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Capítulo 2

Oiê meus maravilhosos leitores 💞
Vamos de capítulo novo dessa obra inspiradora ☺️,mas antes quero agradecer a expledorosa capa nova feita pela capista:
MiCrying
do
AtelieElfico

Lhes apresento a capa nova 🤩

👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏
Maravilha 😍 adorei tudo, principalmente esse céu com os dedos quase se tocando, um simbolismo super importante para o livro.
Obrigada por essa obra prima, parece um quadro, uma moldura impecável 💞

Agora vamos de capítulo novo 😀

Capítulo 2

***********Um ano depois**********

Emilly Tonson

Olho para as minhas terras prevendo que as coisas vão ficar ainda piores do que já estão.
O pasto seco, fazia meses que não chovia. A terra precisava de água, água em abundância.
O gado que sempre foi gordo, robusto, estava ficando doentes, mal conseguiam ficar equilibrados nas suas patas. As gestações pararam.
O leite que até umas semanas atrás havia, para a fabricação de queijos, agora só restava um único caldeirão. Ou seja, assim que nós fabricarmos será o fim, mesmo que vendermos eles de casa em casa. Pois mau vai cobrir a dívida que acumulei durante o ano. Alto impostos, empréstimos e salários dos meus empregados atrasados.
Sei que eles junto comigo damos o nosso sangue por essa fazenda, mas o que procedeu depois do que houve com o meu esposo e filho é um ensaio doloroso da minha triste e miserável existência.

Crivilan se aproxima com aquela alegria de viver da mocidade.
Ele trabalha aqui desde os seus 15 anos e hoje em dia é o meu segundo no comando, sabe manejar as máquinas de queijada, dividi bem as tarefas, calcula os impostos. Sem ele eu já teria ido para a falência total assim que o meu cônjuge faleceu. Aprendi o essencial para ser uma fazendeira com este jovem rapaz.

___ Dona Tonson. Não conseguiu o caminhão de água, não foi? ___ Questionou se lamentando. Estreitando os olhos pequenos por causa do sol.

___ Não Crivilan, não querem mais nos ajudar, o banco negou o terceiro empréstimo. ___ Disse mirando em seus olhos castanhos. Mesmo assim o seu semblante feliz não desapareceu.

___ Espero por um milagre.

___ Se prefere acreditar em contos de fadas. ___ Dei de ombros.

Ele se afastou voltando a colocar o seu chapéu de couro, indo capinar o gramado seco com os outros no grande pasto. Aqui o gado terá um espaço mais amplo para eles.

As duas empregadas mais próximas a mim, Cris e Jorna, se achegam sem olhar diretamente na minha direção, olhamos para o nosso sustento indo para o ralo.
Sait mexe na palha seca, fazendo algo.

____ Vou fazer o almoço, já ajudei com as vacas, as alimentei, cuidei, estão mais limpas que eu, inclusive a baia.
___ Falou Cris.

___ Obrigada, você é um amor. Precisa de ajuda na cozinha? ___ Viro-me para elas.

As duas se entreolharam em seguida fixaram o olhar sobre a minha pessoa.

___ Não. Esqueceu que não cozinha conosco desde...

___ Eu sei, só quis ser prestativa. Sou uma péssima fazendeira, faz dois meses que não pago os salários de todos vocês e... ___ As duas pousaram suas mãos nos meus ombros.

___ Ficaremos contigo até o final. ___ Disse Jorna recebendo um olhar de aprovação de Cris.

___ Obrigado meninas mas...

Escutamos os homens da fazenda discutindo entre si e o Crivilan tentando apaziguar a briga.
Mira-mos a cena, quando me afasto das mãos amigas os sete empregados largam suas ferramentas de trabalho, marchando para perto de nós.
Sait fica na defensiva e logo se ergue ficando na nossa frente.
Dizendo que defenderia nós três.
Sait tem problemas mentais, o pai dele é um dos homens que pararam bem na minha frente, suas caras cansadas, queimadas pelo sol.
Sek o pai de Sait dá um passo chamando seu filho que não obedece.
Toco nos braços dele, cochichando no seu ouvido para obedecê-lo, ele me entrega um boneco feito de palha seca, agradeço dándo um beijo na sua bochecha e imediatamente ele vai ficando ao lado do seu responsável de cabeça baixa.
Seu pai suspira pesadamente, afagando a cabeleira loira do seu único filho.

___ Senhora... ___ Faço um barulho na minha garganta de desaprovação.
___ Dona Tonson. Estamos agradecidos por todos estes anos de emprego, a vida no campo é gratificante para todos nós.
Trabalhamos ao lado do Sr. Tonson com bastante orgulho.

Eles concordaram mutuamente.

___ Só que não dá mais para continuarmos aqui. Estamos dois meses sem receber e sabemos que até a comida que nos dar para levarmos algo para nossos lares em breve acabará. Tudo isso. ___ Apontou para as terras. ___ Vai virar pó. Essas terras ficaram secas, sem vida, infrutífera.
Antes era um paraíso agora virou um...

Ele iria concluir o que sei, no entanto permaneceu calado e com vergonha de si mesmo.

___ O quê tem em mente Sek? ___ Perguntei sabendo o óbvio, estava no meu destino todos me abadonarem.

___ Recebemos uma proposta muito boa em Dalas.

Só dele falar o nome desse lugar fiquei sem ar, porém disfarço a minha agonia.

___ Desculpe. Vamos trabalhar numa nova empreitada, iremos lá agora se não se importa. Temos que ganhar dinheiro vivo, não apenas alimento.
A Dona compreendi a gente?

___Seus engratos! ___ Resmungou Crivilan e ambos começam a debater em voz alta.

Com a tensão não havia reparado que Crivilan estava ali o tempo todo.
Com certeza sua paz interior se foi.

___ Espero...espero. ___ Disse baixinho fazendo os homens pararem de tanto arrumar confusão.
Todos desviaram os olhos para mim, olhando com imensa atenção.
___ Daqui a um mês vamos ter o dinheiro das vendas dos queijos e vou paga-los. Não vou deixar de pagar a dívida, além disso pagarei os fins recisorios. O meu contador Crivilan vai cuidar disso.

Vários pares de olhos sérios miram ele. Ele por sua vez apenas me fitava. Assentiu sem desviar o seu olhar.

___ Não esperaríamos menos que isso Dona. És honesta igual o seu falecido esposo. ___ Doeu ao ouvir, ainda doía lá no fundo. Abaixo a minha cabeça apertando o boneco.

Eles andaram de costas, meio sem graça, até que se viraram indo embora para sempre.
Sait gritava o meu nome todo, o olhei, ergui a mão direita dando um até logo, pois sei que ele sempre irá me visitar.
Em seguida corri feito um furacão, puxando a minha saia que arrastava no chão soltei o boneco confeccionado pelo Sait.
Meus empregados não me gritaram, eles sabiam para onde eu iria. Sempre faço isso derrepente.

Entro no cemitério da família Tonson.
Aqui está enterrado três gerações da família do meu esposo.
Paro em frente aos túmulos de Jonh e Ulisses, meus ouvintes das lamúrias.
Choro por não aguentar mais essas tribulações infernais.

___ Ulisses quando virá me buscar meu amor, não estou aguentando mais esta vida. A nossa fazenda esta morrendo, os campos estão secos, nada pranta, nada cresce, até os animais estão quase entregando os pontos.
Todos os homens da fazenda acabaram de me deixar a deriva, sem eles como vamos ariar a terra. Eu nas últimas semanas tive tantas idéias, porém como nada dá certo, até isto foi tirado de mim... diga-me o que farei, estou me sentindo perdida num labirinto. Diga-me o que farei?

___ Cheguei no momento certo.
___ Ouço uma voz suave pelas minhas costas, viro-me para olhar quem é, e me deparo com um homem alto, olhar pacificador, se equilibrando num graveto grosso de árvore.

O desconhecido parecia aqueles andarilhos, roupas gastas e usava uma bolsa feita de lençol agarrada com precisão em seu peito.

___ O quê o Sr. Disse?

___ Deus me enviou até a Senhora. Ele me mostrou. ___ Fala ele em seguida apertou os lábios se calando.

___ O quê!


___ "De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei
Diz o Senhor
Hebreus 13:5"

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