- General Owen. - Lauren chama atenção do homem ruivo que a olha logo em seguida. - Eu vou te dar apenas um aviso. Pare de matar os envolvidos ou você nunca vai saber quem é o chefe. - fala extremamente seria. - Você realmente não pensa? - sua voz saia autoritário. - Se eu souber que você anda usando esses nano drone. - pega o pequeno drone que estava sobre a mesa preta. - Serei obrigada a te rebaixar de posto.

- Você não pode fazer isso presidente Jauregui. - abre a boca surpreso. - Sou o melhor para esse cargo.

- Me teste, não obedeça novamente uma ordem minha para ver o que acontece. - o homem trava sua mandíbula com o olhar raivoso de Lauren. - Sei que eles merecem morrer perante a lei mas apenas depois de serem julgados por um juiz, não um general. - coloca o nano drone sobre a mesa novamente.

- Você não conseguirá me tirar do meu posto. - sorri debochado mas Lauren rebate com o mesmo sorriso.

- Você sabe como ninguém que eu consigo tudo o que eu quero. - entrelaça seus dedos na frente de seu corpo. - Para te tirar do seu posto é assim. - estala seu dedo. - puff, foi rebaixado.

- Você é uma criatura horrível Lauren. - rosna.

- Sou horrível apenas por seguir a lei? Que péssimo Owen, muito péssimo. - suspira e sorri ao ver o homem apertar seu punho. - Se matar mais alguma pessoa envolvida no meu atentado, perde seu posto e ainda terá que se ver comigo. Estamos entendidos? - ele abaixa a cabeça se sentindo intimidado e fica em silêncio. - Estamos entendidos general Owen?

- Estamos Presidente Jauregui.

- Espero que desative essa programação que o FBI está cercando a casa. - fala olhando os homens armados começarem a rodear a casa. - E se tentar fazer algo escondido, saiba que eu sei de tudo que acontece mesmo parecendo que não. - avisa apontando o dedo para o homem. - Com licença. - se retira da sala e Owen encara o homem que segurava o controle do drone.

- Essa mulher é uma vadia, não me deixa fazer o meu trabalho. - rosna pegando o controle da mão do rapaz e desativa o modo do drone maior e ele começa a levantar vôo.

- Eu concordo com ela. - o homem murmura.

- Sargento Mullins, cale a boca. - murmura vendo os agentes do FBI invadirem a casa.

[…]

- Eu não quero saber, quero que vocês agilizem esse projeto. - Lauren fala andando apressadamente. - Leonel, eu te contratei porque te achei prestativo, não faça com que eu me arrependa de não ter ouvido Allyson e te contratado. - desliza o dedo sobre o aparelho que tinha em seu ouvido encerrando a ligação. - Allyson, desativou os meus serviços com os alfas?

- Sim Senhora, mandei um e-mail para cada um deles avisando que seus serviços já não eram mais necessários.

- Ao menos isso está dando certo hoje.

- Todos estão estressados com a pressão... - fala com um pouco de medo da resposta ômega.

- E você acha que eu não sofro pressão, Allyson? Por absolutamente todos os lados que eu olho tem pessoas me fazendo pressão para acelerar a obra que atrasou, Leonel não está sendo competente, o general Owen ia matar mais dos terroristas. O único ponto positivo é que Owen me obedeceu e eu vou almoçar com a Camila. - resmunga respirando fundo para não explodir. - Leve aqueles biscoitos que eu adoro na minha sala, por favor? - pede.

- Sim Senhora. - afirma com a cabeça arrumando os óculos e se levanta, Lauren entra em sua sala e vê sua mãe senta em uma das cadeiras.

- O que faz aqui? - pergunta tirando o casaco que usava e coloca no cabideiro que tinha ao lado da porra.

- Meu instinto de mãe disse que você precisava de alguém para conversar. - Clara se levanta e sorri abraçando Lauren.

- Mamãe, eu estou muito ocupada. - sai do abraço indo em direção a sua mesa, seu celular vibra e ela passa o dedo novamente sobre o aparelho em seu ouvido. - Leonel, o que eu disse? Quero essa obra completa em três meses e não em cinco! Sim, se eles não colaborarem mude a empresa da construção por uma que agilize as coisas. - desliga e encara sua mãe. - Eu realmente estou ocupada.

- Lauren, respira. - Clara pede. - Você está se cobrando demais, calma. - a voz da mãe tem efeito sobre Lauren e a acalma. - Tudo está ocorrendo tudo bem, não se cobre demais.

- Eu preciso arrumar tudo isso até onze e meia porque vou almoçar com a Camila. - começa a mexer na papelada sobre sua mesa. - Merda, eu tenho uma reunião em dez minutos. - olha em seu relógio de pulso.

- LAUREN, CALMA. - Clara grita atraindo a atenção de Lauren. - Aquele atentado deixou tudo fora da linha, você está no poder a duas semanas então calma. - pede e Lauren respira fundo umedecendo seu lábio e encara sua mãe. - Encontrei Camila e ela me disse que você anda não conseguindo dormir direito, está acontecendo algo?

- É apenas muito trabalho. - começa a folhear a papelada. - Mãe, sem querer ser chata mas você pode voltar mais tarde?

- Eu vim trazer suas pílulas também. - mexe na bolsa e tira uma cartela de anticoncepcionais que ela sua empresa fabricava.

- Obrigada. - sorri pegando a cartela. - Vocês tem que fabricar as camisinhas, sei que por meu DNA modificado eu não pego as doenças sexualmente transmissíveis mas eu me sentiria melhor usando camisinha. - pede.

- Estamos trabalhando nisso mas as camisinhas andam estourando. Seu pai esta encarregado delas, acho que em alguns meses conseguimos.

- Certo. - suspira.

- Bom, eu já vou indo filha. - pega sua bolsa. - Respire e não se estresse, tudo bem?

- Estressada eu já estou. - murmura.

- Te amo minha garotinha.

- Eu também te amo. - sorri e Clara sai do escritório de Lauren.

- Ally, querida você sabe onde eu posso encontrar a Camila? Preciso entregar uma coisa para ela que eu esqueci.

- Esse horário ela está no jardim.

- Obrigada querida. - sorri.

[…]

- Camila, eu esqueci de te entregar. - estende a cartela de anticoncepcionais.

- O que é isso? - pergunta pegando. - anticoncepcionais... Oh. - abre a boca.

- Esse é para alfas, a Lauren está com os de ômegas, recomendo as duas tomarem juntas e...

- Meu Deus, clara não. - cora fortemente. - Não iremos passar juntas.

- Não? Sério? - franzi o cenho. - Eu achava que sim. - abre a boca surpresa. - Mas mesmo assim, toma pelo menos três dias antes do seu cio.

- Obrigada Clara. - sorri não entendendo o que estava acontecendo.

- Cuidado com a Lauren, ela está estressada hoje. - sussurra de uma forma divertida. - Sei que vão almoçar fora hoje então eu recomendo que tome cuidado ou ela mata alguém. - Camila arregala os olhos.

- Darei meu jeito.

- Camila, posso pedir uma coisa de mãe para possível ficante da minha filha?

- Uh, claro.

- Não magoe Lauren, eu imploro. Ela já se machucou muito, não quero minha filha chorando por causa de alfas novamente, mesmo vocês não tendo nada, não a machuque nem ao menos na amizade.

- Posso ser sincera com você? - pausa guardando a cartela no bolso do casaco. - A última coisa que eu quero é magoar a Lauren.

- Fico feliz em saber disso. - se inclina e deixa um beijo na testa de Camila e a alfa acaba sentindo o amor maternal que Clara emanava. - Tchau querida.

- Tchau, Senhora Jauregui. - sorri e vê a mulher andando até o carro luxuoso que estava estacionado na frente da casa branca e entra.

Camila olha para o céu e fecha os olhos sentindo o calor do sol batendo em sua pele. Fazia tempo que ela não ficava no sol, seu corpo já sentia falta de sentir o calor gostoso que o sol mandava logo depois de um pouco de neve.

- Ei criança. - um senhor se aproxima e Camila o olha. - É você quem vai cuidar da roseira?

- Sou eu sim.

- A senhora Jauregui pediu para que eu te mostrasse onde fica as coisas.

- Vamos lá então. - se levanta sorrindo e o homem de cabelos brancos começa a seguir o senhor.

Camila vê onde estavam as coisas, vê a roseira que estava apenas com algumas folhas mas sem nenhum sinal de rosas, ela fica a olhando e vendo o que podia fazer por ela, fica alguns minutos ali até que seu celular avisa que eram onze e dez, a alfa corre para dentro da casa e em minutos depois ela já estava em seu quarto tirando a roupa para tomar banho.

Dez minutos depois Camila estava procurando uma roupa mas suspira tristemente ao ver que não tinha uma roupa boa para ir nesses lugares, ela pensa em cancelar mas acaba vestindo uma de suas melhores roupas, coloca um coturno marrom e penteia o cabelo.

Camila morde lábio insegura e ouve uma batida na porta que ela reconhecia.

- Lo, eu acho que não vou. - diz baixo abrindo a porta. - Eu não tenho roupa chique. - encara os olhos verdes que a olhavam de cima a baixo repetidamente.

- Wow, você está maravilhosa. - fala abrindo a boca. - Camila... Você está linda. - diz olhando o rosto de Camila que estava livre de maquiagem fazendo a auto estima de Camila se elevar.

- Sério?

- Claro que sim. - pega a mão de Camila e a roda. - Olhe para isso, está lindo esse look. - deposita um beijo na bochecha da alfa e ela fecha os olhos sentindo o cheiro gostoso. - Vamos? O meu carro já está pronto.

- Eu não sei. - abre os olho.

- Vamos, agora é uma ordem da sua presidente. - sorri divertida e Camila fecha a cara ao perceber que teria que obedecer. - Viu como é bom? É isso o que eu sinto quando você usou sua voz de alfa. - ri.

- Tudo bem, vamos. - Lauren sorri vitoriosa e da um passo para trás vendo Camila fechar a porta do quarto, as duas vão em direção ao elevador e caminham calmamente pela casa vendo seus seguranças começarem a seguir, Camila tem a visão de um carro grande, preto e com os vidros escuros com um chofer bem vestido as esperando, ao ver Lauren ele se põe para abrir a porta e as duas entram.

- Não se preocupe. - a mão de Lauren procura a da latina e pela primeira vez, suas mãos se entrelaçam. - É só um almoço, nós duas em uma parte bem reservada.

- Não vai ter muita gente?

- Claro que não. - nega.

- Melhor assim. - sorri e o motorista entra no carro o ligando.

Elas partem para o restaurante sendo seguidas por quatro carros como de costume, as duas permanecem com as mãos juntas e Camila começa a acariciar a mão de Lauren arrancando um sorriso da mulher que olhava pela janela. O coração de Camila estava acelerado e sua respiração desregulada por estar nervosa.

Um péssimo hábito de Camila era de se apegar rápido e como previsto, isso aconteceu. Ela estava extremamente apegada a Lauren, a atenção e o carinho de Lauren ajudou muito nisso por causa que Camila cresceu rodeada e viveu rodeada de homens um tanto quanto brutos que não davam muito carinho da forma que ela gostava, essa era a primeira vez que recebia outro tipo de carinho, mais doce e caloroso.

- Camila... - murmura baixo chamando a atenção da alfa - Você gostaria de... Passar meu cio comigo? - Lauren pergunta fazendo Camila a olhar rapidamente.

- É sério isso?

- Sim, é uma tortura passar sozinha. - suspira. - Eu confio em você e já somos amigas então eu acharia que você poderia me ajudar com isso.

- Você já tinha comentado com sua mãe? É que ela me deu uma cartela de anticoncepcionais. - faz careta.

- Não comentei com ninguém, é que tinham me perguntado então eu comecei a pensar sobre isso e achei que seria bom, melhor do que um alfa desconhecido. - umedece os lábios. - E se quiser eu posso até te pagar um pouco de dinheiro.

- Lauren, assim você me ofende. - fala encosta a cabeça no couro do carro. - Eu posso passar sem problemas mas você teria que passar pelo menos dois dias a mais...

- Por que?

- Meu cio começa dois dias depois do seu então acabaria dois dias depois do seu.

- Nada mais justo, certo? - ri abrindo um enorme sorriso. - Obrigada por me ajudar com isso. - leva a mão de Camila que estava entrelaçada com a sua até a boca e deposita um beijo. Ambas ficam se encarando na mesma intensidade do dia anterior e Camila umedece seus lábios com a ponta de sua língua.

Lauren se inclina um pouco capturando os lábios de Camila e um beijo calmo começa, Camila introduz sua língua e Lauren solta um suspiro assim que elas se tocam, sua mão é direcionada até o rosto da alfa e acaricia o local sem se importar com a presença do motorista que era de extrema confiança.

O beijo aos poucos se tornam mais rápidos por causa da vontade reprimida que estava sendo reprimida desde a noite anterior. Não demora muito até que elas se afastem e Camila dê alguns selinhos para encerrar o beijo.

A ômega solta a mão de Camila e abre um repartimento no teto revelando um espelho, ela vê que o batom vermelho estava borrado, pega um lenço úmido e passa onde estava borrado e logo retoca o batom.

- Está borrado aqui. - Lauren se inclina passando outro lenço em volta dos lábios de Camila.

- Por que me escolheu para passar com você? - pergunta minutos depois. - Você pode ter qualquer um... - fala com o fio de voz que lhe restava.

- Não está óbvio? - sorri e o carro estaciona. - Chegamos. - fala e o motorista sai do carro abrindo a porta do lado de Camila, a alfa sai e Lauren vem logo atrás.

Os seguranças ficam em volta das duas mas em uma distância considerável, Lauren arruma o sobretudo que usava e começa a andar em direção a entrada do restaurante, Camila andava um pouco atrás mas Lauren faz questão de entrelaçar seu braço no da alfa como amigas fazem a deixando do seu lado.

- Presidente, é uma honra tê-la em meu restaurante. - o dono diz sorridente ao ver Lauren entrar com os seis segurança atrás.

- Pode nós levar a mesa que eu pedi, por favor? - pede gentilmente e o homem afirma com a cabeça.

Era inevitável Lauren não chamar atenção por onde passava, com seis homens altos e fortes, sem contar sua beleza e o poder que Lauren mostrava, tirando o fato que seu rosto estava estampado em todos os noticiários.

- O que vai querer? - Lauren pergunta tirando o sobretudo e um de seus seguranças se oferece para segurar, Camila também tira o seu e o mesmo o segura.

- Eu não sei, que tal você escolher para mim? - pergunta puxando a cadeira para que Lauren se sente, logo em seguida ela se senta de frente para a mulher.

O local era gostoso, o som de piano era ouvido de longe, o local tinha apenas algumas pessoas almoçando em um jantar de negócios, um encontro ou entre amigos mas a mesa de Lauren se encontrava distante deles.

- Tem batata frita? - Camila pergunta e Lauren desvia o olhar do menu para Camila.

- Quer comer com batatas fritas?

- Se tiver. - Lauren afirma com a cabeça e Lauren levanta a mão chamando um garçom.

- Aqui fazem batatas fritas? Eu não encontrei no menu...

- Não senhora. - ele parecia estar nervoso.

- Mande o chefe providenciar.

- Lauren, não precisa. Eu disse apenas se tivesse.

- Precisa sim. - sorri. - Vou querer dois macarrões ao molho bechamel e um prato tendo as batatas fritas, a bebida quero um suco de laranja, de sobremesa quero dois panna cotta por favor. - por fim entrega o menu para o homem.

- Em vinte minutos seu pedido estará pronto senhora. - diz  e Lauren sorri gentilmente.

- Obrigada... Marvin. - lê o nome do homem no crachá que ele tinha no seu lado direito. O homem se retira rapidamente e Lauren encara Camila que estava seria.

- Eu disse que era só se eles fizessem. - lança um olhar intimidador sobre Lauren.

- Eu vou te dar tudo o que eu poder te proporcionar. - responde com um pequeno sorriso. - Saiba que mesmo você acha ruim eu irei te dar mesmo assim. Você precisa se alimentar bem já que fará muito esforço daqui alguns dias.

Para onde foi aquela coisa fofa de ontem? - Camila pergunta mentalmente ao ouvir o tom mais sensual de Lauren e abre a boca porém nenhum som sai.

Um pequeno murmuro parecido com um "a" sai da boca de Camila e ela afirma com a cabeça fazendo Lauren rir.

- Eu realmente estou falando sério. - pousa sua mão sobre a de Camila fazendo as duas se encararem por longos minutos até que Lauren percebe que tinha platéia. - Precisa de algo? - pergunta virando a cabeça para o dono do restaurante e tira sua mão da de Camila.

- Eu queria pedir permissão para que meus fotógrafos tirassem uma foto sua aqui... Seria uma honra. - pede apontando para um homem que estava atrás dele com uma câmera profissional.

- Claro, porque não? - sorri se arrumando na cadeira confortável e encara Camila. - Minha amiga também irá aparecer na foto. - diz e Camila a olha surpresa.

As duas se posicionam e o homem tira a foto sorrindo logo em seguida.

- É um prazer te conhecer senhora presidenta, me sinto honrado. - o fotógrafo diz afobado fazendo Lauren rir.

- Vamos Logan, não queremos atrapalhar a senhora Presidente. - puxa o homem pelo braço e se retiram.

Camila e Lauren ficam conversando sorridentes até que o prato de comida chega, elas almoçam e tratam rapidamente de sair dali, um dos seguranças mais íntimos de Lauren pagam a conta e o dono fica esperando as duas na porta do estabelecimento.

- O que achou da nossa comida? As batatas fritas estavam do agrado?

- Elas estavam divinas. - Camila se pronuncia.

- A comida aqui é maravilhosa, já vim outras vezes aqui mas não era presidente ainda. - comenta. - Voltarei mais vezes, tenha um bom dia.

- Tenha um bom dia também senhora Presidente. - fala radiante e Lauren sorri antes de sair do restaurante.

[…]

- Ally, só uma pergunta. - Camila chama a atenção da beta que andava pela mansão, a mesma para e encara Camila.

- Você aprontou algo?

- Não.

- Tudo bem, me diga. - sorri segurando algumas pastas.

- Posso deixar Pedro vir algumas vezes aqui? Eu sinto falta dele. - suspira.

- Pelo histórico dele. - pega uma pasta que iria levar para Lauren do histórico do homem. - Nunca se envolveu em drogas, nem em brigas ou coisas com  a polícia... O histórico dele é branco então é perfeito igual o seu. Claro que irá mas converse com Normani primeiro.

- Obrigada! - sorri animada.

- Saiba que você irá ser vigiada todo segundo que estiver com ele, novas normas de segurança depois que soubemos que um infiltrado estava aqui dentro.

- Não me incomodo com isso. - sorri acenando com a cabeça. - E você conhece bem os anticoncepcionais? - levanta a cartela que tinha em mãos.

- Se for perguntar quantos dias que se deve tomar com antecedência para você ficar "estéril" - faz aspas com a mão. - Recomendo tomar cinco dias adiantado, Clara diz três mas com cinco fica ainda mais eficiente. Você vai sentir fome e talvez sua boca fique seca mas é normal. - fala rapidamente. - Mesmo se sua ômega tomar, você também tem que tomar... Esses são os únicos anticoncepcionais 100% eficaz, se uma não tomar as chances de engravidarem são de 20%. É apenas uma pílula por cio, aqui tem dez então da dez cios. Ela não tem data de validade, pode ficar dez anos que irá continuar com a mesma utilidade... - pausa recuperando fôlego - Caso você rer relações sexuais nesse tempo entre um cio e outro, essa pílula ainda estará valendo.

- Você me deu um relatório inteiro. - arregala os olhos e Ally ri.

- Me desculpe, é algo que peguei trabalhando com Laurem. Ela gosta de tudo bem explicado. - entorta a boca. - Agora se me da licença, preciso correr alguns metros até chegar ao escritório da presidente. - sorri e Camila olha para seus pés vendo um tênis de corrida. - O que foi? Meu trabalho como secretária da Presidente me faz correr... E muito. - arruma os óculos.

- Boa sorte. - Camila ri e Ally começa a andar apressadamente na direção oposta que Camila caminhava.

Camila começa a correr pelos corredores da mansão a procura da chefe de segurança, Normani. Quase dez minutos depois a encontra falando com um dos seguranças e ao ver Camila, o homem afirma com a cabeça e se retira.

- Mani, você deixa o Pedro vir com frequência aqui? Ally disse que o histórico dele é perfeito, igual o meu e pediu para que eu perguntasse a você. Eu sinto falta dele...

- Jordan vai ficar por perto os vigiando, só com essa condição...

- Eu sei, encontraram um infiltrado. - diz sorridente. - Não tem problema, não me importo.

- Tudo bem, irei avisar o porteiro e os seguranças da entrada que permitam a entrada dele apenas duas vezes por semana.

- Obrigada. - sorri para a outra alfa.

Camila corre para seu quarto e entra no mesmo ficando com cara de paspalha encarando a parede sem acreditar que foi convidada a passar seu cio com Lauren. Ela estava ansiosa, afinal, quem não ficaria? Lauren era uma mulher maravilhosa e muito desejada por alfas.

Camila morde lábio ansiosa e sorri, coloca a cartela de anticoncepcionais dentro do criado mudo e se estica na cama lembrando do beijo no carro.

- Meu Deus, dez dias. - abre a boca assustada colocando a mão sobre o volume normal em seu colo. - Vou esfolar o meu pênis. - sua voz sai dolorida e ela se encolhe - Será que meu ombro estará curado até lá? - murmura preocupada.

[…]

- Lauren, eu fiz uma lista de alfas que você poderia escolher. - Ally diz - Por precaução caso você volte atrás...

- Eu já arranjei uma, obrigada pela pesquisa Ally. - diz mais docemente e Ally levanta a sobrancelha.

- Se me permite perguntar, quem é?

- Camila. - Ally se engasga com a própria saliva e Lauren ri. - Eu a convidei e ela aceitou, se possível, cancele meus compromissos dois dias após meu cio ter acabado, o da Camila vai acabar dois dias depois do meu e sabe... - não termina a frase mas esboça um sorriso.

- Olha a cara de quem vai transar até desmaiar. - Dinah murmura do lado de Normani. - Olha lá, aquele sorriso não me engana.

- Dinah, cala a boca. - Normani diz caindo na risada e atrai a atenção de Lauren.

- Você vai transar até desmaiar, conheço bem esse sorriso. - Dinah comenta se aproximando de Lauren com os olhos semicerrados. - É com Camila né?

- O que te diz respeito sobre isso? - a olha rapidamente.

- Eu vi ela andando por ai com esse mesmo sorriso. - da de ombros e Ally não consegue segurar a risada.

- Já estou avisando que nunca irei me responsabilizar sobre as coisas que saem da boca de Dinah. - Normani brinca deixando um beliscão no braço de Dinah.

- Já me acostumei com esses comentários insolentes  Mani. Convivo com vocês duas a quase vinte anos. - Lauren se vira para Ally. - Ally, se alguém ligar encaminhe para a minha sala por favor.

- Claro senhora Jauregui.

- Venham a minha sala. - Lauren diz direcionado ao casal e as duas a seguem.

[…]

- Pedro, conseguiu mais informações sobre o anti-cristo? - Senhor pergunta batendo no ombro do homem.

- Anti quem? - levanta a sobrancelha.

- A Lauren, ela é claramente o anti-cristo. Você não vê que ela encanta todos por onde passa?

- Eu pensava que você queria a eliminar por ela não ser corrupta mas tudo bem...

- Que seja, mas já sabe quando irá ter outro discurso?

- Nos próximos cinco meses. - desvia o olhar do chefe para uns papéis. - Munições pesadas irão chegar em um mês, com um tiro dessa. - aponta para um AWM. - Na cabeça dela. - aponta para a foto de Lauren. - Ela morre. O alcance dessa arma é de uma milha e uns quebrados, da para ficar a uma distância ótima.

- Bem melhor que uma pistola.

- Meus contatos da Arábia irão trazer umas que eles usam. Com munições. Eu tinha pensado em uma AK mas anda difícil conseguir munição para ela.

- Eu só quero que enfiem uma bala na cabeça desse demônio. - pega sua pistola que estava em sua cintura. - Se o plano não der certo e a sua querida irmãzinha se jogar na frente de novo, quem vai tomar uma bala na cabeça vai ser você. Está me ouvindo Pedro? - aponta a arma para a cabeça do homem e ele engole seco.

- Estou Senhor, minha irmã ainda está sendo treinada. Camila comentou que vai começar por curso de tiro mas ela não é boa com mira. - diz serio, o homem mira para a foto de Lauren que estava na parece e aperta o gatilho fazendo a bala atingir a testa de Lauren na foto.

- Essa arma é cara, espero que não me decepcione.

- Não irei senhor.