Capítulo. 13
— Ning-ssi, eu estou falando sério, me preocupo com você.— Giselle disse.
— E por que você se preocupa comigo?— Ningning perguntou com uma sombrancelha levantada.
— Porque eu gosto de você.— Giselle disse direta, encarando Ningning cara a cara.
— Você o quê?— Ningning se surpreendeu com as palavras de Giselle, teve que perguntar de novo para conferir se estava com problema auditivo.
— Eu gosto de você.— Giselle silabou.
Ningning arregalou os olhos, não conseguia formular uma simples frase, seu rosto estava completamente vermelho, mais vermelho do que os morangos que acabara de comer, Giselle colocou a mão na bochecha e riu da reação de Ningning.
— Isso... é uma pegadinha?— Ningning perguntou, estava nervosa.
— Não é uma pegadinha.— Giselle disse sorrindo enquanto admirava Ningning.
— Então por que você está sorrindo assim?— Ningning perguntou confusa.
— Porque eu estou te olhando.— Giselle respondeu simples.
— Você realmente...
— Eu realmente gosto de você.— Giselle disse com seu sorriso presunçoso.
— Não acredito! É impossível alguém falar isso com tanta facilidade!— Ningning cruzou os braços e bufou.
Giselle riu da atitude infantil de Ningning, se aproximou dela no sofá e sorriu.
— Por que você acha que eu não gosto de você de verdade?
— Porque... você se declarou de um jeito estranho. Não é assim que funciona...
— Então como funciona? Você pode me ensinar do seu jeitinho esquisito?— Giselle perguntou rindo.
— Meu jeitinho não é esquisito...— Ningning murmurou tímida, estava com vergonha.
— Não vai me ensinar como funciona?— Giselle perguntou paciente.
— Você... tem que ser carinhosa e provar de algum jeito que gosta da pessoa... é assim que funciona.— Ningning disse.
Giselle começou a acariciar o cabelo de Ningning e sorrir com a expressão envergonhada dela, fazia um carinho sorrateiro em sua orelha e bochecha, Ningning se arrepiou só de sentir o toque das mãos um pouco geladas de Giselle.
— Eu gosto do seu cabelo.— Giselle comentou e sorriu.
— O que você está fazendo?
— Você disse para eu ser carinhosa. Eu estou fazendo isso.
— Mas não desse jeito!— Ningning disse.
— De que jeito então?
Ningning ficou quieta, nem mesmo a própria sabia como expressar seus sentimentos, então não podia falar o jeito que queria os receber, pois não sabia como também.
— Entendi.
Giselle sorriu, se aproximou lentamente do rosto de Ningning, que se desesperou e não conseguiu se mexer, estava em pânico, então fechou seus olhos esperando algo.
— Por que você fechou os olhos?— Giselle perguntou tirando uma mecha se cabelo do rosto de Ningning.
— Eu... eh... Porra, para de brincar comigo!— Ningning disse empurrando Giselle.
— Eu não estou brincando. Eu gosto de você de verdade. Você deveria me dar uma resposta.— Giselle disse.
— Você está falando sério mesmo? Não é uma brincadeira de mal gosto.— Ningning perguntou cautelosa novamente.
— Eu já disse que estou falando sério.— Giselle disse.
Ningning não conseguia acreditar que alguém era capaz de realmente gostar dela, era algo difícil para se aceitar. Nem seu irmão e seu próprio pai gostavam dela, por que outra pessoa gostaria? Era algo complicado de engolir.
— E o que você faria se eu aceitasse seus sentimentos?— Ningning perguntou cautelosa.
— Chamaria você pra sair comigo e, no melhor dos casos, te pediria em namoro.— Giselle disse direta, por mais que estivesse nervosa, estava com um sorriso no rosto.
O rosto de Ningning ficou vermelho só de imaginar o que Giselle falava, pensou por alguns segundos. A ideia de sair com Giselle era tão ruim assim? Mas, por mais que Ningning tivesse uma rivalidade com Giselle, não queria a enganar ou machucar seus sentimentos.
— Você não precisa me responder hoje. Eu sou uma mulher paciente, ok?— Giselle sorriu.— Eu não quero que você se apresse com isso e... não tenho certeza se estou pronta pra escutar a resposta.
— Entendo.— Ningning murmurou em um fio de voz, ainda estava pensativa.
— Mas... pense com carinho, ok? Eu não sou de ferro pra aguentar palavras rudes e uma rejeição ao mesmo tempo.— Giselle disse sorrindo.
— Certo, vou tentar.— Ningning disse assentindo com a cabeça.
Ningning se levantou um pouco distante, encarou Giselle um pouco sem graça e tocou sua têmpora, era uma mania que achava que tinha largado.
— E-Eu... vou fazer o jantar lá na cozinha...— Ningning disse, se deu conta no mesmo momento e abriu um sorriso envergonhado.— Claro que é na cozinha, não podia ser em outro lugar. Isso foi besta, né? Eu... só estou indo pra lá, até depois!
— Até.— Giselle sorriu e deu um aceno breve.— Fofa.— Giselle murmurou.
Ningning foi rápido para a cozinha, estava bastante envergonhada e definitivamente corada. “O que foi aquilo? Será que eu enlouqueci? Qual é o meu problema?”
Giselle estava nervosa na sala, havia acabado de se confessar, seu rosto ficou vermelho apenas agora que Ningning havia saído e a vergonha bateu com mais força. Giselle pegou seu celular e ligou para sua amiga impacientemente até ela atender.
— O que foi, caralho? Não vê que eu não atendi? Eu podia estar transando.
— E você está?— Giselle perguntou.
— Não, mas se você me ligasse há dez minutos atrás, sim.
Giselle fez uma careta.
— Rosé, depois você me conta da sua vida sexual com o seu namorado.Agora eu quero te falar algo mais importante.— Giselle foi direta.
— Pode falar, estou prestando atenção.— Rosé disse parecendo desinteressada, pois Giselle nunca falava nada de interessante envolvendo sua vida.
— Eu me declarei pra ela.
— Não fode!— Rosé praticamente gritou.— Não, Chaeyeol, eu estou falando com uma amiga. Enfim, como ela reagiu?
— Não sei ao certo... mas, ao menos, ela não me rejeitou de cara. Ela está pensando.— Giselle disse.
— Seja otimista! Ela vai aceitar!— Rosé disse dando forças.
— Não sei... você sabe, é a Ningning de quem estamos falando.— Giselle suspirou.
— Tente agradar ela enquanto ela está pensando. Nem mesmo a Ning-nim pode ser tão má.— Rosé disse.
— E é disso que eu tenho medo.— Giselle disse.
— Você só dá azar. Está há vários anos sem se apaixonar e se apaixona justo por ela. Não é mais fácil sair e transar com qualquer uma?— Rosé disse.
— Queria que fosse assim.— Giselle bufou.— Mas você sabe que eu só consigo fazer isso com alguém especial.
— Sim, sim, eu sei. Ser demissexual deve ser difícil, já que você é quase uma virjona.— Rosé disse.
— Eu não sou uma virjona! Eu já fiz sexo...— Giselle se defendeu.
— Giselle, transar três vezes com a mesma pessoa não conta.— Rosé disse.
— C-Claro que conta!
— Tenta dar sorte de fazer com essa então. E compre camisinhas, você está nova pra ser mãe!— Rosé alertou.
— Que saco! Nem tudo é sobre sexo.
— Pra mim é, tanto que eu vou fazer de novo. Até depois!— Rosé desligou a ligação sem esperar respostas.
— Ela desligou na minha cara de novo!
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