pela incompetência política do Rei Brolomel, este aplicava altos impostos na população e foi incapaz de manter uma boa administração durante o inverno que havia passado. Com a incessante perda de apoio e simpatia por parte dos ricos fidalgos e proprietários de terras, o rei viu que seria necessário uma demonstração de poder, um espetáculo, algo que levantaria o orgulho do povo asmabeliano e que pudesse lhe trazer certo prestígio. 

Foi nesses tempos que houve um inesperado avistamento de orgolon no norte de Asmabel, próximo ao Monte Ilinor. O rei viu a oportunidade que desejava, a chance de demonstrar a força e capacidade não apenas sua mas também a de seu exército. Muitos aconselharam uma nova negociação com Celemor para capturar e trazer as criaturas para serem mantidas presas na cidade, mas o rei afirmou que se fosse os glerions a derrotar os terríveis monstros, prestígio nenhum cairia sobre si. Sendo assim, Brolomel em pessoa partiu para o norte com suas tropas na intenção de caçar e capturar esses tais monstros. 

Pelo tempo que a jornada levou, muitos já cochichavam o provável fracasso e morte do rei. Mas para a surpresa de todos, quase um ano depois, a força dos cavalos e de incontáveis homens traziam cinco enormes gaiolas sobre rodas, cada uma contendo um orgolon acorrentado. Para manter as criaturas na cidade de uma forma segura e que pudessem ser vistas pela população, o rei ordenou a construção de uma arena e a batizou de Arena de Brolom, em homenagem à sua própria coragem e vitória sobre os temidos monstros. 

Séculos adiante e já no Tempo da Renovação, o sucessor da famosa Rainha Vicelia passava por problemas com seus comandantes conspiradores. Para dar fim ao método de eleição do cargo, o jovem Rei Lemilio decidiu que a partir de tal momento o detentor do título deveria ser aquele que tivesse capacidade de conquistá-lo, e isso deveria ser feito através de um desafio. Aquele que matasse um dos orgolons na Arena de Brolom, ou que restasse vivo entre seus rivais, seria o ocupante do posto militar mais alto do reino. 

Um orgolon naturalmente possui uma longevidade imensa de vida, esse foi um dos presentes dados na concepção da criatura quando as espécies ainda eram moldadas pelos Ejions. Devido a esse detalhe e também à força descomunal, seria inadequado promover o tal desafio várias vezes ao ano. Por isso foi estabelecido que a troca de comandantes aconteceria a cada fim de estação. Por quatro vezes o respeitado oficial passaria pelo risco de perder o seu posto por um mero plebeu que fosse capaz de sobreviver em uma arena. 

Apesar de possuir uma proporção incalculável, a arena mostrava-se ter falta de assentos para toda a população da cidade pois já estava extremamente lotada. A estrutura oval era constituída basicamente de mármore e concreto, possuía um aspecto antigo e podía-se ver algumas falhas ao longo das paredes e colunas. Havia três elevações de arquibancadas destinadas ao público, aparentemente todos possuíam uma visão ampla do espetáculo que se sucederia lá no centro. 

As pessoas estavam empolgadas naquele dia, pareciam não se lembrar mais da última batalha que ocorrera ali, sentiam a necessidade de ver mais. O sol daquele início de tarde caía sobre suas cabeças e por isso muitos ali usavam chapéus e sombrinhas. Também aproveitavam para saborear os milhos assados que os diversos vendedores ofereciam por um bom preço ao longo das arquibancadas. 

Na primeira leva de assentos e com uma vista privilegiada de toda a área de combate, Idarcio encontrou seis bons lugares para ele e seus amigos se sentarem. Seis, porque desta vez até mesmo Laurelia fez questão de estar ali para torcer pela vitória de Adamor. 

— Uma moeda para assistir essa matança é o cúmulo do cúmulo. — Ela comentou enquanto se abanava com um leque. 

— Também fiquei surpreso que tivemos que pagar para estarmos aqui — disse Adilan ao seu lado.

— Ora, a gente está prestes a ver uma criatura nunca vista antes por ninguém daqui! Eu pagaria de novo só para ver isso. — Talion estava explicitamente animado para o espetáculo. Se desejava mais ver o desempenho de Adamor ou a estranheza da criatura, era incerto. 

— Na verdade, meu caro Talion, creio que você foi um pouco equivocado em suas palavras — disse Idarcio. — Orgolons foram vistos muitas vezes por toda a terra asmabeliana e não são tão exóticos nessa cidade como você imagina. 

— Você já viu um? 

— Não, mas ainda há muitos que os viram. 

— Eu só estou aqui porque você pagou para mim, Idarcio — Eurene estava com os braços cruzados sentada ao lado de Devin. — Não vejo o motivo de tantas pessoas deixarem seus trabalhos para ver essa luta. 

— Além da diversão do espetáculo, por mais sanguinário que seja, muitos aqui também são apostadores, meus caros. Haverá uma grande troca de dinheiro quando isso tudo acabar. Não só entre os espectadores como também para a corte, tendo em vista que cada cidadão pagou uma moeda para estar aqui. 

— Eu quero ver o monstro logo — disse Devin segurando um milho assado em suas mãos. 

— Nós estamos aqui para torcer pelo Adamor, Devin, não para ver o monstro — Eurene afirmou ao irmão.

— É muito compreensível a curiosidade do garoto, minha cara. Como eu havia dito dias atrás, é improvável que um de nós verá um desses novamente. 

No lado leste da arena, havia uma grande tenda na primeira arquibancada e esta ocupava um largo espaço destinado exclusivamente para a realeza e sua corte. A tenda de tecido vermelho fornecia uma agradável sombra para as cabeças reais que já ocupavam seus lugares nas esbeltas cadeiras ornamentadas. 

Cercado por um pelotão de guardas, o Rei Grival estava estático sentado em seu cadeirão, observava toda a arena em sua frente com seus olhos vazios. Um mar de gente, um mar de súditos. No lado direito da tenda estava a rainha e sua irmã, ambas desfrutando de uma garrafa de vinho e do refrescante vento de seus leques. No lado esquerdo, Fenuella percorria com seus olhos toda a arquibancada em sua frente procurando por uma pessoa em específico, um rapaz. E ao seu lado estava o jovem Allanel que não demonstrava interesse nenhum em estar ali. 

Na esperança de passar despercebida, Fenuella se levantou de sua cadeira e ousou dar o primeiro passo para deixar a tenda, mas teve sua tentativa frustrada por sua madrasta. 

— Onde vai, querida? — A pergunta da rainha chamou a atenção dos demais. 

— Eu... eu vou procurar um conhecido meu. Um amigo, que está em algum lugar por aqui. 

— Ora, o espetáculo já vai começar. Você não vai querer perder essa vista privilegiada. Sente-se e assista conosco. 

Fenuella desejou profundamente negar de uma forma gentil, mas se conteve diante de todos aqueles olhares sobre si. Além do mais, seria idiotice deixar a tenda se fosse seguida pelos guardas da corte à mando de sua preocupada madrasta. Sendo assim, não lhe restou nenhuma outra alternativa a não ser se sentar e assistir a matança iminente. 

Oculto do público e atrás das paredes de blocos, os quatro desafiantes se preparavam para a batalha mais importante de suas vidas. Havia um extenso espaço no interior da arena, um lugar preparado para os últimos ajustes que os participantes precisassem fazer, desde treinamento até orações. 

O lugar não era acessível à luz do dia, os únicos raios solares que adentravam eram os que atravessavam as grades das janelas no alto das paredes, estas foram construídas com uma grande distância entre si. Também havia uma certa quantidade de armamento por ali, como elmos e placas de armadura. Mas estes geralmente não eram usados pois era visível a lentidão e falta de agilidade que eles proporcionavam. 

Adamor usava seus trajes usuais e fez questão de retirar o manto vermelho. Era o único ali que não gastava o tempo de espera realizando um rápido treinamento ou perícia em sua pontaria. O líder dos cavaleiros apresentava serenidade, se estava amedrontado não deixava transparecer. Vez ou outra olhava a área de batalha da arena por uma larga janela na parede, precisava ter alguma noção do espaço que teria para agir. 

Nesse momento, três homens entraram silenciosamente no local, eram os cavaleiros que vieram desejar boa sorte a seu líder. 

— Espero que já esteja preparado para morrer lá hoje. — Mercel o disse com um leve tapa em seu ombro. 

— Essa é apenas mais uma das muitas vezes que eu estive prestes a encontrar o meu fim, meu amigo. 

— Não me lembro de você já ter enfrentado um monstro carniceiro em nossas andanças. 

— De fato, é um desafio inédito em minha vida. Mas é algo que eu usarei para engrandecer não apenas o meu nome, mas o de todos nós. O nome dos Cavaleiros Irmãos.

De uma forma inesperada, as palavras trouxeram uma certa conformidade em Mercel, um confiança de que essa empreitada poderia ter êxito, por menor que fossem as possibilidades. Quando o silêncio entre os companheiros se prolongou por muito tempo, Borbon se aproximou de seu líder. 

— Tente não morrer — disse ele. 

— Tentarei, meu amigo. 

— Boa sorte, chefe — disse Roren.

— Obrigado. 

Não era permitido que ninguém além dos desafiantes permanecesse no espaço de abertura quando o portão fosse erguido. Por isso Mercel, Borbon e Roren deixaram o local pela mesma porta que haviam entrado.

Os desafiantes assumiram suas posições finais e pareciam já estar mais do que prontos. A última coisa a se fazer era pegar a arma disponível para que eles usassem no combate; lanças. As lanças eram longas e a afiada lâmina em sua ponta era serrada, provavelmente a intenção era auxiliar na penetração da grossa pele do alvo. 

No entanto, quando também foi pegar uma lança para si, Adamor não encontrou nenhuma disponível no local. Ele procurou pelos cantos, olhou atrás dos elmos e das peças de armaduras, olhou embaixo dos bancos e até no teto, mas não havia nenhuma lança disponível para si. Os outros três homens já estavam em seus postos um ao lado do outro, verificavam a firmeza das armas e testavam o seu manuseio. 

— Com licença. — Adamor se aproximou de um dos três. — Por acaso você viu uma outra lança em algum lugar por aqui? — Mas para o seu descontentamento, o homem apenas o ignorou e voltou a manusear sua arma. 

No exterior da arena, o público já começava a se indignar com a demora do início do espetáculo. Até mesmo os nobres na tenda estavam fartos de tamanha espera. Mas para o alívio de todos, o andor conselheiro Gorman enfim chegou à tenda apoiando-se em seu bastão preto. O velho tinha sua pele coberta por gotas de suor, estava ofegante e queixava-se de dores nas pernas. 

— Peço sinceras desculpas em fazê-los esperar tanto, Majestade, acontece que eu tive uma grande dificuldade em...

— Poupe-nos de suas explicações, Gorman. — A rainha o interrompeu rispidamente. — Comece logo esse desafio. 

Sem mais tempo a perder, o andor aproximou-se da borda da plataforma coberta pela tenda, agora poderia ser visto facilmente pela maioria que estava nos três níveis de arquibancadas. 

— Saudoso povo de Asmabel, hoje é o dia em que celebramos o fim da estação de primavera, uma estação abençoada e que nos trouxe muita prosperidade. — Apesar de estar à uma enorme distância dos espectadores, sua voz chegava aos ouvidos de todos, certamente sua boca estava coberta por algum feitiço. — E para certificar o fim dessa estação, nós realizamos mais uma comum tradição, o Desafio das Estações! Hoje, quatro guerreiros vão mostrar o seu valor na Arena de Brolom, lutarão contra uma das criaturas mais perversas e perigosas dessa terra! Os divinos Seres Aliais certamente intercederão aqui hoje. Aquele que for digno de assumir o posto de Comandante do Exército, sairá incólume e vitorioso. Aqueles que não forem, certamente serão agraciados em serem levados na presença dos Seres. Pela glória de Asmabel e pela honra de nosso exército, o Desafio das Estações está iniciado! 

Nesse momento, Gorman apontou seu bastão para o alto e disparou um feitiço branco que cruzou o ar até explodir-se em milhares de faíscas no céu. Esse foi o anúncio definitivo que todos puderam ouvir. 


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