Primeiro Dia
Taehyung desviou do punho que ia em direção ao seu rosto e quase caiu ao tropeçar em seus próprios pés. Sua postura estava incorreta, o corpo torto e os pés na posição errada. Como ele poderia saber a posição certa que deveria usar em uma luta? Nunca havia lutado antes.
Ele se lembrou de quando brincava de luta com seu pai e seus irmãos mais novos, mas isso era diferente. A força, o método e a situação eram diferentes. Seu oponente não estava rindo e lhe socando fracamente como seu pai, ele não era baixinho e corria de si como seus irmãos faziam.
O Kim era um novato em relação luta corpo a corpo, nunca precisou bater em outra pessoa ou se envolveu em uma briga, a situação em que estava nunca havia se passado pela sua mente. Nunca treinou algum esporte de contato, pois nunca achou que precisaria, mas e agora?
Estava em uma espécie de ringue de luta clandestina, estava lutando por sua vida e dignidade. Perder não era uma opção.
Sendo observado por muitos ambiciosos e pervertidos, muitos que só estavam torcendo para que o Taehyung perdesse. Eles nunca tiveram que se esforçar para conseguir algo, suas famílias nunca ficaram sem ter algo necessário para a sobrevivência. Nunca passaram fome ou ficaram sem ter como cuidar de sua higiene, pois não havia sobrado dinheiro para pagar as contas, nunca precisaram dar seu sangue, suor e lágrimas para dar uma boa vida para a família. Mas Taehyung sabia como era isso, viu seus pais fazerem de tudo por ele e seus irmãos.
O que diferenciava os observadores dos que estavam sendo observados? Simples, seus espíritos animais. Quem nasce com o espírito de classe alta ganha tudo numa bandeja de ouro, não precisa ralar como os que têm espíritos de classe baixa.
São um bando de predadores que não sabem caçar sua presa com as próprias mãos.
Desviou novamente de um outro soco, mas tropeçou em seus pés por causa da má postura, logo sentindo suas costas baterem contra o chão cimentado, moveu rapidamente os seus braços para frente de seu rosto, se protegendo contra os golpes de seu adversário, que era bem maior e mais forte que si.
"Pense Taehyung, pense como uma raposa!" — repetia a si mesmo.
[...]
Algumas horas antes
Kim Taehyung acordou com uma forte dor de cabeça, estava deitado em uma superfície fria e dura. Ao abrir os olhos e gemer pelas pontadas em sua cabeça, notou que estava deitado num chão sujo de uma cela, que continha apenas uma pequena janela com grades. Ele se sentou e observou o local em sua volta, viu as paredes de pedras úmidas, a janela minúscula onde fracos raios solares passavam e iluminavam pequenas partes de onde estava. A temperatura estava baixa, sentiu seus ralos pelos se arrepiarem com a friagem.
"Claro, o inverno está cada dia mais próximo" — pensou o Kim.
Olhou ao redor e encontrou muitos olhos focados em si, estava um pouco escuro, então não conseguiu ver todos com perfeição. Mas conseguiu ver que as várias pessoas que lhe olhavam estavam na mesma situação que ele: presos em celas minúsculas, sozinhos ou com mais de uma pessoa consigo. Os olhares que lhe eram lançados eram duvidosos, curiosos ou até mesmo debochados.
Um dos olhares debochados que queimava em sua pele era de um garoto, aparentemente mais jovem que si. Taehyung se virou para esse garoto e o encarou intensamente. O garoto mais novo estava com um sorriso ladino adornando os seus lábios, parecia estar caçoando do Kim, mas seu sorriso desapareceu ao sentir uma mão pesar em seu ombro.
— Não se ache melhor que ele, HyunJin — disse um outro garoto, que estava com a mão em seu ombro. Era alto, pálido e seus cabelos escuros, mas não havia nenhum brilho em seu cabelo ou em sua pele, parecia estar anêmico. — Você já esteve no lugar dele e estava ainda mais assustado.
— Eu sei Gguk. Ele parece estar tão assustado que chega a ser engraçado — diz HyunJin soltando um riso soprado, um sorriso cínico estava em seus lábios. — Eu estava com a mesma expressão que ele quando acordei aqui pela primeira vez?
O tal Gguk retirou a própria mão do ombro de HyunJin e olhou para Taehyung, lançou-lhe um sorriso de pena, seus olhos escuros denunciavam isso. Além de denunciar a pena que sentia, mostrava o quão vazio estava por dentro.
"Ele deve estar aqui há bastante tempo..." — deduziu o Kim.
Ele estava confuso e assustado. O frio que sentia gelava até os ossos e a sede deixava sua garganta extremamente seca. Não sabia onde estava, nem o porquê dos olhares penosos que recebia de todas aquelas pessoas a sua volta e muito menos o porquê de estar ali. Poderia ter um colapso mental ali mesmo, mas decidiu que seria melhor se acalmar e tentar entender o que estava acontecendo consigo.
Não estava se importando muito com os olhares, a pena e nem o escárnio. O importante naquele momento não era isso, era entender, mas não conseguiria. Estava assustado demais para pensar direito.
Foi se arrastando até um dos cantos da cela onde estava e se encolheu logo em seguida, abraçou suas pernas e apoiou sua testa em seus joelhos. Ele só queria acordar daquele pesadelo e ir ver sua família novamente.
Sentiu algumas lágrimas, que antes estavam presas em seus olhos descerem pelo seu rosto. Seus ombros balançaram com a força de seus soluços, que escaparam pela sua garganta e pela intensidade de seu choro. Todos já estavam ouvindo o choro do jovem Kim e ele não se importava com isso, mesmo ouvindo alguns murmúrios de pena.
Se questionava o porquê de isto estar acontecendo consigo, era um sequestro e estava com medo do que iriam fazer. Iriam pegar seus órgãos? Lhe vender? Estava confuso, com fome, frio e uma dor intensa na cabeça.
Todos que o observavam percebiam como Taehyung estava em um estado deplorável, tanto fisicamente quanto mentalmente. Alguns queriam ir até ele para ajudá-lo, mas era impossível, estavam presos também. Taehyung estava com uma pequena faixa vermelha por de trás de sua cabeça, que manchava seus fios castanhos da nuca. Estava machucado...
Naquele conjunto de celas tinha pessoas de todos os tipos e algumas até estavam lá por anos. Uma parte que sobreviviam enlouqueciam, os que se mantém sãos tentam ajudar os novatos a resistirem, não morrerem ou enlouquecerem como os outros. Queriam estar soltos para consolar Taehyung e ajudar mais um novato, deixá-lo menos perdido e confuso. Ele não estava sozinho, mesmo se sentindo assim. As pessoas que estavam ali eram como ele, eram pessoas boas que faziam suas rotinas e foram raptadas em uma noite qualquer.
Taehyung estava cercado de pessoas que já passaram pelo o que ele estava passando. A confusão, solidão e desesperança não eram incomuns naquele cenário. Todas aquelas pessoas sabiam como aquele garoto encolhido no encontro de suas paredes estava se sentindo e o que ele precisava para superar aquilo, ele precisava de espaço para poder se acalmar e depois poderiam jogar um balde de explicações amargas. Tinham que ser rápidos, pois a noite logo chegaria e ele iria sofrer bem mais.
— Ei, garoto! — chamou a atenção do Kim.
Taehyung ergueu seu rosto levemente inchado e avermelhado, olhou para o Gguk, que era quem havia o chamado, este que estava lhe olhando com compaixão. Mas o olhar mudou para um de preocupação rapidamente e Taehyung não gostava de nenhum dos dois tipos de olhares.
Ergueu uma de das sobrancelhas olhando com desconfiança para o tal Gguk, não tinha certeza se poderia confiar nele. Estava hesitante com todos aquela pessoas lhe encarando, aquele lugar era estranho e assustador, mas as pessoas também estavam no mesmo estado que si. Duvidar das pessoas e do local era o poderia fazer no momento.
"Estamos em um lugar desconhecido e cercados de pessoas desconhecidos, nada e nem ninguém é confiável!" — disse seus instintos de raposa.
Seu animal interior estava agitada, podia sentia seus olhos arderem e mudarem para um tom alaranjado, quase avermelhado. Abaixou novamente a sua cabeça e a manteve apoiada em seus joelhos, não gostava se seus olhos naquela tonalidade, todos saberiam que ele era uma raposa.
Todas as espécies têm uma cor específica nos olhos, era um jeito bom para cada um se identificar.
— Raposinha. Por que está escondendo seus olhos? — disse o mesmo garoto que havia lhe chamado anteriormente.
— Não gosto deles — respondeu, com a voz abafada e um pouco fanha.
— Você queria ter o espírito de um predador mais forte? — disse com sarcasmo. Gguk queria ser um predador, era o seu sonho na infância e em seus aniversários sempre pedia por um espírito mais forte, como se isso fosse possível de alguma forma. Estava cansado de ser tratado com tanta inferioridade por ser apenas uma presa. Um simples e pequeno coelho.
— Não — disse seco. Levantou novamente sua cabeça e olhou com seus olhos alaranjados para o Gguk. — Só não quero mais ser tratado como um falso, isso por causa de meu espírito animal.
Taehyung se levantou do chão ignorando sua dores e se apoiou nas grades da porta da cela, ficou quase cara a cara com o garoto de madeixas negras e pele pálida, este que o olhava intensamente, curioso para saber os próximos movimentos do menino raposa. Gguk percebeu que o Kim era imprevisível, por isso tinha tanta curiosidade, o garoto novo era o seu novo entretenimento.
— Então você aceitaria ser até uma presa? Um coelho, por exemplo — pergunta, encarando os olhos brilhantes do novato da cela à frente a sua.
— Isso de novo, Jeongguk? — HyungJin questionou saindo do canto escuro onde estava, olhou para Taehyung com os seus olhos quase da mesma cor dos de Tae, só que com uma tonalidade mais esbranquiçada. — Ele pergunta isso para todo o novato que aparece, perguntou isso no meu primeiro dia aqui também.
— E quanto tempo faz que você está aqui, raposa-do-ártico? — perguntou ignorando brevemente o questionamento anterior de Jeongguk.
Antes que HyunJin pudesse responder, um homem alto e pouco musculoso passa por entre as celas fazendo com que todos se distanciaram calados das grades abaixando a cabeça. Todos podiam sentir a dominância que o homem exalava, por isso sentiam tanto medo.
— Raposa vermelha, vá para o canto da cela — disse o homem de frente para Taehyung. — Irei levar você para te prepararem. Hoje à noite vai ser divertido. — Ele soltou um riso soprado, pegou o braço do Tae com uma força considerável e o puxou rudemente para fora da cela, levou para o andar de cima ignorando o mais novo, que se debatia tentando se soltar do punho que o apertava.
No andar de cima, em um quarto em que foi preso, duas mulheres que também eram mantidas presas deram banho em si. Elas eram gentis e delicadas, Taehyung agradeceu mentalmente por isso. O vestiram com uma calça de couro e deixaram seu torso despido, passaram uma maquiagem leve em seu rosto. Ele ficou com uma aparência sexy, Taehyung não gostava disso.
— Hoje será sua primeira "apresentação", nosso chefe nos disse para deixá-lo muito bonito, mas não precisamos fazer muita coisa — disse uma das mulheres; Yuri tinha o espírito de um pintassilgo. — Vou lhe explicar rapidamente uma parte dessa apresentação. Se você perder poderá ser comprado ou irá para o terceiro andar.
— O que acontece se eu for comprado? — Taehyung perguntou preocupado com o que poderia acontecer consigo. Nem sabia como seria essa apresentação, mas já estava com medo de fazer algo errado e perder.
— Depende de quem for te comprar — disse a outra mulher; Minzy tem o espírito de uma ovelha. Ela mexia no cabelo do Kim, estava mais brilhoso após uma hidratação. — Você pode virar um escravo sexual ou um simples empregado, como nós duas. Como eu disse: depende de quem for te comprar.
— Tá — disse meio atônito. — E como funciona essa apresentação? Vocês acham que irei perder?
— Você vai lutar contra um adversário convidado. Esse adversário é de outro lugar, mas que também tem brigas clandestinas. Você vai ter que lutar até algum dos dois ficar inconsciente ou até um se render — explicou da forma que achou que seria a melhor. — Não achamos que você irá perder, se esforce bastante e tenha sempre uma boa estratégia em mente. Nunca subestime seu adversário.
— Agora que já lhe foi explicado como funciona as apresentações, coma bastante para ficar forte. — Minzy acariciou sua bochecha enquanto Yuri caminhou até uma mesa e voltou trazendo consigo uma bandeja com bastante comida. — Antes de cada luta você ganhará uma boa refeição, pois assim você ficará mais forte e será mais fácil de ganhar a luta, assim a maior parte do dinheiro das apostas irá para o nosso chefe.
Taehyung se sentiu como um boneco que era manipulado. Ele era só mais peão que traria mais dinheiro ao "seu rei". Apenas quando viu aquela bandeja completa percebeu o quanto seu estômago estava vazio. Começou a comer apressadamente, tentando completar o vazio de sua barriga. Céus, fazia muito tempo que não comia algo. Quanto tempo será que ele havia ficado desacordado?
— Calma aí! Você ainda tem tempo para apreciar o sabor da comida, coma com calma e não se engasgue. — Yuri olhou-o com pesar nos olhos. Ela havia gostado do jovem Kim e sentia pena por conhecê-lo naquela situação, em que nenhum dos dois tinha a liberdade que já tiveram um dia.
— Ela está certa! Cuidado para não se engasgar — disse Minzy. Fazendo um breve carinho em seu cabelo.
Voltou a comer, só que com mais calma. Após terminar sua refeição, começou a puxar assunto de diversos tipos com as duas mulheres mais velhas, que já passou a considerar suas novas amigas.
Se passaram duas horas, que utilizou para se preparar, tanto na aparência quanto mentalmente. Esse tempo se passou rápido e logo teria que ir até o ringue para lutar por sua vida. As duas mulheres lhe desejaram boa sorte e o mesmo homem que tinha o levado até o quarto foi buscá-lo, logo após foi levado para uma sala pequena e acabou por encontrar Jeongguk.
— Jeongguk? — Taehyung o olhou com surpresa, não esperava encontrá-lo por ali. — O que está fazendo por aqui?
— A próxima luta é a minha — disse olhando para as próprias mãos, suspirou cansado. — Como sabe o meu nome?
— Ouvi a raposa-do-ártico te chamando assim. — Sentou-se ao lado do outro e olhou para o teto. — Caso queira saber, meu nome é Kim Taehyung.
— Eu não queria saber raposinha e nem me importo em saber como se chama, mas agradeço pela informação inútil — disse olhando com um sorriso ladino nos lábios para o Kim. — Espero que saiba que não irei te chamar pelo nome, Raposinha é um nome melhor.
— E como devo lhe chamar? Gguk ou Jeongguk? — A voz saiu com um tom irônico e um sorriso pequeno adornava os lábios de Taehyung, mesmo com as brincadeiras sem graça, se sentia mais seguro sendo acompanhado pelo outro.
Antes que o Jeon pudesse respondê-lo, uma mulher muito bonita entrou na sala. Jeongguk abaixou a cabeça e Taehyung o imitou. Ela se aproximou exalando dominância, assim como o homem anterior. Mas, de algumas forma, ela parecia ser pior, como se exalasse uma fumaça de um odor fétido.
— Que bonitinho! Minhas duas presas são muito obedientes. — Se agachou para ficar mais próxima do Jeon, deixou seus lábios pintados de um vermelho vivo rente ao ouvido do moreno e sussurrou:
— Se você ganhar essa luta podemos nos divertir depois. Gostei tanto da nossa última festinha íntima e preciso de uma nova para suprir a que você não pôde ir na semana passada. — Ela tentou ser discreta e falar o mais baixo possível, só que Taehyung ouviu, por consequência da sala silenciosa e espaçosa. Ele ficou tão surpreso que arregalou os olhos e teve uma falta de ar súbita, parecia ter levado um soco no peito.
— Não, obrigado. — Jeongguk disse tentando ser firme, mas sua voz saiu levemente trêmula. Taehyung logo percebeu que o garoto ao seu lado havia sido forçado a ir para aquela "festinha" particular. Parecia estar tão assustado...
Taehyung ficou surpreso ao ver Jeongguk, que antes parecia ser tão seguro, agora estava tão vulnerável.
— Hyuna?! O que está fazendo aqui? — Um homem baixinho e musculoso entrou pela porta da sala e se surpreendeu com a presença da mulher ali. — Coelhinho, sua luta começa em 5 minutos. Me acompanhe, por favor.
O moreno se levantou do banco rapidamente, andou até o homem que parecia ter uma idade próxima a deles. Foi tão rápido que deixou óbvio estar fugindo. O homem baixinho olhou para Taehyung e pareceu hesitante em deixá-lo com a Hyuna, estava com medo do que ela poderia fazer com o jovem raposa.
— Hyuna, saia daqui! Volte ao seu posto antes que eu te entregue para um superior!
A mulher saiu batendo os pés nos chão, parecia furiosa. Trombou propositalmente contra o ombro do homem.
— Raposinha, fique longe dela. Ela não lhe fará bem — disse o Gguk olhando-o com preocupação. — Me deseje sorte, talvez eu precise.
Jeongguk piscou para o outro e deixou um sorriso pequeno nos lábios, estava tentando deixar o clima menos tenso. Os dois saíram rapidamente do local deixando o Kim para trás.
— Boa sorte Coelhinho... — sussurrou.
Passaram-se vários minutos e Taehyung ficava cada vez mais preocupado e ansioso, mesmo tendo conhecido o menino coelho há apenas algumas horas, sentia-se ligado ao mesmo. Conseguia ouvir alguns gritos de incentivo das pessoas, quando todos os gritos aumentaram e pouco depois diminuíram soube que a luta tinha acabado.
"Vamos Gguk, você precisa ganhar!" — pensou mentalmente e repetidamente o Kim.
Usando parte de seu lado raposa melhorou um pouco de sua audição para poder ouvir o que estava acontecendo do lado de fora da sala em que estava, finalmente conseguiu ouvir o interlocutor.
— Nosso querido Coelho venceu! Espero que a maioria de vocês tenham apostado bastante nele. — O homem disse arrancando risadas de muitos e choros de poucos da platéia. — Em 5 minutos nossa próxima luta começará, uma raposinha novata irá vir e um lutador convidado! Façam suas apostas e boa sorte.
Taehyung voltou ao normal quando o mesmo homem que levou Jeongguk para a ringue entrou pela porta e o chamou com a mão. Taehyung imediatamente levantou do banco e foi ao seu encontro.
— Sua luta é agora, raposa — disse o homem escoltando o Kim até outra porta, que separava o corredor onde estavam da grande sala onde ocorriam as lutas. — Boa sorte, você vai precisar.
Foi levado até dentro do ringue, que tinha o teto e as laterais gradeadas eletricamente. O homem baixinho saiu deixando o Taehyung dentro do ringue, este que apenas observou tudo à sua volta. Percebeu que nem uma pessoa com um espírito de algum animal voador poderia poderia fugir.
Você morre lutando pela vida ou tentando fugir.
Logo seu adversário entrou no cercado em que estava e o Kim já soube que estava em desvantagem. Seu adversário tinha um porte físico muito mais desenvolvido que o seu. O corpo do jovem raposa era magro e mal tinha músculos exuberantes, já seu adversário era completamente o seu oposto; musculoso e corpulento.
O homem à sua frente olhou-o com deboche, deixou com que um sorriso ladino aparecesse em seu rosto quando o interlocutor deu-se início a luta. O maior já partiu para cima do Kim.
"Desviou novamente de um outro soco, mas tropeçou em seus pés por causa da má postura, logo sentindo suas costas baterem contra o chão cimentado, moveu rapidamente os seus braços para frente de seu rosto, se protegendo contra os golpes de seu adversário, que era bem maior e mais forte que si.
"Pense Taehyung, pense como uma raposa!" — repetia a si mesmo."
O jovem raposa percebeu rapidamente que era mais ágil que seu oponente, então ele mexeu sua cabeça para o lado e segurou o braço que ia em direção ao seu rosto, foi um pouco difícil para si por causa da força do outro, mas se manteve firme. Com a mão livre empurrou e puxou o antebraço do oponente, antes que o corpo caísse sobre si rolou para o lado, levantou-se logo em seguida.
Desferiu diversos chutes fortes contra o abdômen do corpo estirado no chão, mesmo com os gritos da plateia agitada conseguiu ouvir algumas costelas do homem quebrarem.
O homem tentou diversas coisas para impedir mais golpes contra si, até mesmo puxar os pés do Kim, que ao ver o que iria acontecer pulou para trás antes que a ação se concluísse. Quando o corpo iria se levantar Taehyung deu seu último golpe: uma joelhada no rosto da montanha de músculos, que caiu desacordado logo em seguida.
As pessoas das arquibancadas gritaram euforicamente e assobiaram com a cena violenta. O único que se manteve de pé observou tudo à sua volta, estava tonto pelo esforço excessivo. Seus braços estavam dormentes por ter recebido golpes repetidamente enquanto se protegia como podia. Caiu de joelhos no chão, ofegante.
O juiz entrou rapidamente no cercado e examinou o corpo desacordado, fez um sinal com as mãos indicando ao interlocutor e para um grupo de pessoas próximas da entrada do cercado. Elas entraram rapidamente e tiraram o corpo musculoso do local com a ajuda de uma maca hospitalar. Logo em seguida o homem que interagia com o público anunciou o vencedor.
— Quem diria... O novato venceu! Será que vocês acertaram em suas apostas?
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