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O inimigo é a Ordem


*


Joran apoiou-se em uma árvore, ocultando-se dos olhos inimigos. Eram poucos, mas suficientes para causar um grande estrago no exército aliado. O espírito castir tomou a dianteira do exército, fazendo as vezes de batedor. Precisava ter uma ideia do que encontrariam adiante e, também, se certificar de que os planos correriam bem.

As unhas dele resvalaram na bochecha como se estivesse tentando se livrar de uma coceirinha qualquer. Na realidade, nada sentia fisicamente, além do poder que emanava das correntes mágicas do mundo. Estreitou os olhos, como se estivesse forçando a vista para ver mais do que estava diante de si. Era apenas um tique que a morte não lhe tirou.

Ele correu para outra árvore. Os passos eram leves, quase inaudíveis e não chamaram a atenção dos inimigos. Joran inspirou fundo, fazendo uma careta para o cheiro de podridão que uma ligeira corrente de ar levou para ele. Era a primeira vez que se deparava com as Sombras que Virnan descreveu e realmente lhe surpreendeu o fato de aparentarem serem humanos comuns.

Retirou a espada da bainha devagar, lançando um olhar para o mago Anton oculto por outra árvore, metros atrás. Ao lado dele, Jeil e Iberion conversavam através de gestos secos, decidindo a melhor abordagem. Joran ainda não sabia o que pensar sobre aquelas pessoas. Não tinha certeza da forma como poderia enxergá-los. Eram humanos, mas se pareciam com aurivas e mantiveram algumas de suas tradições com o passar dos séculos. Ele não estava certo se isso o deixava receoso ou irritado.

Os axeanos decidiram atacar pelo flanco esquerdo, fornecendo uma distração para que Joran pudesse matar as Sombras. Eles adiantaram o passo, passando por gravetos e folhas secas quase sem ruído.

Enquanto estivessem na forma humana, os axeanos poderiam ferir as Sombras. E se o espírito castir desse uma "ajudinha" fornecendo um pouco do fogo da sua magia espiritual, se tornariam um grupo pequeno em tamanho, mas poderoso em habilidades.

Foi Jeil o primeiro a atacar, despencando de uma árvore sobre os inimigos que passavam debaixo dela. Ele não empunhava nenhuma arma e quando pousou sobre a primeira sombra, Joran compreendeu o motivo de Tamar ter pedido que ele levasse aqueles humanos consigo.

Jeil era um manir feroz. Os braços longos permitiam que as mãos alcançassem os pontos vitais dos adversários sem expor seu próprio corpo. Ele tinha movimentos ligeiros e elegantes, mas nem de longe poderia ser comparado com um manir florinae. Iberion era a personificação desse fato. Seu modo de lutar era semelhante à aparência que tinha: brutal.

Diferente deles, Anton era a calma em pessoa. Em vez de atacar usando o manibut, ele optou por usar a parca magia que possuía, criando uma fina camada de gelo no chão e dificultando a movimentação das Sombras. Manipulava a magia de forma a facilitar as passadas dos companheiros e isso impressionou Joran.

Uma ponta de sadismo fez Joran permanecer quieto em seu esconderijo, apenas assistindo enquanto se perguntava quanto tempo eles aguentariam. Era errado, injusto e cruel, ele sabia. Contudo, o orgulho deminara lhe pesava lembrando-o do quão poderoso seu povo era e, no entanto, naquele momento, dependia do auxílio de reles humanos para sobreviver e trazer o equilíbrio de volta ao "Todo".

Piscou algumas vezes, aclarando a mente e afastando esses pensamentos daninhos. Jeil foi lançado contra uma árvore e o som de ossos se partindo sobrepujou ao da espada que agora Anton empunhava com habilidade. O som do metal se chocando contra a arma do seu adversário, causou uma estranha euforia no espírito.

Iberion urrou de fúria quando a lâmina do seu oponente rasgou-lhe o peito em um golpe transversal, que teria sido fatal se ele não tivesse percebido o movimento e saltado para trás. Ele caiu sentado, surpreso por ainda estar vivo. Rolou para o lado, a fim de escapar de novo golpe.

A sombra que combatia começava a transmutação. Ibérion não estava com nenhuma vontade de morrer nas mãos do primeiro oponente do dia. Rolou novamente, apenas o suficiente para conseguir voltar a ficar de pé, então aproveitou o momento em que a Sombra ergueu a espada acima da cabeça e jogou-se contra ele como se fosse um touro selvagem. O empurrou contra a árvore mais próxima, as mãos habilidosas percorrendo todos os pontos sensíveis do corpo, ainda humano, dele. Quando finalizou, juntou a cabeça dele entre as mãos e girou com força, quebrando o pescoço.

Admirável, Joran pensou. Mas todo aquele esforço era inútil se não tinham magia espiritual. Ibérion cuspiu sangue no chão e partiu em busca do próximo adversário, enquanto aquele que acabara de quebrar o pescoço, começava a se recuperar.

— É um bom momento para nos ajudar! — Gritou Anton.

Joran sorriu de lado, dando de ombros. Saiu do esconderijo, brandindo a espada em busca do primeiro oponente, enquanto fazia a magia jorrar para fora de si. Chamas se alastraram pelo chão, cercando-os.

Os três manir enfiaram suas armas no fogo e as labaredas percorreram as lâminas, mas não ultrapassaram as guardas das espadas. Munidos pelo reforço mágico e espiritual, eles fizeram a luta tomar outro rumo.

**

— Aqui — disse Tamar.

Brenum interrompeu a caminhada e fez um gesto para os homens.

— Cavem aqui — ela orientou e os soldados iniciaram a escavação no local indicado.

Tamar estreitou o olhar, tentando não se importar com a atitude de Brenum. Ele não estava contente de seguir as ordens de uma ordenada e deixava isso claro em cada mirada que lhe dirigia. Normalmente, ela agiria com a diplomacia condizente ao que o problema exigia, mas o fato de fazer parte de um Círculo interferia na sua personalidade fundindo alguns traços das amigas na sua. Era bem difícil controlar o desejo latente de provocá-lo e tripudiar sobre os atos dele, como Virnan ou Fantin certamente fariam, então se mantinha rigidamente séria.

Ela tomou um gole da água que um soldado lhe ofereceu com um sorriso gentil. Afinal, a opinião de Brenum não era a mesma de seus homens. Devolveu o odre para o soldado e observou o trabalho com apuro.

— Acha que dará certo, Mestra?

Ela ergueu a vista para Miquéias, pensativa. Foi sincera:

— Não sei. Algo além da morte é certo nesta vida? — Devolveu.

O manir sorriu ante a resposta. Ele apreciava a calma daquela mulher, bem diferente da de Virnantya Dashtru, que poderia ser descrita apenas como frieza e desprezo.

— Isso não é trabalho para um guerreiro! — Queixou-se Brenum.

— Você parece ansioso para encontrar o inimigo, Comandante. Talvez devesse se contentar por ainda não ter acontecido. — Miquéias repreendeu-o, descontente com a rudeza das palavras dele para Tamar.

Axen era um reino naturalmente desconfiado e moldado na guerra. Seus habitantes não costumavam recorrer à Ordem, mas respeitavam sua existência e nobreza. Infelizmente, homens como Brenum e seu falecido irmão, Loyer, faziam parte de uma geração que acreditava ser superior graças as suas habilidades de combate e, assim, não deviam consideração a ninguém.

— Compreendo que é um trabalho desgastante, mas o sucesso do nosso plano dependia de conseguirmos ocultar esses canais de água e barris de óleo do exército inimigo, quando eles passassem por aqui. — Tamar falou devagar, como se estivesse lidando com uma criança birrenta. De certo modo, era assim que enxergava Brenum. — Pode ser entediante para você, Comandante, mas vai nos agradecer depois, pois isso irá poupar as vidas dos seus homens.

***

— Como é que isso foi acontecer? — Emya inquiriu. — Como "ele" conseguiu se infiltrar na Ordem?

Ela mantinha o olhar na flecha que a irmã lhe entregou. A mão de Marie sentou em sua cabeça, forçando-a para baixo, enquanto outra dezena de flechas ordenadas se aproximava.

— Creio que não se trata disso. Preciso ir até nossa tia, mas antes tenho que entender o que está se passando. — Marie respondeu, misteriosa.

Olhou para Voltruf.

— Você se importaria?

O espírito removeu o círculo mágico de contensão e Marie sentou uma das mãos na terra seca, enquanto mantinha a outra sobre a testa. Tantos dias em Flyn lhe ensinaram muito sobre a natureza do seu poder e o que fazia naquele momento se assemelhava a magia de integração que Bórian utilizava, contudo possuía um objetivo diferente.

Com efeito, Marie adaptou os novos conhecimentos aos já adquiridos na Ordem. O fato da natureza incomum do seu poder lhe permitir saber como a magia alheia funcionava, tomá-la para si e utilizá-la a seu favor sempre a assombrou, mas era diante de situações como aquela que compreendia o motivo de Lyla ter influenciado suas escolhas e as das amigas até cruzarem o caminho de Virnan.

Havia coisas que somente ela poderia fazer e perceber.

Cerrou os olhos, concentrando-se. Desde o momento que adentrou naquela floresta Marie soube o que ela era e a temeu tanto quanto ficou fascinada. A cada passo percorrido, ela sentia o chão vibrar sob seus pés, como um leve pulsar. Além disso, a magia que a envolvia era perceptível para qualquer mago. Entretanto, as habilidades da mestra a permitiam reconhecer a profundidade daquele poder como se fosse o ar que respirava.

A Floresta de Pedra estava viva.

Se tivesse sonorizado isso, certamente alguém a chamaria de louca. Mas quanto mais fundo Marie insinuava a sua visão, maior era a certeza. A magia da floresta fluía por incontáveis veios mágicos distribuídos abaixo do solo; veios que um dia foram as raízes das árvores mortas e petrificadas na superfície.

Aquela visão fascinou a mestra exatamente como aconteceu quando ela mergulhou em Zarif com a pretensão de cortar a união dele com Érion. Ela inspirou fundo e expandiu sua alma mágica. Agora que tinha certeza sobre a natureza da floresta, podia se permitir "viajar" pelos veios sem se deter neles. Era uma experiência diferente das que vivenciou com Virnan.

— As flechas estão vindo em intervalos regulares agora. — Observou Voltruf.

Emya concordou e Fenris gritou algo a respeito disso para os homens. Aos pés dele, Verne gemeu pressionando o ferimento. Ele murmurava ordens e observações para o cavaleiro. Emya encarou a irmã como se ela fosse um animal, com o qual havia acabado de se deparar. Concentrou-se no rosto impassível e no suor que brotava da testa dela em contraste, então dedicou-se a analisar os homens na formação.

— Acha que podemos sair do campo de ataque deles? Retornar para as árvores? — Perguntou para Voltruf.

— Sim, é possível. Elas nos forneceriam uma boa cobertura e o fato de estarem petrificadas ajudaria bastante contra o fogo. Bloquearei o máximo de setas que conseguir. — Ela garantiu.

Emya se voltou para Fenris, gritando o que planejavam e ele começou a berrar ordens para os homens. Uma mão gelada sentou no braço de Emya e ela quase gritou de susto. Marie a encarava, ofegante. A mestra tocou o chão, fazendo uma parede erguer-se entre a pedra em que se escondiam e a árvore na qual Fenris apoiou Verne. A irmã e Voltruf a seguiram, quando ela correu para a nova proteção.

A ânsia de explicar o que se passava quase fez de Marie um alvo. Atenta, Emya jogou-se sobre ela e rolaram pelo chão até pararem atrás da barreira que a mestra ergueu. As duas se fitaram longamente, entregues aquele curto e assustador momento que as pessoas tendem a viver, após se darem conta de que estiveram bem próximas da morte.

Aproveitando o intervalo que se seguiu no ataque, Voltruf mancou até elas e, juntas, reuniram-se ao Lorde e Fenris.

Preocupada com o ferimento do marido, Emya se pôs a analisá-lo com apuro; a gravidade da ferida era revelada pela quantidade de sangue nas vestes e chão. Contudo, Lorde Verne esforçava-se para manter uma pose inabalável. Poderia ter funcionado se ele conseguisse ficar de pé e não fizesse um som ruidoso a cada vez que respirava.

Gentilmente, Marie afastou a irmã para o lado. Tinha pressa de colocá-los a par do que se passava, mas Verne precisava de ajuda imediata ou acabaria por morrer. Sentou a mão sobre a ferida do cunhado e cerrou os olhos. Olhar para as feridas de um não-mágico quase não lhe exigia o uso da magia, pois não havia veios mágicos, apenas veias comuns, músculos e sangue.

Abriu os olhos, deixando-os cruzar com os de Verne. Ele forçou um sorriso, ainda tentando parecer firme. O rosto dela exibiu a costumeira expressão confiante de quem fizera aquele procedimento milhares de vezes. Marie retirou o punhal que Verne costumava carregar na cintura e o fez morder o cabo, um claro sinal de que o que estava prestes a fazer iria causar muita dor.

O badir meneou a cabeça positivamente, quando ela gesticulou para Fenris e Emya, pedindo que o segurassem firme, ao que foi prontamente atendida. A mão da mestra começou a brilhar suavemente. A luz que emanava cresceu e, sem aviso, Marie golpeou o ferimento. Lorde Verne cravou os dentes no punhal, sentindo a ponta da flecha rasgar carne e entranhas atravessando seu corpo até sair dele.

As mãos de Marie voltaram a brilhar, mas desta vez o objetivo era curar. Ela encarou o cunhado outra vez, buscando a aprovação para continuar. Não tardou para que ele voltasse a sentir dor provocada pela cura.

— Impressionante. — Voltruf falou.

Pelo que sabia, não havia sequer um mago-curandeiro em Flyn que pudesse curar um ferimento como aquele tão rápido. Estava quase certa de que as cicatrizes do lorde seriam mínimas, quiçá invisíveis.

— Acho que fiz essa mesma expressão quando vi um mago ordenado reunir carne e ossos do braço do meu irmão, após ele ter perdido uma briga em uma taverna. — Disse o soldado que estava próximo de Voltruf. Ele sorriu, desconcertado com a lembrança e complementou: — Foi muita sorte que ordenados estivessem pousando por lá na ocasião.

Os lábios de Verne tremiam quando ele deixou o punhal cair no colo, sentindo o gosto do couro que envolvia o cabo. Ele segurou as mãos de Marie, agradecendo-a em silêncio, enquanto Emya fez o mesmo ao apertar o ombro dela levemente. Palavras não eram necessárias para expressar tais sentimentos.

Marie assistiu novo conjunto de flechas atingir a formação dos soldados.

Eles mudaram a formação outra vez e os arqueiros revidaram o ataque. Ela percebia o cansaço que começava a tomar conta dos homens, após tantas variações da formação e da força que empregavam para usar arcos como aqueles, repetidamente.

A mestra fez um movimento ligeiro e argolas semelhantes as que Fantin costumava conjurar, envolveram seus pulsos. Traçou gestos fluídos no ar e espalmou as mãos. Metros adiante, pequenas colunas de terra e rochas se ergueram a frente dos soldados e eles desfizeram as formações para se abrigar atrás delas, evidentemente aliviados por se livrarem do peso dos escudos.

A ordenada esticou o braço para Voltruf e ela tornou a acender o círculo de contensão para lhe permitir a palavra, perguntando:

— Toda a sua Ordem cura dessa forma? — Ela mirava o chão, encarando o sangue escorria da sua panturrilha.

— Tente não virar alvo de novo — Marie sorriu para Verne, então mirou o espírito. — Somos curandeiros, então sim.

Ela retirou uma faixa de tecido da bolsa que carregava e envolveu o ferimento do espírito.

— Espero que não se importe de cuidarmos disso depois. Não estou bem certa de como curar um espírito e acredito que precisaremos de um pouco de calma para que você me explique o passo-a-passo — se pôs de pé.

— Já estive pior. Se não estivesse usando magia, certamente já estaria me curando.

Fenris anunciou:

— Vamos sair daqui e surrar esses cretinos!

— Não podemos. — Marie retrucou. — Neste momento, o nosso inimigo é a Ordem.

— Temo não ter entendido bem. — Verne aceitou a mão de Emya para se apoiar e ficar de pé, enquanto ela mostrava a flecha ordenada que ainda segurava. — Como é possível?

— Pelo o que notei, o ataque inicial foi mesmo feito pelo exército de Érion. Mas, depois, a Ordem tomou seu lugar. — Marie explicou.

Ela mesma sentia-se um pouco confusa, mesmo tendo conseguido visualizar o que se passava.

— Voltruf falou sobre este lugar quando adentramos nele. Ao longo do caminho vimos muitas ilusões e o que estamos vivenciando agora não é diferente. Estamos dentro de uma grande ilusão projetada pela Floresta de Pedra. Nós estamos atacando o grupo de Melina e eles a nós. E enquanto isso, pensamos que estamos próximos do fim da floresta, mas na verdade ainda faltam alguns quilômetros até que alcancemos a Cidade dos Eleitos.

— Estou muito confuso agora — Fenris escorregou uma mão pela testa. — As coisas nunca são fáceis quando precisamos.

Nas barreiras, o comandante dos arqueiros gritou ordens, constatando que o estoque de flechas baixava rapidamente.

— Você quer dizer que estamos sendo manipulados? — Emya se manifestou.

Voltruf soltou um "Ah!" emburrado. O líquido que moldava como chicote circulava à volta do braço dela como um estranho bracelete. O movimento era quase hipnotizante.

Faz sentido. A floresta está se alimentando dos nossos medos e desespero, fornecendo meios para que eles aumentem. — Sentou uma mão na cintura. — Quando ainda éramos jovens no Templo Castir, um dos vigias aceitou uma aposta boba com os companheiros e adentrou nesta floresta. O encontramos três dias depois. O corpo dele estava bem, mas sua alma havia desaparecido, assim como ocorreu a todos aqueles que resolveram percorrê-la.

— E mesmo assim traçaram planos para que viéssemos para cá?! — Emya rosnou.

— Você não entende. — Voltruf fez um ligeiro beicinho. — Todas as outras rotas estariam vigiadas demais. Não teríamos chance. A floresta costumava ser inofensiva para os castir e como Marie e Melina possuem um ligação com Virnan, a aura mágica delas nos manteriam a salvo.

— Então, o que deu errado?

— Presumo que não calculamos o quão poderoso Érion se tornou. Esquecemos que ele teve 600 anos para aprender a usar o poder da floresta a seu favor.

Verne respirou fundo. Ainda passava a mão sobre o buraco que a flecha deixou na couraça, nervoso.

— Estamos mesmo cercados?

— Sim. — Marie respondeu com vigor. — O que há a nossa frente é apenas um desfiladeiro. O mesmo acontece ali e ali — ela abriu os braços para demonstrar as laterais do terreno. — Nossa única saída é retornar por onde viemos, contudo as Sombras estão vindo por lá. Iremos encontrá-las em breve.

— Péssima situação — Verne bufou, pronto para berrar uma quantidade absurda de xingamentos contra a situação que estavam vivendo desde que saíram da Ilha Vitta.

— É um momento adorável. — Voltruf ironizou, fazendo seu bracelete de água deslizar para a perna machucada. — Nossos verdadeiros inimigos estão prestes a nos atacar pelas costas, mas não podemos nos concentrar neles porque nossos aliados estão nos alvejando.

— Alguém tem uma ideia que possa nos tirar desse problema? — Fenris coçou o queixo, fitando as flechas se acumulando nas barreiras que Marie criou.

— Você pode ir até a nossa tia, certo? — Emya perguntou para Marie. — Pode avisá-la...

A irmã mais velha balançou a cabeça.

— Eu posso ir até ela, mas não poderei retornar para cá. — Explicou. — E isso nos deixa com outro problema. Quando fiz minha análise deste lugar, descobri que nossa tia se afastou dos ordenados. No momento, ela está mais próxima de nós do que deles.

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