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Morgan Clark
Sento na cama e pego meu celular, ele está tocando e eu não consigo continuar com esse barulhinho idiota, então me cubro com o lençol e atendo.
"-Olá, é a Srta.Clark?- uma voz calma pergunta.
-É ela.- falo enquanto Nate beija meu pescoço.
-Seu contato apareceu aqui para que você fizesse uma entrevista como secretária do escritório Burns.- ela fala.
-Ah, é?- afasto a mão de Nate da minha coxa tentando não sorrir.- Eu não entreguei currículo nenhum.
-Bom, seu nome apareceu. Então pode vir aqui para fazer a entrevista?- pergunta.
-Eu não sei...
-O salário é bem generoso.- ela tenta me persuadir e eu me interesso.
-Olha, eu...- empurro Nate de volta para cama quando ele começa a morder meu pescoço.- Eu passo aí.
-Ótimo, vou mandar o endereço e o horário.- ela fala mais animada.- Obrigada pelo tempo.
-Obrigada você, por me ligar."
Deixo o celular na mesinha e olho para a lingerie já no chão, Nate me puxa de novo e rio quando ele fica em cima de mim, abraço seus ombros e minhas pernas fazem o mesmo em seus quadris.
-Quem era?- ele morde meu lábio.
-Era de um escritório...- abro os olhos.- O escritório da sua cunhada.- falo mais séria.
-Ah, que coisa interessante.- ele beija meu pescoço.
-Nate...
-Ocupado.- ele vai descendo até meus seios.
-Nate Copeland.- puxo a orelha dele e me sento com ele.- O que você fez?
-Nada demais...
-Pediu para Harper me dar um emprego?- franzo as sobrancelhas.
-Não, eu ia pedir, mas ela entendeu e eu nem precisei.- ele sorri.
-Não acredito nisso.- começo a sair da cama.
-Morgan.- ele bufa alcançando a cueca.
-Você contou para ela?- pergunto colocando o sutiã.- Contou para ela como eu ganho dinheiro?
-Ela já esteve na sua situação, não precisei contar nada.- ele explica calmo.
-Puta merda, Nate.- alcanço minha calcinha.
-O salário lá é bom e você não precisaria ficar mais naqueles dois cantos imundos.- ele mexe a mão me observando.
-É isso? Não quer ficar com uma pessoa que trabalha lá?- começo a vestir as calças.
-Não!- ele parece insultado.- Não, Morgan, não é isso. Eu não quero que você se mate de trabalhar.
-Você...- respiro fundo abotoando a calça.- Você é inacreditável.
-Obrigado?- levanta a sobrancelha.
-Eu quero bater em você.- coloco a blusa de qualquer jeito.
-Morgan, se acalma.- ele toca meu braço.- Eu fiz isso por que gosto de você.
-Arranjou um emprego para mim por que gosta de mim?- o encaro.- Vão achar que eu só entrei lá por você.
-Eles te chamaram para fazer a entrevista, não?- aponta para o telefone.
-É.- cruzo os braços.
-Então você ainda não está dentro.- ele acaricia meus braços e beija minha testa.- Depende de você, Morgan...
-Ainda sim, você não devia ter feito isso.- mordo o lábio.
-Desculpa, só quero o melhor pra você.- ele beija minha bochecha e suas mãos vão até minha cintura.
-Faz isso com todas as meninas?- pergunto e ele ri.- Quantas ex-namoradas suas vou encontrar lá?
-Nenhuma.- ele começa a me levar para a cama.
-Mesmo que a gente já tenha resolvido isso, eu preciso ir.- seguro os ombros dele.
-Falou que tínhamos mais uma hora.- ele faz bico.
-Seu castigo.- pego meu casaco e minhas coisas.
-Não gosto de castigos.- ele me segue.- Ainda mais quando eu fico de pau duro e você me deixa.
-Você sabe resolver isso sozinho.- ajeito meus cabelos.
-Seria melhor se você resolvesse para mim.- ele apoia o corpo na frente da porta e o observo.- Viu? Não consegue parar de olhar.
-Eu vou bater em você.- toco a maçaneta e ele não sai.- Nate.
-Com jeitinho.- ele pisca.
Sorrio lentamente e fico na ponta do pé enquanto apoio minhas mãos em seus ombros, meus lábios tocam os dele e minha língua provoca os cantos da sua boca.
Ele desliza as mãos até meus quadris e movo uma mão até sua nuca, Nate puxa meu corpo contra o dele e solta um ruído rouco quando me esfrego contra seu corpo.
Mexo a gente de canto e logo estou encostada na porta, Nate não me solta e eu vou dando selinhos para me despedir, ele ainda não dá indícios que vai me soltar.
-Tchau.- sussurro abrindo a porta.
-Tchau.- ele fala frustrado.
Saio da casa dele e vou até o elevador, e assim que aperto o botão, sinto a mão dele nas minhas costas e logo estamos nos beijando de novo e de novo.
-Nate.- falo contra os lábios dele.
-Não consigo deixar você ir.- ele me encosta na parede.- Fica aqui.
-Amanhã eu acordo cedo.- explico enquanto ele beija meu pescoço.
-A gente acorda cedo e eu te deixo.- ele dá uma sugestão.
-Nate.- sorrio.
-Eu faço o café da manhã.- ele morde minha orelha.- Levo na cama.
-Tentador.- sorrio.
-Você não vai me deixar triste, vai?- ele se afasta e me observa.
-Chantagem emocional não funciona comigo.- passo minha mão pelo abdômen dele.- Amanhã a gente se vê.
-Não gostei...- ele fala e o elevador abre.
-A gente se vê amanhã.- repito entrando no elevador.
-Você é uma pessoa má.- ele faz bico.
Sorrio e pisco para ele, Nate sorrio lentamente e o elevador fecha, encosto meu corpo no elevador e passo os dedos pelos lábios me sentindo bem de alguma forma que eu não entendendo.
A gente estava transando há uma semana e tudo que eu queria era voltar lá para cima e transar mais. Porém eu tinha tanta coisa para fazer que era impossível ficar aqui por mais tempo.
Cruzo os braços e lembro dessa entrevista de emprego na empresa de Harper, meu coração erra uma batida e me pergunto se ela só está fazendo isso por pena.
Eu iria lá, veria quanto eu ia ganhar e o que iria fazer. Então se eu achasse melhor que o que eu estava fazendo agora, eu ia aceitar a vaga que eles me oferecessem.
Precisava de dinheiro.
✩
Nate Copeland
Termino de fazer um relatório e solto um ruído de dor quando percebo que passei uma hora na mesma posição, me estico o tanto que posso por causa do terno e depois fico jogado na cadeira.
O dia todo foi cansativo e eu só queria um descanso ou uma soneca, a porta da sala abre e eu vejo um Dean irritado seguido por um Ethan com um bebê em um canguru rosa.
-O que houve?- pergunto tentando não rir.
-Você contou o o vidro da cobertura?- Dean pergunta com raiva.
-Foi.- assinto.
-Por que? Isso já faz dois anos!- ele cruza os braços.
-Eu tinha que me vingar.- mexo os ombros.- Estamos quites agora.
-Qual é o problema de vocês?- Ethan anda de um lado para o outro.
-Nenhum, agora eu estou totalmente em paz.- sorrio colocando os pés em cima da mesa.
-Me tirou de casa para isso?- Ethan olha para Dean.- Harper vai me matar se souber que Sabrina saiu de casa.
-É melhor você ir, então.- vejo a bebê dormindo.
-Eu ainda falo com vocês dois.- ele aponta o dedo para mim e para Dean.- Tem que parar de agir como criança.
-É um bom treino para você!- grito quando ele já está indo na direção do elevador.
-Você é imbecil.- Dean se joga no sofá.
-Você também.- devolvo e ele sorri.
Ficamos calados e meu celular vibra, Dean me olha estranho e eu pego discretamente vejo que são mensagens da Morgan e Dean levanta vindo na minha direção.
-Quem é?- ele pergunta.
-Ninguém.- escondo o celular.
-Se fosse "ninguém" você não estaria escondendo.- ele tenta pegar.
-Dean!- grito com raiva.
-Quem é?- ele grita também.
-Sai daqui, seu maluco!- puxo o cabelo dele.
-Ai!- ele empurra meu ombro e pega.
-Dean, não!- levanto tentando pegar.
-Morgan...- ele lê o nome.- Não!- ele vira de olhos arregalados.- Você e a ruiva.
-Fala baixo.- tiro o celular da mão dele.- Sav não pode saber.
-O que? Que você tá transando com a amiga dela?- ele sorri pervertido.
-Dean.- o encaro.- Eu gosto dessa garota.
-Gosta de transar ou gosta de verdade?- ele franze as sobrancelhas mais sério.
-Os dois.- mexo os ombros.- Por favor, a Sav não pode saber disso.
-A Sav não iria ficar com raiva...
-Ah, você não ouviu antes? Ela disse que a Morgan era perfeita para o tal Will.- aponto para um lugar aleatório.- E a Morgan iria me matar, se ela souber que mais gente sabe...
-Mais gente? Quem sabe?- ele pergunta confuso e eu fecho os olhos com raiva.
-A Harper.- explico.
-E ela não me contou?- ele pergunta fino.- Tenho que rever minhas amizades...
-Dean, promete que não vai contar.- peço.
-Claro que eu não vou contar, imbecil.- ele senta no sofá.- Mas eu quero saber.
-Saber o que?- me jogo na cadeira.
-Como aconteceu?- ele pergunta.
-Não posso contar.- balanço a cabeça, isso envolveria dizer onde conheci ela.
-Quanto tempo?- ele muda a pergunta.
-Uma semana.- respondo.
-Uma semana?- ele grita.- Achei que você era o único que não sabia guardar segredo!
-Eu sei.- sorrio com raiva.- Pronto? Vai embora?
-Como é?- ele sorri.
-É diferente.- mexo os ombros.- É só ver ela que eu fico duro. Ontem eu quase não consegui soltar ela.
-Você apaixonou nela desde o primeiro momento que a viu.- ele me observa.
-Eu não apaixonei...
-Ah, é? Então por que está com um sorriso bobo na cara?- ele aponta e logo paro de sorrir.
-Você não precisa trabalhar?- pergunto com raiva.
-Tudo bem, vamos deixar você pensar que só "gosta" dessa garota.- ele levanta.- Seu idiota.
Reviro os olhos e ele me deixa sozinho, fico pensando na primeira vez que vi ela e percebo que nunca aconteceu isso com nenhuma outra garota que eu conheci.
Talvez por que Morgan fosse a mulher mais bonita que eu já tivesse visto e eu apenas fiquei muito interessado. Agora meu foco principal era continuar com ela, resolvemos o problema ontem e ela estava de boa comigo.
Então esse era meu foco: ficar com ela.
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