Capítulo 01
Bom... Tudo começou com uma canção da Priscila Alcântara sendo ouvida por enormes fones roxos, representada por uma leve e ridícula dancinha em uma estação de metrô.
O que eu não imaginava era que eu ia cair do nada, não prestei atenção.
Eu andava perto do metrô e alguém me impurrou; eu desci bruscamente ao chão não consegui me segurar em nada. Tentei me levantar mais foi impossível, meu pé ficou preso nas trilhagens do metrô foi aguniante, me senti como o ferido no meio da estrada quando o bom samaritano o ajudou, pior que no meu caso não tinha nenhum bom samaritano eu gritei por alguém, todas as pessoas estavam a andar rápido e não me repararam ali.
O medo ocupou meu coração, então gritei por Deus em espírito percebi que Ele podia ser o Único que me ajudaria nos momentos mais difíceis. Meus olhos fitavam a linha e só vinha a imagem em minha mente daquele móvel cintilante, se aproximando de mim, mesmo assim não cessei de clamar.
De repente eu vi um homem encapotado, de olhos verdes se aproximando eu torci para que ele me ajudasse, então já com um olhar preocupante segurou minha mão e me disse calmamente:
- Vai ficar tudo bem. - Após falar desceu aos trilhos e forçou por muito tempo a minha bota para que saisse do meu pé.
Graças a Deus ele conseguiu e me ajudou a sair.
- Isso é seu! - exclama ao abaixar e vestir meu pé com a bota - Está dolorido? - pergunta ao olhar para mim.
- Não... - respondi quase que num suspiro colocando uma mecha do meu cabelo castanho para atrás da orelha.
O Rapaz se levantou..
E Eu só sei que eu o abracei forte e dei graças ao Senhor que me ouviu e lhe agradeci mais uma vez lhe dando um abraço, só que dessa vez eu senti algo interiormente como um sentimento de paz e de conforto sabe?
O mesmo sorriu para mim - Se cuida tá! - E saiu ao tocar sua bolsa ao lado. Não sabia qual era o seu nome, mas entendi que ele era um enviado de Deus para a minha vida.
Desde aquele dia, percebi que Deus não havia me deixado como meus pais me diziam.
Sair de casa apenas confiando na vontade do Pai não é fácil, tantas dúvidas vêm em mente, só Jesus sabe o quanto clamei para ter uma vida feliz, ter uma família...
Um marido em espírito e verdade adorador e um filho meigo e carinhoso. Mas pra isso precisava ser uma jovem de 24 anos de verdade que nunca se comportaria como uma adolescente de 14 precisava vigiar mais...
Eu acho que mesmo que eu não fosse tão infantil, minha família nunca ia me apoiar em nada. Diziam que eu era muito disastrada e eu não ia chegar a lugar algum, já estava farta de tudo isso...
Eu esperava novos rumos. Uma nova vida em São Paulo! E é isso que eu estava empenhada em buscar.
- Olá, sou a Ana ainda tem vagas de emprego? - pergunto sorrindo quadrado envergada sobre o balcão de madeira onde uma moça ao digitar no celular agora me encara
- Ou, Olá Ana! temos ainda uma vaga, por favor segure isso - Ela me entrega uma bandeija luminosa que estava ao seu lado - Vou colocar o pedido do jovem ali atrás na bandeija e você leva, só para fazer um pequeno teste, sim?
- Claro! - falo enquanto meus olhos rodaram o lugar super aconchegante; mesas bem limpas, posters sobre café numa parede cor caramelo e o principal o cheirinho de café que é percebido desde antes de entrar.
- Aqui está! - Ela me entrega a bandeija com café, queijo e algo diferente que eu não sabia o que era.
Eu seguro o objeto prateado bem firme, como eu sempre fui atrapalhada era melhor me previnir. Segui bem, coloquei tudo sobre a mesa do cliente até que finalmente vi seu rosto pois estava com a cabeça baixa e simplesmente me surpreendi.
- Você?! Quer dizer... O senhor? - digo espantada ao ver aquele mesmo olhar de antes.
- Fico feliz por ter te encontrado novamente - Ele sorri de canto.
E é claro que eu fico vermelha igual um tomate e também é claro que fasso uma burrada para atende-lo bem, afinal ele me ajudou né?
- Eita! - exclama assustado ao café manchar sua camisa, após eu derrubar tentando levar a xícara para suas mãos.
- Aí não, olha como eu te atendo. - digo desesperada ao tentar limpar a sua camisa com o guardanapo.
O mesmo ri e isso me traz uma leve tranquilidade.
- Calma, tá tudo bem... Só é café! - Ele tira a minha mão totalmente gélida da sua camisa ao fitar meus olhos castanhos. Rapidamente reagi do meu transe de um minuto
- Eu lavo a camisa, preciso te recompensar. - digo desesperada outra vez.
- Não precisa, a melhor recompensa é a de Deus. - afirma pousando o casaco sobre o ombro.
Eu sorri, realmente o que ele me disse era a mais pura verdade.
- A recompensa vem de Deus e a discordância é minha! Desculpa querida, Ana, não é? Esse serviço não dá para você! - indaga a recepcionista ao se aproximar de mim e do rapaz.
Quando ela pronunciou essas palavras, confesso que tentei convece-la a me dar o emprego.
- Mas... Eu preciso tanto...
- Sem chances, você não têm experiência para isso! - diz séria de braços cruzados
- Não! - impõe o homem que me ajudou, ao se levantar. - Contra-tea você não vai se arrepender, ela é simpática e me atendeu muito bem!
- Te atendeu?! ela te deu um banho de café, isso sim!
Quando tentei me defender ele me interrompeu
- Acidentes acontecem, não? - pergunta o mesmo e ela parecia pensar em algo
- Bom... Então, tudo bem. - diz sorrindo.
Eu dei um pulo e vi que todos me olharam, então abafei o riso, eu tinha que pagar um mico...
- Quer dizer... Você vai fazer experiência por algumas semanas se você for boa te contrato - Diz novamente a moça séria.
Eu a agradeço e também agradeço a ele...
- Agradeça a Deus Ana, Ele te ama! - Se distancia para sair e eu tomo coragem e pergunto...
- Qual o seu nome?!
- Ryan!
- Ana! Jesus acompanhe! - digo sorrindo e volto ao trabalho.
Tudo dá certo quando estamos com Deus! Mesmo que as vezes possa ser difícil de acreditar.
" Aquele que habita no esconderijo do altíssimo a sombra do onipotente descansará"
Salmo 91:1
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Deus abençoe sempre♥
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