Capítulo. 15
Ningning estava na varanda novamente, fumando mais um vez essa semana. Achou que tinha diminuído os cigarros, mas acabou voltando para a nicotina. Estava de noite e a brisa noturna estava contra o seu rosto. Ela estava repensando várias vezes sobre sua vida.
— Fumando de novo?— Giselle perguntou passando para a varanda e fechando a porta para a fumaça não entrar dentro da casa.
— É o que parece.— Ningning suspirou. Não havia dito com uma voz rude dessa vez, era uma voz calma, talvez confusa.
— Você está bem?— Giselle perguntou apoiando seus cotovelos no parapeito, bem ao lado de Ningning.
— Acho que sim. Não entrei em brigas, então não estou dolorida e bem ferida.— Ningning respondeu.
— Não, eu estou falando emocionalmente. Você está bem?
Ningning apagou seu cigarro e suspirou.
— Eu não sei.
— Por que apagou seu cigarro?
— Você não gosta de me ver fumando.
— E desde quando você se importa com o que eu digo?— Giselle riu.
— Eu ligo pro que você diz.— Ningning disse encarando Giselle.
As duas ficaram se encarando nos olhos por alguns segundos, porém desviaram o olhar rapidamente quando os rostos de ambas ficaram vermelhos, estavam um pouco constrangidas.
Giselle suspirou e encarou Ningning novamente.
— Eu fico feliz que você considere minha opinião, unnie.— Giselle sorriu.
— Ei, que intimidade é essa? Não me lembro de deixar você me chamar de “unnie”.— Ningning disse com um sorriso provocante.— Mas você não fala comigo usando honoríficos, que policial mais desrespeitosa!
— D-Desculpe, Ning-nim, às vezes eu esqueço que sou mais nova que você e...
Ningning começou a rir de Giselle nervosa e desesperada para se retratar, Ningning sorriu para Giselle e a deu um soquinho amigável no ombro.
— Ei, relaxa, eu não ligo pra isso. Você pode me chamar como quiser, não é como se eu fosse a pessoa mais respeitosa com você mesmo.— Ningning disse sorrindo.
— Entendo.— Giselle sorriu de volta, seu rosto estava um pouco vermelho.
As duas ficaram encarando o céu enquanto pensavam no que falar, estavam nervosas de ficarem assim ao lado uma da outra.
— A lua está bonita.— Giselle comentou com um sorriso sereno no rosto.
— É, verdade.— Ningning sorriu de volta.
Mesmo não se olhando, elas sabiam que ambas sorrindo.
Giselle encarou o parapeito, a mão de Ningning o tocando, especificamente. Ela aproximou sua mão devagar e encostou seu mindinho com o de Ningning sutilmente. Ningning teve um leve espasmo quando sentiu, porém ficou calada. Giselle se tomou esse silêncio como uma comunicação não verbal de que ela podia seguir em frente, então colocou a sua mão sobre a de Ningning. As duas ficaram um pouco tensas com isso, mas Giselle logo começou a rir.
— Deus, parecemos duas adolescentes.— Giselle disse rindo.
— Talvez.— Ningning riu também.
As duas entrelaçaram as mãos, Ningning sorriu quando sentiu Giselle fazer uma carícia sutil com o dedo. Secretamente, nem uma das duas queria que o momento acabasse.
— Posso ser sincera com você?— Ningning perguntou.— Tipo, de verdade.
— Claro.— Giselle respondeu um pouco apreensiva.
Ningning suspirou e pensou muito bem em cada palavra que diria para não machucar Giselle.
— Escuta, Giselle, sobre os seus sentimentos...— Ningning olhou a reação de Giselle para ver se podia continuar.— Eu não sei se estou pronta pra aceitar, está tudo indo um pouco rápido.
— Entendo.— Giselle apertou os lábios, estava segurando o choro. Não estava preparada para escutar aquilo.
— Eu tenho realmente muitos problemas com você e mais ainda comigo mesma.— Ningning disse.
— Tudo bem.— Giselle sorriu e apertou a mão de Ningning mais forte.— Eu já sou grandinha, consigo levar um fora.
— O que eu quis dizer é... eu não estou pronta agora.— Ningning disse, Giselle abaixou a cabeça.— Mas isso não significa que eu não possa estar mais tarde.
Giselle levantou a cabeça e encarou Ningning tão esperançosa. Não era um “não”, era um “talvez mais tarde”, e isso já era uma vitória interna para Giselle.
— O que você quer dizer com isso?— Giselle perguntou com seu coração acelerado.
— Que... eu não posso mudar meus sentimentos de um dia pro outro. Eu estou confusa— Ningning disse.— Nós podemos ser amigas primeiro e... não sei, depois podemos... você sabe.
— Entendi.— Giselle sorriu.
— Eu não posso mudar meu comportamento de um dia pro outro, muito menos a maneira que eu te vejo. Vai ser gradual até eu ter certeza do que eu quero.— Ningning disse.— Mas... você não é obrigada a esperar por mim todo esse tempo, você pode muito bem desistir.
— Não.— Giselle negou com a cabeça.— Eu já disse, eu gosto de você. Não me importo em esperar.
— Obrigada por me entender.— Ningning sorriu.
— Eu vou esperar até você resolver essas “coisas de Ningning” dentro de você.— Giselle sorriu.
— Eu vou esperar a confusão da sua cabeça acabar antes de entrar no seu coração, prometo.
— Idiota.— Ningning riu.
As duas estavam sorrindo uma para outra e se olhando nos olhos, Giselle a puxou para um abraço, e Ningning retribuiu facilmente e sem hesitação, o que Giselle admite que não estava esperando, porém ficou internamente feliz, provavelmente Ningning conseguia sentir o seu coração bater de tão forte que estava.
Ningning não sabia muito sobre o que pensar ou dizer, mas sabia que Giselle a compreenderia, mesmo que ficasse sem proferir uma única palavra. Se for falar sinceramente, Ningning não sabia de quase nada, a única coisa que sabia era que não odiava Giselle, porém não sabia se gostava. Gisele viu isso como um avanço, ela está determinada e não vai desistir tão facilmente como fez em suas vezes passadas.
— Você está com cheiro de cigarro.— Giselle comentou e riu.
— Se eu falar o que eu acho que o seu cheiro parece, você me leva pra delegacia de novo.— Ningning riu.
— Eu devia considerar em te levar pra lá, você roubou meu coração e toda minha dignidade.— Giselle sorriu.
Ningning riu e empurrou Giselle de leve no ombro.
— Sua brega!— Ningning disse.— Talvez eu seja uma ladra que você não queira lidar?
— Com certeza eu estou disposta a lidar com você, já faço isso há mais de dois anos.
— Idiota.
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