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Traduzindo o diário

Oh de mim, onde o que antes me parecia uma dádiva ter esse dom com as letras, vem lentamente se transformando numa temível maldição. Em alguns dias de leitura após decorrida a expedição além da mata. Pude, não sem grandes esforços, compreender algumas passagens do que estava escrito nesse diário de enfermos.

Trouxe alguma luz sobre a provável origem dos nativos enfermos. Foram resgatados de uma tribo isolada que resiste a captura e se aloja densamente na mata evitando contato com europeus, eram chamados de Ka'yngua pelos jesuítas. Não se sabe ainda se os problemas da pele são causados pela ingestão de fungos e cogumelos venenosos, se pelos maus ares e água lodosa do pântano que cerca a tribo, ou simplesmente uma praga divina pela corrupção da terra.

Os padres estavam administrando uma mistura elaborada de ervas locais que os próprios nativos desenvolveram que parecia retardar o avanço dos cancros que tomavam a pele dos pobres diabos, mas a doença continuava avançando. Buscando compreender a situação que se encontravam, os padres trocaram correspondências com colonizadores na Ilha de Hispaniola em busca de casos similares, e o que li mais piorou meus temores do que aliviaram meu espíritos..

Houve relatos de um problema semelhante com a população africana escrava que quando contaminadas, ficavam num estado de estupor e demência parecendo controladas por uma força exterior. Expressões crípticas como "Bokur" e "Zumbi" se repetiam diversas vezes num contexto confuso que me escapava à compreensão. Infelizmente as cartas enviadas pelos colonos estavam perdidas na vila.


Os cativos que estão agora conosco, longe dos cuidados diários e compelidos a exaustão parecem piorar a cada dia, suas temperaturas corporais às vezes sobem unicamente para despencar repetidamente. Nesse estado frio, começam a não mais falar seu idioma nativo, mas se comunicar unicamente por resmungos e urros guturais. É notável também um comportamento violento dos infectados quando em estado de crise.

Vendo a situação precária dos nativos e os avisos dado pelo diário dos homens santos, clamei ao capitão que deixasse os guaranis infectados a própria sorte na mata e que voltássemos para Piratininga, pois a tribo de onde os infectados são originais se esconde a poucos dias de caminhada mata atendo, e seu perigo era iminente.

Mas ai de mim se o capitão não tomou procedência exatamente contrária aos meus pedidos. Exigiu-me sob pena de açoite que eu revele o caminho preciso até essa vila misteriosa. Entre o mal presente e o mal futuro, preferi-me a atender aos pedidos do capitão e rezo para que minha parca leitura do idioma de Castela nos coloque na direção certa ao povoado e rezo de novo para que a doença dos nativos não nos seja contagiosa e nos envolva em sua terrível sina.

E foi com esse pensamento que descansei minha cabeça antes de dormir, fazendo sonhar não só com a doença se alastrando por todo o corpo dos nativos, mas contaminando boa parte da bandeira e trazendo essa doença de volta para a vila. Vi homens civilizados atirando contra si, irmãos devorando irmãos, famílias inteiras destruída pela praga enquanto casas e estabelecimentos ardem em chamas junto aos corpos de contaminados, numa última tentativa de impedir uma doença ainda mais letal que fora a Peste Negra.

Que o mundo civilizado nunca mais sofra com uma praga dessas novamente, é o meu pedido.

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