𖠺 PRÓLOGO 𖠺
✿Há mais de 2.022 anos, em um planeta chamado Möir, o continente Swegment foi governado por seres poderosos. Eles eram conhecidos por celestiais. Seu povo dizia que eram os criadores da natureza, dos animais e da diversidade populacional que viviam mortalmente por eras ali. Desde o início dos tempos, a descendência dessa dinastia era repassada por reencarnações, nunca houve sequer uma interrupção entre um reinado e outro, mas os atuais líderes dessa época não desejavam ter que morrer para prosperar e esse era o caso de Förah e Hillya. Eles eram vistos como pai e mãe daquele povo, os governantes de um continente inteiro.
Eles são os patronos e responsáveis por Swegment, uma versão semelhante à pangeia da Terra e um grandioso planeta púrpuro, laranja, amarelo e verde. Suas florestas são altas, densas e perigosas, quaisquer intrusos espaciais — às vezes terráqueos, que são comuns com suas tropas de exploração — não durariam nenhum minuto, ainda mais sozinhos. Embora eles fossem experientes, a temperatura ambiente dali é agradável apenas aos nativos, pois a zona promove intensas chuvas ácidas, furacões de fogo e granizos de diamante que nenhum outro forasteiro seria capaz de suportar, mas é o bastante para os habitantes que convivem em harmonia com aquela natureza.
Só não se enganem, os povoadores são bem hospitaleiros apesar da hostilidade do planeta. Principalmente Förah e Hillya, ambos tinham grande fascínio pela pureza, cultura e essência de seu povo, ainda mais quando os humanos fizeram dali seu lar também. O casal vivia junto deles por séculos, mas eles queriam mais, desejavam mais. Os dois desejavam crescer e queriam aumentar sua própria linhagem sem ter que dar suas próprias vidas. No entanto, geneticamente, os celestiais eram inférteis entre si, por isso, Förah e Hillya decidiram expandir seus genes com os demais que o veneravam, o seu povo miscigenado.
E deu certo. Ao longo das décadas, Förah teve três homens, assim como Hillya que teve duas mulheres. Mas, jamais pense, nem por um segundo, que por serem solícitos com os visitantes eles também sejam ninfomaníacos. Em suas camas, não era qualquer um que dormiria com eles. Os amantes eram escolhidos em cima de certos requisitos que variavam desde a cor de pele até a personalidade, pois eles teriam a grande função de dar continuidade à linhagem. Assim como nas reencarnações, o nascimento das cinco crianças vinha com uma mentalidade sobre-humana, além de agilidade e força sobrenatural, mas diferente da denominação celestial eles eram chamados de dyns por conta de sua miscigenação. Entre os rapazes, o mais velho chamado Rudá, conseguia dominar o fogo tão bem quanto seu pai. Por isso, Förah temia que seu primogênito desonrasse a família, pois percebia que o seu declínio às forças das trevas era maior do que as virtudes da luz.
Seria perigoso continuar o criando sobre o mesmo teto, mas Swegment o idolatrava e era inegável como ele tinha certo domínio sobre eles, era digno de um rei sem dúvidas, apesar de sua personalidade.
Rudá é metade celestial, o que faz dele imortal, mas havia também a outra metade humana, aquela que o diferenciava dos dois seres supremos... E isso o destruía de dentro para fora. Era como se duas versões de si mesmo batalhassem por um lugar no trono, até que chegou um momento em que ele sucumbiu à escuridão. E por causa dela, Taird se tornou seu lar definitivo, uma fortaleza nomeada e construída pelo seu próprio pai para afasta-lo do mundo. Durante esses dois mil e vinte e dois anos, Swegment nunca foi o mesmo, mas para se entender melhor uma história é necessário irmos ao ponto mais importante: o princípio.
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