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Capítulo 29- A leoa

Não havia escolha, eles precisaram correr com a Rebeca para a clínica, no carro foram Bangchan, Minho, Hyunjin e Jeongin. Hyunjin e Jeongin estavam no banco de trás com Rebeca, a segurando para ela não cair e não bater em nada, Minho corria como louco.
_ Eu não entendo, como ela ficou tão mal assim, era uma infecção, mas ela não teve mais febre e nem dor, por que ficou assim?_ Bangchan não achava uma resposta clara para o que acontecia.
_ Eu também não entendo Chan, ela estava ótima a uns dias a trás e agora..._ Minho apertava o volante com raiva, como tudo estava desmoronando, por que o sonho deles estava sendo destruído?
_ Já estamos chegando, logo vamos ter respostas. _ Hyunjin falou apontando a rua que dava para a clínica.
Minho estacionou o carro as pressas e Bangchan abriu a porta para Hyunjin sair e carregar a Rebeca em seus braços, Jeongin veio em seguida.
Eles entraram com tudo na clínica, a secretária não falou nada, vendo a situação ela apenas fez sinal para eles a seguirem para uma sala médica, fez sinal para colocarem a garota na maca e saiu em seguida.
Jeongin não se sentiu a vontade com aquela secretária, era estranha, talvez por ser humana, mas sua raposa o deixava em alerta.
A doutora chegou as pressas na sala e os viu rodeando a hibrida.
_ Preciso de espaço pessoal. O que aconteceu?_ ela pegou o estetoscópio e começou a examinar a garota.
_ Não sabemos, a febre e a dor passaram, mas ela se sentia fraca, dormia muito e hoje teve esse desmaio e não reage._ Minho estava aflito, para a doutora era novidade ver um alfa tão preocupado com uma ômega.
_ O pulso está muito fraco, a respiração também, vou entrar com uma medicação na veia. Preciso que segurem ela firme. _ a leoa foi até o armário e pegou uma ampola preparando uma injeção enquanto Bangchan e Hyunjin seguravam o corpo de Rebeca.
A leoa os olhou uma última vez para acenar em confirmação antes de aplicar a injeção na veia do braço de Rebeca.
Em segundos a ômega abriu os olhos em tom púrpura e rugiu tentando se levantar mas Bangchan e Hyunjin a impediram, Jeongin segurou a cabeça dela e ficou fazendo carinho para a acalmar. A gata olhava para todos os lados assustada, mas vendo seus amados ao seu lado ela foi se acalmando e adormeceu.
_ Ainda bem que ela acordou. _ a leoa suspirou aliviada.
_ O que você deu para ela?_ Minho ficou desconfiado, a leoa foi certeira no medicamento.
_ É um coquetel, com adrenalina e insulina, faz o corpo acordar, é para o caso de estarem tendo uma parada cardíaca ou mesmo morrendo por outro motivo, se ela não reagisse a isso, vocês a perderiam._ todos ficaram em silêncio, quase perderam sua amada, sem nem mesmo saber o motivo. _ Vou fazer um novo exame, acho que a infecção piorou mesmo não dando sinais, é a única explicação para ela ficar assim.
A leoa fez sinal para eles saírem da sala, eles aceitaram e esperaram fora da sala. Depois de uma hora a leoa saiu com a gata na maca.
_ Vamos levar ela para um quarto para descansar. _ eles a acompanharam até o quarto e ajudaram a colocar a ômega na cama a cobrindo em seguida, a leoa preparava um soro que colocou no braço da garota e ligou eletrodos no peito dela para monitorar o coração._ Ela teve uma parada cardio respiratória, a infecção piorou, vou precisar que ela fique aqui para tomar os medicamentos, infelizmente agora só os injetáveis farão efeito.
_ Mas ela vai melhorar? _ Minho perguntou, estava nervoso por deixar a ômega lá.
_ Vai sim, os sinais já estão estáveis. Um de vocês pode ficar aqui com ela para a acompanhar, mas sugiro ser o beta. _ ela olhou para Jeongin que sentiu um calafrio._ É que meus pacientes podem ficar agitados tendo alfas grandes como vocês aqui, eu só cuido de ômegas e betas aqui, eles se sentem seguros não tendo alfas por perto.
Os rapazes não gostaram da ideia, mas já que era preciso fariam esse sacrifício.
Eles se despediram de Jeongin e pediram para qualquer coisa correr até eles, ficariam em um hotel a duas quadras da clínica. O raposo ficou no quarto sentado ao lado da gata segurando sua mão.
Os alfas foram para o hotel tristes por não poderem levar a gata de volta para casa. Torciam para logo ela melhorar e voltar com eles, Hyunjin achou melhor voltar para casa para avisar os outros que deveriam estar mortos de preocupação.

Felix fez o que a gata havia pedido, foi até a caverna para cuidar da onça, mas chegando lá viu uma cena grotesca.
A onça estava se transformando em humano, mas não da forma como os híbridos faziam era semelhante a um filme de lobisomem, a onça se contorcia em agonia gemendo enquanto suas presas, garras e pelos caiam, seu corpo perdendo a forma animal e mudando para humano. Felix ficou em alerta com suas garras e presas a postos.
A onça por fim agora era um rapaz jovem, loiro de pele clara, ele se virou para o Felix e mesmo cansado ele se sentou no chão ofegante.
_ Você é amigo da gata? Onde ela está?_ o rapaz falava bem, se não fosse pela transformação bizarra, diria ser um híbrido, pelo menos cheirava a um.
_ Você enganou ela, quem é você afinal?_ Felix rosnava, esse cara poderia fazer algum mal a pequena ômega.
_ Meu nome é Anthony, sou médico de híbridos. Meu pai e eu fomos enganados por uma mulher, uma alfa, ela diz ser médica e ajudar os mais fracos, mas ela é cientista que faz manipulação de genes, faz meses que fiquei na forma animal, ela aplicava uma droga para eu não conseguir voltar ao normal. Ela queria que eu pegasse a ômega, mas como falhei ela tentou me matar. Se não fosse pela ajuda da ômega eu teria morrido. _ o rapaz estava aliviado por voltar ao normal, mas estava preocupado pela ômega. _ Acho que só voltei ao normal porque não recebo doses da droga a quase dez dias. Você precisa ajudar a ômega, ela tomou alguma daquelas drogas.
_ Mas quem era essa mulher que te manipulou?_o loiro guardou as garras e presas.
_ É uma leoa, alta e loira, ela está na clínica que meu pai e eu cuidavamos._ isso foi um choque para o loiro de sardas, era a médica que cuidou de Rebeca e agora ela foi levada para o covil daquela leoa. Rebeca tinha toda razão em não confiar em leões. _ Preciso ir para casa, vamos! Ela está em grande perigo.

Na clínica, Jeongin estava sentado observando a gata que ainda dormia, mas percebeu quando a alfa entrou no quarto e puxou uma cadeira para ficar de frente para Jeongin e Rebeca.
_ Fique tranquilo, ela vai dormir até a infecção aliviar, daí ela acorda. _ a leoa se sentou e cruzou as pernas olhando para o raposo.
_ Eu entendo... Só quero que seja logo._ o raposo não se sentia muito a vontade perto da alfa.
_ Você é uma raposa muito linda, queria te ter no meu bando. _ a leoa o olhava de cima a baixo, sua pupila violeta deixou o raposo nervoso. _ Não se assuste! Vou levar vocês dois comigo, a gata pertence ao meu irmão, seus dois olhos principalmente.
O raposo entendeu tudo, ela era do bando do alfa que atacou a ômega. Ele foi se levantar mas sentiu uma picada dolorida no pescoço, seu corpo tombou imediatamente e ele apenas viu a secretária com uma seringa na mão ao seu lado antes de perder a consciência.
_ Meu novo pet, será bem adestrado diferente daquela onça. _ a leoa acariciava o cabelo negro de Jeongin.
_ Os outros ômegas já estão no caminhão, só falta esses._ a secretaria guardou a seringa em seu jaleco branco.
_ Perfeito, quando chegarmos na mansão vou começar a administrar as drogas neles, os outros vão para as festas proibidas, esses dois são especiais, um para mim e um para meu irmão Izac, ele vai ficar muito satisfeito.
A leoa sorriu saindo do quarto enquanto dois híbridos semi transformados entravam para carregar Jeongin e Rebeca.
A ômega sempre esteve certa, mas agora era tarde demais para eles.

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