Capítulo. 7
— Porra, já deu. Você tá rindo há vinte minutos! Deu tempo de trocar de roupa.— Ningning reclamou de Taehyung, que ainda estava rindo.
— Qual é o problema dele?
— Maconha, óbvio.— Jimin disse enquanto comia um sanduíche.
— Pensei que ele tinha parado com isso quando teve filhos.— Ningning disse.
— Ele parou, mas hoje ele comprou sem querer um bolo de pote na rua e tá assim agora. Ainda bem que eu não aceitei.— Jimin disse.— Bem, ele tá chapadão agora, e nem comeu tudo. Eu vou guardar na geladeira o resto.
— Por que caralhos você quer guarda na minha geladeira um bolo com maconha?— Ningning perguntou.
— Sei lá, parece bom.— Jimin deu de ombros.
— Então por que você não guarda na geladeira da sua casa, seu doente?— Ningning perguntou irritada, mas fechou os olhos, respirou fundo e se acalmou.— Ok, eu não vou me estressar.
— Ela te chamou de doente.— Taehyung começou a rir novamente.
— Eu vou espancar esse ser!— Ningning gritou.
— Ei, isso é crime.— Giselle chegou de braços cruzados e com roupas mais casuais.
— Ãh? Pensei que fosse trabalhar.— Ningning disse.
— Não tem como eu ir de barriga queimada. Meu trabalho é defender os outros, não vou conseguir nem me defender assim.— Giselle disse.
— Barriga queimada?— Jimin perguntou.
— É, eu acabei queimando ela com achocolatado e passei pomada na barriga dela.
— Ningning disse. Jimin fez uma expressão como se agora estivesse entendendo melhor.
— Oh, eu achei que você tava pagando uma mamada.— Jimin disse. Taehyung começou a rir mais alto. Ningning o olhou com cara feia.— O quê? Pensei que tivéssemos atrapalhado. Ela ficou vinte minutos se “trocando” lá pra cima, você queria que eu pensasse o quê?
— Não, ela não...— Ningning parou para pensar e olhou para Giselle com uma expressão enojada.
— Você...
— Não! Eu tava colocando ataduras!— Giselle disse bastante vermelha e fez questão de levantar a camisa para mostrar. Taehyung continuava a rir.
— Filho da puta, para de rir!— Ningning gritou já irritada.
— Ele tem alguma coisa?— Giselle perguntou.
— Só problema na cabeça mesmo.— Jimin disse acabando de comer.
— Como eu vou conversar com uma pessoa assim?— Ningning perguntou para si mesma enquanto se sentava e suspirava.
— Você precisa conversar com... ele?— Giselle perguntou vendo Taehyung rindo.
— É, ele é uma peça importante no que eu preciso saber.— Ningning disse, parecia cansada.
— E o que seria?— Giselle perguntou.
— Se eu te contasse, teria que te matar.— Ningning disse parecendo séria.
— Ela não está blefando, nem eu sei o que é.— Jimin disse se levantando e se espreguiçando.— Enfim, preciso ir embora. Até mais, Giselle. Tchau, Yizhuo.
Jimin foi até a porta, colocou seus sapatos e saiu. Taehyung já havia parado de rir, estava tentando recobrar seus sentidos. Giselle o encarava confusa enquanto Ningning parecia mais esperançosa.
— Ok, acho que passou.— Taehyung disse com a mão na cabeça, Ningning se levantou na hora com um sorriso.
— Ótimo!— Disse animada.— Taehyung-ssi, me diz onde ele está.
— Ning-ssi, eu ainda tô confuso.— Taehyung disse.— Ele quem?
— Você sabe de quem eu tô falando, o cara que você servia.— Ningning disse. Taehyung pareceu perceber do que Ningning estava falando.
— Eu não posso te dizer isso.— Taehyung disse.
— Corro perigo se souberem que eu te disse isso. Eu sou pai, não posso ficar me arriscando assim. Minha vida não é mais só minha.
Giselle estava sentada no sofá, analisava tudo com atenção, tentando tirar algum contexto. Precisava de informações, não esqueceu que tudo isso não passa de uma aposta, afinal. Perder não é uma opção.
Ningning começou a ficar um pouco nervosa e ansiosa, precisava da informação para realizar o que queria, e o pior que essa era a primeira de sete.
— Taehyung-ssi, eu faço tudo que você quiser. Tudo mesmo.— Ningning disse sincera. Estava desesperada por isso. Taehyung suspirou e sorriu.
— Eu vou ficar te devendo essa, Ning-ssi. A única coisa que eu queria era que sua família nem lembrasse de mim.— Taehyung disse.
Ningning abaixou a cabeça vendo que não conseguiria nada dele.— Eu preciso ir, minha mãe está cuidando dos garotos. Nos falamos por mensagem, Ning-ssi.
Taehyung deu alguns tapinhas no ombro de Ningning, se virou, foi até a porta, calçou seus sapatos, pegou seu cachecol e foi embora. Ningning bufou decepcionada e se jogou no sofá frustada. Giselle se assustou quando Ningning grunhiu, parecia que espancaria qualquer em sua frente.
— Você tá bem?— Giselle perguntou encarando Ningning, que não parecia muito bem.
— O que você acha?— Ningning perguntou de volta de uma forma rude.
Giselle já estava acostumada, porém não era sempre que acordava com um bom humor para ser tratada assim.
— Não sei, ainda não virei vidente.— Giselle cruzou os braços.
— Wow, você ficou estressadinha?— Ningning perguntou. Giselle suspirou recobrando a calma.
— Não, me desculpe por ter sido rude.— Giselle disse. Ningning sorriu.
— Foda-se, eu não ligo.— Ningning deu de ombros e mostrou o dedo para Giselle.
“Eu gosto mesmo dela?”, Giselle se questionou por um momento com uma expressão estranha, porém olhou para Ningning sorrindo ironicamente a mostrando o dedo do meio e seu coração começou a bater mais rápido. “Droga, eu gosto dela!”, concluiu rapidamente.
— Ei, você tá chapada também?— Ningning estalou os dedos tentando chamar Giselle.— Você não me respondeu e só ficou me encarando.
— Não, eu... só não tive o que responder.— Giselle disse um pouco avoada. Ningning estranhou.
— Ha, que otária.— Ningning disse e riu.
“Por que eu gosto dela mesmo”, Giselle tentou chegar em algo.
— Você tá mentindo.— Ningning disse.
— Ãh?
— Quando você lerda assim, você sempre tá mentindo.— Ningning disse.
— Então esse rostinho lindo fica prestando atenção em mim?— Giselle perguntou com um sorriso presunçoso. Ningning arregalou os olhos e ficou um pouco vermelha, o que não passou despercebido pela Aeri.
— Não enche, cabelo de fogo.— Ningning disse se levantando.— Eu vou fazer o almoço.
Ningning saiu da sala andando rápido para cozinha, parecia fazer sempre isso quando estava nervosa. Giselle obviamente já sabia disso, admite que acha bastante fofo.
“Ah, é por isso”, Giselle concluiu e deu uma risadinha.
— Será que eu tenho chance?— Giselle perguntou cabisbaixa para si mesma.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro