Capítulo. 17
— Você sabe de algo?— Ningning perguntou encarando o homem sobre o balcão.
— Claro que eu sei.— Hoseok respondeu secando uma taça.
— Por que você está tão estranho? Não parece a pessoa que queria minha cabeça há um tempo atrás.— Ningning disse.
Hoseok sorriu e colocou a taça no balcão.
— Eu tinha que entrar no personagem, você acha mesmo que eu não estava esperando você?- Hoseok suspirou.- Eu sempre fui de entrar em gangues, mas máfia já é demais pra mim. Por incrível que pareça, eu não sou um cara agressivo.
— Porra, você pisou no meu pescoço!—Ningning reclamou.
— Desculpe, tenho que me retratar por isso, mas sua amiga me deu um tiro no tórax.
— Porque você estava pisando na porra do meu pescoço e deu duas batidas na cabeça dela com um pedaço de ferro! Você queria que ela ficasse parada enquanto você lutava com a Giselle?
— Desculpe, desculpe, mas você sabe que eu não podia sair de lá sem um bom motivo.— Hoseok colocou bebida na taça e logo depois gelo.
— E qual foi o bom motivo que fez você sair?
— A filha do dono mandou.- Hoseok sorriu.
— Merda, isso significa que eles vêm atrás de mim.— Ningning disse com a mão na cabeça.
— Você já sabia que eles vinham.
— Mas agora eles tem um motivo concreto pra isso.— Ningning suspirou.
Hoseok pegou uma caneta e um guardanapo, escreveu algo no papel e estendeu a mão para Ningning, que pegou o papel confusa.
— Aí é onde seu pai fica. De nada.- Hosoek sorriu.
— O-Obrigada.— Ningning disse olhando o guardanapo um pouco tensa.
— Obviamente, eu sei que você não vai lá de cara, até porque você não é burra, porém eu tenho uma coisa pra dizer sobre o próximo que vai atrás de você.—Hoseok apoiando os cotovelos no balcão.
— Que seria...?
— Acerte no ombro.
— O quê?
Hoseok sorriu, se levantou e foi atender outros clientes, deixando Ningning confusa na cadeira. Ningning virou o que havia dentro da taça, mesmo não sabendo o que era.
— Ah, Whisky puro.— Olhou para a taça e a deixou sobre o balcão.— É melhor eu ir.
Ningning deixou um pouco de dinheiro sobre o balcão de saiu da boate, não estava a fim de ficar em uma festa hoje.
— Sábado de novo...— Ningning suspirou.— Acho que vou passar lá.
Ningning caminhou pensativa até o galpão abandonado, claro que tinha um carro, porém preferia não o usar, as ruas de Seul eram estressantes demais para Ningning, que tinha o pavio curto. Ela apenas veria as lutas, não participaria de nada, nem estava com uma roupa apropriada para isso.
Já no local, Ningning apenas chegou e o observou a luta da noite, não parecia mais tão interessante. Logo sentiu um braço conhecido a puxando e sorriu.
— Ning unnie!— Dahyun sorriu.
— Oi, Dahyun.— Ningning sorriu.
— Veio lutar hoje? Você vai destroçar qualquer um dos caras!— Dahyun disse animada.
— Eu... acho que não. Estou ocupada, então creio que vou parar de vir aqui.— Ningning disse.
— Ah, sério? Que saco. E quando você volta?
— Eu não sei se vou voltar.— Ningning disse.— Acho que ser uma arruaceira não é para alguém da minha idade.
— O quê? Mas você é a rainha do ringue!
— Bom, vou ter que passar minha coroa.— Ningning sorriu.— Dahyun, vou te aconselhar a sair daqui. Não é lugar para gente como você ficar.
— Eu sei me defender sozinha!
— Sei que sabe, mas eu recomendo você sair. Aqui não é um bom lugar, você é pura.— Ningning disse.
— Não é como se eu tivesse muita opção mesmo.— Dahyun suspirou.— Você sabe que meus pais expulsaram eu e minha irmã mais nova de casa, essa é a única forma de pagar o aluguel e a comida.
— Já que você precisa de um lugar pra ficar, pode ficar em uma das minhas casas.— Ningning disse.
— Você está falando sério?
— Claro, você é uma amiga de anos.— Ningning sorriu.— Arranje um trabalho de meio período para pagar sua comida e entre em uma faculdade. As despesas da casa como água e luz eu pago. Sua irmã precisa crescer em um bom lugar, não seria legal se ela acabasse como nós.
— Obrigada, unnie. Você não sabe o quanto isso ajuda.— Dahyun sorriu.
— Arrume suas coisas e eu te busco amanhã. Me mande uma mensagem com o endereço.— Ningning sorriu.
— Tem algum jeito de eu te pagar por isso?
— Meu pagamento vai ser nunca mais ver você aqui ou envolvida com qualquer coisa ilegal. Seja uma pessoa honesta.— Ningning disse, obviamente sendo hipócrita, porém não queria isso para os outros.
— Muito obrigada mesmo.— Dahyun sorriu agradecida.
— Enfim, eu já vou. Te vejo amanhã.— Ningning disse.
— Até amanhã.
Ningning saiu do local, suspirou e caminhou de volta para casa, parece que teria que usar seu carro. Em casa, viu Giselle sentada no sofá mudando os canais da televisão até achar algo que gostasse, parando em um canal que passava Hora de aventura.
— Por que ainda está acordada?— Ningning perguntou tirando seus sapatos e entrando em casa.
— Estava te esperando.— Giselle sorriu.
— Você não precisa me esperar pra dormir.—
Ningning disse se jogando no sofá e se sentado de um jeito despojado usando Giselle de travesseiro, o que fez Giselle rir.
— Onde estava?
— Resolvendo minhas coisas.— Ningning suspirou.
Giselle desmanchou o sorriso.
— Você estava lá de novo?
— Sim.
— Ningning, você sabe que...
— Eu sei, eu fui lá pra dizer que pararia de ir e ajudar uma amiga que precisa a tirando de lá.— Ningning disse prestando atenção na televisão. Por incrível que pareça, gostava de desenhos.
— Você não vai mais lá?
— Não, pelo menos eu não pretendo.
— Fico feliz em ouvir isso. É bom que você ajude as pessoas.— Giselle sorriu.
— Não vai se acostumando, eu posso sair e chutar a bunda de qualquer um a qualquer hora.— Ningning disse.
— Você não faria isso.
— E o que te faz acreditar que não?— Ningning perguntou sorrindo.
— Porque eu vou te prender aqui até você não ter mais vontade.— Giselle disse.
— E se eu continuar tendo vontade?
— Então eu vou te prender pra sempre!
Giselle puxou Ningning e a abraçou, a prendendo em um aperto.
— Giselle!
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