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Não somos monstros

O resto da semana se seguiu de forma habitual, meu pai e meu tio ainda estavam escavando o passado de Derek Hale tentando descobrir mais.

— Eu falei com alguns dos antigos contatos do papai na Califórnia, não há mais além do que já sabemos. — Meu tio comentou — Mas tem alguém na cidade que pode saber mais…
— Ah é!? — Foi tudo que meu pai conseguiu dizer enquanto comia um enorme cheeseburger de bacon. Eu ainda estava tentando melhorar a alimentação do meu pai, mas quando não estávamos no bunker isso era meio impossível.
— Quem é? — Perguntei, eu estava curiosa para saber quem eram os tais outros caçadores na cidade.
— Vamos descobrir! Me deram o endereço. — Meu tio respondeu pegando um papel entre os vários papéis espalhados na mesinha e levantou.

Meu pai parou por um segundo e olhou para a metade do cheeseburger que ainda está em sua mão.

— Você pode terminar no caminho, vamos. — Meu tio disse reparando no grande dilema que meu pai estava enfrentando.

Os rapazes me deixaram sozinha no hotel, eles queriam conhecer o tal caçador antes de me expor. Porém quando eles voltaram me contaram que a pessoa que haviam ido encontrar não era um caçador, era um veterinário chamado Allan Deaton, ele contou a eles um pouco mais sobre o incêndio da mansão, e disse que os únicos sobreviventes conhecidos haviam sido Derek Hale, a irmã Laura e o tio dos dois, Peter Hale, esse que por sua vez havia sofrido intensas queimaduras e passado os últimos 6 anos em estado catatonico. Deaton aconselhou os rapazes a procurarem um outro caçador que estava na cidade, Chris Argent. Bem, parece que não somos a única família de caçadores por aqui.

No dia seguinte no colégio encontrei os garotos, Scott estava assustado procurando pela Alisson por todos os lados, ele havia tido um pesadelo e tinha medo de que realmente tivesse a machucado, na internet já circulava uma foto de um dos ônibus destruído e sujo de sangue como se um animal selvagem tivesse entrado para fazer um lanche lá dentro, mas pelo menos Alisson estava bem, e inteira. Durante a aula de química a polícia encontrou a pessoa que havia sido atacada no ônibus, era o motorista, Scott o conhecia e ficou com ainda mais medo de ter sido o responsável por aquilo.

Durante o almoço enquanto conversávamos sobre o ataque e como iríamos lidar com isso, um aglomerado de pessoas começaram a sentar conosco, entre elas estavam Lydia, Alisson, Jackson e Danny, o melhor amigo de Jackson. Senti meu coração acelerar e minha respiração ficar pesada, não gosto de aglomerações, meu apetite repentinamente havia desaparecido… por fora ainda estava sorrindo, mas no fundo queria sair dali o mais rápido possível.

— Isso aqui tá ficando meio cheio… a gente se vê mais tarde! — Me despedi, peguei minha bandeja e me afastei da mesa. Respirei fundo quando estava a uma certa distância do grupo… Porque eu faço isso!?? Porque não consigo ter uma vida social normal como todos os outros adolescentes!?? Que droga… — Pensei.

Voltei para o hotel quando as minhas aulas haviam terminado, Stiles me falou sobre o que todos conversaram depois que eu saí… ele descreveu com as palavras "Foi como assistir a uma batida carro", Lydia propôs que tivessem um encontro duplo, e Scott e Alisson aceitaram, para piorar eles resolveram jogar boliche e Scott mentiu dizendo que sabia jogar. De repente foi bom não ter presenciado tamanho caos.

Mais tarde quando os rapazes foram comprar comida resolvi dar uma volta, mas não uma volta qualquer… peguei minha jaqueta e fui até a floresta outra vez. Eu estava a alguns metros da mansão dos Hale, esperava que ele não sentisse meu cheiro, o que provavelmente seria impossível, respirei fundo e ergui a cabeça beirando uma forma imponente, abri a porta e entrei parando em meio ao Hall.

— Eu sei que você tá aí! — Gritei olhando em volta. Não havia ninguém ao redor ou no andar de cima, porém quando me virei ele estava lá, não me assustei dessa vez, imaginei que ele faria isso.
— O que você quer? — Ele perguntou.
— Te dar um aviso. — Cruzei os braços e respirei fundo. — Os Argent não são os únicos caçadores aqui na cidade com quem você vai ter que se preocupar.

Ele me encarou em silêncio e minha reação foi encarar de volta, não tenho mais problema em olhar nos olhos das pessoas, isso graças ao meu pai Castiel, é claro.

— Pode ignorar o que eu disse se acha que é forte o bastante para lidar sozinho com mais dois caçadores. — O alertei.
— Só mais dois, que diferença faz!? — Ele murmurou.

O canto dos meus lábios se ergueu em um leve sorriso, os rapazes não eram caçadores comuns… já lutaram contra coisas que extrapolam o imaginário popular e talvez até o de alguns caçadores.

— Não foi você quem a matou, foi? — Questionei. A quantidade de graça que tenho fluindo pelo meu corpo ainda é mediana, mas ainda posso usá-la para saber quando alguém está mentindo.
— Não, não fui eu.

Assenti.

— Eu prometi ao Scott que guardaria segredo sobre vocês, mas os rapazes acham que foi você, se quer saber eu diria que seria bem mais simples se você contasse isso a eles — Dei alguns passos para trás. — Você sabe, quem cala consente!

Ele me encarou em silêncio outra vez.

— Eu fiz uma promessa e não quero ter que quebrar, então se você não tá afim de ter os irmãos Winchester na sua cola, é melhor esclarecer isso a eles.

Senti ele ainda me encarar enquanto eu saía, não sei se seria justificável quebrar a promessa que fiz, mas os garotos estavam guardando o meu segredo, não seria justo revelar o deles.

Andei pela floresta por alguns minutos até que tive uma sensação estranha, olhei para trás por extinto e quando me virei outra vez lá estava ele, parado na minha frente com os braços cruzados. Sua forma de aparecer é bastante irritante, não estava preparada e meu coração quase parou ao vê-lo fazer isso outra vez.

— Que susto!! — Respirei fundo. — Você realmente precisa fazer isso?
— Você disse que os irmãos Winchester estão aqui… como você sabe?

Respirei fundo outra vez.

— Ah, eu conheço os dois muito bem. — Retruquei. — Desculpe, eu acho que não me apresentei, Isabella Winchester.

Coloquei as mãos nos bolsos da jaqueta.

— O que te faz pensar que eles vão acreditar na minha inocência? — Ele tem suas razões para desconfiar, porém não torna sua falta de confiança menos desanimadora.
— A prioridade número 1 é destruir o mal… mas a prioridade 1-A é ter certeza de que aquilo que estamos prestes a matar é realmente maligno. — Expliquei. — Nós também não somos monstros.

Continuei meu caminho passando por ele e retomando a trilha. Era provável que os rapazes já tivessem voltado com a comida e deviam estar preocupados por chegarem ao hotel e encontrarem o quarto vazio.

— Não devia sair sozinha pela cidade… — Meu pai comentou assim que me viu passar pela porta.
— Principalmente na floresta! — Meu tio sorriu e sinalizou para os meus sapatos sujos de terra. — Trouxemos pizza…

Pensei em contar a eles meus motivos de ir até a floresta, mas achei que talvez pudesse dar um tempo… quem sabe Derek Hale não resolva pensar melhor no que eu disse.

— Eu sei, mas eu não consigo ficar aqui nesse quarto o dia inteiro! — Sorri.

Horas depois Stiles me mandou algumas mensagens, havia sido decretado um toque de recolher, mas aparentemente eles não estavam dando a mínima, Scott foi falar com Derek e o conselho que recebeu foi levemente peculiar, ele aconselhou que Scott voltasse ao ônibus onde houve o ataque, que cheirasse… que tocasse em tudo (não achei essa parte uma boa ideia, principalmente se o xerife resolvesse refazer a perícia do local) e o mais importante, que deixasse todas as lembranças da noite do ataque virem a tona. Aparentemente o tiro saiu pela culatra, afinal pelo que Stiles me contou, Scott está totalmente crente de que foi Derek quem atacou o motorista.

A noite senti como se meus pulmões fossem ser expelidos para fora depois de tanto tossir, não fazia sentido, eu nem usei tanto poder. Como se não bastasse ser uma humana normal outra vez, voltei a ter uma saúde frágil como na primeira vez que minha graça foi retirada, e como consequência minha asma voltou, mas de uma forma diferente, não que eu esteja arrependida do que fiz pra perder os poderes… quando meu avô me mandou o inalador que venho usando desde que os perdi, ele explicou que a cada borrifada minha graça deveria voltar aos poucos…  mas que por ser um tipo de material bruto para a criação de graça eu só deveria usar se realmente fosse necessário, e que seria melhor não utilizar meus poderes até estar totalmente "recarregada". Desde então, como foi o caso dessa noite, eu o uso ao perceber tosse, ou respiração ofegante sem motivo. Espero que minha graça volte logo.

No meio da noite os rapazes receberam uma ligação da delegacia outra vez, o motorista havia morrido em decorrência dos ferimentos sofridos no ataque, os rapazes sabiam quem era o culpado… ou pelo menos achavam que sabiam, e para terem a devida certeza precisavam de uma segunda opinião.

— Vocês vão até o hospital? — Perguntei vendo os dois colocarem seus ternos.
— Sim, nós vamos, e você volta pra cama mocinha! — Meu pai respondeu. — Podemos demorar um pouco, vamos falar com o tal Argent.

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