Capítulo. 8
Ningning estava mexendo no seu celular bem entediada, não havia feito nada o dia inteiro, e como a queimadura de Giselle melhorou, ela foi trabalhar novamente, o que deixou a casa mais silenciosa.
— Bom, já que hoje é sábado.— Ningning se levanta e se alonga.— Acho que espancar algumas pessoas por aí seria legal.
Ela se levantou, pegou sua mochila no canto da sala, foi até a porta, calçou seus sapatos e saiu. Estava indo em direção ao galpão abandonado onde geralmente acontecia as lutas. Ningning adentrou o balcão olhando para os lado vendo se alguém a observava, uma garota olhou Ningning e logo sorriu ao a ver.
— Ning unnie!— A garota foi rápido em direção à Ningning e a abraçou, Ningning sorriu e retribuiu.— Você não veio semana passada.
— Eu tive alguns problemas e não consegui vir, mas hoje eu vou quebrar alguns ossos.— Ningning disse confiante.
— Claro que vai, você é a rainha daqui, unnie.— Dahyun disse animada.— Eu vou te inscrever e já volto. Hoje sou eu quem cuida disso.
— Tudo bem.— Ningning sorriu.
Ningning ficou observando a luta da vez de braços cruzados enquanto Dahyun fazia sua inscrição, sentiu alguém atrás de si e se virou, era um homem alto, forte, parecia bem musculoso, seus cabelos eram escuros e parecia ser o tipo de cara que não aceitava um “não”. Ningning fez uma careta quando o olhou, o que o fez perceber Ningning e dar um sorriso de lado. Ele tentou chamar a atenção de Ningning, que não dava brecha para conversa.
— Ei, garota, você veio acompanhar algum cara daqui?— Ele perguntou indo para o lado de Ningning de uma forma discreta, Ningning revirou os olhos e suspirou em busca de paciência.
— Não, vim sozinha.— Ningning respondeu seca, não gostava de caras que se achavam a última bolacha do pacote só por serem bonitos, isso a lembrava de seu irmão, um cara que não gostava muito.
O homem deu um sorriso confiante e inflou o peito, Ningning tentou fingir que ele não existia, realmente queria que ele não existisse, apesar de não conhecer o rapaz.
— O que uma garota bonita e delicada como você faz aqui?— Questionou chegando mais perto, o que deixou Ningning desconfortável e irritada.
— Arrancando o cu, não tá vendo?— Ningning disse de forma grosseira, já havia perdido a paciência.
Ele levantou as mãos em sinal de rendimento com um sorriso sacana.
— Calma, gatinha, eu não mordo, a não ser que me peçam, é claro.— O cara disse com um tom de voz malicioso.
— Cara, qual foi, porra? Quer brigar?— Ningning o empurrou já alterada, ele havia conseguido acabar com a paciência dela, que já não era muita.
O homem sorriu de lado como se estivesse debochando de Ningning. As pessoas em volta os olharam.
— Não gosto de machucar mulheres, princesa
— Ele disse.
Ningning apertou os punhos e jogou sua mochila no chão, logo sentiu alguém puxar seu braço.
— Unnie, o que você está fazendo?— Dahyun perguntou confusa e surpresa.
— Esse filho da puta que fica enchendo meu saco! Sua mãe não te deu atenção? É por isso que você fica mendigando a minha?— Ningning gritou para o homem.
Ele pareceu ficar furioso com isso e puxou Ningning pelo braço.
— Não fala da minha mãe assim, sua putinha!— Ele gritou de volta.
Ningning sorriu.
— Quem perder paga quarenta e cinco mil wons, pode ser?— Ningning propôs.
— Certo.— O homem disse convicto de sua vitória.
Os dois esperaram a luta que estava acontecendo acabar e foram para o meio do balcão, a luz estava sobre eles e todos os olhavam.
O homem tentou avançar um soco bem no rosto de Ningning, que rapidamente desviou segurou o braço do homem, torceu o virando de costas e deu um chute nas costas dele o fazendo ir para frente.
— Você é bem mais amador do que eu pensei. Como você não sabe que soco no rosto é o mais previsível?— Ningning disse e riu debochadamente do homem, o que o deixou com mais raiva.
— Ora, sua...
Ele foi para cima novamente tentando a agarrar, Ningning desviou um pouco para o lado, deu um soco no estômago do homem, colocou o pé atrás dele, o socou mais forte o fazendo cair no chão e deu um soco certeiro no rosto dele. As pessoas estavam gritando pela luta, quase nada era audível.
— Já desmaiou? Eu nem tive tempo de te machucar mais. Eu ainda vim de casaco pra você conseguir me derrubar no chão.— Ningning se agachou ao lado da cabeça do homem, estava parecendo cabisbaixa.— Você me deve quarenta e cinco mil wons.
— Já chega, você é muito insolente, garota!— Outro cara grande grita com uma arma nas mãos, assustando todos ao redor. Ningning revirou os olhos.
— Sério? Eu até joguei limpo dessa vez. A culpa não é minha que a defesa dele é uma merda.— Ningning disse indiferente.
— Você acha que estamos brincando, garota? Você é insuportável!
— Blá blá blá, chupa meu pau, seu otário. Eu quero o meu dinheiro.— Ningning disse mostrando o dedo do meio.
O homem mirou em Ningning para atirar e destravou a arma, Ningning parecia indiferente.
— A polícia, porra! Dispersem!— Alguém gritou desesperando todos.
As pessoas começaram a correr tentando sair do local, Ningning viu que teria problemas se ficasse, então foi correndo pegar sua mochila, um homem a agarrou pelo braço a segurando.
— Porra, qual é o problema de vocês?— Ningning gritou e deu uma cabeçada no homem que o desestabilizou, então pegou a arma dele e a jogou para a polícia para ninguém pegar.
— Polícia de Seul, todos parados!— Um tira gritou com a arma nas mãos.
— É, me fodi.— Ningning disse olhando os policiais e os outros caras querendo atirar nela e nos tiras.
Ningning tentava correr dos homens que queriam atirar nela enquanto a polícia e os homens trocavam tiros, quando achou que uma bala iria a acertar, sentiu alguém a empurrando.
— Droga, Ningning! Por que você sempre faz isso?— Giselle gritou apertando seu próprio braço que estava sangrando.
— Eu atiro?— Uma garota loira perguntou para Giselle com a arma apontada para a perna de Ningning.
— Não! Estão querendo ela!— Giselle disse.
— Me dá sua arma?— Ningning pediu estendendo a mão. Giselle suspirou e deu a arma para Ningning.
Ningning sorriu e começou a acertar os homens que estavam contra a polícia um por um, às vezes no tórax, às vezes no peito e às vezes na perna, obviamente ainda com ajuda dos tiras. Ningning tentou atirar no último cara que estava correndo, porém suas balas acabaram e ela não possuía mais cartuchos.
— Merda!— Ningning jogou a arma de volta para Giselle.
— Uau, que mira.— A garota loira disse impressionada.
Giselle foi até Ningning e agarrou forte o braço dela.
— Você já sabe como funciona, Yizhuo.— Giselle disse.
— Sim, burocracia e depoimento.— Ningning disse parecendo entediada.
— Você vai por si mesma ou eu vou precisar dar uma coronhada na sua cabeça?— Giselle perguntou encarando Ningning séria.
— Eu vou sozinha.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro