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Capítulo 1

Lydia apertou tanto o despertador em suas mãos, que quase o estilhaçou. Ela nunca havia estado em uma escola de verdade. Tudo o que conhecia eram fórmulas sobre poções e feitiços, e o único lugar onde havia estado na vida, era na Comunidade Bruxa, que ficava em um lugarzinho desconhecido entre os Estados Unidos e o Canadá.

Naquele momento, com dezessete anos completos, a moça sabia que não poderia fugir mais do seu destino: entrar no mundo dos humanos sem magia e descobrir uma fórmula de eternizar e de deixar seguro, o Grande Segredo das Bruxas.

Era uma grande missão, ainda mais que Lydia sabia que não poderia ir de vassoura para o seu mais novo e único colégio. Porém, contra todas as regras que lhe foram impostas antes de sair e se imigrar para a pequena cidade de East Valley, ela decidiu que usaria sim, a sua bota roxa enrugada.

Era um adorno completamente bruxo, ela ouvia a sua tia falar em sua mente, mas quem pensaria em uma bruxa de verdade em um colégio de Ensino Médio?

Lydia estava enganada ao pensar que estava imune, pois ao colocar o primeiro pé no saguão, todos os outros alunos já a haviam notado.

― Ela tinha tudo para ser uma Barbie, mas de algum modo, se veste como uma bruxinha ― disse um sujeito com cara de cavalo, que estava parado em frente a um dos bebedouros que ali haviam.

― Pegou a roupa emprestada com a sua tia-avó? ― perguntou uma garotinha loira de um metro e cinquenta e poucos.

"Talvez eu seja uma bruxa que usa as roupas da tia-avó!", Lydia pensou com ironia, enquanto avançava por aquele mar estranho de seres, que pareciam somente estar ali para notá-la.

― Você é muito bonita ― disse um sujeito alto e de cabelos tão louros quanto o sol ―, mas poderia usar roupas que destaquem mais a sua beleza. ― O sujeito olhou para Lydia de uma maneira total, o que fez a garota revirar os seus olhos cor de mel em protesto.

― Eu gosto completamente do meu visual ― ela respondeu de forma afiada.

― Porém eu só acho que uma gata como você, deveria mostrar mais o que tem!

O rapaz retirou uma mecha vermelha dos cabelos de Luiza e a colocou atrás de sua orelha. Ela ameaçou vomitar e morder o rapaz, como uma forma de protesto, porém, antes mesmo que a bruxa pudesse lhe mandar uma magia, ela se deparou com outra silhueta, parada bem ao seu lado.

O rapaz que a cercava agora era alto, tinha o cabelo de um tom de loiro escuro e os olhos verdes mais bondosos que ela já havia visto, porém, em contrapartida, aparentava estar extremamente zangado naquele instante.

― Pare de atormentar ela, Ashton! ― grunhiu ele.

Logo o sujeito estava mais próximo do tarado, que agora, Lydia sabia o nome.

― Ela é muito bonita para que eu pudesse não notá-la ― respondeu Ashton, que mantinha os seus olhos de águia em Lydia.

― Obrigada, garotos ― ela disse chamando a atenção deles ―, mas eu apenas quero achar a minha sala e ir estudar.

Aproveitando o impulso que a fizera falar, Lydia então deixou o lugar, sendo surpreendida por olhares curiosos de toda parte. Teria que se acostumar com aquilo, afinal, ela realmente não fazia parte daquele pedaço do mundo.

Andou mais alguns passos, indecisa de para onde deveria ir e o que fazer, porém, ao enxergar uma enorme biblioteca ao norte, resolveu que aquele seria o seu destino.

O lugar era perfeito para se descobrir o que fazer para esconder um grande segredo sobre as bruxas... ao menos deveria ser, se aquela fosse uma situação ao menos um pouco normal.

Lydia riu sozinha e antes mesmo que pudesse ironizar mais algum de seus pensamentos, sentiu uma mão quente e firme lhe tocar o ombro.

Virou-se apressada, temerosa de que algum bruxo desgarrado a pudesse ter seguido até ali, contudo, ao olhar para o sujeito, percebeu que era o mesmo garoto dos olhos bondosos.

Ela não sabia o que ele queria, mas não estava com paciência para lidar com estranhos, ou seja, não queria ter que conversar com ninguém naquele instante.

No entanto, algo nos olhos daquele rapaz a fez ficar calada e não simplesmente jogar uma mágica nele - o que era proibido fora da Comunidade Bruxa.

― A sua primeira aula não é na biblioteca ― o rapaz disse, calmo como uma canção.

― E como pode saber? ― Lydia argumentou, áspera como um chapisco.

― Desculpa a minha falta de educação ao não me apresentar ― ele disse, enquanto lhe estendia a mão com gentileza ― eu sou Heitor Stan, o seu mais novo companheiro de adaptação.

Lydia ficou alguns instantes calada, antes de apertar a mão do simpático garoto à sua frente. Porém, mesmo tentando manter uma aparência educada, ela queria mais do que tudo mandar a escola pelos ares com o seu humor de leão.

"Como posso esconder um segredo sendo seguida a todo instante?" ela se perguntou, na solidão de seus pensamentos.

― Ah, vou ser seguida, é? ― Lydia perguntou, exatamente de acordo com os seus pensamentos.

Todavia, o que não era para ser engraçado, acabou se tornando, pois logo Heitor estava rindo. No entanto, mesmo sendo obrigada a se acostumar, Lydia não estava achando aquilo nada divertido.

― Vai ser escoltada ― respondeu Heitor, com um tom de bom humor na voz. Lydia ergueu a sobrancelha, pois não tinha tempo para brincar. ― Todos os alunos novatos são acompanhados durante o primeiro mês de aulas... é para uma melhor adaptação.

Ele seguia Lydia com o olhar, enquanto ela tentava se esquivar. A verdade era que ela tentava se controlar, mas estava morrendo de raiva.

Um mês? Era só o que lhe faltava para se sentir ferrada. E foi exatamente por isso, que Lydia olhou para Heitor apenas por um instante:

― Então me leve para a primeira aula! - ela disse. ― Mal posso esperar por essa adaptação.

Lydia havia sido extremamente ácida, porém, Heitor nem notara. O rapaz apenas sorriu, assentindo e em um minuto, teve que correr para alcançar a bruxa-furacão.

Assim que o sinal para o intervalo soou, Lydia tentou sumir entre as mil pessoas que resolveram aparecer nos corredores de uma só vez.

Ela queria desaparecer. E, principalmente, queria fazer Heitor Stan, sair de seu encalço, assim como em um passe de mágica.

Porém, a garota sabia que estava definitivamente proibida de usar magia. Ainda mais, porque que ela queria esconder o Segredo das Bruxas, e não desmascará-lo em frente de vários adolescentes falastrões e completamente comuns.

No entanto, como não podia fazer o rapaz de olhos bondosos sumir sem falar nada, resolveu que iria contra todas as suas vontades, somente para irritá-lo e ver se ele desistia de ser o seu guarda-costas por um mês.

Enquanto Heitor Stan tentava acompanhar os passos rápidos de Lydia, ele insistia em lhe explicar que a cantina era do outro lado do colégio. Porém, ela não queria comer. A estressada bruxa, só queria entrar na biblioteca e tentar prever um jogo mestre.

Lydia tinha mais do que qualquer um ser mágico, o dom da concentração e de formular excelentes estratégias. E ela achava que aquela era a parcela diminuta, que a havia levado a ser escolhida para guardar o segredo da sua comunidade.

A maior parte daquela escolha, todavia, ela sabia que era para lhe impor regras e moral, já que a bruxinha costumava ser destrambelhada e ir atirando magia em quem quer que passasse em seu caminho.

Outro ponto alto na vida de Lydia, era a boa memória, e foi exatamente ela, que a levou rapidamente à porta da biblioteca.

Nem precisou pensar um pouco, para saber exatamente onde ela ficava. Porém, quando colocou o primeiro pé naquele recinto, Heitor a segurou pela mão, respirando ofegante, por conta da corrida que tivera, somente para poder alcançar Lydia.

A moça estava respirando calmamente. A magia sempre a mantinha com energia, porém, o rapaz não pareceu notar a grande diferença entre eles.

Lydia o encarou com ira. Era a segunda vez que ele a impedia de entrar naquele lugar em um único dia.

― Não está com fome? ― ele perguntou, cheio de sorrisos, porém, Lydia estava tão amarga quanto o fel.

― Não ― ela respondeu, se desvencilhando dele tão rápida quanto uma flecha. ― Não venho ao colégio para comer, mas sim, para estudar.

Logo ela estava caminhando em direção aos montes de estantes em fileira. Heitor, no entanto, não disse nada, apenas a seguiu.

Quando estavam já no final de um corredor extenso, o rapaz voltou a cruzar o caminho da garota, se postando em sua frente, assim como estátua.

Ela o olhou de cima a baixo, e então sentiu um arrepio lhe cruzar pelo corpo.

Lydia não sabia que tipo de aviso era aquele, mas teve certeza de que era um sinal.

― Eu sei que já chegou sendo assediada por todos ― ele disse, um pouco inseguro ―, mas comigo não precisa se sentir desconfortável... Eu sou da paz!

Heitor então mostrou um sorriso genuíno para a bruxa, mas Lydia não era tão fácil de desarmar assim.

"Se soubesse que posso arrancar os seus cabelos como uma só mágica, quem ficaria incomodado seria você!", ela pensou, sarcástica como nunca.

Porém, por fora Lydia apenas sorriu de maneira simples, sem denotar o quanto era maliciosa por dentro.

― Não estou incomodada, Stan ― ela disse, sem encará-lo. ― Eu realmente quero estudar.

― Quer que eu vá buscar um lanche para você então? ― ele disse de maneira prestativa, contudo, logo pareceu pensar por um instante. ― Mas não vai sumir nesse meio tempo, não é? Tem horas que você parece se mover como um furacão.

― Eu não vou sumir ― ela disse com cinismo, porém, era exatamente isso que pretendia fazer.

Um lampejo já surgia em sua mente, e mesmo contra as ordens de sua tia, Lydia estava decidida a cabular a segunda parte do dia no colégio.

― Então logo estarei aqui com o seu lanche ― ele disse e antes de partir, lhe lançou um olhar cheio de afeto, que quase chegou a causar certo tipo de remorso na garota.

Porém, fora bem breve aquele sentimento, pois não bastou Heitor virar as costas, para que Lydia olhasse para todos os lados e estalasse os dedos.

Em um passe de mágica, ela já não estava mais na biblioteca do colégio, mas sim, em seu apartamento em East Valley. E com sorte, ― da qual ela contava sempre ― a sua tia nunca ficaria sabendo que ela havia usado o seu dom de bruxa só para escapar de um rapaz.

No entanto, naquele dia estava sem sorte, pois não tivera nem tempo de pensar novamente na ideia que lhe surgira em sua cabeça, e logo a sua tia a estava chamando em seu Pager, que era o único objeto moderno que a poderia fazer se comunicar com a comunidade bruxa, sem que para isso, ela utilizasse magia.

Lydia bufou, pois, com certeza, haveria sermão dos grandes pela frente.


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