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Coisa de pirata

Ize cresceu ouvindo de seus pais que era filha da tempestade. Não que fosse, de fato, mas, no dia do seu nascimento, a embarcação comandada por seus pais estava quase sendo engolida pelas grandes ondas que açoitavam o navio. Quando, finalmente, se ouviu o choro da menina, as ondas também decidiram dar uma trégua. Queriam dar um "olá" para a mais nova pirata, que sempre esteve cercada por ondas, embarcações e um tanto mais de coisas que pertencem aos seus antepassados, como uma triste fama, não que a menina acreditasse em tudo que ouvia pelas cidades pelas quais passavam, mas uma hora as perguntas começam a querer fazer ninhos em nossas cabeças.

Aconteceu com Ize, e foi numa ida a um antigo vilarejo pelo qual seus pais sempre passavam, eles diziam que tinham negócios por lá, negócios que "apenas gente grande entende". A menina sabia o que aquilo queria dizer "fique dentro da embarcação". Não que ela fosse desobediente, aliás, passou a vida dentro da embarcação, o que tem de estranho em querer sair por alguns instantes? Era de se esperar que uma hora quisesse conhecer o mundo além-mar. Não queria saber bem o que os seus pais tanto faziam de negócio, mas, sim, o que aquelas construções feitas pelos homens, em terra firme, teriam de bom a oferecer. A vida de pirata não era nada fácil. Dar conta de tanta coisa em um espaço, por vezes, minúsculo, é bem cansativo.

Numa dessas idas ao vilarejo Celeste, a menina encontrou Jessy, uma garota para lá de inteligente, com quem fez uma grande amizade. O encontro entre as duas, no entanto, começou com os ditos "comentários" que os mais velhos fazem pelas redondezas. As coisas quase não terminam bem.

_ Perdeu o bando, piratinha? _ Disse Jessy se aproximando bem devagar.

Ize admirava umas maçãs, sua barriga estava seca, acordou bem cedo, pois precisava acompanhar os pais em mais um dia de negociação. Não que ela fosse fazer negócios, mas precisava estar de pé, sempre a postos, como seu pai dizia.

_ Bando? Não! Eu só estava...

Jessy não deixou que a pirata se explicasse. Aquela primeira conversa era apenas de acusação, a defesa deveria vir com o tempo. Mas Ize não era lá defensora. Mal sabia ela que a sua maior aliada era o (contra) ataque.

_ Estava fazendo o que sabe fazer de melhor: ROUBAR!

Um sentimento de angústia tomou conta da pequena pirata, que nunca tinha sido chamada tão diretamente de ladra. Os seus pais estavam certos quando diziam que não se deve confiar em gente que vive em terra, só sabem julgar.

_ Não roubei nada! Eu não comi, pois vim cedo com os meus pais e as mercadorias. Mas não roubei nada!

Jessy não acreditou, de primeira, mas fez questão de contar maçã por maçã, já que a sua mãe era a dona da banca. Ela sabia bem quantas deveriam ter, e quantas ficariam após levar duas.

_ Vem comigo! _ Disse Jessy puxando Ize.

Uma enquadrada? Papo de meninas.
As duas tiveram uma longa conversa... No final, adoraram aquela manhã. O momento mais triste do dia acabou sendo o da despedida. Mas as duas prometeram manter contato, e como não manter se dividiram o mesmo amor?

Tudo acabou bem, ou como "deu". Mais tarde, mas, tarde demais até, as perguntas visitariam a cabecinha da menina pirata, que recusou o jantar, levantando algumas suspeitas, já que comer é uma das coisas que mais gosta de fazer.

_ Você não tocou na comida... _ Dizia Diana

A menina fez uma cara de descontentamento.

_ É que estou sem fome!

Todos pararam, imediatamente, de comer. O silêncio logo tomou conta do ambiente, após a estranha fala de Ize, que logo em seguida completou:

_ Eu comi faz pouco tempo. Então, não estou com fome.

Mas a verdade sempre aparece, como dizem por aí. Após o jantar, Diana decidiu falar com a filha, aproveitou que o marido sempre ia conferir as coisas na parte de fora.

_ O que está tirando sua fome?

Não que dona Diana sempre iniciasse conversas assim com a filha. Mas, após 12 longos anos de tempos menos assustadores, a mulher sabia que era chegada a hora, sua filha era quase uma mocinha, logo iniciaria a fase da "rebeldia", como dizia o marido.

_ Vocês roubam? _ Ize perguntou sem hesitar.

Diana se assustou com a pergunta.

_ Quem te disse isso? _ Questionou a mulher.

O clima não estava muito agradável por ali.

_ Eu quero saber! Vocês pensam que eu não vejo os seus esforços para disfarçar os péssimos costumes do nosso povo?

"Costumes"? "Nosso povo"? Desde quando a pequena Ize aprendeu a falar assim? Pensava Diana que, com tantas acusações, estava bufando.

_ Que o seu pai não te veja falando assim, dona Yanize. Nunca se envergonhe de quem você é! Nunca rejeite a sua história. Não importa o que digam, ou que nos acusem. Somos a sua família. Nosso esforço é para te criar da melhor forma possível. Sempre.

Decepcionada? Talvez. Ize, além de dormir ainda cheia de dúvidas, agora se sentia culpada pelo aborrecimento da mãe. Aliás, como ela tinha tanta certeza de que sua filha sabia quem era? Essa era a segunda pergunta da menina, que teve uma de suas maiores noites naquele dia.

Ainda na mesma noite, conseguiu ouvir uma discussão entre seus pais. Tudo para completar o que já não estava tão bem.

Na discussão, o pai questionava Diana, sua mãe, sobre a educação pirata da garota. O que ficou dito, no fim das contas, faria Ize acordar cedo em busca do Baú da família. Queria descobrir quais eram as "coisas de pirata" que o seu pai tanto cobrou.

Foi uma noite bem longa...

-------> O dia seguinte --------->

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Tags: #pensamentos