Os olhares de Lim Tian Ching e Pan Yan-ilan se cruzaram quando, de repente, o salão de festas pareceu encolher. Lá estavam eles: o casal que representava um enigma e uma rivalidade.

Pan Li-lan, com seus cabelos negros e olhos misteriosos, estava ao lado de Lim Tian Bai, o primo de Lim Tian Ching. Tian Bai era tão arrogante quanto o próprio Tian Ching, e os dois se encaravam como rivais em uma batalha silenciosa.

— Tian Bai é seu meio rival, não é? — Pan Yan-ilan perguntou em um sussurro arrancando um sorriso sarcástico.

— Meio rival? Ele é como um espinho cravado em meu caminho.

— E eu sou o que? Uma rosa espinhosa? — ela perguntou curiosa, ele se aproximou vagarosamente.

— Não, Yan-ilan. Você é a uva do meu destino.

Pan Li-lan, ao ver Yan-ilan com Lim Tian Ching, arqueou uma sobrancelha com um misto de surpresa e curiosidade. Seus olhos escuros estudaram Yan-ilan por um momento, como se buscasse entender o que estava acontecendo.

Sem cerimônia, Lim Tian Ching ergueu Pan Yan-ilan em seus braços, surpreendendo-a com sua força. Ela se agarrou a ele, o coração acelerado, enquanto ele a levava pelas escadas e corredores da mansão. O perfume de uvas ainda pairava no ar, mas agora era misturado com a adrenalina do momento.

Chegaram ao quarto de Lim Tian Ching, uma câmara opulenta com móveis esculpidos e cortinas pesadas. No centro, um enorme quadro pendia na parede. Era o retrato de Lim Tian Ching, com um sorriso presunçoso nos lábios e os olhos faiscando de arrogância.

— Este sou eu. Um homem que não se curva a ninguém.

— Você é… impressionante.

Ele a colocou no chão, mas seus olhos não deixaram os dela. O destino, caprichoso e imprevisível, os havia unido naquele quarto, diante do retrato de um homem que parecia desafiar o mundo.

E então, sem mais palavras, ele a beijou, e o perfume de uvas se misturou ao sabor do desejo. O quadro, com seu sorriso prepotente, observava silenciosamente enquanto o destino girava suas engrenagens.

O beijo a pegou de surpresa, mas Yan-ilan não resistiu. Seus lábios se encontraram em um turbilhão de emoções: desejo, surpresa e uma pitada de ousadia. O perfume de uvas parecia impregnar cada célula de seu corpo, e ela se entregou ao momento, esquecendo temporariamente as rivalidades e os quadros presunçosos.

Pan Yan-ilan, com um sorriso travesso nos lábios, olhou diretamente nos olhos de Lim Tian Ching. Aquele beijo havia selado algo mais profundo entre eles, e ela não hesitou em reivindicá-lo.

— Meu cabeludinho. — sussurrou ela, com uma ousadia que surpreendeu até a si mesma. — Lim Tian Ching, você é meu.

Lim Tian Ching, surpreso e levemente divertido, olha para Pan Yan-ilan. O apelido “meu cabeludinho” parece tê-lo pego desprevenido, mas há um brilho nos olhos dele que denota uma mistura de surpresa e aceitação.

O quarto parecia encolher ainda mais, e o retrato de Lim Tian Ching observava-os com um sorriso presunçoso. Yan-ilan, com os lábios ainda formigando pelo beijo, não conseguia desviar os olhos dele.

— Você é mais do que um rosto bonito, Lim Tian Ching. Há mais mistérios sob essa fachada.

— E você, Yan-ilan, é como um enigma que eu não consigo decifrar.

Ela se aproximou, os corações batendo em uníssono. “Meu cabeludinho,” sussurrou novamente, e dessa vez, ele não recuou. Em vez disso, a puxou para si, e seus lábios se encontraram mais uma vez.

O quadro, com seu sorriso prepotente, parecia aprovar. O destino, com suas voltas e reviravoltas, havia unido dois espíritos indomáveis, e agora, naquele quarto, eles eram mais do que rivais.